Sei sulla pagina 1di 24

Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química

Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)


Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

3º BIMESTRE: INTRODUÇÃO AO BALANÇO DE ENERGIA, EM SISTEMAS ESTACIONÁRIOS, SEM


REAÇÕES QUÍMICAS
AULA 1
Energia (E): capacidade de realizar trabalho (W) ou transferir calor (Q).

1ª lei da termodinâmica (lei da conservação da energia): relaciona a variação das quantidades das diversas
energias armazenadas em um sistema (Ec, Ep, U, Eele, Emag, Esup) com as energias em trânsito (Q e W) através
da fronteira do sistema.

Enunciado: “a energia total associada a um sistema e suas vizinhanças não pode ser criada nem destruída”. Só
se pode transformá-la de uma forma para outra, ou acrescentá-la em um lugar, retirando-a de outro.

Equação: E total = Q + W  (U + Ec + Ep + Eele + Emag + Esup) = Q + W, onde: U = energia interna; Ec =


energia cinética; Ep = energia potencial; Eele = energia elétrica; Emag = energia magnética e Esup = energia de
superfície = tensão superficial x área da superfície.

As variações de energia elétrica, de energia magnética e de superfície são de pouca importância para os
processos químicos. Assim, Eele = 0; Emag = 0 e Esup = 0.
Portanto: (U + Ec + Ep) = Q + W.

Convenção de sinais
Se: Q ou W > 0  o sistema recebe calor ou trabalho de suas vizinhanças;
Q ou W < 0  o sistema transfere calor ou realiza trabalho para suas vizinhanças.
Exemplo:

Reservatório
Q<0
W<0 Q
Sistema
Máquina W
Q>0 térmica
W>0

Ex. 1) (Himmelblau; Riggs) Calcule a variação total de energia no sistema a seguir.

Ar

Ex. 2) a) (Atkins; Jones) A energia interna de um sistema aumentou 400 J quando este absorveu 600 J de calor.
Foi realizado trabalho sobre ou pelo sistema? Quanto trabalho foi realizado?
b) (Levenspiel) Uma bateria de 12 V recebe uma carga rápida de 50 A durante 20 min. Nesse período, a bateria
aquece e perde 120 kJ de calor para o ambiente. Calcule a variação de energia interna da bateria.
Respostas: a) W = - 200 J, realizado pelo sistema; b) 600 kJ.

1
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Unidade de energia do Sistema Internacional (S.I.): Joule (J)


J = Pa . m3 = (N/m2) . m3 = N . m = V . A . s = W . s J = N . m = kg . (m/s2) . m = kg . m2/s2
Taxa de energia = energia / tempo Potência = trabalho / tempo  W (Watt) = J / s
1 cal = 4,184 J ou 1 J = 0,239 cal.

Energia potencial (Ep): é a energia que um sistema possui devido à força nele exercida por um campo
(gravitacional; elétrico; magnético; etc.).

Para gravidade constante: Ep = m . g . z, onde: z = zfinal – zinicial; g = aceleração da gravidade = 9,81 m / s2

Ex. 3) (Felder; Rousseau) Petróleo leve (0,86 g / cm3) é bombeado a vazão de 17,442 L / s de um ponto a 220 m
abaixo da superfície terrestre até 20 m acima do nível do solo. Calcule a taxa de energia potencial requerida.
Dado: g = 981 cm / s2.
Resposta: 35.316 J / s.

Energia cinética (Ec): é a energia que o sistema possui devido à sua velocidade em relação às vizinhanças.

Ec = (m . v2) / 2, onde: v = variação de velocidade; v2 = v2final – v2inicial

Para fluídos (líquidos e gases): velocidade (v) média na seção = vazão volumétrica / área da seção transversal ao
escoamento do fluído

Ex. 4) (Himmelblau; Riggs) Água (1 g / mL) é bombeada de um tanque de armazenagem através de uma tubulação
cilíndrica de 3 cm de diâmetro interno a uma vazão de 1 L / s. Pede-se determinar:
a) a taxa de energia cinética, em J / s, da água no duto.
b) o fluxo mássico (kg / s.m2) da água no duto.
Respostas: a) 1 J / s; b) 1.414,4 kg / s.m2.

AULA 2
Energia interna (U): é a energia associada às moléculas e aos átomos de um sistema, devido às forças de
T2
atração. Para mudanças de temperaturas em processos a volume constante: U = (n ou m)  Cv(T )dT , onde:
T1
Cv(T) = a + b.T + c.T + ...
2

T2
U = (n ou m)  (a + b.T + c.T2 + ...)dT = (n ou m) . [ a . (T2 – T1) + b/2 . (T22 – T12) + c/3 . (T23 – T13) + ... ]
T1

Ex. 5) (Himmelblau; Riggs) Qual é o valor da variação de energia interna quando 288,4 kg de ar (21% de O2 e
79% de N2 em base molar) são resfriados de 60C para 30C em um processo isocórico?
Dados: N.....14; O.....16 g / mol; Cv para o ar = 2,1x104 J / kmol . C.
Resposta: – 6,3x106 J.

Entalpia (H): quantidade de energia por unidade de massa ou de matéria. Para gases: H = U + (p.V); para
gases em processos com variação de pressão: U = H x m; para sólidos, líquidos e processos realizados à
pressão constante: H  U (Cp  Cv), pois, a variação de volume é desprezível.
T2
Para mudanças de temperatura à pressão constante: H = (n ou m)  Cp(T )dT , onde: Cp(T) = a + b.T + c.T2 + ...
T1
T2
H = (n ou m)  (a + b.T + c.T2 + ...)dT = (n ou m) . [ a . (T2 – T1) + b/2 . (T22 – T12) + c/3 . (T23 – T13) + ... ]
T1

2
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Ex. 6) (Himmelblau; Riggs) 102,1 kg de um gás (M = 36,46 g / mol) são resfriados de 300C a 150C sob pressão
de 1 atm. Pede-se determinar H e U em kJ. A equação de capacidade calorífica em kcal / kmol.K (para T em
K) é:
Cp = 7,24 – 1,76x10-3 x T + 3,07x10-6 x T2 – 10-9 x T3
Dados: 1 cal = 4,1868 J; 1 atm = 101,325 kPa.
Respostas: H = -12.316,8 kJ e U = -8.827,17 kJ.

Trabalho (W): energia transferida pelo ou para o sistema, de natureza mecânica, elétrica ou magnética.

Definições:
x2
- para uma força constante “F”: W = F  dx = F (x2 – x1); onde (x2 – x1) = variação do deslocamento durante a
x1
aplicação da força “F”

x2 V2 V2
- para um gás, a pressão constante: W = F  dx = F / A  d(x.A) = p  dV = p (V2 – V1);
x1 V1 V1
Pressão do gás Volume do gás

V2 V2 V2
- para um gás, a temperatura constante: W =  p dV =  (n.R.T / V) dV = n.R.T  dV / V 
V1 V1 V1
W = n.R.T ln (V2 / V1)

Exemplo de trabalho “pV” ou trabalho de expansão ou “energia de pressão”:

Expansão

Gás Gás

Ex. 7) (Himmelblau; Riggs) Um cilindro dotado de um pistão sem atrito, contém um gás ideal a 27C e 200 kPa.
O gás empurra lentamente o pistão, de tal forma que seu volume se expande de 100 L a 200 L. Elabore o diagrama
(P, V) e calcule o trabalho realizado pelo gás sobre o pistão, quando:
a) a pressão for constante.
b) a temperatura for constante.
Respostas: a) – 20 kJ; b) – 13,86 kJ.

Máquinas Térmicas (M.T.) de Carnot


Reservatório
a) aquecedor doméstico e chuveiro elétrico:
Q

M.T. W

3
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Fonte Quente (F.Q.)

b) motor de calor ou motor térmico Q


(operação contínua): troca calor com
duas fontes e produz trabalho contínuo M.T. W
(converte continuamente calor em trabalho).

Fonte Fria (F.F.)

c) motor térmico invertido: máquina Fonte Quente (exterior)


térmica que transfere continuamente Q
calor de uma fonte fria para uma fonte quente
(converte trabalho em calor). Presta-se a duas M.T. W
funções: manter artificialmente um ambiente
aquecido (bomba de calor) e a de manter
artificialmente um ambiente frio (máquina
frigorífica). Fonte Fria (interior)

AULA 3
Calor (Q): energia transferida pelo ou para o sistema, devido à diferença de temperatura entre o sistema e suas
vizinhanças.

Em processos adiabáticos, não há troca de calor entre o sistema e suas vizinhanças:


Q(total) = 0  Q(F.Q.) + Q(F.F.) = 0  Q(F.F.) = – Q(F.Q.); onde: F.Q. = fonte quente e F.F. = fonte fria.

Calor sensível: quando há variação de temperatura, sem mudança de estado físico. Corresponde a uma variação
de entalpia que não envolve uma mudança de estado físico.
Se W = 0, Ec = 0 e Ep = 0, teremos:
T2 T2
para V = constante  Q = U = (n ou m)  Cv(T )dT , para P = constante  Q = H = (n ou m)  Cp(T )dT
T1 T1

Calor latente: uma variação de entalpia que envolve uma mudança de estado físico, a pressão constante.
Q = (n ou m) . H(mudança de estado físico)

Ex. 8) (adaptado de Felder; Rousseau) a) Calcule a taxa de calor (kJ / h) necessária para aquecer 4,55 kmol / h
de óxido nitroso de 20C a 150C em um vaso fechado de volume constante.
b) Calcule o custo diário de operação do aquecedor, considerando que o preço do kWh é R$ 0,45.
Dados: N.....14; O.....16 g / mol; Cv para o N2O = 0,855 + 9,42x10-4xT (kJ / kg . C).
Respostas: a) 24.336,13 kJ / h; b) R$ 73,00 / dia.

Balanço de energia no vaporizador:

calor cedido pelo vapor de aquecimento = calor recebido pelo líquido a ser evaporado
m(vapor de aquecimento) x H(vapor de aquecimento) = Q(vaporizador)

Ex. 9) a) Determine a carga térmica (kJ / h) de um vaporizador que aquece e evapora 35 kmol / h de água (18 kg
/ kmol) de 20 a 100C. Dados: Cp da água líquida = 4,18 kJ/kg.C e Hvaporização = 40,66 kJ / mol.
b) Determine a quantidade de vapor (kg / h) necessária para aquecer e vaporizar a água. Indicar e justificar as
condições (pressão e temperatura) do vapor usado.
c) Estimar o custo do vapor, em US$ por hora.
Dados de pressão, temperatura para vapor saturado e entalpia de vaporização:

4
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Pressão Absoluta (kgf / cm2) Temperatura de saturação (ºC) ΔHvapor (Hvapor – Hlíquido) (kJ / kg)
1,0 100 2.253
1,6 112 2.221,2
2,0 120 2.200
Custos do vapor saturado:
Vapor de baixa pressão (até 10 kgf / cm2) US$ 13 / t
Vapor de média pressão (de 11 a 40 kgf / cm2) US$ 15 / t
Vapor de alta pressão (acima de 40 kgf / cm2) US$ 17 / t
Respostas: a) 1.633.772 kJ / h; b) 735,54 kg / h; c) US$ 9,56 / h.

2ª lei da termodinâmica

Enunciado de Clausius: “Não é possível estabelecer um processo no qual o único resultado é transferir calor de
um objeto mais frio para outro mais quente”. A fonte quente (F.Q.) é quem cede calor à fonte fria (F.F.):

(Levenspiel, 2002).

Enunciado de Kelvin-Planck: “Não existe máquina capaz de transformar calor integralmente em trabalho, sem
causar mudanças em outro corpo”:

(Levenspiel, 2002).

Ex. 10) (Badino Jr.; Cruz) 800 g de água (Cp = 4,18 kJ / kg.°C) a 90°C são misturados com 400 g de uma
substância desconhecida que se encontra a 20°C em um vaso fechado e bem isolado. Quando a mistura entra
em equilíbrio, a temperatura alcança o valor de 58°C. Desprezando o calor de mistura, obtenha o calor específico
da substância.
Resposta: 7,04 kJ / kg.°C.

AULA 4
Ex. 11) Um recipiente adiabático contém 2,5 mol de um líquido de calor específico 2,4 J / g . K inicialmente a
176F. Uma peça metálica, de forma cúbica, inicialmente a 25C é adicionada ao líquido contido no recipiente. O
recipiente é totalmente fechado e o sistema entra em equilíbrio térmico a 75C. Sabendo-se que o calor específico
do material metálico é 25 J / mol . K e sua densidade é 8,93 g / cm3, determine o valor da aresta, em mm, da peça
metálica. São dadas as massas molares do líquido e do metal, em g / mol, respectivamente: 92 e 63,54.
Resposta: 25 mm.

Capacidade calorífica, a pressão constante, de uma mistura:


Cp(T) (mistura) =  y ou w (componente) x Cp(T) (componente)
onde: y (componente) = fração molar (ou w componente: fração mássica) do componente na mistura; depende da unidade
do Cp(T).

5
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Ex. 12) (Felder; Rousseau) Calcule a taxa de calor necessária para aquecer, de 0C a 400C, 150 mol / h de uma
mistura gasosa contendo 60% em volume de C2H6 e 40% em volume de C3H8. Dadas as capacidades caloríficas
a pressão constante em kJ / mol.C:
Cp (etano) = 0,04937 + 13,92x10-5xT – 5,816x10-8xT2 + 7,28x10-12xT3;
Cp (propano) = 0,06803 + 22,59x10-5xT – 13,11x10-8xT2 + 31,71x10-12xT3
Resposta: 5.233,5 kJ / h.

Ex. 13) (Badino Jr.; Cruz) Deseja-se obter 0,3 toneladas (métricas) de uma solução alcoólica contendo 70% em
massa de soluto a partir da mistura de água a 80C e etanol anidro a 25C, em um vaso fechado e bem isolado à
pressão atmosférica. Desprezando-se o calor de mistura, pede-se determinar a temperatura de equilíbrio.
Dados: Cp(água) = 4,18 kJ / kg . C e Cp(etanol) = 2,238 + 0,0121x10-3xT em kJ / kg . C.
Resposta: 49,45C.

AULA 5
Balanços de energia para sistemas abertos estacionários sem reações químicas

As propriedades (T, P, etc.) do sistema não variam com o tempo: Ec e Ep = 0, assim: U = Q + W.
Para processos realizados à pressão constante: U = H, portanto: H = Q + W

Aplicação de balanço de energia para sistema aberto em estado estacionário: trocadores de calor

Trocador de calor: equipamento de paredes adiabáticas para transferência de calor de um fluído a alta temperatura
(fluído quente) para outro a uma temperatura inferior (fluído frio).

Hipóteses:
- operações realizadas a pressão constante;
- ausência de reações químicas;
- não há trabalho sendo realizado pelo sistema ou para o sistema: W = 0;
- em processos adiabáticos, não há troca de calor do sistema com as vizinhanças: Q = 0; assim: H = 0  Hinicial
= Hfinal ou Hentrada = Hsaída

Como Qtotal = 0  Q(fonte quente) + Q(fonte fria) = 0  – Q(fonte quente) = Q(fonte fria). Obs. O sinal negativo
aparece por que o calor é transferido da fonte quente para a fonte fria.

Determinação da taxa de calor nos trocadores: Q = A x U x MLDT(corrigida); onde:

Q = carga térmica ou taxa de calor (kcal ou kJ / h) e pode ser: Q = (n ou m) .Cp . T, Q = (n ou m) .Cp . T + m.L
ou Q = m.H;
A = área superficial de troca térmica ou área externa dos tubos (m2),
A =  x De x L x N; De = diâmetro externo dos tubos (m), L = comprimento dos tubos (m) e N = número de tubos
do trocador;
U = coeficiente global de transferência de calor (kcal ou kJ / h.m2.C) que depende dos fluídos;
MLDT(corrigida) = média logarítmica das diferenças de temperaturas (°C) corrigida que depende do modo de
escoamento dos fluídos no trocador.

Para trocadores de calor mais complexos, como trocadores com escoamento em correntes cruzadas (indústrias
de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado) e para os trocadores multitubulares, de passagens ou
passes múltiplos nos cascos (carcaças) e nos tubos (os fluídos atravessam o trocador mais de uma vez), a MLDT
deve ser corrigida: MLDT(corrigida) = MLDT x Fator de correção (F); onde F é um parâmetro obtido graficamente,
conforme o diagrama a seguir (Kreith; Bohn, 2003).

6
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Z
Tentrada (F.Q.)  Tsaída (F.Q.) 
Tsaída (F.F.)  Tentrada (F.F.) 

P
Tsaída (F.F.)  Tentrada (F.F.) 
Tentrada (F.Q.)  Tentrada (F.F.) 
Diagrama para determinação do fator F para trocadores de calor (Kreith; Bohn, 2003).

Representação do trocador de correntes cruzadas (Coelho, J. C. M.; 2016):

Trocador de
correntes
cruzadas

Esse tipo de trocador é geralmente usado quando o fluído quente é um líquido e o fluído frio é um gás como, por
exemplo, o ar. Os dois fluídos escoam em direções ortogonais.
Te,FQ  Te,FF  Ts,FQ  Ts,FF
Para trocadores operando em correntes paralelas: MLDT  ;
 Te, FQ  Te, FF 
ln 
 Ts, FQ  Ts, FF 
Te,FQ  Ts,FF  Ts,FQ  Te,FF
Para trocadores operando em contracorrente: MLDT  .
 Te, FQ  Ts, FF 
ln 
 Ts, FQ  Te, FF 

Fonte Quente Te(FQ)


Trocador
de correntes Ts(FQ)
paralelas (ou co- T
Fonte Fria corrente) Ts(FF)
Te(FF)

Área de troca

Fonte Fria Te(FQ)


Trocador Ts(FQ)
contracorrente T
(ou de correntes Ts(FF)
Fonte Quente opostas) Te(FF)
Área de troca 7
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

O modo de operação em correntes paralelas é empregado quando se deseja um resfriamento rápido do fluído
quente, como em operações onde os produtos de uma reação devem ser resfriados rapidamente para não
ocorrerem reações indesejáveis. Contudo, a transferência de calor em correntes paralelas tende a ser bloqueada
à medida que as temperaturas dos dois fluídos se aproximam uma da outra (Gomide, 1984).

Somente no modo de operação em contracorrente será possível que a temperatura de saída da fonte fria
seja superior que a temperatura de saída da fonte quente.

Uma vantagem adicional do arranjo em corrente opostas é que para dada taxa de fluxo de calor, a área de
superfície necessária é menor que no caso de correntes paralelas. Na verdade, o arranjo em correntes opostas é
o mais eficaz de todos os arranjos de trocadores de calor (Kreith; Bohn, 2003).

Trocador de calor do tipo tubo dentro de tubo (ou tubo duplo – “double pipe”) com contracorrente. Este arranjo de
trocador de calor também pode operar com correntes paralelas. Os fluídos atravessam o trocador apenas uma
vez, por isso chamamos de passo simples (Kreith; Bohn, 2003).

Esquema de corte de trocador de calor do tipo casco (carcaça) e tubos contracorrente (TERRON, L. R. 2012).

Ex. 14) (adaptado de Himmelblau) Em um trocador de calor contracorrente, ar é aquecido de 20 a 80C por meio
de uma outra corrente de ar que entra no trocador a 150C e deixa o mesmo à temperatura T. As duas correntes
têm vazões molares iguais. Por simplicidade, admita que o ar tenha uma capacidade térmica constante de 29 J /
mol . K. Determine T em C. Despreze as perdas de energia no trocador.
Resposta: 90C.

Ex. 15) Um fluído, cujo calor específico é igual a 0,43 kcal / kg.C, o qual deve ser aquecido desde 20C às custas
do resfriamento de um óleo, disponível a 80C e que deverá ser resfriado até 30C. Sabe-se que a vazão do óleo
é 2.350 kg / h, seu calor específico é 0,5 cal / g.C e a vazão do fluído é 7.190,95 kg / h. Pede-se determinar:
a) a temperatura de saída do fluído.

8
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

b) a carga térmica (kcal / h) do trocador.


c) o modo de operação do trocador. Justificar.
Respostas: a) 39C; b) 58.750 kcal / h; c) contracorrente.

Ex. 16) (Levenspiel) Uma corrente de 1.000 m3 / min de dióxido de carbono (Cp = 55 J / mol . K) a 1.500C e 1
atm é resfriada em um trocador de tubo longo a 700C usando uma corrente de água (Cp = 75 J / mol . K), a 8C,
que se aquece a 68C. Pede-se determinar a vazão volumétrica de água necessária.
Dados: H.....1; O.....16 g / mol; massa específica da água = 1.000 kg / m3.
Resposta: 1,21 m3 / min.

Ex. 17) (Himmelblau; Riggs) 300 kg / h de ar (21% de O2 e 79% de N2, base molar) a 227C escoam através de
um trocador de calor, saindo a 127C. Em contracorrente, são injetados 230 kg / h de uma solução de carbonato
de potássio (K2CO3) a 2,5% em massa de soluto e a 27C para ser aquecida com ar. Supondo que o trocador
tenha perdas desprezíveis de calor, calcule a temperatura da corrente de saída da solução de K2CO3. Admita que
o Cp da solução de carbonato de potássio seja igual ao Cp da água pura: 1 kcal / kg.°C.
Dados: N.....14; O.....16 kg / kmol; Capacidades caloríficas médias do ar em kcal / kmol.C: a 127C: 6,9735; a
227C: 7,0235.
Resposta: 59C.

Ex. 18) 1 kmol / min de piridina (C5H5N) a 25C é misturado a 1 kmol / min de ácido acético (CH3COOH) a 25C e
alimentado a um trocador de calor. Devido ao efeito do calor de solução, resfria-se a mistura com etilenoglicol
(capacidade calorífica = 2,8 kJ / kg.K) que entra no trocador a 5C e sai a 25C. Calcule a vazão mássica
necessária de etilenoglicol para manter a mistura na saída do trocador a 25C.
Dados de calor de solução para a mistura piridina e ácido acético a 25C:
Fração molar de piridina Calor de solução (J / mol)
0,10 - 2.516
0,30 - 4.571
0,45 - 4.855
0,50 - 4.773
0,60 - 4.253
Resposta: 170,47 kg / min.

Ex. 19) (Reklaitis) Vapor é usado para pré-aquecer 3.000 kg / h de água de processo na pressão de 5 bar de 50C
a 150C usando um trocador de calor de tubo duplo. O vapor é saturado, disponível a 10 bar e deixa o trocador
na mesma pressão como líquido saturado. Calcule a vazão mássica (kg / h) de vapor necessária e a carga térmica
(GJ / h) do trocador.
Dados:
Entalpias específicas em kJ / kg do vapor e da água: a 10 bar: hvs = 2776,2; h = 762,6
Entalpias específicas em kJ / kg da água de processo: a 5 bar e 50C: h = 209,7; a 150C: h = 632,2.
Respostas: 629,47 kg / h; 1,2675 GJ / h.

AULA 6

Ex. 20) Deseja-se resfriar um óleo (Cp = 0,5 kcal / kg.C) de 40C a 30C, utilizando-se para isto um trocador com
uma vazão de 100 m3 / h de água ( = 1.000 kg / m3; Cp = 1 kcal / kg.C), que entra a 15C e sai a 20C, pede-
se:
a) a vazão de óleo que se consegue resfriar.
b) a carga térmica do trocador.
c) admitindo-se que o coeficiente global de troca térmica é igual a 800 kcal / h.m2.C, qual será a área de troca
térmica, em m2, que teremos para este trocador se considerarmos o funcionamento em correntes paralelas?
d) qual será a área de troca, se o escoamento dentro do trocador for modificado para um sistema em
contracorrente?
e) determine o número de tubos com 4” de diâmetro externo e 223 cm de comprimento necessário para os dois
modos de operação.
Dados: fator de correção para MLDT = 0,99; Q = A x U x MLDT(corrigida); A =  x De x L x N;

9
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Te,FQ  Te,FF  Ts,FQ  Ts,FF


para trocadores operando em correntes paralelas: MLDT  ;
 Te, FQ  Te, FF 
ln 
 Ts, FQ  Ts, FF 
Te,FQ  Ts,FF  Ts,FQ  Te,FF
para trocadores operando em contracorrente: MLDT  .
 Te, FQ  Ts, FF 
ln 
 Ts, FQ  Te, FF 
Respostas: a) 100 t / h; b) 500.000 kcal / h; c) 38,6 m2; d) 36,3 m2; e) 51 e 55 tubos.

Cálculo da carga térmica (taxa de calor) em condensadores:

Condensação: passagem da fase vapor para a fase líquida.

Hcondensação = – Hvaporização

Gás: Teb. < 0 (Teb. < < < Tambiente);


Vapor: toda substância gasosa que pode ser condensada por simples compressão isotérmica (Teb. > 0; em geral:
Teb. > Tambiente).
Obs.: Teb. = temperatura de ebulição ou ponto de bolha.

Água

Gases e vapores CONDENSADOR Gases e líquidos


aquecidos resfriados

Água de
resfriamento
Carga térmica do condensador: Q(condensador) =  Q(gases e vapores que entram no condensador) (kJ / h ou kcal / h)

Balanço de energia no condensador:


calor cedido pelos gases e vapores = calor recebido pela água de resfriamento
- Q(condensador) = m(água de refrigeração) x Cp(água de refrigeração) x (Tsaída – Tentrada)

Ex. 21) Dispõe-se de uma mistura gasosa constituída por 9 kmol / h de CO, 18 kmol / h de H2 e 1 kmol / h de
CH3OH. Propõe-se condensar o metanol, com o intuito de separá-lo dos demais gases. Desse modo, a mistura
gasosa é encaminhada a um condensador sendo resfriada de 300°C até 30C. Água de refrigeração é utilizada
no condensador, sendo alimentada a 19C e saindo a 39C. Face ao exposto, pede-se:
a) definir e justificar o modo de operação no condensador.
b) a carga térmica (kJ / h) do condensador.
c) determinar a vazão de água de resfriamento, em t / h, utilizada no condensador. Dados para a água líquida: Cp
= 4,184 J / g.C e  = 1 g / cm3.
d) o custo anual da água de refrigeração, considerando R$ 40,00 por 10 m3 de água de resfriamento.
e) determine a área de troca térmica em m2 e o número de tubos do condensador considerando o coeficiente
global de troca térmica igual a 6.109,0 kJ / h.m2.C, o fator de correção para MLDT = 0,995 e tubos com 69 cm de
comprimento e 1” de diâmetro externo.
Dados:
Propriedade CH3OH CO H2
Cp do vapor (kJ / mol.°C) 42,93x10-3 + 8,3x10-5xT(°C) 28,95x10-3 + 4,1x10-6xT(°C) 28,84x10-3 + 7,65x10-8xT(°C)
Cp do líquido (kJ / mol.C) 75,86x10-3 - -
HVaporização (kJ / kg) 1.102,19 - -
Massa Molar (g / mol) 32 28 2
Teb (°C) 64,7 - 191,5 - 252,8

10
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Respostas: a) contracorrente; b) – 263.781,27 kJ / h; c) 3,152 t / h; d) R$ 110.446 / ano; e) 0,55 m2 e 10 tubos.

AULA 7
Aplicações do balanço material e de energia, combinados, sem reações

Cálculo da carga térmica (taxa de calor) de equipamentos:


Q(do equipamento) =  Q(de saída) –  Q(de entrada); onde:
Q = (n ou m) .Cp . T ou Q = ( n ou m) . h; h = entalpia específica do componente.

Observações:
- para obter a entalpia específica “h” de um componente, devemos conhecer:
1) seu estado físico;
2) sua temperatura ou pressão;
- para obter a entalpia de soluções, devemos conhecer também a sua concentração.

Ex. 22) (Gomide) Uma caldeira é alimentada com água cuja entalpia é de 140 kcal / kg e o vapor produzido deixa
a caldeira com uma entalpia de 640 kcal / kg. Pede-se determinar a taxa de calor fornecida em kcal / h. A produção
da caldeira é de 20 toneladas de vapor por hora.
Resposta: 107 kcal / h.

Ex. 23) (Felder; Rousseau) 100 lb / h de uma solução aquosa “F” de NH3 a 30% em massa de soluto (hF = 100
Btu / lb), a 6,8 atm, é alimentada continuamente em um tanque cuja pressão é 1 atm. Sendo as composições
mássicas de NH3 no produto líquido “L” (hL = 45 Btu / lb) e no vapor “V” (hV = 730 Btu / lb) iguais a 18,8% e 89%,
respectivamente, pede-se determinar a carga térmica necessária ao vaporizador do tanque.
Resposta: 5.460 Btu / h.

Ex. 24) (Himmelblau; Riggs) Uma solução aquosa “A” contendo 10% em massa de soluto é alimentada
continuamente em um misturador com uma solução aquosa “B” contendo 50% em massa do mesmo soluto. A
solução final “C” deixa o misturador com vazão de 100 kg / h, contendo 30% em massa de soluto. Determine a
taxa de calor trocada no sistema.
Dados:
% em massa de soluto na solução Entalpia específica da solução (kcal / kg)
10 200
20 237,5
30 275
40 287,5
50 300
Resposta: 2.500 kcal / h.

Ex. 25) (Ghasem; Henda) 99,8 kg / h de vapor saturado a 1 bar são misturados adiabaticamente com vapor
superaquecido “A” a 400°C e 1 bar para produzir vapor superaquecido “B” a 300°C e 1 bar. Determine as vazões
mássicas (kg / h) dos vapores superaquecidos “A” e “B”.
Dados:
I. Propriedades do vapor saturado:
P (bar) Tsaturação (°C) Água: hl.s. (kJ / kg) Vapor: hv.s. (kJ / kg)
1 99,6 417,5 2.675,4
1,5 111,4 467,1 2.693,4
2 120,2 504,7 2.706,3
II. Propriedades do vapor superaquecido a 1 bar:
T (°C) 200 250 300 350 400
h (kJ / kg) 2.875 2.975 3.074 3.176 3.278
Respostas: 195 kg / h e 294,8 kg / h.

11
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

AULA 8

Ex. 26) (Felder; Rousseau) Uma solução “A” com 5% em massa de H2SO4, a 60F, deve ser concentrada até 40%
em massa pela evaporação da água. A solução concentrada “B” e o vapor de água “V” saem do evaporador a
180F e 1 atm. Para processar 1.000 lb / h da solução de alimentação, pede-se determinar:
a) a taxa na qual o calor deve ser transferido ao evaporador.
b) a vazão mássica (lb / h) do vapor utilizado para aquecimento (entalpia específica = 1.034,3 Btu / lb).
c) o desempenho (%) do evaporador.
Dados: entalpia específica da água a 180F e 1 atm = 1.138 Btu / lb.

Diagrama entalpia-concentração para H2SO4 - H2O (Felder; Rousseau, 2005).

12
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Respostas: a) 983.625 Btu / h; b) 951 lb / h; c) 92%.

Ex. 27) (Do Brasil) Uma mistura líquida “A”, a 30°C e 1 atm, contendo, em % molar, 60% de benzeno e 40% de
tolueno é aquecida até 92°C. A mistura aquecida é alimentada continuamente em um tanque onde a mistura vapor
(V) formada com 72,2% molar de benzeno é separada da mistura líquida (L) com 51% molar de benzeno. Calcule
a quantidade de calor a ser transferido à mistura por 1 kmol de carga alimentada. Resolver com 04 casas decimais.
São dadas as entalpias específicas em kJ / kmol: para os líquidos a 30°C: benzeno = -18.621,4 e tolueno = -
19.236,7; para os líquidos a 92°C: benzeno = -9.896,5 e tolueno = -8.687,9; para os vapores a 92°C: benzeno =
20.121,1 e tolueno = 26.072,8.
Resposta: 22.756,676 kJ.

Ex. 28) (ENC / Provão 1999) Uma unidade industrial deverá empregar etileno como refrigerante em um sistema
de resfriamento. O trocador de calor de refrigeração receberá 100 kg / h de etileno líquido, saturado a uma pressão
de 30 bar absoluta, conforme o esquema a seguir. Na entrada do trocador a pressão é reduzida para 5 bar,
forçando a vaporização do etileno. Calcular a carga térmica do trocador, de forma que 80% do etileno alimentado
passe para o estado de vapor.

Dados para o etileno saturado:


Pressão absoluta: Temperatura de Entalpia específica do líquido Entalpia específica do vapor
P (bar) vaporização: Tv (K) saturado: hls (kJ / kg) saturado: hvs (kJ / kg)
4,559 200 467,8 894,1
6,723 210 492,6 899,8
30,00 260 633,0 900,1
Resposta: 17.777,8 kJ / h.

AULA 9
Ex. 29) (ENC / Provão 1997) Uma caldeira produz 1.000 kg / h de vapor saturado a uma pressão de 3 kgf / cm2
absoluta. A caldeira é simultaneamente alimentada com água a 25C e com 800 kg / h de condensado a 120C,
que retorna do processo, como mostra o esquema a seguir. Calcular a carga térmica (calor cedido à caldeira) para
a produção do vapor desejado. A purga retira 20 kg / h de líquido da caldeira. Utilizar a tabela a seguir.

13
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Temperatura de Entalpia específica do Entalpia específica do


Pressão absoluta
vaporização líquido saturado vapor saturado
P (kgf / cm2)
Tv (C) hls (kcal / kg) hvs (kcal / kg)
0,03 23,8 23,8 607,7
0,04 28,6 28,7 609,8
2,00 119,6 119,9 645,8
2,10 121,2 121,4 646,8
3,00 132,9 133,4 650,2
Resposta: 551.368 kcal / h.

Aplicação de balanço de energia para sistema aberto em estado estacionário: colunas de destilação

Carga térmica da coluna: Q(coluna) = Q(condensador) + Q(refervedor)


Q(coluna) = Q(saída) – Q(entrada) = (mdestilado x hdestilado + mresíduo x hresíduo) – (malimentação x halimentação), onde: m =
vazão mássica das correntes (kg / h); h = entalpia específica das correntes (kcal ou kJ / kg); “destilado” = produto
de topo; “resíduo” = produto de fundo da coluna.

Balanço de energia no condensador (de topo):


– Q(condensador) = m(água de resfriamento) x Cp(água de resfriamento) x (Tsaída – Tentrada)

Balanço de energia no refervedor (da base):


Q(refervedor) = m(vapor de aquecimento) x H(vapor de aquecimento)  H(vapor de aquecimento) é a variação de entalpia do vapor de
água utilizado no refervedor; H(vapor de aquecimento) = hvapor – hlíquido

Ex. 30) (adaptado da PETROBRAS 2010) Para a coluna de destilação da figura, a seguir, são conhecidas: vazões
mássicas em kg / h: F = 10.000 e B = 4.000; entalpias específicas das correntes em kJ / kg: hF = 100, hR = hD =
50, hB = 200 e hV = 225.

Pede-se determinar:
a) a vazão mássica do produto líquido do topo da coluna, em kg / h.
b) a razão (r) de refluxo, sendo a carga térmica do condensador igual a -4,2 GJ / h.
c) a carga térmica (GJ / h) do refervedor.
d) a vazão mássica (kg / h) de vapor de água saturado consumida no refervedor, considerando a pressão do vapor
igual a 11 kgf / cm2 (absoluta).
e) o custo, por hora de operação, com o vapor saturado de aquecimento do refervedor considerando US$ 14 / t.
f) a vazão volumétrica (m3 / h) de água de resfriamento, que entra a 30C e que sai a 50C, consumida no
condensador. Dados para a água líquida: Cp = 4,184 kJ / kg.C;  = 1.000 kg / m3.

14
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

g) o custo anual (R$ / ano) da água de refrigeração necessária para operar o condensador. Considerar R$ 40 por
10 m3 de água de resfriamento.
Dados de pressão, temperatura para vapor saturado e entalpia de vaporização:
Pressão Absoluta (kgf / cm2) Temperatura de saturação (°C) ΔHvap (hvapor – hlíquido) (kJ / kg)
1,0 100 2.253
2,0 120 2.200
4,0 143 2.132,6
6,0 158 2.085,4
8,0 170 2.046,1
10,0 179 2.015,6
11,0 183 2.000
12,0 187 1.986,3
14,0 194 1.960,4
16,0 200 1.935,8
18,0 206 1.912,8
20,0 211 1.892
Respostas: a) D = 6.000 kg / h; b) R / D = 3; c) 4,3 GJ / h; d) 2.150 kg / h; e) US$ 30,10 / h; f) 50,19 m3 / h; g) R$
1.758.657,6 / ano.

Ex. 31) (Himmelblau; Riggs) Uma corrente constituída por uma mistura de benzeno (Bz) e tolueno (Tol) será
separada no processo de destilação apresentado na figura a seguir. Sabendo-se que a razão de refluxo de topo
R / D é 4, pede-se calcular:
a) as vazões do destilado (D), do condensado (C), do refluxo de topo (R) e do produto de fundo (B).
b) a carga térmica removida pela água de resfriamento no condensador (Qcond).
c) a carga térmica fornecida pelo vapor de aquecimento do refervedor (Qref).
Dados para o benzeno:
Estado físico Líquido saturado Líquido saturado Líquido sub-resfriado a 50C Vapor saturado
% em massa 4 50 98 98
Entalpia (kJ / kg) 205 165 100 540

(Himmelblau; Riggs, 2006).


Respostas: a) B = 10,212,8 kg / h; D = 9.787,2 kg / h; V = C = 48.936 kg / h e R = 39.148,8 kg / h; b) Q(cond) = -
21.531.840 kJ / h; c) Q(ref) = + 21.304.184 kJ / h.

15
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

AULA 10
Introdução ao balanço de energia, em sistemas estacionários, com reações químicas: poder calorífico

Equação geral da combustão:

Combustível (C, H2, S, CO, CyHx e CyHx(OH)z) + O2 (Comburente)  Fumos (gases residuais ou emissões
atmosféricas) + Cinzas (resíduos sólidos) + Calor

Considerar para reações de combustão completa que: todo o carbono é oxidado à CO2, todo o hidrogênio é
oxidado à H2O, todo enxofre é oxidado à SO2, hidrocarbonetos e álcoois produzem CO2 e H2O.

Representação:
REAÇÕES DE COMBUSTÃO COMPLETA:
COMBUSTÍVEL: FUMOS:
C, CO, H2, S, CyHx, C + O2  CO2
CyHx(OH)z S + O2  SO2 CO2, CO, H2O,
CO + ½ O2  CO2 SO2, O2, N2
COMBURENTE: H2 + ½ O2  H2O
 x x
ar seco: 21 % O2 , 79 % N2 CyHx   y  O 2  yCO 2   H 2 O
 4  2

Composição molar ou volumétrica do ar atmosférico seco: 21% de O2 e 79% de N2.

Poder Calorífico: é a quantidade de calor liberada pela combustão completa de um combustível, por unidade de
massa (para combustíveis sólidos e líquidos) ou volume (para combustíveis gasosos).

O poder calorífico é calculado a partir dos valores absolutos das entalpias padrão (calores) de combustão. Como
os calores de combustão serão utilizados em módulo, os valores do poder calorífico serão sempre positivos.

PCS: Poder Calorífico Superior (bruto) ou HHV (Higher Heating Value). Considera que há formação de água
líquida nos fumos (H2OLíquida). Para o PCS, aproveita-se o calor cedido pela condensação, a 18°C, do vapor de
água presente nos fumos.
Se os calores de combustão, dados nos exercícios, forem para água líquida nos fumos, calculam-se:
1o ) PCS = n(fração combustível) x q, onde: q = calor de combustão da fração combustível para H2OLíquida nos fumos;
2o ) PCI = PCS – [ m ou n(H2O) nos fumos x L(H2O) ], onde: L(H2O) = calor latente de condensação/evaporação
da água a 18C = 586 kcal / kg ou 10,548 kcal / mol.

PCI: Poder Calorífico Inferior (líquido ou útil) ou LHV (Lower Heating Value). Considera que há formação de vapor
de água nos fumos (H2OVapor).
Se os calores de combustão, dados nos exercícios, forem para vapor de água nos fumos, calculam-se:
1o ) PCI = n(fração combustível) x q, onde: q = calor de combustão da fração combustível para H2OVapor nos fumos;
2o ) PCS = PCI + [ m ou n(H2O) nos fumos x L(H2O) ].

Unidades e bases de cálculo:

kcal ou kJ
Combustível líquido e sólido: (B. C. 1 kg = 1.000 g do combustível);
kg

kcal ou kJ
Combustível gasoso: (B. C. 1 m3 = 1.000 L do combustível medidos nas C.N.T.P.)
Nm 3

Observações:

16
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

a) frações combustíveis: são aquelas que possuem calor de combustão (q). Exemplos: C (carbono), H2
(hidrogênio), S (enxofre), CO (monóxido de carbono), CyHx (hidrocarbonetos) e CyHx(OH)z (álcoois).

b) se houver oxigênio e hidrogênio presentes no mesmo combustível, a única parcela de hidrogênio capaz de
gerar calor é o hidrogênio livre:
número de mol de hidrogênio livre: n (H2 livre) = n (H2 presente do combustível) – n (H2 combinado), onde: n (H2
combinado) = 2 x n (O2 presente no combustível).

c) se não houver hidrogênio e umidade no combustível, então: PCS = PCI = n(fração combustível) x q, onde: q = calor
de combustão da fração combustível.

Rendimentos de troca térmica ():


(PCS) x PCS = (PCI) x PCI

Ex. 32)
a) Defina poder calorífico de um combustível.
b) Qual a diferença entre PCS e PCI?
c) A equação que dá a relação entre PCS e PCI é __________________________________________________.
d) De que maneira pode-se ter PCS = PCI?
e) Citar exemplos de combustíveis para os quais PCS = PCI.

Ex. 33) Complete corretamente as tabelas a seguir.


a)
Poder Calorífico Estado físico da Ordem das equações para determinação
(P. C.) água nos fumos
1º)

2º)

1º)

2º)

b)
Equação do balanço de energia
Estado físico Unidade do (troca térmica)
Base de cálculo
do combustível PCS e do PCI calor cedido na combustão = calor recebido pela
fonte fria

Ex. 34) São conhecidos os calores de combustão das frações combustíveis e a análise elementar de um carvão.
Qual massa deve ser queimada para conhecermos seu PCS e PCI?

Ex. 35) São dados os calores de combustão do gás metano. Que volume e em quais condições de medida é
preciso queimar para determinar seu PCS e PCI?

17
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Ex. 36) O poder calorífico de uma mistura gasosa combustível é de 12.400 kcal / Nm3. Quais as duas condições
necessárias para que esse valor represente realmente o PCS desse combustível?

AULA 11
Ex. 37) Estimar o PCS e o PCI do gás hidrogênio (H2).
Dados os calores de combustão do hidrogênio: 68,3 kcal / mol para H2O(Líquida) e 57,8 kcal / mol para H2O(Vapor)
nos fumos.
Respostas: PCS = 3.048,9 kcal / Nm3; PCI = 2.580,2 kcal / Nm3.

Ex. 38) Estimar o PCI e o PCS de um coque constituído em % em massa por 90% de carbono e 10% de cinzas.
Dados: C.....12 g / mol; calor de combustão do carbono = 96,7 kcal / mol.
Resposta: 7.252,5 kcal / kg.

Ex. 39) Determinar o PCS e o PCI do monóxido de carbono (CO). Dado: calor de combustão do CO = 67,64 kcal
/ mol.
Resposta: 3.019,45 kcal / Nm3.

Ex. 40) O PCS de um combustível sólido é 9.786 kcal / kg. Em 1 kg desse combustível existem 100 g de hidrogênio.
Utilizando a relação existente entre PCS e PCI determine o valor do PCI do combustível, considerando 10 % em
massa de umidade presente no combustível.
Dado: calor latente da água a 18C = 586 kcal / kg.
Resposta: PCI = 9.200 kcal / kg.

Ex. 41)
a) Um gerador de vapor produz 7.500 kg / h de vapor saturado a 100°C, aquecendo e vaporizando água, que se
encontra inicialmente a 20°C. O combustível gasoso utilizado tem um PCI igual a 9.480 kcal / Nm3. Qual é o
consumo de combustível (Nm3 / h) do gerador de vapor? Admita que sejam aproveitados 90% do calor gerado na
combustão em relação ao PCI do combustível.
b) Qual será o consumo de combustível, em m3 / h, medido a 27°C e 0,92 atm?
Dados: calor específico da água líquida = 1 kcal / kg.C; calor latente de vaporização da água a 100C = 540 kcal
/ kg. Respostas: a) 545 Nm3 / h; b) 651 m3 / h.

AULA 12
Ex. 42) Em uma estrada um automóvel movido à gasolina (admitir C8H18; 0,741 g / cm3) perfaz 15 km / litro.
Admitindo que o PCI da gasolina seja 11.560 kcal / kg, qual será o desempenho, em km / litro de álcool queimado,
de um automóvel movido à C2H5OH (PCI = 7.110 kcal / kg; 0,69 g / mL)? Considere um percurso de 100 km.
Dados: H.....1; C.....12; O.....16 g / mol.
Resposta: 8,6 km / L.

Ex. 43) Um forno deve fundir 1.500 kg / h de FeO (Cp = 0,756 kJ / kg.°C e HFusão = 450 kJ / kg), disponíveis a
20°C e com temperatura de fusão de 1.380°C. Pede-se determinar:
a) a carga térmica do forno em kJ / h.
b) a vazão volumétrica (Nm3 / h) necessária do combustível gasoso, de PCI = 33.291,9 kJ / Nm3, para gerar a
energia do forno. Admita que sejam aproveitados 90% do calor gerado na combustão em relação ao PCI do
combustível.
c) o custo (R$ / h) de operação, sabendo que o custo do combustível gasoso é R$ 2,00 / Nm3.
Respostas: a) 2.217.240 kJ / h; b) 74 Nm3 / h; c) R$ 148,00 / hora de operação.

Ex. 44) Deseja-se elevar de – 5C a 45C a temperatura de 0,45 m3 / h de um líquido de massa específica igual
a 0,75 g / cm3 e calor específico 0,8 cal / g . C, queimando-se um combustível sólido, de Poder Calorífico Superior
(PCS) igual a 7.689,5 kcal / kg, com a seguinte composição mássica:
Carbono Hidrogênio Oxigênio Enxofre Umidade Cinzas
72,0 5,8 6,4 8,0 5,4 2,4

18
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Considerando 20 horas de operação por dia, pede-se:


a) a massa de combustível que se deve ter em estoque mínimo para garantir 35 dias de operação. Admita que
sejam aproveitados 85% do calor gerado na combustão em relação ao PCI do combustível.
b) o custo diário de operação, supondo que o custo do combustível seja R$ 750,00 / tonelada.
c) o rendimento da transferência de calor em relação ao PCS.
Dado: calor latente da água a 18C: 586 kcal / kg.
Respostas: a) 1.512 kg; b) R$ 32,4 / dia; c) 81,3%.

AULA 13
Ex. 45) Para um estudo comparativo entre diferentes combustíveis considere as seguintes alternativas: I) Gás
natural cuja composição volumétrica é 90% de metano (CH4) e 10% de etano (C2H6) e II) Álcool hidratado com
composição mássica de 96% de etanol (C2H5OH) e 4% de água (H2O). São conhecidos: calores de combustão
para H2O dos fumos no estado de vapor: CH4 = 192 kcal / mol e C2H6 = 341 kcal / mol; calor de combustão do
C2H5OH para água resultante no estado líquido: 327 kcal / mol; calor latente da vaporização da água a 18°C: 586
kcal / kg; densidade do álcool hidratado: 0,80 g / mL. Pede-se determinar (três casas decimais):
a) o PCI de cada combustível.
b) sabe-se que para percorrer 600 km um automóvel movido a álcool hidratado gastou 66,7 L deste combustível.
Para uma mesma autonomia de percurso, determine o volume de combustível a ser consumido pelo automóvel
supondo utilização do gás natural, armazenado a 27ºC e 1 atm. Utilize como referência de energia gerada neste
percurso o PCI dos combustíveis.
Respostas: a) 9.236 kcal / Nm3 e 6.140,7 kcal / kg; b) 39 m3.

Ex. 46) Calcular com base no P.C.I. do combustível a quantidade (kg / h) de vapor de água saturada (a água está
disponível a 20C), que pode ser produzida a 100C em uma caldeira que utiliza o calor gerado na queima de
5.000 L / h (C.N.T.P.) de uma mistura gasosa de composição molar igual a 80% CH4 e 20% C2H6.
Dados: calores de combustão para H2O vapor nos fumos: CH4 = 192 kcal / mol, C2H6 = 341 kcal / mol; calor latente
de vaporização da água a 100C: 540 kcal / kg; calor específico da água líquida: 1 cal / g.C.
Resposta: 79,85 kg / h.

AULA 14
Ex. 47)
a) Estimar o PCS e PCI do G.L.P. constituído em % molar por 40% de propano (C3H8) e 60% de butano (C4H10).
b) Determinar a vazão em massa (kg / h) de vapor de água saturado, a 1 atm e 100°C, que pode ser produzida,
a partir de água disponível a 20C, na queima de 2.000 litros / h (C.N.T.P.) do G.L.P.
Dados: calores de combustão em kcal / mol para H2O vapor nos fumos: propano = 488,5 e butano = 635,4; calor
específico da água líquida: 1 kcal / kg.°C; calor latente de condensação/evaporação, em kcal / kg, da água a 1
atm: a 18C = 586 e a 100C = 540.
Respostas: a) 25.740,6 e 27.906,5 kcal / Nm3; b) 83 kg / h.

Ex. 48) Um óleo diesel apresenta a seguinte composição em porcentagem mássica: 95% de C16H34 e 5% de
C8H18. Esse óleo alimentará uma caldeira que gera 6.500 kg / h de vapor saturado a 100C, aquecendo e
vaporizando água que se encontra inicialmente a 30C. Determine com base no P. C. I. do combustível a mínima
quantidade de óleo (em volume) a ser queimada por hora nessa caldeira.
Dados: H.....1; C.....12 g / mol; calores de combustão (em kcal / mol) para água dos fumos no estado líquido:
C16H34 = 2.560 e C8H18 = 1.309; calor específico da água líquida: 1 kcal / kg . C; calor latente de vaporização da
água a 18C: 586 kcal / kg; calor latente de vaporização da água a 100C: 540 kcal / kg; densidade do óleo diesel:
900 kg / m3.
Resposta: 0,42 m3 / h.

19
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

4º BIMESTRE: BALANÇO MATERIAL E ENERGÉTICO, COM REAÇÕES QUÍMICAS, EM SISTEMAS


ABERTOS A PRESSÃO CONSTANTE: PROCESSOS DE COMBUSTÃO

AULA 15
Sistema de combustão:

Q(combustível)
Q(combustão) = Q(fumos)
PCI do combustível
Q(comburente)

Q(perdido)

Calor liberado pelo sistema: Qsistema = Qsaída (dos fumos) – Qentrada (combustível + comburente) + Q(gerado na reação de combustão)
Qsistema = Qsaída (dos fumos) – Qentrada (combustível + comburente) + n(combustível consumido na reação) x H (reação)

Calor gerado na combustão = PCI do combustível

H (reação) =  coeficiente do produto composto da reação x Hf (produto composto) –  coeficiente do reagente


composto da reação x Hf (reagente composto).
(Obs.: para substâncias simples H2, O2, O3, Cl2, N2, ... , nas condições padrão, o valor de Hf é zero).

Q(dos fumos) =  [ n(fumos) x M Cp (fumos) ] x (T saída – T referência), onde: M Cp = capacidade calorífica molar média
dos gases a pressão constante: valor tabelado que varia (aumenta) com a temperatura;
T saída = temperatura de saída dos fumos; T referência = temperatura de referência, 18C ou 25°C.

Q(do combustível) =  ( n x M Cp ) para cada componente do combustível x (T entrada – T referência).


Se o comburente for o oxigênio do ar atmosférico seco:
Q(do comburente) = Q(do ar) = [ n(O2) x M Cp (O2) + n(N2) x M Cp (N2) ] x (T entrada – T referência).

Observação: Se combustível e comburente não forem pré-aquecidos, entrarem na câmara de combustão à


temperatura de referência (18C ou 25°C), então: Q(do combustível) = Q(do comburente) = zero.

Ex. 49) Durante a calcinação do carbonato de cálcio (CaCO3) ocorre a formação de óxido de cálcio (CaO) e dióxido
de carbônico (CO2). Considerando que entre no forno uma vazão de 1 t / h de CaCO3 e que a reação tem
rendimento igual a 100%, determine a taxa de calor (kcal / h) da reação sabendo que as entalpias padrão de
formação, em kcal / mol de CaCO3(s), são: CaCO3(s): -289,5; CaO(s): -150,7 e CO2(g): -94,05.
Dados: C.....12; O.....16; Ca.....40 kg / kmol. Resposta: 447.500 kcal / h.

Ex. 50) (Gomide) Um forno queima CO a 200C e pressão atmosférica, com ar seco a 500C alimentado com
excesso de 90%. Os fumos saem do forno a 1.000C. Pede-se calcular o calor liberado na câmara de combustão
por kmol de CO, admitindo queima completa do combustível.
Dados:
I. entalpias de formação (Hf) a 18C em kcal / mol de CO(g): CO(g) = - 26,62; CO2(g) = - 94,05;
II. capacidades caloríficas molares médias, a pressão constante, entre 18C e T C em kcal / (kmol.C):
Gases \ T (C) 200 500 1.000
N2 7,00 7,15 7,50
O2 7,16 7,51 7,94
CO 7,00 7,20 7,58
CO2 9,73 10,83 11,94

20
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Resposta: – 42.919,3 kcal.

AULA 16
Ex. 51) 640 kg / h de dióxido de enxofre gasoso são oxidados em 100% de ar atmosférico seco (21% de O2 e 79%
de N2) em excesso, com 90% de conversão à SO3. O SO2 entra no conversor a 400C e o ar seco é alimentado a
100C. Pede-se:
a) se os fumos saírem a 600C, determinar a taxa de calor (kcal / h) liberado ou absorvido pelo sistema nessas
condições. Se o conversor for provido de uma jaqueta de resfriamento na qual circula água a 25C que sai a
40Cdetermine a vazão mássica (kg / h) da água de resfriamento.
b) considerando o conversor adiabático, determinar a temperatura de saída dos fumos.
Resolver com duas casas decimais.
Dados:
I. O.....16; S.....32 g / mol;
II. entalpias de formação (Hf) a 18C em kcal / mol de SO2(g): SO2(g) = - 70,96 e SO3(g) = - 94,39;
III. capacidades caloríficas molares médias dos gases, à pressão constante, entre 18C e TC em kcal / (kmol.C):
Gás \ T (C) 100 400 600 700
O2 7,06 7,4 7,61 7,70
N2 6,97 7,09 7,21 7,28
SO2 9,81 10,91 11,42 11,62
SO3 12,85 15,15 16,22 16,74
Respostas: a) – 6.008,5 kcal / h; 400,57 kg / h; b) 611,5°C.

Ex. 52) 44,8 Nm3 / h de metano são queimados completamente numa câmara de combustão com 90% de ar seco
em excesso para gerar vapor de água. Ambos, ar e metano entram na câmara de combustão a 200C e 1 atm e
os produtos saem a 900C na mesma pressão. Pede-se calcular a geração de vapor de água, em kg / h,
considerando que a água entra na serpentina com entalpia de 140 kcal / kg e o vapor produzido sai com entalpia
de 640 kcal / kg.
Dados:
I. CH4 (g) + 2 O2 (g)  CO2 (g) + 2 H2O (v);
II. entalpias de formação (Hf) a 18C em kcal / mol de CH4(g): CO2(g) = - 94,08, H2O(v) = - 57,8, CH4(g) = - 17,88;
III. capacidade calorífica molar média dos gases, a pressão constante, entre 18C e TC em kcal / (kmol.C):
T(C) \ Gás CH4 CO2 H2O O2 N2
200 9,48 9,73 8,13 7,16 7,00
900 13,79 11,76 9,06 7,87 7,43
Formulário: Qsistema = Qsaída (dos fumos) – Qentrada (combustível + comburente) + n(combustível consumido na reação) x H (reação)
Respostas: Q(sistema) = – 168.323,24 kcal / h; m(H2O) = 336,65 kg / h.

AULA 17
Cálculo da quantidade de calor em um reator isotérmico:

Ex. 53) O metanol (CH3OH) pode ser produzido em um reator de síntese, alimentado com uma mistura gasosa,
constituída em % molar por: 75% de H2 e 25% de CO. A reação que ocorre é: CO(g) + 2 H2(g)  CH3OH(v). O grau
de conversão do CO é 10%. Pede-se determinar a quantidade de calor a ser adicionada ou removida do reator de
síntese para torná-lo isotérmico a 300C, por 1 kmol de metanol formado.
Dados: entalpias de formação (Hf) em kcal / mol de metanol formado: CO = -26,4; CH3OH = -57,1; capacidades
caloríficas molares médias dos gases, a pressão constante, entre 18C e 300C, em kcal / (kmol.C): H2 = 6,97;
CO = 7,06; CH3OH = 12,48.
Formulário: Q(do reator) = Q(saída) – Q(entrada) + n(metanol formado) x H (reação).
Resposta: – 33.102,64 kcal.

21
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Temperaturas de combustão:

a) Temperatura Teórica (ou adiabática) de Combustão (T.T.C.): a temperatura máxima possível de ser alcançada
na combustão de um determinado combustível se denomina temperatura teórica de combustão. É a temperatura
que atingiriam os fumos de uma combustão, se toda a quantidade de calor liberada na combustão, fosse utilizada
unicamente para o aquecimento dos fumos, sem haver perdas de calor. A importância prática da temperatura
teórica de combustão é grande, pois sua determinação permite prever a temperatura máxima a que estarão
sujeitos os materiais (tijolos, metais, cerâmicas, etc.) que estarão em contato com os fumos da combustão, ou
com a chama da combustão.

Para o cálculo da T.T.C.  Q(perdido ou liberado pelo sistema) = zero.

b) Temperatura Real de Combustão (T.R.C.): a temperatura real de combustão será sempre inferior a temperatura
teórica de combustão, pois, para seu cálculo consideram-se as perdas de calor no processo.
Eficiência do sistema de combustão (): (%) = 100 – % de perdas

% de perdas
Q(perdido ou liberado pelo sistema) =  Q (gerado na ração de combustão)
100

A determinação da T.T.C. e T.R.C. será feita por tentativas e interpolação: Adotam-se duas temperaturas T1 e T2
e calculam-se as respectivas quantidades de calor nos fumos, Q1 e Q2

Qsaída (kcal) ---------- Tsaída (°C) Qsaída (kcal)


Q1 -------------------- T1 Q2
Qsaída (dos fumos) ------- T.T.C. ou T.R.C.
Q2 -------------------- T2 Qsaída

Q1
Tsaída (°C)
0 Tref. T1 TTC T2
ou TRC

AULA 18
Ex. 54) Cite duas hipóteses consideradas na determinação da T. T. C.

Ex. 55) Citar dois fatores que aumentam a temperatura de combustão.

Ex. 56) Como seria afetada a T. R. C. se:


a) em lugar de O2 puro fosse utilizado ar atmosférico seco?
b) fosse empregado excesso exagerado de ar?
c) houvesse dissociação dos produtos da combustão (fumos)?
d) em lugar de ar atmosférico fosse empregado ar enriquecido em oxigênio?

Ex. 57) Em um maçarico queima-se completamente 1 kmol de H2 com O2 puro, ambos sendo alimentados a 18C.
Empregam-se 40% de O2 em excesso. A reação que ocorre é: H2(g) + ½ O2(g)  H2O(v).
Dados:
I. capacidades caloríficas molares médias dos gases entre 18C e T C em kcal / (kmol .C):
Gás \ T (C) 2.800 2.900 3.000
O2 8,70 8,74 8,77
H2O 11,13 11,20 11,25
II. entalpias de formação (Hf), a 18C, em kcal / mol de H2(g): H2O(v) = - 57,8.
Pede-se determinar:
a) a T.R.C., considerando perdas de 34,43% de todo o calor gerado na combustão.

22
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

b) este sistema de combustão poderia ser usado para fundir um material metálico de ponto de fusão (p.f.) =
3.000C?
c) a que valor da % de perdas, teríamos T.R.C. = 3.000C?
d) a % volumétrica de O2 nos gases residuais.
Respostas: a) 2.939,9C; b) não, pois, TRC < 3.000C; c) 32,91%; d) 16,67%.

AULA 19
Ex. 58) Um combustível gasoso possui a seguinte composição em % molar: 90% de CH4, 5% de CO2 e 5% de N2.
Sendo 1 kmol do combustível queimado completamente com 30% de ar em excesso, pede-se determinar a T.T.C.
e a T.R.C., considerando: 15% de perdas do calor gerado na combustão e combustível e ar alimentados a 18C
e 200C, respectivamente.
Dados:
I. entalpias de formação (Hf), a 18C, em kcal / mol de de CH4(g): CO2(g) = - 94,28; H2O(v) = - 57,8; CH4(g) = -17,88;
II. capacidades caloríficas molares médias dos gases, a pressão constante, entre 18C e TC em kcal / (kmol.C):
T(C) \ Gás O2 CO2 H2O N2
200 7,16 9,73 8,13 7,00
1.500 8,22 12,61 9,86 7,79
1.800 8,34 12,88 10,22 7,92
2.100 8,46 13,10 10,54 8,02
Respostas: T.T.C. = 1.796C e T.R.C. = 1.572C.

Ex. 59) Efetua-se a combustão completa de 1 kmol de monóxido de carbono (CO) com 68% de ar atmosférico
seco em excesso, ambos sendo alimentados a 100C. A reação que ocorre é: CO(g) + ½ O2(g)  CO2(g). Dados:
I. entalpias de formação (Hf), a 18C, em kcal / mol de CO(g): CO(g) = - 26,45 e CO2(g) = - 94,05;
II. capacidades caloríficas molares médias dos gases, a pressão constante, entre 18C e TC em kcal / (kmol.C):
T(C) \ Gás CO N2 O2 CO2
100 6,97 6,97 7,06 9,25
1.400 7,82 7,74 8,18 12,50
1.600 7,91 7,83 8,25 12,71
1.800 7,99 7,92 8,34 12,88
Pede-se:
a) a temperatura máxima teoricamente atingida.
b) a temperatura real de chama, considerando 5% de perdas de todo o calor gerado na combustão.
Respostas: a) 1.752C; b) 1.676,2C.

AULA 20

Ex. 60) Para fundir o óxido de ferro (FeO) deve-se aquecê-lo a 1.800C. O combustível utilizado para fornecer a
energia necessária é o gás natural, cuja composição em % molar é igual a 80% de metano (CH4) e 20% de CO2.
Sabe-se que na combustão do gás natural utiliza-se 25% de ar seco em excesso, que a temperatura de
alimentação do combustível é 18C e que durante o processo perde-se 8% de todo o calor gerado na combustão.
Considerando combustão completa de 1 kmol do combustível, pede-se com duas casas decimais:
a) o número de kmol de ar alimentado no forno.
b) a composição, em % molar, dos fumos.
c) a temperatura de alimentação do ar para se obter a temperatura real necessária de 1.800C.
Dados:
I. entalpias de formação (Hf), a 18C, em kcal / mol de de CH4(g): CO2(g) = - 94,28; H2O(v) = - 57,8; CH4(g) = -17,88;
II. capacidades caloríficas molares médias dos gases, a pressão constante, entre 18C e 1.800C: CO2 = 12,88;
H2O = 10,22; N2 = 7,92 e O2 = 8,34;
III. capacidades caloríficas molares médias do ar em kcal / (kmol . C) entre 18C e T C:
200C 400C 600C
7,01 7,14 7,28

23
Faculdades Oswaldo Cruz – Escola Superior de Química
Cursos: Engenharia Química (3º ano) / Engenharia de Produção (3º ano)
Disciplinas: 1548 – Balanço Material e Energético /
1571 – Planejamento de Materiais e Eficiência de Produção
Prof. Dr. Paulo H. Ribeiro

Respostas: a) 9,52 kmol; b) 71,48% de N2, 15,21% de H2O, 9,51% de CO2 e 3,80% de O2; c) 355C.

AULA 21

Ex. 61) Relativamente a combustão completa de 1 kmol de acetileno (C2H2), alimentado a 18C, com 20% de ar
atmosférico seco em excesso, pede-se determinar:
a) o número de kmol de ar seco alimentado ao forno.
b) a composição, em % molar, dos fumos.
c) a temperatura de pré-aquecimento do ar para resultar uma temperatura real de 2.318C, admitindo perdas de
10% de todo o calor gerado na combustão.
Resolver com duas casas decimais.
Dados:
I. C2H2(g) + 2,5 O2(g)  2 CO2(g) + H2O(v);
II. entalpias de formação (Hf), a 18°C, em kcal / mol de C2H2(g): CO2(g) = - 94; H2O(v) = - 57,8; C2H2(g) = 54,2;
III. capacidades caloríficas molares médias dos gases entre 18C e 2.318C, a pressão constante, em kcal /
kmol.C: CO2(g) = 13,24; H2O(v) = 10,74; N2(g) = 8,10 e O2(g) = 8,54.
IV. capacidades caloríficas molares médias do ar entre 18C e T C, a pressão constante, em kcal / kmol.C:
118C 218C 418C
7,00 7,02 7,15
Respostas: a) 14,29 kmol; b) 76,34% de N2, 6,76% de H2O, 13,52% de CO2 e 3,38% de O2; c) 368,9C.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Autor(es) Publicação (no de exemplares em 2018)* Ano Editora


Engenharia química: princípios e cálculos –
7ª edição (35 exemplares) 2006
David M. Himmelblau / James B. Riggs LTC
6ª edição (08 exemplares) 1998
4ª edição (03 exemplares) 1984
Introdução à engenharia química –
Nilo Índio do Brasil 3ª edição (38 exemplares) 2013 Interciência
2ª edição (08 exemplares) 2004
Estequiometria Industrial –
Reynaldo Gomide 2ª edição (03 exemplares) 1979 do autor
1ª edição (04 exemplares) 1968
Princípios elementares dos processos químicos –
Richard M. Felder / Ronald W. Rousseau 2005 LTC
3ª edição (27 exemplares)
Fundamentos de balanços de massa e energia –
Alberto Colli Badino Jr. / Antonio José
2ª edição (07 exemplares) 2013 EDUFSCAR
Gonçalves Cruz
1ª edição (14 exemplares) 2010
Jorge W. Hilsdorf / Newton Deléo de Cengage
Química tecnológica – 1ª edição (06 exemplares) 2004
Barros / Celso A. Tassinari / Isolda Costa Learning
John Wiley &
Gintaras V. Reklaitis Introduction to material and energy balances 1983
Sons, Inc.
Chemical Process Analysis: mass and energy
William L. Luyben / Leonard A. Wenzel 1998 Prentice Hall
balances
Octave Levenspiel Termodinâmica amistosa para engenheiros 2002 Edgard Blücher
Material and energy balances for engineers and Imperial College
Colin Oloman 2009
environmentalists Press
K. Balu / N. Satyamurthi / S. Ramalingam Problems on material and energy balance I.K. International
2009
/ B. Deebika calculation Publishing House
Principles of chemical engineering process:
Nayef Ghasem / Redhouane Henda 2014 CRC Press
material and energy balances – 2nd edition
J. F. Izquierdo / J. Costa / E. M. Ossa / J. Introducción a la ingeniería química: problemas
2017 Editorial Reverté
Rodríguez / M. Izquierdo resueltos de balances de materia y energía
*
Acervo online: http://biblioteca.oswaldocruz.br/sophia_web/

24

Potrebbero piacerti anche