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Parasitologia &
Fitopatologia-B0044
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino `a Distância
Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
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E-mail:ced@ucm.ac.mz
Website: www..ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância e o autor do
presente manual, dr. Naftal J. Naftal, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e
instituições na eleboração deste manual.
fitopatologia……………………..05
Unidade 02. Introdução ao estudo de parasitologia e
fitopatologia…………………………15
Unidade 03. Metodologia de
trabalho ……………………………………………………………20
Unidade 04. Parasitas e sua
evolução ……………………………………………………………..27
Unidade 05. Epidemologia e estatística
médica..................................................................43
Unidade 06. Estágios de ciclo de
doenças………………………………………………………..50
Unidade 07. Doenças provocadas por
microrganismos……………................................55
Unidade 08. Efeitos do
patógeno……………...................................................................1
07
Unidade 09. Mecanismos de
defesa……………...............................................................113
Unidade 10. Métodos de controle de
doença......................................................................123
Unidade 11.
Protozoologia………………………………………..................
.................128
Unidade 12.
Nemátodos…………………………….......................................
.................140
Unidade 13. Relações entre as epidemias dos nemátodos
...............................................144
Unidade 14. Anelídeos
..……………………………........................................................
155
Unidade 15. Artropodes
……………………………........................................................1
59
Unidade 16. Importância dos artrópodes
..………….........................................................164
Visão Geral
Objectivos da Cadeira
Quando caro estudante, terminar o estudo da
Parasitologia&Fitopatologia será capaz de:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-chave
que você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos
vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu
estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual.
Ícones de Actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Precisa de Apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais
de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o
seu próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância..
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a
realização dos trabalhos.
Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem
para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 (um)
teste e 1 (exame).
Não estão previstas quaisquer avaliações orais.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor,
entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.
Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.
Unidade 01
Tema: Introdução ao estudo de parasitologia e fitopatologia
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao Estudo da Parasitologia &
Fitopatologia . Desde da existência da humanidade na terra, o mundo
apresenta-se de forma indissociavel aos parasitas, elas cohabitam em
todos ambientes possíveis, onde é possível a existência da vida. Seria
impensável a existencia do Homem sem a existência dos parasitas,
pois contrariamente a muitos pensamentos errôneos relativamente a sua
existência, colocando-os num lugar de inimigos do Homem, eles ajudam
consideravelmente na manutenção do equilíbrio no nosso ecossistema
(no planeta terra).
Historia da Fitopatologia
Fitopatologia é uma palavra de origem grega (Phyton=planta,
Pathos=doença, e Logos = estudo), e indica a ciência que estuda as
doenças das plantas.
Fitopatologia em Moçambique
Investigação fitopatológica iniciada em 1932
Tomando carácter defintivo em 1937, com a instalação do laboratório
para estudos epifitologicas na secção de micologia dos serviços de
agricultura.
Sumário
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo das patologias causadas por fungos.
Como já sabemos, os fungos são organismos heterotróficos, pois alimentam-se
de matéria orgânica. Alguns fungos são beneficicos mas outros são prejudiciais.
Sumário
A guerra contribui bastante para as migrações das populações . As
migrações aumentam o nível e o número de doenças parasitárias, uma
vez que quando existe uma migração podem ser transportadas doenças
de uma região para outra , eocorre aglomerações de trabalhadores
vivendo sob precárias condições de vida, devido à baixa
remuneração da força de trabalho e, a ocorrência de doenças
passou a ter um componente de determinação colectiva e são
socializados os modos de adoecer. Por outro lado existe ascensão
de doenças estritamente rurais para urbanas.
Os organismos invadem todos os espaços e meios particulares
do ambiente natural, desde os mares, a água doce, a terra , o ar,
e , todos seres , servem de habitat para os mais diferentes
organismos e estão em constante interação entre si.
As relações entre os organismos podem na natureza, tomar os
aspectos seguintes:
a) Interações dependentes da densidade dos indivíduos
presentes na comunidade
b) Relações de natureza nutricional
c) Relações de natureza concorrencial, pelos recursos do
ambiente
d) Interacções devidas á emissão de substâncias específicas
pelos organismos
e) Relações do tipo cooperativo e social, incluido a
reprodução
f) Interacções de tipo simbiótico ( comensalismo,
parasitismo, mutualismo)
São vários os aspectos ecológicos que auxiliam a sobrevivência,
multiplicação dos organismos em especial os micro nos mais diversos
habitats.
1. Fale da relação entre migracoes e guerras com doenças
parasitarias
2. A guerra e a migração trazem consigo aglomerações da
população sob precárias condições de higiene o que leva a
socialização da doença.
a) Concorda com a afirmação?
Exercícios b) Justifique com base em um exemplo concreto
3. São vários os tipos de relação que os organismos podem ter na
natureza. Escolha dois deles e descreva-os detalhadamente
Unidade 03
Introdução
Caro estudante, é convidado a conhecer a metodologia usada para o estudo da
Parasitologia & Fitopatologia, a maneira mais recomendada de trabalhar com a
comunidade tendo em conta aspectos da ética e aspec tos sócio-antropológicos
Técnicas da bioestatística
Os índices de mortalidade se podem expressar em mortes por 100.000
indivíduos por ano. Os índices de morbilidade se comunicam geralmente
como casos de enfermidades de declaração obrigatória em cada 1000
indivíduos por ano.
Sumário
Para a percepção dos diferentes aspectos que se encontra por detrás de
uma doença ou do seu agente causador é necessário estudar
minuciosamente a população afectada fazendo se a contagem dos seus
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo dos Parasitas e sua evolução. Muitos
de nós tem se perguntado de onde vieram estes seres chamados de parasitas,
como teriam sido os seus ancestrais? Como chegam até as plantas e aos
animais? Estas e outras questões tem se levantado em volta do mundo dos
Parasitas
Práticas recomendadas
- Rotação de culturas
A rotação de culturas reduz o inoculo primário dos parasitas
necrotróficos presentes nos restos culturais e, consequentemente, a
intensidade das doenças nos órgãos aéreos. Esse é o caminho para a
produção de sementes sadias. Portanto, as lavouras produtoras de
sementes devem apresentar como padrão a observância da rotação de
culturas.
Especificidade de hospedeiros:
- Tipo de plantas (família, gênero, espécie)
- Órgãos e tecidos infectados
- Idade dos órgãos e tecidos
Penetração
Os patógenos podem penetrar no tecido vegetal do hospedeiro através
de:
1. Aberturas naturais
2. Ferimentos
3. Órgãos especiais
4. Órgãos especializados
Desenvolvimento de sintomas
Mudanças visíveis na aparência da planta infectada constituem os
sintomas da doença. Algumas infecções mantêm-se latentes (não
produzem sintomas de imediato). O período entre a inoculação e o
aparecimento dos sintomas é denominado período de incubação.
Evolução do parasitismo
As adaptações complexas (quer expressas pelo parasitismo, quer pelas
espécies livres) não surgem bruscamente, de um só passo, como se de
um acto de criação se tratase. Como regra geral, não se conhecem as
espécies de transição (extintas), a adptação toma aparência de ter
surgido de uma só vez, o que provavelmente é falso. Certas condições
prévias terão de existir para que as formas livres tenham algum sucesso
para enveredarem pelo parasitismo. Entre elas pode se referir um
elevado potencial de multiplicação, o hermafroditismo, um vasto
polimorfismo combinado com larga plasticidade de adaptação a
diferentes ambientes e modos de vida.
Sumário
Parasitas biotroficos são parasitas obrigatórias, por sobreviverem
apenas na planta hospedeira viva. enão são controláveis pela rotação,
porque são dependentes de seus hospedeiros vivos (ferrugens, oídios,
míldios).
Parasitas necrotróficos, são saprofitas que em certas condições
passam a parasitar plantas potencialmente controláveis pela rotacao de
culturas.
A origem dos parasitas fez-se a partir de espécies livres possuidoras
provavelmente de um certo número de características e propriedades
que facilitaram e condicionaram o terem enveredado por essa via
adaptativa.
Parasita é todo o organismo de reduzido tamanho que
permanentemente, ou durante parte mais ou menos considerável do seu
ciclo de vida vive no outro organismo, o hospedeiro (á sua superfície ou
no seu interior), e dele retira alimento, protecção, abrigo ou transporte –
espoliação que não é benéfica para o hospedeiro, podendo causar-lhe
maior ou menor nocividade. Mas em regra não lhe causa morte imediata.
Existem parasitas obrigatórios e parasitas facultativos.
Para que o parasita consiga se alimentar e se multiplicar ele deve
possuir adaptações que o permitem viver á custa do hospedeiro. Os
parasitas conseguem penetrar nos tecidos vegetais atraves de
ferimentos, aberturas naturais, onde invadem e colonizam os tecidos.
Nos animais o mecanismo de penetração pode ser por via directa ou por
via indirecta.
Os fenômenos de competição, as coexistências e tolerâncias, não
deixam de manifestar também significativos aspectos coevolucionais.
1-Diferencie parasitas biotroficos de parasitas necrotroficos’
2- Mencione as formas de controle dos parasitas necrotroficos,
relacionando com as suas características.
3-Porque razão torna-se difícil provar aevolução dos parasitas
Exercícios 4- O que entende por coevolução. Dê um exemplo
Unidade 05
Introdução
Objectivos
Características gerais
- Causada pela deficiência ou excesso de algo que garante a sua vida;
- ocorrem na ausência do patógeno, e não podem, portanto ser
transmitidas de planta doente para sã;
- Afectam as plantas em todo estagio do seu desenvolvimento (semente,
sementeira, fase vegetativa, maturação, etc) e podem causar danos no
campo, no armazém e no mercado;
- Os sintomas causados pelas doenças abióticas, variam no tipo e
severidade, consoante o factor ambiental envolvido, e no grau de desvio
desse factor normal.
Diagnóstico
- Facilmente feito pela presença na planta de sintomas característicos,
de falta/deficiência ou excesso de certos factores:
- De outra maneira o diagnostico pode ser feito, examinado ou analisado
as condições de temperatura dominantes, antes e durante o
aparecimento da doença, praticas culturais ou possíveis acidentes no
curso destas praticas, precedendo o aparecimento da doença.
Os sintomas das demais doenças abióticas são muito semelhantes,
aquelas causadas por vários vírus, micoplasmas e muitos patógenos do
solo (diagnostico complicado).
Passos para um diagnostico preciso:
1. Provar a ausência na planta de qualquer patógeno que possa estar
associado a doença.
2. Reproduzir a doença em plantas sãs, submetendo as plantas as
condições similares aquelas que se pensam serem responsáveis pela
doença.
3. Para distinguir dentre vários factores ambientais que causam os
sintomas similares, deve-se curar a doença, se possível cultivando a
planta em condições, que o grau ou a quantidade, do factor ambiental
envolvido esteja ajustado ao normal.
Controlo
- Assegurar que as plantas não fiquem expostas á condições ambientais
extremas, responsáveis por tais doenças;
- Suplemento a planta com substancias de protecção, que reponham
estas condições, a níveis favoráveis para o crescimento da planta.
Sumário
Doença é um processo dinâmico resultante da interação entre a planta e
o patógeno em intima relação com o meio.
1.Classifique as doenças quanto a ocorrência. E cite um exemplo para
cada tipo tomando como base o seu País.
2.Porque razão o diagnostico das doenças abióticas considera-se
complicado?
Exercícios 3. Fale do papel das doenças das plantas
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estagio do ciclo da doença. Para que a
doença se desenvolva ela passa por ciclos onde se vão desencadear vários
eventos que proporcionarão o aparecimento desta
Desenvolvimento da doença
Ciclo da doença
A série de fases ou eventos sucessivos que conduzem á ocorrência da
doença ou fazem parte do seu desenvolvimento, constitui um ciclo no
qual cada uma das diferentes fases apresenta características próprias e
tem função definida. Entretanto há que se ter sempre em mente que
doença é parte integrante do ciclo das relações patógeno-hospedeiro,ao
passo que só acidentalmente , figura como parte do ciclo biológico ou
ciclo vital de fungos patogénicos.
Penetração Infecção
Ciclo de infecção Colonização
Inoculação
Reprodução
Disseminação (inoculo
do patógeno
secundário)
Inoculum
primário
Desenvolvimento
de sintomas
Sobrevivência
(Overseasoning)
Triangulo da doença
Hospedeiro Patógeno
Grau de resistência Virulência, quantidade do inoculo,
Idade da planta estado do inoculo (dormente ou
Uniformidade genética Quantidade de activo)
doença
Ambiente
Temperatura, humidade, luz, ph do
solo, nutrientes.
Sumário
A série de fases ou eventos sucessivos que conduzem á ocorrência da
doença ou fazem parte do seu desenvolvimento, constitui um ciclo no
qual cada uma das diferentes fases apresenta características próprias e
tem função definida. Entretanto há que se ter sempre em mente que
doença é parte integrante do ciclo das relações patógeno-hospedeiro,ao
passo que só acidentalmente , figura como parte do ciclo biológico ou
ciclo vital de fungos patogénicos.
O ciclo das relações patógeno-hospedeiros dependendo das condições
pode ser caracterizado em: Ciclo primário e Ciclo secundário
Baseado no número de ciclos que uma determinada doença apresentar
durante uma mesma estação de cultivo, pode ser classificada como
doença monocíclica (ou de ciclo primário) ou doença policíclica (ou de
ciclo secundário).
O triângulo da doença é um conceito básico em Fitopatologia. E baseado
no principio de que a doença é resultado duma interacção entre a planta
hospedeira, patógeno potencial e ambiente.
As condições óptimas para o desenvolvimento da doença são:
hospedeiro susceptivel, patógeno virulento e ambiente favorável
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo das doenças causadas por
microorganismos, concretamente fungos , bactérias e vírus, incluindo seus
vectores e métodos de controle.
Exemplo 1
Podridão das raízes
0 0
Fig n 2: Sintomas na folha do fungo Botrytis sp, Fig n 3: Podridão Mole
causa: fungo Botrytis sp
Biologia
A doença é transmitida pela semente e por restos da cultura do ano
interior. As plantas são geralmente infectadas através de feridas
provocadas por colheita prematura, por insectos, pela queimadura do sol
ou pelo míldio. A doença é favorecida por humidade relativa elevada e
adubação excessiva com azoto
Meios de protecção
-Queimar os restos da cultura depois da colheita e os bolbos estragados
que saem dos armazéns
- Usar variedades coloridas como Red Creole, que são menos atacadas
do que as variedades brancas como Texas Grano
-Usar semente certificada, isenta do patogéno
- Não fazer adubações com excesso de azoto
- Colher cebola após a ocorrência de um período seco e deixá-la secar
bem.
-Manejar os bolbos cuidadosamente durante e depois da colheita para
evitar feri-los
- Armazenar a cebola em armazéns frescos, com humidade relativa por
volta de 65%.
-“ Curar” artificialmente os bolbos no armazém por meio de ar quente (
300C) dentro de 03 dias depois da colheita
- Combate químico, através de tratamento da semente
Exemplo 3
Podridão das sementes
Podridão –da –espiga
Sintomas
A podridão das espigas pode ser provocada por vários fungos dos quais
se destacam Fusarium spp e Diplodia spp. Os grãos atacados por
Fusarium cobrem-se de um bolor rosado enquanto que os que são
atacados por Diplodia cobrem-se de um bolor branco, cinzento, castanho
ou quase negro, conforme a intensidade do ataque (fig 4). Nas
maçarocas as camisas ficam muito agarradas ao grão
Biologia
Frequentemente a doença aparece depois do ataque da broca, que abre
galerias e assim facilita a entrada dos fungos que causam podridão do
caule e da espiga. Também há infecção sistémica pelas raízes de
semente contaminada ou de restolhos de plantas infectadas que ficaram
no campo. Estas podridões diminuem a qualidade da semente que
apresenta baixo poder germinativo. Algumas espécies de fungos que
infectam a semente produzem micotoxinas perigosas para a saúde das
pessoas e para os animais que comem farinha ou rações feitas com
semente infectada.
Meios de protecção
- Colher na época própria. Não deixar as espigas no campo, quando
est~ao prontas para colheita
- Em caso de colheita mecânica, ajustar o equipamento por forma a obter
o mínimo de dano no grão e o máximo de limpeza
-Secar o milho até pelo menos 15% de humidade, preferencialmente
dentro de 24 a 48 horas após a colheita
-Armazenar em boas condições de arejamento para evitar o
desenvolvimento dos fungos
-Seleccionar rigorosamente a semente. Usar semente de boa qualidade
para favorecer o estabelecimento de plantas de boa qualidade
- Não usar semente proveniente de uma cultura infectada, mesmo
quando a semente parece sã
- Tratar a semente com um fungicida antes de semear
Exemplo 4
Mapira e Mexoeira- Podridão- da- inflorescência ( Fusarium spp)
Sintomas
Os grãos ficam cobertos de bolor (fig 5)
Biologia
Depois da floração o ataque do fungo dá-se em condições de humidade
elevada. A doença aparece nas variedades de ciclo curto nas zonas em
que chove durante o amadurecimento do grão. O fungo produz
micotoxinas que tornam perigoso o consumo do grão infectado.
Distribuição geográfica: A doença aparece nas zonas Centro e Norte do
País
Meios de Protecção
- Usar variedades resistentes
-Utilizar variedades regionais de ciclo longo, que atingem o
amadurecimento durante a época seca
- Combate químico
- Tratar as sementes com fungicida antes da sementeira
Doenças causadas por fungos na plântulas (doenças do grupo II)-
Doenças que causam danos nas plantulas ( Damping off)
Envolvem destruição de partes jovens da planta tais como radícula e
cotiledônea bem como a destruição do tecido tenro na haste da plântula
próxima a superfície do solo. Vários agentes causadores da Damping-off
são: Pythium, Phytophthora, Fusarium e Rhizoctonia solani.
● Saprófitas na matéria orgânica do solo
● Parasitas facultativos
● Produzem enzimas e toxinas
● Doenças causadas por Pythium, e Phytophthora ocorrem em maior
quantidade em condições de humidade elevada.
Damping-off
Vários agentes causadores, mas o Pythium spp é comum
- Principal problema dos viveiros e da fase de estabelecimento das
culturas
- A doença afecta as sementes, plântulas e raízes das plantas
- Sementes semeadas em solos infestados não germinam, tornam-se
moles, castanhas e se desintegram
- Sintomas nas plântulas são facilmente observados á superfície do solo.
Começa com o aparecimento de pontos que parecem estar
encharcados. Evoluindo para necrose da área encharcada, murcha e
morte da plântula
- Humidade elevada favorece o desenvolvimento da doença.
Exemplo
Rizoctónia (cancro) ( Rhizoctonia solani)
Sintomas: O fungo provoca o aparecimento de formações negras e
grumosas sobre a casca dos tubérculos (fig n0 6) e o enegrecimento da
raíz do caule, na parte que fica abaixo do solo
O fungo geralmente ataca os tecidos jovens de órgãos em
desenvolvimento, especialmente os caules pouco diferenciados.
Em condições favoráveis para desenvolvimento do fungo, este provoca
0
necroses nos rebentos recém –formados , antes de emergirem (fig n 7)
0
Fig n 7: Sintomas d
Rhizoctonia solani na batata
0
Fig n 6: Rizoctónia ( Cancro) provocada por
( Rhizoctonia solani) nos brotos da batata
Biologia
0
A temperatura óptima para crescimento do fungo é de 25 C e para a
0
infecção do caule da batata é por volta de 18 C, combinada com uma
humidade relativa de 100%. O fungo sobrevive de um ano para o outro
nos restos da cultura e sobre tubérculos.
Modos de protecção
- Preparar o solo com antecedência de 2 a 3 meses para destruir a
matéria orgânica n`ao decomposta
- Plantar a uma profundidade média de 15cm
- Efectuar as operações de amontoa 20 a 30 dias após a germinação,
quando o caule estiver mais rígido
- Fazer a rotação das culturas durante 3 a 4 anos com cereais
- Combate químico usando uma das alternativas:- dar um banho de
imersão aos tubérculos na calda fungicida, pouco antes da plantação;
- Aplicar um fungicida sobre os tubérculos na altura da plantação, antes
de tapá-los.
Exemplo
Exemplo
Murchidão das plântulas (Tomate, Beringela, Pimento) (Vários
fungos como Pythium, Rhizoctonia, Sclerotium, Fusarium)
Sintomas
A doença pode manifestar-se antes ou depois da emergência das
plantas.
Antes da emergência o patógeno ataca a radícula e o caulículo, logo no
início da germinação, provocando a morte da planta antes da
emergência.
Nas plantinhas recém germinadas estes fungos provocam dificuldades
no crescimento, em alguns locais as plantinhas nem se desenvolvem ou
crescem muito pouco e morrem. Assim, nos viveiros há muitas falhas e
plantinhas fracas e mal desenvolvidas. As raízes ou a região do colo
tornam-se pretas ou castanhas e em muitos casos apresentam
estrangulamentos (ver fig nº 9 e 10)
Biologia
A maioria dos fungos causadoras desta sintomatologia são habitantes do
solo e assim a disseminação ocorre frequentemente através do
transporte de solo infectado. Todos os fungos mencionados são
polífagos, com numerosas raças fisiológicas, sendo capazes de atacar
muitas culturas. As condições que favorecem a doença são: solo mal
drenado, temperatura elevada, grande densidade de plantas,
sombreamento excessivo, cultivo intensivo no mesmo local e uso de
material orgânico não decomposto.
Outros hospedeiros: Alface, Tomate, Cebola, Alho, Couve, Repolho
Meios de protecção
-Localizar o viveiro em terra virgem numa área elevada
-Fazer a solarização do solo do viveiro isto é: estender uma película de
polietileno ( 20 a 50μm de espessura) em cima da área do viveiro sobre
solo húmido, durante 1 a 2 meses, na época quente para obter a
desinfecção do viveiro
- Queimar uma camada de capim em cima do viveiro antes da
sementeira para fazer a desinfecção superficial do solo
-Preparar o solo com devida antecedência para permitir a decomposição
completa do material orgânico
-Semear em linhas e com espaçamento
- Regar moderadamente com água não contaminada
0
Tratar a semente com água quente ( a 52 C) durante 30 min ( controla
apenas a Rhizoctonia)
- Combate químico: Tratar a semente
-Pulverizar preventivamente o solo, logo depois da sementeira
- Pulverizar as plantinhas e o solo logo que se manifeste o ataque
Míldios (oomicete)
Causados por fungos pertencentes a família Peronosparaceae
(oomicetes dos generos):
Peronosclerospora, Phytophthora, Plasmopora.
Estrutura do fungo constituído por fungo cenocítico
Esporângios e esporangiosforos facilmente observadas em condições
favoráveis (humidade).
Patógenos com especificidade no seu parasitismo por determinadas
plantas
Presença de haustórios
Exemplo
Milho: Míldio (Peronosclerospora sorghi)
Sintomas: Os primeiros sintomas aparecem cerca de duas semanas
depois da sementeira. As folhas das plantas atacadas são mais estreitas
(fig 11), cloróticas, com estrias brancas. A área clorótica começa sempre
na axila da folha e avança em estrias desiguais até um ponto bem
marcado (fig 12). Nas folhas mais novas a área clorótica é sempre do
que nas primeiras folhas. Sobre as folhas observa-se por um “pó
branco”. Nas plantas do milho atacado a bandeira não chega a sair do
invólucro das folhas ou apresenta-se distorcida. As plantas atacadas
quando jovens morrem antes de ter formado maçarocas
Exemplo
Batata Reno ( Solanum tuberosum)
Doença: Míldio ( Queimado-do-frio) (Phytophthora infestans)
Sintomas
Nas folhas o fungo provoca manchas necróticas relativamente grandes,
de cor pardo-escura, principalmente nas margens das folhas (fig 15). Na
página inferior das folhas o fungo forma massas de micélio e esporos
(míldio) de cor cinzenta ou esbranquiçada. No caule e nos pecíolos as
lesões são semelhantes tingindo 3 a 10 cm de comprimento.
Nos tubérculos atacados observam-se manchas deprimidas, de cor de
rosa ou violáceo escura. Os tubérculos com ataque de míldio tem baixo
poder de conservação
O tamanho das manchas do míldio variam muito com a idade e
variedade da planta e com as condições ambientais, podendo atingir
alguns centímetros de diâmetro.
Biologia
Phytophthora é um género de protistas que engloba algumas espécies
particularmente nocivas para a agricultura e silvicultura, responsáveis por
várias doenças em plantas, vulgarmente associadas ao termo
"podridão". O termo em latim refere-se, aliás, a esta característica ao
aliar o termo grego phyton (planta) com phthora (destruição). Por vezes,
tudo ao que parece, por engano, é frequente encontrar a designação
Phytophora e Phytosphora. Em alguns sistemas de classificação,
pertence à divisão (ou reino) Eumycota e à subdivisão Mastigomycotina
- sendo considerado, nesse caso, como um fungo. De facto, este género
de protistas são semelhantes a fungos, e ataca as plantas de modo
semelhante às dos patogéneos fúngicos, pelo que são, por isso,
frequentemente considerados como fungos (ou pertencente a um reino à
parte: Eumycota). Atacam especialmente as plantas dicotiledóneas.
Meios de Protecção
- Evitar a utilização de campos com má drenagem ou zonas do campo
que sofram de excesso de água
- Utilizar batata-semente sã
- Arrancar, destruir as primeiras plantas atacadas por míldio, evitando
assim que sirvam de foco de infecção. Reduzir as regas.
- Evitar sempre que possível a rega por aspersão.
-Utilizar compassos largos entre plantas para facilitar o arejamento da
cultura
- Amontoar a batata para evitar que os tubérculos possam ser
contaminados pelo fungo
- Destruir afolhagem, desde que 75% da folhagem esteja afectada pela
doença, para evitar o risco de contaminação dos tubérculos
- Colher batata somente 10 1 15 dias após a rama estar morta apenas
quando aterra estiver seca
- Após o arranque, deixar a batata no campo apenas o tempo suficiente
para ela secar
- Queimar toda a rama da batateira e outros detritos logo após o
arrqnque dos tubérculos para o fungo não ter condições de
sobrevivência
-Fazer a rotação de culturas durante 3 a 4 anos não utilizando culturas
susceptíveis ao míldio
-Combate químico: para o míldio só devem fazer-se tratamentos
preventivos
Medidas de controlo
Variedades resistentes e fungicidas
Oidios (Míldios pulverulentos)
Causados por fungos pertencentes a ordem Eryphales
Parasitas obrigatórios. Patógenos se caracterizam por uma massa
branca constituída de micélio, conidiosforos, e conídios hialinis com
aspecto pulverulento.
Haustórios. Patógenos com especificidade marcante pela planta
hospedeira, chegando a formar-se raças fisiológicas que diferem entre si
quanto a capacidade de atacar determinadas variedades de uma mesma
espécie.
Exemplo
Oidium anacardii em cajueiro (Anacardium occidentale L.)
O cajueiro, Anacardium occidentale (Anacardiaceae), é uma cultura de
importância econômica, estimulada pela exportação do produto
industrializado e pelo consumo interno.
Do pseudofruto (pedúnculo hipertrofiado) são fabricados vários produtos,
tais como sucos, néctar de caju, caju em calda, caju cristalizado, geléia,
doce em massa, licor, aguardente, vinagre e vinho. Do fruto (castanha),
alem da amêndoa, destinada grande parte à exportação, é também
extraído o LCC (líquido da castanha de caju) utilizado na indústria
química para obtenção de resinas, fabricação de tintas, vernizes,
esmaltes, lonas de freio para veículos, etc.
O fungo Oidium anacardii associado à espécie hospedeira Anacardium
occidentale L. (Anacardiaceae) [cajueiro] e também como hospedeira foi
relatado em Anacardium sp. L. (Anacardiaceae), Mangifera indica L.
(Anacardiaceae) [manga] (Cenargen, 2010).
Sintomatologia.
Os sinais são caracterizados por um delicado crescimento branco-
acinzentado, na superfície das folhas e inflorescência, constituído por
micélio , conidióforos e conídios do patógeno. O fungo emite haustórios
para o interior das células epidérmicas, de onde absorvem os nutrientes .
Em decorrência disto, o tecido afetado exibe pontos neuróticos, escuros,
mais pronunciados na face inferior da folha. Com a evolução dos
sintomas, pode ocorrer a queda prematura de folhas e flores. O
patógeno pode penetrar no tecido da planta em qualquer fase de seu
desenvolvimento .
Etiologia.
O agente causal é o fungo Oidium anacardii. Seus conídios hialinos (Fig.
1C) são produzidos em conidióforos curtos, em cadeias eretas, formando
um ângulo reto (Fig. D) com a superfície do hospedeiro. Na fase perfeita
ou teleomórfica, Erysiphe polygoni, forma cleistotécios escuros, dotados
de apêndices, sobre o micélio superficial, contendo vários ascos e,
dentro destes, ascósporos hialinos e unicelulares (Kimati et al., 2005).
Epidemiologia.
Nos paises africanos é mais comum o fungo infectar órgãos jovens,
provocando quase sempre efeitos devastadores na produção. Após o
período chuvoso o patógeno atinge seu pico populacional na África,
geralmente de junho a setembro, afetando folhas, brotações,
inflorescências e maturis (o conjunto pseudofruto + castanha jovem).
Mudas e plantas jovens mostram-se extremamente suscetíveis (Stadnik
et al. 2001).
Controle.
O controle do oídio do cajueiro pode ser feito com aplicações de
benzimidazóis espaçadas de 15 dias. Duas aplicações são eficientes
para eliminar o patógeno da superfície do órgão afetado, desde que a
pulverização tenha atingido toda a copa da planta. Fungicidas a base de
enxofre também são eficientes no controle da doença, tendo-se o
cuidado de não aplicar o produto nas horas quentes do dia devido a
problema de fitotoxidez.
Manchas foliares
Para além das folhas atacam também outros órgãos da planta, tais como
flores, inflorescência, ramos, frutos. Exemplos dos fungos patogênicos:
Helminthosporium sp (imperfeito), Alternância sp (imperfeito),
Cercospora sp (imperfeito), Phytophthora infestans (oomicete).
Exemplo
Mancha castanha ( Drechslera oryzae = Helminthosporium oryzae)
Sintomas
O ataque da doença é caracterizado pelo aparecimento de manchas
castanho-escuras de cerca de 0,5-1cm nas folhas, caules e grãos.
Inicialmente essas lesões são pequenos pontos de forma oval, visíveis
sobre ambas às páginas. Quando desenvolvidas as manchas ficam
maiores (ovais), castanhas e o seu centro torna-se mais claro ou
cinzento.
Frequentemente as manchas juntam-se e toda a superfície seca.
Os sintomas do ataque nos grãos caracterizam-se por lesões escuras na
sua superfície.
Em condições favoráveis as manchas cobrem totalmente os grãos e as
sementes ficam enrugadas e descoradas. Estas sementes não
germinam ou as plantas jovens morrem.
Fig nº 17: Nome Popular: Mancha-parda, Mancha-marrom, Mancha-foliar
* Nome Científico: Bipolaris sp., Cochliobolus miyabeanus
* Sinonímia: Drechslera sp., Helminthosporium sp.
* Classe: Dothideomycetes
* Filo: Ascomycota
* Reino: Fungi
* Partes Afetadas: Caule, folhas e frutos.
* Sintomas: Manchas marrom-escuras, circulares ou arredondas em
folhas, caules e grãos. Na região externa às manchas, caracteriza-se um
halo amarelo-claro.
Biologia
A doença tem origem na semente. O fungo pode permanecer nas partes
das plantas atacadas, sobreviver no restolho ou nas gramíneas
espontâneas.
O desenvolvimento desta doença está relacionado com deficiências
nutricionais, nomeadamente de potássio e microelementos.
Distribuição geográfica: Todo o País
Meios de protecção
- Escolher sementes provenientes de culturas isentas da doença
- Adubação: duas a três aplicações durante o ciclo
- Fazer uma lavoura profunda
-Para a produção de semente, tratar a semente com um fungicida
Exemplo
MANCHA DE PHAEOSPHAERIA- Milho
A mancha foliar do milho causada pelo fungo Phaeosphaeria
maydis, também denominada de mancha branca ou pinta branca,
Sintomatologia
As lesões são em geral arredondadas, com 0,3 até 2,0 cm,
inicialmente de cor verde, com aspecto encharcado, que vão
rapidamente se tornando esbranquiçadas. Estas apresentam bordos
irregulares e bem definidos, que podem tornar-se marrom escuros.
Mancha de Phaeosphaeria ou pinta branca (Phaeosphaeria
maydis).
Controle
Recomenda-se o uso de cultivares resistentes. Deve-se evitar o
plantio de cultivares com maior suscetibilidade em épocas ou locais que
sejam muito húmidos ou chuvosos, principalmente durante o período
vegetativo/florescimento da cultura. A rotação de culturas e a destruição
dos restos culturais ajudam a complementar o manejo da doença.
Devem ser feitas também adubações equilibradas entre nitrogênio,
fósforo e potássio, pois o nitrogênio em excesso favorece a doença.
Ferrugens
Grupo das mais destrutivas doenças. Importantes doenças nas culturas
do grão (especialmente trigo, cevada) leguminosas, macieira, pinheiro e
cafezeiro. Atacam principalmente as folhas e caules. A ferrugem é
caracterizada por lesões com aspecto de ferrugem alaranjadas,
amareladas ou brancas que rompem a epiderme. Causadas por fungos
da classe basidiomicetes, ordem Uredinales
Produzem seus esporos sexuais (basidiosporos) em estruturas com
forma de raquet (basídios)
Parasitas obrigatórios (sem fase saprofitica fora do hospedeiro).
Patógenos colonizam o tecido da planta susceptível mediante a
produção de micélio intercelular do qual são emitidas hifas modificadas –
os haustórios. Alta especificidade em relação ao hospedeiro, existência
de raças fisiológicas que variam quanto a patogenicidade em diferentes
variedades da mesma espécie.
Ferrugens morfologicamente idênticas, mas que atacam hospedeiros
pertencentes a gêneros diferentes denominados formae specialis
Exemplo: Puccinia graminis F. sp tritici (trigo)
Pucinia graminis F.sp hordei (cevada)
Produção das ferrugens: a maioria das ferrugens produz cinco tipos de
corpos de frutificação e diferentes tipos de esporos que ocorrem numa
seqüência definida
Ferrugens
♣ Microciclicos ou ciclo curto, produzem teliosporos e basidiósporos
♣ Macrociclicos, com ciclo longo, produzem teliosporos, basidiósporos,
espermácia, aeciosporos, uredeosporos
ferrugens macrociclicas
♠ Autoico = completa o seu ciclo num único hospedeiro
♠ Heteroico = requerem dois hospedeiros diferentes para completarem o
seu ciclo de vida
formas de disseminação das ferrugens: vento, chuva, insectos e animais
Exemplo
Nome Popular: Ferrugem, ferrugem-da-folha, ferrugem-do-colmo,
ferrugem-amarela, ferrugem branca, ferrugem asiática, ferrugem polisora
* Nome Científico: Hemileia vastatrix, Puccinia horiana, Phakopsora
pachyrhizi, Physopella zea, Puccinia coronata, Puccinia cymbopogonis,
Puccinia graminis, Puccinia melanocephala, Puccinea polysora,Puccinia
recondita, Puccinia sorghi, Sphenospora kevorkianii, Tranzschelia
discolor, Uredo behnickiana
* Classe: Urediniomycetes
* Filo: Basidiomycota
* Reino: Fungi
* Partes Afetadas: Folhas, caules, flores e colmos.
Sintomas
Lesões de coloração amarela a vermelha e em alguns casos branca, de
formato arredondado a oblongo. Presença de esporos pulverulentos
semelhantes à ferrugem.
Vale ressaltar que a sanidade das plantas deve sempre ser averiguada
no momento da compra, muitas doenças são transmitidas via substrato
contaminado ou plantas doentes. Portanto, muito cuidado na hora de
comprar, certamente este é o melhor método de prevenção não só da
ferrugem, mas de outras doenças.
Carvões
Carvões: - os carvões são causados Basidiomicretes da ordem
Ustilaginales. A maioria dos fungos de carvão produz dois tipos de
esporos: - teliosporos (não infectam, produzem basiosporos). Os fungos
atacam os vários órgãos da cultura de grãos, provocando modificações
no desenvolvimento das plantas, em particular nos órgãos florais.
Exemplos:
Carvão do milho causado por Ustilago maydis
Os grãos são substituídos por galhas, no interior dos quais se encontram
os teliosporos do fungo.
A denominação carvão provém da presença da massa negra
pulverulenta (teliosporo do fungo).
Exemplo
Doença: O carvão-do-milho Ustilago maydis
O carvão-do-milho ou morrão-do-milho, é uma doença do milho causada
por um fungo parasita, Ustilago maydis, este fungo tem uma distribuição
cosmopolita, existindo onde quer que seja cultivado milho, preferindo
zonas de clima quente e moderadamente seco. O nome genérico deriva
do latim ustilare (queimar), e refere-se à aparência da planta quando as
galhas produzidas pelo fungo, semelhantes a tumores, se rompem e
espalham sobre aquela os esporos negro-azulados.
Fig nº 23: Carvão do
carvão-do-milho
Ustilago maydis (Bref.)
Vanky)
Exemplo
Doença: Podridão –Preta ( Xanthomonas campestris)
Sintomas
Amarelecimento da folha, começando a partir das margens, em forma de
“V” com o vértice voltado para o centro da folha. As nervuras na área
clorótica tornam-se pretas. Nas folhas, danificadas por insectos, estas
manchas cloróticas também podem aparecer no meio das folhas. No
caule das plantas doentes, em corte transversal, nota-se toda a volta um
anel preto, logo abaixo da casca.
A cabeça do repolho também pode ficar parcialmente descolorida
Fig nº 24: Sintoma da podridão-preta Fig nº 25: Repolho infectado
pela (Xanthomonas campestris) na couve Podridão- preta ( X.
campestris)
Biologia
A bactéria sobrevive nos restos da cultura, em crucíferas perenes (como
as couves de mil folhas) e nas sementes. A disseminação dentro do
campo faz-se através da água de rega ou de chuva, dos instrumentos
agrícolas e das plantas que vêm dos viveiros. Nas folhas as feridas de
qualquer natureza, facilitam a penetração da bactéria. Em condições
óptimas os sintomas são visíveis 04 dias após a penetração da bactéria.
As condições que favorecem a doença são bastante amplas, sendo a
0
temperatura óptima de cerca de 28 C
Meios de protecção
- Fazer rotação de culturas durante cerca de dois anos
- Evitar fazer a cultura nos períodos quentes e húmidos
- Fazer os viveiros em solos não contaminados (sem resíduos não
decompostos), longe de outras crucíferas
- -Usar variedades menos susceptíveis (Ex Glória F1 Hybrid)
- Tratar semente com água quente durante 30 minutos
- Usar semente certificada, isenta do patógeno
Exemplo
Medidas de controlo
Baseado exclusivamente nas medidas sanitárias e culturais
- remoção dos restos vegetais dos armazéns
- armazéns devem ser desinfectados periodicamente (Ex: sulfato de
cobre)
- evitar danos mecânicos
- produtos secos antes da armazenagem
- ambiente de armazenagem (temperatura e humidade baixas)
- solos bem drenados e com boa ventilação reduzem a ocorrência das
podridões moles
- infelizmente não existem variedades resistentes
Exemplo
Podridão mole (Erwinia carotovora)
Sintomas
A doença manifesta-se geralmente na fase final da cultura. Tecidos
afectados transformam-se numa massa mole viscosa, de cheiro
nauseabundo, devido a presença de microorganismos secundários (Fig
nº 33). No caule o anel vascular adquire uma coloração acastanhada.
Biologia
A bactéria tem a capacidade de viver de matéria orgânica morta na
maioria dos solos. É facilmente disseminada por insectos, por
instrumentos agrícolas e pelo Homem. A penetração da bactéria
processa-se sempre através de feridas de qualquer natureza e assim
aparece por vezes na sequência da podridão –preta, de ataque traça –
da- couve, da Broca-da-couve ou dos Afídeos –da-couve. As condições
0
mais favoráveis á doença são temperaturas entre 25 e 30 C e humidade
relativa próxima de 100%. Deficiências de Boro e de cálcio predispõem
as crucíferas ao ataque da bactéria
Outros hospedeiros: A bactéria é capaz de afectar cerca de 70
espécies de plantas na sua maioria hortículas
Meios de protecção
- Usar um compasso largo para facilitar o arejamento
-Fazer rotação de culturas para diminuir o potencial de inoculo
- Incorporar os resíduos da cultura logo depois da colheita para acelerar
a sua decomposição
- Controlar outras doenças como podridão preta e controlar os insectos
-Não cortar as cabeças de repolho afectadas a fim de evitar a
disseminação do patógeno pelo instrumento de corte contaminado
-Armazenar os produtos colhidos em lugares frescos, bem ventilados
Murchidões
Murchidoes bacterianas
As murchidões são o resultado da interferência dos agentes patogênicos
no transporte ascendente da água e elementos minerais absorvidos pela
planta hospedeira.
Sintomas
A doença manifesta-se pela Murcha acentuada das folhas mais velhas,
seguida um ou dois dias pela murcha de alguns ramos ou toda planta.
No caule das plantas atacadas encontram-se manchas castanhas e
forma-se raízes adventícias. Em corte transversal das raízes ou dos
ramos, nota-se descoloração dos vasos lenhosos (o que também
acontece no ataque do fungo Fusarium). Se os caules cortados forem
suspendidos em água vê-se sair pus bacteriano de cor cinzento-clara e
leitoso)
Biologia
A bactéria que provoca esta doença é habitante do solo, e é disseminada
pela água, por amanhos culturais, por instrumentos agrícolas, por
insectos e pela batata semente contaminada. A bactéria penetra no
hospedeiro por ferimentos ou por aberturas naturais nas raízes, caules e
folhas. Maiores índices da doença ocorrem a temperaturas do solo entre
27 e 380C, mas a bactéria é capaz de sobreviver durante meses em
0
solos com 18 C. Humidade alta no solo aumenta a sobrevivência da
bactéria, a inoculação as plantas e o desenvolvimento do processo
patológico facilita a sua disseminação ás plantas vizinhas.
Meios de protecção
- Fazer a rotação de culturas durante pelo menos dois anos, e não incluir
tabaco, batata, beringela, pimento, piri-piri, amendoim ou soja , na
rotação.
Destruir as plantas contaminadas e evitar regar estas plantas para não
disseminar a bactéria
Fontes de disseminação
Sementes
Partes da planta doente
Tecidos doentes podem ser transportados pelo vento
Equipamento contaminado
Controlo da doença
Tratamento da semente
Variedades resistentes
Disseminação da doença
Irrigação e chuvas
A bactéria é transmitida pela semente
Controlo da doença
Sementes sãs de boa qualidade
Variedades resistentes
Doenças que interferem com armazenagem e utilização dos produtos
fotossintéticos
Galhas bacterianas
As galhas bacterianas são produzidas nos caules e raízes das plantas
infectadas por bactérias dos gêneros Agrobacterium e algumas espécies
de Pseudomonas, Rhizobacter, e Rhodococcus. As galhas são
crescimentos amorfos, desorganizados de tecidos das plantas
A galha do colo (crown gall) é uma das principais doenças do grupo.
Galha do colo
Causada pela bactéria Agrobacterium tumefaciens. Bactéria virulenta,
possui um ou mais plasmidios (pequenas estruturas de DNA circular com
cadeia dupla). Alguns dos plasmidios possuem genes para indução de
tumores e esses são denominados plasmidio TI (tumor inducing). As
bactérias que não possuem o plasmidio Ti são avirulentas. Galhas do
colo são comuns e afectam plantas herbáceas e arbóreas.
Funções do plasmidio TI
Confere virulência a bactéria
Determina á gama de hospedeiros da bactéria
Determina o tipo de sintomas
A A.tumefaciens tem a habilidade de introduzir parte do Ti plasmidial nas
células do hospedeiro e transformar as células normais em tumor num
curto espaço de tempo.
As células transformadas sintetizam substancias químicas especiais
opinas que são utilizadas por bactérias que possuem o TI plasmidial.
Essa propriedade faz com que a bactéria que possuir esse mecanismo
seja considerado um parasita genético.
Parasita genético – parte do DNA da bactéria parasita a maquina
genética das células do hospedeiro e comanda as actividades
metabólicas das células do hospedeiro em seu beneficio.
Doenças cosméticas
Cancro bacteriano dos citrinos
Doença bastante temida nos citrinos
Causa lesões necroticas nos frutos, folhas e ramos
Perdas devidas a redução da qualidade do fruto
Causada pela bactéria Xanthomonas axonopolis (antigamente
denominada X.campestris pv citri)
Doença endêmica no Japão e sudeste da Ásia.
Em Moçambique doença introduzida em 1953 na Beira mas foi
imediatamente estabelecida a quarentena na região infectada para a
erradicação da doença.
Medidas fitossanitárias
Todos os paises produtores de citrinos mantêm medidas bastante rígidas
de quarentena na importação de plantas e frutos (para exclusão do
patógeno).
Quando a doença é introduzida num País, todos os esforços são feitos
para a sua erradicação
As plantas infectadas e as adjacentes são queimadas para evitar que a
doença se espalhe.
Nas áreas onde a doença é endêmica como no Japão são aplicadas 3 a
4 pulverizações de fungicidas cupricos. Nestas zonas endêmicas são
também estabelecidas serviços de previsão de ocorrência do cancro e
são colocados quebraventos a volta das plantações.
Listrado do milho
Lesões ou estrias cloroticas ou esbranquiçadas. Transmissão pelo
jassideo Cicadulina spp (transmissão persistente). Transmitido
mecanicamente, não transmitido por sementes ou pólen. Vários outros
hospedeiros susceptíveis, ocorre em áfrica e na índia.
Exemplo
Doença Listrado- da –folha ( Maize Streak Virus)
Sintomas
No princípio do ataque aparecem nas folhas mais novas pequenas
manchas redondas (0,5-2mm), brancas. Mais tarde estas manchas
juntam-se formando linhas brancas compridas e estreitas. Estas linhas
podem unir-se parcial ou totalmente, formando listras claras irregulares
entre as nervuras das folhas. As plantas atacadas ficam amarelas com
os entrenós mais curtos e produzem maçarocas pequenas
Biologia
Quando a infecção se dá no estado juvenil da planta a produção é muito
afectada. Se a infecção se dá seis semanas após a germinação o
rendimento só é afectado ligeiramente. O vírus é transmitido por
Jassídeos (Cicadulina spp) aparecendo os sintomas 4 -7 dias depois da
inoculação pela Cicadulina
Meios de protecção
- De preferência semear cedo, em terrenos de regadio no Sul é preferível
semear na época fresca (Maio- Junho)
-Limpar bem de capim o terreno numa área de 10m em volta do campo,
durante as primeiras seis semanas depois da sementeira
- Usar variedade mais resistentes, como por exemplo, as variedade “
Mtuba” e “ Umbeluzi”
- Combater o vector ( Jassideos)
Exemplo
Doença de "Listrato Castanho" da Mandioca
A DLCM é uma doença causada por um vírus que afecta a maioria das
variedades de mandioca, embora existam algumas variedades
resistentes. O Vírus se encontra nos caules das plantas da mandioqueira
infectada. Caso as estacas de plantas infectadas forem usadas a doença
reaparece nas novas folhas da nova planta logo após a sua emergência.
Exemplo
Doença: Mosaico-Dourado ( Cowpea Golden Mosaic Virus)
Sintomas
As plantas infectadas apresentam nas folhas manchas grandes amarelas
brilhantes. Nas infecções graves toda a superfície foliar fica amarelo-
brilhante, as folhas torcidas e enrugadas e as plantas raquíticas.
Biologia
Esta virosi é transmitida pela mosca branca (Bemissia tabaci). Não se
conhece transmissão pela semente.
Meios de protecção
- Arrancar as plantas infectadas logo que apareçam os primeiros
sintomas, para diminuir os focos de infecção;
- Remover outras plantas hospedeiras, principalmente leguminosas
- Usar variedades resistentes
- Utilizar na plantação semente sã
- Controlo do vector
Exemplo
Doença : Mosaico-dos-Afídeos ( Cowpea Aphid-borne Mosaic Virus)
Sintomas
Nas plantas infectadas observam-se folhas com mosaico verde-claro e
verde-escuro, o último principalmente ao longo das nervuras. Em
ataques intensos as folhas são deformadas e as plantas ficam pequenas.
Biologia
O vírus é transmitido por afídeos ( Aphis craccivora) Myzus persicae e
também através da semente.
Meios de protecção
Combater os afideos
Ver mosaico amarelo
Mosaico da abóbora
vários sintomas incluindo mosaico, clorose das nervuras, manchas
anelares, nanismo, clorose, etc. Transmitido por afideos Aphis
cracciovra, Acyrthosiphon pisum, Myzus persicae (transmissão não
persistente), transmissão mecânica e por sementes, tem muitos
hospedeiros e ocorre em todo mundo.
Exemplo
Doença : Mosaico (Cucumber Mosaic Virus)
(Watermelon Mosaic Virus)
Sintomas
As folhas apresentam uma redução do tamanho co áreas de tecido
clorótico entremeadas com áreas de tecido verde normal e com
deformações resultantes do desenvolvimento desigual de diferentes
partes do limbo. Folhas com sintomas muito acentuados podem necrosar
e morrer.
As extremidades dos ramos em desenvolvimento apresentam-se com
entre-nós curtos. Os frutos torna-se muitas vezes deformados com
verrugas, pequenas saliências e uma cor irregular (verde).
Fig nº 38: Mosaico do pepino Fig nº39: O piolho-do-algodoeiro
( Cucumber Mosaic Virus) ( Aphis gossypii)
na abóbora
Biologia
A transmissão do vírus do mosaico pode ser feita mecanicamente
durante os trabalhos na cultura e pela semente, mas dá-se
principalmente por vectores, sendo os Afídeos os mais eficientes. Estes
dois vírus têm uma ampla gama de plantas hospedeiras que inclui
grande número de ervas e isso permite a sobrevivência do vírus de um
ano para outro.
Meios de protecção
- Incorporar os restos da cultura logo a seguir a última colheita
- Escolher um campo longe de culturas velhas de cucurbitáceas
- Escolher época própria, procurando fugir dos períodos quentes
favoráveis aos insectos vectores
- Usar sementes provenientes de plantas isentas de vírus
- Usar variedades resistentes (pepino)
Combate químico aos insectos vectores não é económico e nem eficaz
Exemplo
Doença: Mosaico- africano- da-mandioca
Sintomas
A doença manifesta-se na folhas pela formação de áreas cloróticas
verde-claras alternadas com áreas verde escuras (fig nº 46). As folhas
novas ficam muito deformadas, torcidas e de tamanho mais reduzido. Se
o ataque for intenso e a variedade for sensível, todas as folhas ficam
pequenas e malformadas e a área total da folhagem muito reduzida. As
plantas com infecções recentes são encurtadas nos entre-nós em
relação ás plantas saudáveis
Biologia
O vírus que provoca o mosaico é transmitido por uma mosca branca
(Bemisia tabaci), um pequeno insecto branco, que porém não é muito
eficaz na transmissão, sendo o Homem com o uso de estacas
provenientes de plantas infectadas, o maior responsável pela
transmissão da virose. Plantas provenientes de estacas infectadas
produzem 40-60% menos do que plantas sãs
Meios de protecção
- Para propagação usar estacas sãs, obtidas de plantações
inspeccionadas e nas quais foram eliminadas as plantas infectadas
- Arrancar e queimar as plantas que imediatamente após a plantação se
mostrem infectadas
- Usar variedades resistentes e tolerantes
Roseta do amendoim
Causada pelos vírus groundnut rosette assitor vírus, groundnut rosette e
satélite RNA. Encurtamento dos entrenós. Transmissão por Afideos
Aphis craccivora e A.gassypii (transmissão persistente). Não transmitido
mecanicamente, transmitido por enxertia. Não transmitido através de
semente e nem de pólen. Ocorre em África, Índia, Filipinas.
Exemplo
Doença: Roseta ( Groundnut Rosette Virus)
Sintomas
Os primeiros sintomas concistem numa descoloração amarela das folhas
mais novas, descoloração que se acentua irregularmente. Os pecíolos
ficam curtos e as folhas deformadas e enrugadas, de cor amarelo-
esverdeada, uniformemente amarela ou ainda manchas verdes
irregularmente distribuídas, ou com nervuras mais escuras
As plantas infectadas, quando ainda novas, ficam raquíticas e nunca
produzem vagens.
As plantas infectadas mais tardiamente manifestam apenas os sintomas
de mosaico nas folhas mais novas e não ficam raquíticas
Fig nº 42: Sintomas da Roseta (Groundnut Rosette Virus) Fig nº 43:
Planta sã
Biologia
O vírus, causador da doença é transmitido por afídeo ( Aphis craccivora)
que suga a seiva da planta do amendoim. O afídeo precisa de se
alimentar durante pelo menos cinco horas numa planta infectada para
adquirir o vírus e dezoito horas depois consegue transmiti-lo a outras
plantas. Cerca de 10 a 14 dias após a infecção aparecem os primeiros
sintomas
Meios de protecção
- Semear o mais cedo possível
- Usar, se possível, variedades resistentes
- Destruir as plantas espontâneas de amendoim e dar atenção ás ervas,
porque os afídeos podem sobreviver nestas plantas durante a época
seca
Combate químico: afídeos
Exemplo
Doença : Mosaico e Enrolamento-da –folha ( vários vírus)
Sintomas
As plantas infectadas ficam de tamanho reduzido. As folhas mais novas
são deformadas e as mais velhas enroladas. Nos frutos aparecem
manchas arredondadas ou irregulares de cor laranja ou amarela. A polpa
sob estas manchas têm aspecto vítreo e a maturação nestas zonas é
retardada
Fig nº44: Tomateiro sadio( esq) Fig 45: Enrolamento da folha causada
Infectado por um virus ( dir) por um virus
Biologia
Meios de protecção
- Arrancar as plantas infectadas ou suspeitas e queimá-las
imediatamente
- Arrancar todas as ervas solanáceas dentro ou em redor do campo
- Evitar a contaminação das mãos pelos vírus por manipulação de
cigarros (ou outros produtos do tabaco)
- Não cultivar tomate, onde se tenha cultivado tabaco ou tomate no ano
anterior e evitar mistura destas culturas
- Usar variedades resistentes
- usar semente certificada
1. Cite duas doenças fúngicas da sua região mencionando as culturas
mais afectadas e o seu método de combate
2. Cite duas doenças bacterianas da sua região mencionando as
Exercícios culturas mais afectadas e o seu método de combate
3. Cite duas doenças virais da sua região mencionando as culturas
mais afectadas e o seu método de combate
Sumário
A classificação de doenças de plantas pode ser conforme a causa-
parasitária e não parasitária; - Conforme o hospedeiro ( doenças do
feijoeiro, do tomateiro, etc) e conforme o aspecto fisiológico ( processos
vitais da planta)
As doenças infecciosas podem ser agrupadas segundo os processos
fisiológicos afectados no hospedeiro (classificação proposta por
McNew).
Este agrupamento das doenças é uma maneira natural de se agrupar as
doenças e focaliza a doença dando ênfase a natureza fisiológica
afectada. A vantagem é que a doença é encarada como uma interacção
entre o patógeno e o hospedeiro permitindo assim a comparação das
diferentes interacções entre si. Também permite a sistematização das
medidas de controlo para as diferentes interacções
MacNew propoe seis grupos de acordo com a natureza fisiologica
afectada segundo a tabela 3 deste manual.
Faz se tambem a descriçao de doenças fungicas , bacterianas e virais
incluindo a sua biologia, diagnostico e metodos de controlo.
Unidade 08
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo do efeito dos patógenos nas funções
fisiológicas do hospedeiro do reino vegetal Os patógenos interferem no
funcionamento normal de certas estruturas do hospedeiro vegetal modificando a
permeabilidade das membranas, respiração da planta e os processos de
transcrição e tradução do código genético .
.
Descrever principais efeitos do patógeno na fotossíntese, na
translocação da água e nutrientes, e na transpiração das plantas.
Conhecer os efeitos do patógeno na respiração, na permeabilidade das
membranas,e na transcrição e tradução do código genético.
Objectivos
Descrever os distúrbios causados á cada uma das funções fisiológicas.
Transpiração
Normalmente, a transpiração aumenta em plantas infectadas, devido à
destruição de pelo menos parte da protecção da cutícula, o aumento da
permeabilidade das células e a disfunção dos estomas.
Por exemplo, um estudo conduzido por Dr. D.L.D Dunkle, sobre o efeito
duma toxina (periconia toxin), em plântulas de sorgo, demonstrou que o
primeiro efeito da toxina era a perda de iões de cálcio e potássio. (uso da
condutividade eléctrica). As variedades resistentes ao fungo Periconia
circinata tinham uma fraca perda de iões quando a toxina obtida de
infiltrados da cultura de fungo estava presente na solução hidropônica
onde se desenvolvem as plantas. Por outro lado, variedades
susceptíveis sob as mesmas condições sucumbiam na presença do
fungo ou da sua toxina.
Efeito dos patógenos na respiração
Sumário
Os patógenos quando penetram em um organismo vegetal, alteram os
processos fotossintéticos, o que pode resultar em cloroses e necroses
para além de alterarem o funcionamento dos vasos condutores, floema e
xilema, influenciando a traslocação da água e nutrientes
Quando as plantas são atacadas por patógenos, a taxa de respiração
aumenta e há mudanças na permeabilidade da membrana celular sendo
geralmente a primeira reacção das células infectadas por patógenos.
Os patógenos também causam distúrbios na transcrição e tradução do
código genético afectando a expressão dos genes e causando
mudanças bruscas e desfavoráveis na estrutura e função da célula
afectadas.
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo dos mecanismos de defesa da planta.
As plantas possuem mecanismos de defesa para impedir a entrada dos
patógenos e para os eliminar se as defesas estruturais por algum motivo tiverem
falhado, e entender o funcionamento de cada um deles
c) Formação de TILOSES
Formam-se nos vasos do xilema. Tiloses são células protoplasmáticas
do parênquima com excesso de desenvolvimento. Estas estruturas
bloqueiam os vasos. São comuns em doenças vasculares.
d) deposição de goma
Vários tipos de gomas são produzidos por muitas plantas a volta da
lesão depois da infecção. O patógeno fica isolado, e morre.
Fitoalexinas
São substâncias tóxicas produzidas pelas plantas somente depois do
estimulo do patógeno. Na maioria dos casos as fitoalexinas são o
resultado da infecção por fungos.
Genes do patógeno
Em 1986, foi demonstrada pela primeira vez que plantas de tabaco
transformadas com o gene da capa protéica do vírus do TMV tinham
resistência a infecção do mesmo vírus. Desde essa altura muitas plantas
têm sido transformadas com a capa protéica.
Sumário
O sistema de defesa das plantas contra os agentes patogênicos
difere do dos animais devido às diferenças morfológicas,
anatômicas e fisiológicas que existem entre os mesmos. Enquanto
os animais têm o sistema central de defesa, as plantas
desenvolveram um sistema de defesa fundamentalmente
localizado na forma de barreiras estruturais e bioquímicas.
As plantas se defendem usando barreiras estruturais As barreiras
actuam como barreiras físicas e inibem a entrada e dispersão do
patógeno na planta. As defesas bioquímicas que tem lugar nas
células e tecidos da planta são produzidas sob a forma de
substâncias tóxicas ao patógeno ou são criadas condições que
inibem o desenvolvimento do patógeno na planta.
A combinação dos dois tipos de armas empregues na defesa da
planta é diferente em diferentes tipos de sistema patógeno-
hospedeiro. Mesmo entre o mesmo tipo de hospedeiro e
patógeno, esta combinação várias com a idade da planta, o tipo
de órgão e tecido da planta atacada, a condição nutricional da
planta e das condições do meio ambiente.
e quimicas.
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo aos métodos de controle de doença. A doença
pode ser controlada devido a resistência da planta que pode ser uma resistência
genética, resistência verdadeira e uma resistência aparente, o que pode levar ao
controle efectivo da doença na planta
- Resistência horizontal
Tipo de resistência também designada não específica, geral,
quantitativa, de campo, e durável. Este tipo de resistência é
controlada por muitos genes, daí que é também designada
poligênica ou multigenética.
- Resistência vertical
Este tipo de resistência é também denominada específica,
qualitativa ou diferencial. É governada por muito poucos genes-
resistência mono ou oligogénica.
Resistência aparente
- Escape
Se plantas geneticamente susceptíveis escapam a infecção,
obviamente que as plantas não ficarão doentes. O escape ocorre em
varias circunstancias (germinação precoce ou tardia, altura da planta,
direcção do vento, falta de humidade, etc.).
- Tolerância
Habilidade da planta de sobreviver e ter uma produção razoável
mesmo infectada. As plantas tolerantes são susceptíveis ao patógeno,
mas o patógeno não é capaz de as matar. O patógeno tem um mínimo
efeito na planta que é tolerante. Muito comum em doenças virais.
o O conceito de gene-para-gene
Este conceito foi proposto por H. H. Flor, para explicar os resultados do
estudo de hereditariedade da patogenecidade na ferrugem do linho
(Linum usitatissimum). Ele introduziu o conceito de que tanto a genética
do patógeno tanto como a do hospedeiro determinam o resultado da
interacção.
Host
R r
Resistente Susceptível
Susceptível Susceptível
Sumário
Tema: Protozoologia
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo dos Protozoarios, Os
protozoários encontram-se no reino Protista (organismos unicelulares
eucariotes), podem ser coloniais ou não
Os principais filos são: Sarcodina, Mastigophora, Ciliophora, Sporozoa.
Sarcodina: - Protozoários que se locomovem através de projeções
celulares denominadas pseudópodos
Mastigophora: - Protozoários que se locomovem através de flagelos.
Ciliophora: - Protozoários que se locomovem utilizando cílios
Sporozoa: - Protozoários que não possuem estrutura locomotora.
Classe Trematoda
Os tremátodas, mesmo sendo parasitas, apresentam estruturas
mais semelhantes as dos turbelários que com a outra classe de
platelmintes (os céstodas).
Ocorrem adaptações para a vida parasita no grupo, tais como:
presença de ventosas adesivas orais; tegumento com cutícula protetora
que impede a ação de enzimas digestivas dos hospedeiros; ausência
órgãos dos sentidos; há produção de muitos ovos na reprodução com o
objetivo de facilitar a sobrevivência e infestação de novos hospedeiros.
A excreção e as trocas gasosas ocorrem através do tegumento.
Na reprodução, os espermatozóides deixam os testículos e se
armazenam na vesícula seminal. Ocorre copulação mútua e fertilização
cruzada. O ciclo de vida pode envolver de um a vários hospedeiros. Os
tremátodas que possuem um único hospedeiro foram colocados na
ordem Monogenea.
Nesta ordem encontram-se os parasitas de muitos peixes marinhos e
também anfíbios, répteis e moluscos. A grande maioria são parasitas
externos (ectoparasitas).
A ordem Digenea contém a maioria dos tremátodas parasitas, onde há o
envolvimento de 2 a 4 hospedeiros no ciclo de vida dos organismos,
sendo a maioria endoparasitas. Nesta ordem é que se encontra o
responsável pela esquistossomose humana (Schistosoma mansoni).
Exemplo1 : Schistosoma
Ciclo de Vida
Inicia-se com o caramujo (caracol aquático). Estes caramujos são
hospedeiros intermediários do Schistosoma, albergando o ciclo
assexuado. Nos seus tecidos multiplicam-se os esporocistos, dando
mais tarde origem às formas multicelulares cercarias, que abandonam o
molusco e nadam na água. O homem é contaminado ao entrar em
contato com as águas dos rios onde existem estes caramujos infectados.
Ciclo de vida
O parasito, no homem, vive em geral nas vias biliares, alvéolos
pulmonares e demais localizações, sendo que apresenta um ciclo
evolutivo do tipo heteroxênico, seguindo a seguinte ordem: 1- Os ovos
são lançados à bile e eliminados pelas fezes 2- Após, originam
miracídeos em condições favoráveis (principalmente temperatura e
iluminação) e estes são atraídos até o caramujo 3- Cada miracídeo
forma um esporocisto, que por sua vez origina em torno de 8 rédias 4-
As rédeas podem originar novas cercárias ou se multiplicarem
novamente 5- As cercárias formadas nadam até o solo ou superfície da
água e perdem a cauda, encistando-se logo em seguida (metacercária)
6- A metacercária infecta o hospedeiro quando este bebe água
contaminada ou come alimentos contaminados 7- Desencista no
Intestino Delgado, pergura sua parede e migra pelo parênquima hepático
8- A metacercária chega aos ductos biliares após dois meses 9- No
fígado, a metacercária completa a maturação.
Patogenia
A patogenia se dá, não diretamente pela toxicidade do parasito, mas sim,
pela resposta do hospedeiro, isto é, uma inflamação crônica no fígado e
ductos biliares. Nos humanos, por serem hospedeiros acidentais, as
lesões são menores devido à diminuta carga parasitária.
Classe Cestoda
Ciclo de vida
As proglótides localizadas na extremidade da cadeia são as mais
maduras e são mais compridas que largas. Estas proglótides possuem
no seu útero ramificado entre 80.000 e 100.000 ovos. Os ovos são
libertados quando a proglótide se destaca do animal no lúmen intestinal
ou no exterior quando a proglótide se desintegra. São excretadas com as
fezes humanas. Os animais que se alimentam com água, de detritos
(porco) ou erva (vaca) contaminados são infectados. Nestes animais ou
acidentalmente no Homem os ovos eclodem no intestino, gerando
oncosferas, e penetram na mucosa intestinal, e disseminam-se pelo
sangue até os tecidos, onde se enquistam principalmente no músculo,
fígado e cérebro. Quando o Homem come esta carne mal cozida
infectada, a larva se aloja no seu intestino e aí se desenvolve, dando a
origem a uma tênia adulta, fechando o ciclo.
Epidemiologia
As tênias existem em todo o mundo e são os parasitas mais comuns,
sendo estas, das poucas espécies que continuam a ser frequentes nos
países da Europa.
Progressão e sintomas
A teníase intestinal (o homem como hospedeiro definitivo da forma
adulta do helminto) é frequentemente assintomática, mas em algumas
pessoas pode causar sintomas de reacção imunológica como eosinofilia,
náuseas, vómitos, diarréia ou obstipação, dor abdominal, sensação de
movimento intestinal, sons e alterações do apetite. Em indivíduos
subnutridos pode agravar a desnutrição. A infecção não dá imunidade a
reinfecção.
Tema: Nemátodos
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo dos Nematodos. A Bioestatística não
se distanciada estatística aplicada em matematica. A principal diferença e o facto
deste módulo estudar aspectos directamento relacionados com o Homem, em
particular na escola como um lugar de busca de conhecimentos e atitudes que
caracterizam os princípios básicos de convivência humana
Reprodução e crescimento
A maioria das espécies são dióicas, (realizam fecundação interna),
ocorrendo em algumas nítido dimorfismo sexual: normalmente os
machos são menores que as fêmeas, apresentam espinhos copulatórios
e possuem a cauda encurvada.
Sumário
Os Nematodos São animais triblásticos, protostômios,
pseudocelomados. Seu corpo cilíndrico, alongado e não segmentado
exibe simetria bilateral. Possuem sistema digestivo completo, sistemas
circulatório e respiratório ausentes; sistema excretor composto por dois
canais longitudinais (renetes-formato de H); sistema nervoso
parcialmente centralizado, com anel nervoso ao redor da faringe.
A ascaridíase, ascaridose, ascariose e ascaríase é uma parasitose
geralmente benigna causada pelo verme nemátode Ascaris lumbricoides,
também conhecido popularmente como lombriga ou bicha.
A maioria das espécies são dióicas, (realizam fecundação interna),
ocorrendo em algumas nítido dimorfismo sexual.
O ciclo evolutivo pode ser direto ou indireto, dependendo da formação
de larvas por dentro ou fora dos ovos.
Algumas espécies representantes → Ascaris lumbricoides (lombriga),
Ancylostoma duodenale e Necator americanus.
Exercícios
Unidade 13
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo as relações vegetais e o solo. Os Nematodos
fitófagos possuem uma grande importância para a agricultura, infectando as
raízes favorecendo a penetração de outros organismos patogênicos na
planta (fungos, bactérias e vírus), formando associações com estes
microrganismos
Alimentação
O nemátodo quando localiza o hospedeiro introduz o estilete e extrai o
conteúdo celular de que se alimenta.
b) Ectoparasitas
Vivem no solo, e parasitam os tecidos das plantas estando fora,
introduzindo apenas o estilete. Apresentam estiletes compridos em
relação ao primeiro grupo. (por exemplo, Xiphnema spp.,
Trichodorus spp., Longidorus spp. Pratylenchus spp.)
C) Semi-endoparasitas
Trylenchus semipenetrans, Nacobbus spp, etc.
Sintomas
Sistema radicular: galhas nas raízes e por vezes nos caules.
Parte aérea: redução no crescimento, clorose nas folhas e murcha das
plantas durante o dia, podendo levar ate a morte em caso de elevadas
populações do nemátodo.
Sumário
Unidade 14
Tema: Anelídeos
Introdução
Caro estudante, seja bem-vindo ao estudo dos Anelídeos. O Filo annelida tem o
corpo segmentado em pequenos anéis. A classe Oligachaeta ( minhocas
habitam no solo, a classe Hirudinea ( sanguessugas são habitantes da agua
doce. Alguns são de vida livre, vivendo em galerias ou tubos, outros são
comensais aquáticos, poucos são ecto ou endoparasitas e muitas sanguessugas
fixam-se em vertebrados.
Morfologia
O corpo da sanguessuga é achatado e afunilado na extremidade
anterior, formando a cabeça, e ainda possui a ventosa anterior que
circunda a boca. A ventosa posterior está localizada ventralmente, e é
maior que a anterior. Possui 32 segmentos (anéis) no seu corpo. O
clitelo (uma estrutura) não é visível, exceto na época da reprodução. O
seu comprimento vai de 6 a 10 cm, a maior sanguessuga do mundo é a
Haementeria ghilianii amazônica que mede 30 cm. As cores mais
comuns são o negro, o marrom, o verde-oliva, vermelho, e ainda existe a
sanguessuga listra.
Alimentação
Alimenta-se do sangue das suas vítimas. Podendo ingerir uma
quantidade de sangue 10 vezes superior ao seu próprio volume. Ao
aderir ao corpo do ser vivo de que se alimenta, segrega um
anticoagulante que leva o sangue a circular sem estancar. A
sanguessuga não é apenas hematófaga, muitas espécies podem ser
predadoras alimentando-se de vermes, caramujos e larvas de insectos,
além de matéria orgânica. (Storer, 1984)
Podem ser encontradas em todo o mundo, geralmente na água doce.
Existem também algumas espécies marinhas e outras que vivem na
lama. Nas zonas tropicais existem espécies arbóreas que caem sobre as
vítimas. Preferem lagos, lagoas, rios calmos de água quente.
Uso medicinal
Até ao século XIX, as sanguessugas eram utilizadas na Medicina
tradicional chinesa, na medicina oriental e mesmo na medicina ocidental
(nas sangrias). Hoje em dia ainda há necessidade de utilizar
anticoagulantes na medicina convencional, ainda que sejam artificiais.
Recentemente, as sanguessugas voltaram a ser utilizadas em medicina
em casos de grandes dificuldades circulatórias em membros, visto que a
sua acção sugadora força o sangue a circular, ajudando a manter vivas
as células.
Sumário
Uma sanguessuga é um anelídeo da Classe Hirudinea que se alimenta
de sangue de outros animais (hematófago). São animais hermafroditos,
não possuem cerdas e que possuem ventosas para sua fixação. São
assim chamados por produzirem uma substância anticoagulante
denominada hirudina . As sanguessugas foram muito usadas na
medicina tradicional chinesa e na medicina oriental no sec XIX,
actualmente voltaram a ser utilizadas em medicina em casos de grandes
dificuldades circulatórias em membros, visto que a sua acção sugadora
força o sangue a circular, ajudando a manter vivas as células.
Diga três características gerais da classe Hirudinea.
Descreve o modo da alimentação das sanguessugas
Qual é a imporância das sanguessugas na medicina?
Exercícios
Unidade 15
Tema: Artropodes
Introdução
Caro estudante, bem-vindo ao estudo dos Artropodes. Os Artropodes possuem
pés articulados , inclui as classes Crustaceos (carangueijos, camarões) Classe
Insecta (insectos),classe Arachnida ( aranhas) a classe Chilopoda ( centopeias),
e outros. O filo é um dos mais importantes ecologicamente.
Ação Direta:
Sumário
Os Artrópodes (do grego arthros: articulado e podos: pés, patas,
apêndices) são animais invertebrados caracterizados por possuírem
membros rígidos e articulados e terem vários pares de pernas.
Os artrópodes, invertebrados que possuem pernas articuladas, ou
“juntas” móveis, têm o corpo segmentado e dividido em cabeça, tórax e
abdome. Em alguns neste caso, o corpo é dividido em cefalotórax e
abdomen.
Possuem um esqueleto externo, denominado exoesqueleto
Existem Artropodes de vida livre e parasitas. Não se sabe exactamente
quando os artrópodes começaram a parasitar, mas pensa-se que com o
aparecimento dos animais vertebrados terrestres os artrópodes
começaram a explorar novos ambientes, oportunidades. Podem actuar
como vectores de patógenos.
De um modo geral, o prejuízo causado pelos artrópodes é diretamente
proporcional à sua abundância.
1. Quais são as características gerais dos Artropodes?
2. Fale das várias formas de relação entre o hospedeiro e o
artrópode
3. Diga a importância dos Artropodes como vectores de
doenças
Exercícios
Unidade 16
Introdução
Objectivos agricultura