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PSICOLÓGICA
RESUMO
Este artigo científico objetiva analisar a questão da adoção por casal homoafetivo
em suas diversas peculiaridades e repercussões sociais, focando principalmente nos
aspectos jurídicos e psicológicos. Pretende-se também abordar dentro desse tema a
questão da relação entre o Direito e a Psicologia, tentando expor a importância da
atuação do psicólogo, que sobretudo desenvolve um trabalho relevante para o
juizado cível e para o Direito da Família. Este trabalho foi elaborado a partir de uma
revisão bibliográfica, tendo por finalidade fazer uma reflexão acerca da concepção
de família, e a formação desta por pares homossexuais, bem como vislumbrar os
efeitos que a adoção por casal de mesmo sexo trará à criança, parte mais
interessada no processo. Compreende-se portanto, que o objetivo maior é proteger
a dignidade da criança assegurando-lhe assim os seus devidos direitos e
respeitando acima de tudo os princípios e normas da Constituição brasileira.
1
Andréia Larissa Oliveira Saraiva- Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Santa Terezinha -
CEST. E-mail: tchekasaraiva@hotmail.com
2
Conceição de Maria- Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Santa Terezinha - CEST. E-mail:
concitinha2009@globomail.com
3
Karolina Sampaio Mesquita Bezerra- Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Santa
Terezinha - CEST. E-mail: karol14_bezerra@hotmail.com
4
Marcia Hadad Trinta- Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Santa Terezinha - CEST. E-
mail: marcia_trinta@hotmail.com
5
Mariana Aguiar de Souza- Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Santa Terezinha - CEST.
E-mail: marizinhaguiar@hotmail.com
6
Nathalia Rafiza Silva Barros- Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Santa Terezinha -
CEST. E-mail: nathaliabarros17@hotmail.com
7
Tatiany Silva Pinheiro- Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Santa Terezinha - CEST. E-
mail: tatianypinheiroa2@hotmail.com
O tema Adoção por casal homoafetivo ainda gera muitas controvérsias e
polêmica em torno da sociedade brasileira. Por esse motivo, buscou-se elencar
neste artigo alguns esclarecimentos sobre o assunto, o papel da família como um
núcleo de convivência social, os direitos da criança, a união homoafetiva e seus
desdobramentos e a relação conjunta entre a Psicologia e o Direito dentro desse rol
de discussões.
A família como um núcleo de convivência social é analisada a partir de padrões
e representações sociais que determinam modelos considerados como socialmente
ideais de normalidade. No que se referem a estes modelos, temos o modelo nuclear
tradicional, cuja composição integra pai, mãe e filhos. Dentre estas novas
configurações ganha evidência a família homoafetiva que procura exercer seu direito
de possuir a integralidade familiar, ou seja, de dividir a responsabilidade de ser pai
ou mãe. Contudo, os obstáculos a serem transpostos por aqueles que pretendem
enfrentar este ideal de família são imensos, principalmente devido ao fato de não
haver regulamentação expressa acerca da união homoafetiva e, principalmente, da
adoção de crianças pelos casais homossexuais.
Percebe-se que tanto a Constituição Federal Brasileira quanto o Estatuto da
Criança e Adolescente garantem à criança o direito de ser criada e educada no seio
de uma família, seja ela a família biológica ou, em caso de impossibilidade da
mesma, em família substituta. Em uma família estruturada uma criança terá as
oportunidades que o afeto e a segurança proporcionam para se tornar um adulto
completo.
As vertentes jurídicas e psicológicas que possam permear a compreensão do
tema terão como referência: os requisitos legais e morais para um casal homoafetivo
receber de maneira adequada uma criança, os aspectos favoráveis à adoção de
crianças pelo mesmo, os aspectos desfavoráveis à adoção, tendo em vista o
princípio da dignidade humana, a proteção e zelo do menor acima de tudo.
Este trabalho acadêmico, portanto, motivado pelas recentes decisões sobre o
tema, tem por finalidade principal a valorização da discussão, pretendendo tão
somente encarar o tema proposto de forma sucinta, porém não superficial baseado
em trabalhos anteriores e pesquisas bibliográficas.
2 RELAÇÃO ENTRE O DIREITO E A PSICOLOGIA
Um exemplo interessante que repercutiu na mídia fora o caso de, Cássia Eller
que antes de falecer deu uma entrevista dizendo que o amor supera tudo e que
Chicão, seu filho, quando escuta alguém gritando que sua mãe é sapatão, logo
responde: “E daí?”. Ela e Maria Eugênia, sua companheira, sempre conversaram
muito abertamente com ele sobre o assunto, dando-lhe suporte para enfrentar o
preconceito na escola e na vida. Recentemente, após o falecimento de Cássia Eller
(dezembro de 2001), o Brasil se viu envolvido com uma decisão inédita. Em outubro
de 2002, a justiça do Rio de Janeiro concedeu a guarda do filho de Cássia Eller a
Maria Eugênia, que a ajudou a criar o garoto desde seu nascimento e o tem como
filho. O mais interessante é que a opinião pública ficou a favor dos dois
permanecerem juntos.
Carvalho Santos (1976) leciona que "adoção é ato jurídico que estabelece
entre duas pessoas relações civis de paternidade e de filiação". A lei que regula a
questão da adoção no Brasil por excelência é a Lei 8.069 – Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), promulgada em 13 de julho de 1990. A lei dispõe de requisitos
necessários para adotar: ser maior de vinte e um anos, ser dezesseis anos mais
velho que o adotado, ser capaz e, caso o adotante seja tutor ou curador, este deve
previamente prestar contas de sua administração. Permite-se ainda que os
divorciados e os judicialmente separados adotem conjuntamente, desde que o
estágio de convivência tenha se iniciado à época em que o casal ainda convivia,
bem como que a adoção seja deferida mesmo que o adotante venha a falecer no
curso do processo. Mas a condição mais importante é que a colocação em família
substituta somente será deferida se houver reais vantagens para o adotando e que
seja fundada em motivos legítimos. Tal disposição torna a análise extremamente
subjetiva, ficando a critério do juiz estabelecer o que é melhor para as partes.
Por conta disso, visando o zelo pela integridade do adotado, Roberto Elias
(1994, p. 20 e 21) comenta:
(…)é imprescindível que o menor conviva com pessoas idôneas, sem que a
sua formação esteja comprometida. Bem mais importante que as condições
materiais é a postura moral daquele que pretende a guarda, a tutela ou a
adoção. Além daquele que vai se responsabilizar pela criança ou
adolescente, é necessário que os demais que habitam seu novo lar não
interfiram negativamente no seu desenvolvimento. (ELIAS, 1994, p. 20 e 21)
Com base neste pressuposto teórico, Durkheim (2008) chama atenção para o
fato de que os fenômenos individuais devem ser explicados a partir da coletividade e
não o contrário. Em suma, a adotado sofreria com a rejeição da primeira família, a
rejeição social podendo até se revoltar contra a família ou pior, ser duplamente
rejeitado.
A mídia por vezes, enfatiza aqueles casos, em que, a criança que é criada por
um casal homossexual vive em um lar feliz, de amor, carinho e boas condições
financeiras.
Porém, não são medidas as conseqüências futuras. Percebe-se que uma das
características da lei é a generalidade, ou seja, no momento que uma lei começa a
vigorar ela é para todos, não, apenas, para casos isolados. E quando se fala em
geral, a maioria das crianças que são criados por casais homossexuais sofrem, são
psicologicamente e moralmente prejudicadas por isso.
O artigo da Constituição federal 227 diz que além de proteger os direitos da criança,
devem ser colocados a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão. Portanto, permitir que casais
homossexuais adotem crianças, também se torna um ato inconstitucional, pois, é
dever do Estado de proteger a criança de qualquer possibilidade, sequer, de dano
que possa lhe ocorrer.
4 CONCLUSÃO
ABSTRACT
This publication aims to analyze the issue of adoption by homosexual couples in their
several peculiarities and social effects, focusing mainly on legal and psychological
aspects. We also intend to address this issue in the question of the relationship
between law and psychology, trying to expose the importance of psychological
interventions, which mainly carries out work relevant to the court for civil and family
law. This work was compiled from a literature review, which aims to reflect on the
concept of family, and the formation of this by same-sex pairs, and foresee the
effects that adoption by same-sex couples will give a child, most interested in the
process. It is understandable therefore that the main objective is to protect the dignity
of the child assuring him so their due rights and respect above all the principles and
norms of the Brazilian Constitution.