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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
Identificação
1ª CÂMARA - 1ª TURMA
PROCESSO TRT/15ª REGIÃO nº 0012203-31.2016.5.15.0053
RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE: PROTEGE S/A PROTECAO E TRANSPORTE DE VALORES
RECORRENTE: ANDREIA DE LIMA RODRIGUES
RECORRIDOS: os mesmos
ORIGEM: 4ª Vara do Trabalho de Campinas
fgd
Ementa
EMENTA: LEI 13.467-17. ILEGITIMIDADE. CONTRARIEDADE
AOS PRECEITOS FUNDANTES DA ORDEM JURÍDICA
DEMOCRÁTICA E AOS PRINCÍPIOS E INSTITUTOS DO
DIREITO DO TRABALHO. DEVER FUNCIONAL DA
MAGISTRATURA. Conforme fixado no Enunciado n. 1, da 2ª
Jornada da Anamatra: "A Lei 13.467/17 é ilegítima, nos sentidos
formal e material". A declaração de ilegitimidade de uma lei serve,
no mínimo, como essencial registro histórico e se apresenta como
o fio condutor do processo de sua interpretação e aplicação,
atendendo, ainda, ao postulado necessário de sua intersecção com
outras normas e institutos jurídicos, conforme definido nos
seguintes Enunciados das "Avaliações Preliminares" da
magistratura trabalhista da 15a. Região, aprovados, em novembro
de 2017, no simpósio "Reforma Trabalhista e Justiça do Trabalho:
desafios e perspectivas", organizado pela Escola Judicial do
TRT15: "A FONTE MATERIAL DE UMA LEI É BASE PARA A SUA
INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO. A Lei n. 13.467/2017,
elaborada e aprovada em tempo recorde, sem os devidos estudos,
debates e demanda popular, foi impulsionada em desrespeito aos
preceitos democráticos para a sua elaboração e aprovação. Além
disso, contrariou os postulados convencionais para a criação de
leis trabalhistas de caráter mais amplo (Convenção 154 da OIT,
bem como os verbetes n. 1.075, 1.081 e 1.082 do Comitê de
Liberdade Sindical do Conselho de Administração da Organização
Internacional do Trabalho), desrespeitou a função histórica do
direito do trabalho de melhoria das condições sociais dos
trabalhadores e ofendeu os princípios jurídicos trabalhistas,
notadamente o da progressividade. Na aplicação da Lei n.
13.467/2017 não se deve descolá-la de seu processo histórico,
pois assim se compreenderá melhor a importância da preservação
das conquistas sociais, da ordem constitucional e do regular
funcionamento das instituições democráticas." "INTERPRETAÇÃO
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Relatório
É o relatório.
Fundamentação
VOTO
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reconheça o trânsito em julgado das matérias sobre as quais a reclamante não recorreu.
Rejeito.
II - JORNADA DE TRABALHO
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de horas extraordinárias que entendia devidas e não foram justificadas pela ré. Vale dizer,
ainda, que na fase de conhecimento basta a assinalação de uma única diferença para autorizar
a declaração de existência do direito ( ), com acolhimento do pleito formulado, an debeatur
certo que o quanto devido do direito declarado (quantum debeatur) será apurado na fase
processual adequada; (...) Ante a habitualidade na prestação de horas extras não há que se
falar na validade do acordo de compensação de horas na forma da súmula 85 do TST" (fl. 408).
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E a Lei n. 13.467/17 seria apenas mais uma lei dentre tantas outras
que compõem o Direito, que também é integrado por princípios, conceitos e institutos, não
fossem os seus insuperáveis, vez que reais e insofismáveis, problemas de elaboração, que
conduzem, inevitavelmente, ao reconhecimento de sua ilegitimidade.
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Pois bem.
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maneira opcional e a saida das portas que gastavam mais 10 minutos; Que o tempo gasto no
vestiário era para fazer a troca de roupa e guardar os pertences" (fl. 348).
Sem razão.
Não pode ser acolhida a tese de que o pagamento feito, com base
no parágrafo 4o, do art. 71, da CLT, em virtude da supressão de intervalo para refeição e
descanso (aplicado por analogia na hipótese de não observância ao art. 384, da CLT), não
possui natureza salarial e sim indenizatória. Primeiro porque tal conclusão fere a regra geral da
configuração da natureza das parcelas pagas ao trabalhador, fixada no art. 457, da CLT, da
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qual se extrai que todo beneficio concedido ao empregado, de forma habitual, integra a sua
remuneração. Segundo porque só se pode chegar à conclusão de que uma parcela habitual
devida ao empregado não é salário se houver lei prevendo a exceção, como ocorre, por
exemplo, com o vale-transporte, a alimentação, nos moldes do PAT e a participação nos lucros.
Por critério hermenêutico, não se pode chegar às exceções por interpretação ampliativa. As
exceções se interpretam, restritivamente.
Terceiro porque o próprio texto da lei, parág. 4o, do art. 71, da CLT,
é expresso no sentido de que o adicional incide sobre a remuneração do empregado. E quarto,
porque se tal argumento fosse verdadeiro para o intervalo, também seria para o adicional de
insalubridade, o adicional de periculosidade, o adicional noturno e até mesmo para o adicional
de horas extras. Sabe-se bem que com relação a estas outras parcelas não se discute a sua
natureza salarial e estando a supressão do intervalo dentro da mesma lógica não se lhe pode
dar solução diferente. A construção do direito, da qual participa, definitivamente, a
jurisprudência, pressupõe a preservação da lógica e da coerência do sistema.
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Nada a reformar.
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da OJ 394 da SDI-1 do C. TST quanto aos reflexos das horas extras e do adicional noturno nos
DSRs.
Reformo.
VII- PPR
Com razão.
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Pois bem.
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estabelecida, nem que a reclamante não alcançou a assiduidade determinada, aliás sequer
alegou em defesa que tais fatos tenham ocorrido.
Pois bem.
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PREQUESTIONAMENTO
CONCLUSÃO
Dispositivo
Presidiu o julgamento o Exmo. Sr. Desembargador do Trabalho Jorge Luiz Souto Maior.
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Compareceu para sustentar oralmente, pela recorrente PROTEGE S/A PROTECAO E TRANSPORTE
DE VALORES, o Dr. Marcelo da Rocha Ciambra..
RESULTADO:
Votação por maioria, vencido o Exmo. Sr. Juiz do Trabalho Oséas Pereira Lopes Junior, nos seguintes
termos: "Com o devido respeito, divirjo quanto à devolução das contribuições, cabendo a manutenção da
sentença de origem".
Procurador ciente.
Votos Revisores
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