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ATENDIMENTO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Cinthia Maria de Faria Dias

26/09/2019
De acordo com a temática abordada é importante fazermos uma viagem histórica para
nos situarmos de como as pessoas com deficiência passaram a usufruir seus direitos,
principalmente os direitos de aprendizagem no que se refere à igualdade de condições
de acesso ao Currículo e demais áreas do conhecimento, tendo assegurada a oferta
do Atendimento Educacional Especializado – AEE, em salas de recursos
multifuncionais (SRM).

No decorrer dos anos aumentou o número de crianças com algum tipo de deficiência
nas escolas de nosso país. Esse crescimento não pode ser visto como mera
coincidência e sim o resultado de uma luta de longos anos da sociedade brasileira.

Historicamente, em 1948, surge a Declaração Universal de Direitos Humanos que abre


um leque de possibilidades e destaca mais claramente os sujeitos de direitos dessa
declaração. A partir de então os direitos humanos passam a ser vistos universalmente,
incorporando as inúmeras particularidades existentes e dentre elas o direito das
pessoas com deficiência. Nesta perspectiva, a luta das pessoas com deficiência ganha
força política e social, no qual novas possibilidades vão surgir na sociedade civil e nos
grupos políticos onde se inicia novas políticas públicas.

O objetivo principal do AEE é o de identificar, elaborar e organizar recursos


pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação
dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas
no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala
de aula comum, contudo, tais atividades não são substitutivas a escolarização.

O atendimento educacional especificado disponibiliza programas de enriquecimento


curricular, o ensino de linguagem e códigos específicos de comunicação e sinalização
ajudas técnicas e tecnologia assistida, dentre outros.

É na educação infantil que a inclusão escolar tem início, pois é o local onde
desenvolvem-se as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu
desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de
comunicação, a riqueza dos estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos,
psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações
interpessoais, o respeito e a valorização da criança.

Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o Atendimento Educacional


Especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo
oferta obrigatória dos sistemas de ensino e o atendimento deve ser realizado no turno
inverso ao da classe comum, na própria escola ou no centro especializado que realize
esse serviço educacional.

O AEE é de fundamental importância porque trabalha as reais necessidades do aluno,


respeitando os ritmos de aprendizagem e as peculiaridades de cada um,
desenvolvendo a autonomia dos alunos, facilitando a aquisição de seus valores, além
de favorecer a compreensão de conhecimentos relacionados à aplicação de situações
de vida diária, contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno
proporcionando a aquisição de habilidades inter e intrapessoais, disponibilidade
permanente para aprender, facilitando a caminhada ao saber; contribuir para que o
aluno construa gradualmente os seus conhecimentos, pelos processos de avanços e
recuos inerentes ao seu próprio ritmo, evoluindo a cada passo. Assim o AEE é uma
modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, graus e etapas do percurso
escolar e tem como objetivos, entre outros, identificar as necessidades e
possibilidades do aluno com deficiência, elaborar planos de atendimento, visando ao
acesso e à participação no processo de escolarização em escolas comuns, atender o
aluno com deficiências no turno oposto àquele em que ele freqüenta a sala comum,
produzir e/ou indicar materiais e recursos didáticos que garantam a acessibilidade do
aluno com deficiência aos conteúdos curriculares, acompanhar o uso desses recursos
em sala de aula, verificando sua funcionalidade, sua aplicabilidade e a necessidade de
eventuais ajustes, e orientar as famílias e professores quanto aos recursos utilizados
pelo aluno.

É importante que o professor da sala do AEE seja dinâmico e criativo, a fim de facilitar
o processo de ensino - aprendizagem do aluno deve trabalhar as peculiaridades de
cada aluno ao longo de todo o processo de escolarização e acima de tudo esse
atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum
mantendo comunicação para que juntos possam criar estratégias para o
desenvolvimento dos alunos. Quanto mais houver esta interação mais benefícios
trarão para as crianças, o que contribuirá para uma inclusão de qualidade evitando a
discriminação entre o grupo.

A lei assegura o direito do aluno ao Atendimento Educacional Especializado assim que


for necessário, para que o mesmo possa ser atendido em suas particularidades e
necessidades, bem como quando não for possível matricular nas classes comum esse
atendimento deverá ser realizado por meio do serviço de apoio especializado.
A função do AEE é o de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas.

Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à
autonomia e independência na escola e fora dela.
Consideram-se serviços e recursos da educação especial àqueles que asseguram
condições de acesso ao currículo por meio da promoção da acessibilidade aos
materiais didáticos, aos espaços e equipamentos, aos sistemas de comunicação e
informação e ao conjunto das atividades escolares.

Na historia

Na Antiguidade , principalmente na Grécia antiga, onde a perfeição do corpo era


venerada, as reações diante das pessoas com a pessoa com deficiência era o
abandono, a eliminação ou o sacrifício. Em alguns lugares de Roma, podiam ser
mortos ou submetidos a um processo de purificação para livrá-los de maus desígnios.
Assim como a loucura, a deficiência na Antigüidade oscilou entre dois pólos bastante
contraditórios: ou um sinal da presença dos deuses ou dos demônios; ou algo da
esfera do supra-humano ou do âmbito do infra-humano. Do venerável saber do
oráculo cego à “animalidade” da pessoa a ser extirpada do corpo sadio da
humanidade. Assim foi por muito tempo, em várias civilizações (ancestrais da nossa).
Nesse período, a sociedade estava organizada em duas camadas sociais: a nobreza,
que detinha o poder econômico; e o populacho, composto pelas pessoas consideradas
subumanas e, geralmente, escravizadas.). Na sociedade grega, especificamente a
ateniense, conhecida por priorizar a educação integral, a qual procurava formar um
homem útil ao Estado, o próprio pai tinha o encargo de matar o filho ou abandoná-lo
em algum local. Na Idade Média , sob o respaldo da Igreja, a pessoa com deficiência
era vista como de dois modos diferentes: como alguém que expiava um pecado ou
como alguém que necessitava de caridade. A deficiência mental era concebida como
desígnio de um ser superior, um castigo, uma culpa, ou ainda como sendo a
possessão do corpo pelo demônio. Assim, os deficientes eram tratados de diferentes
formas: ora eram rejeitados ora mereciam piedade; ora eram protegidos ou até mesmo
supervalorizados; ora sacrificados ou ainda excluídos do convívio social. Já que se
acreditava que as estruturas sociais teriam sido supostamente constituídas por “leis
divinas” sob a coerção da Igreja Católica, esta punia severamente aqueles que, a seus
olhos, contrariassem-nas. Este papel persecutório viria a caber principalmente à
Inquisição Religiosa , a qual sacrificou milhares de pessoas pretensamente heréticas,
incluídas entre elas muitas pessoas com deficiência mental. Com a difusão do
Cristianismo na Europa, as pessoas com deficiência começam a escapar do
abandono. Surgiu o atendimento assistencial, ou seja, havia instituições que acolhiam
os desprotegidos, infelizes ou doentes de toda a espécie. Essas instituições podiam
ser conventos ou Igrejas. Mesmo assim, não tinham consideração para com os
indivíduos que divergiam dos padrões de comportamento considerados comuns na
época, pois estas instituições isolavam e escondiam. A própria religião, com toda sua
força cultural, ao colocar o homem como ‘imagem e semelhança de Deus’, ser
perfeito, inculcava a idéia da condição humana como incluindo perfeição física e
mental. E não sendo ‘parecidos com Deus’, os portadores de deficiência (ou
imperfeições) eram postos à margem da condição humana. Ainda durante a Idade
Média, o advento do feudalismo como novo meio de produção levou à ascensão de
um outro grupo social: o clero. Com isso, a Igreja passou a influenciar e,
conseqüentemente, a controlar os diversos setores da sociedade. Ou seja, em uma
sociedade em que as pessoas eram observadas como “imagem e semelhança de
Deus”, aquelas que apresentassem alguma deficiência eram associadas ao demônio
e, conseqüentemente, tornavam-se vítimas do descaso e da marginalização. Durante
a modernidade, percebemos a destituição do sistema feudal e, conseqüentemente, o
surgimento do sistema mercantil , no qual se fortaleceram as relações entre a
burguesia e o Estado. Nesse processo, a Igreja passou a perder o controle em
diversos setores, principalmente no econômico, e as influências dos ideais humanistas
moveram os olhares antes destinados à teologia para os valores antropocêntricos.

Com o advento da filosofia humanista na Idade Moderna , inicia-se a valorização do


ser humano, O homem passa a ser entendido como um animal racional, há o
surgimento do método científico, iniciam-se estudos em torno das tipologias de
deficiências, a concepção de deficiência passa a decorrer do modelo clínico,
empregando-se, assim, um caráter patológico, com medicação e tratamento.
Motivados por esses ideários, algumas pessoas começaram a contribuir para o
rompimento com as concepções que ligavam a deficiência ao misticismo . Assim, essa
concepção passou a relacionar-se com o aspecto médico-pedagógico. Buscaram-se
as causas das deficiências, incorporando a essas pesquisas um caráter científico.
Nessa perspectiva, procurou-se normalizar as pessoas com deficiência.
Bibliografia
Garcia, V. G. (s.d.). As pessoas com deficiência na história do mundo. Acesso em 24 de 09 de
2019, disponível em BengalaLegal: http://www.bengalalegal.com/pcd-mundial

Jacomeli, R. B. (s.d.). A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO


REGULAR. Acesso em 26 de 09 de 2019, disponível em Brasil Escola:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-inclusao-alunos-com-
necessidades-especiais-no-ensino-regular.htm

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