Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
explorar as imagens dos textos, antes de ler a parte verbal, por meio de perguntas
que ajudam o aluno a verificar para que as imagens foram utilizadas. Propor
atividades com tabelas e gráficos que aparecem nos textos (como, por exemplo, os
que indicam o tempo nos jornais). Pedir que os alunos leiam tirinhas e histórias em
quadrinhos e expliquem oralmente o que elas querem dizer, ressaltando-se o papel
das imagens na compreensão;
apresentar pequenos textos, constituídos de conjuntos de frases elaboradas sem
articuladores. Pedir aos alunos que façam a reescrita do texto, acrescentando os
conectivos (preposições, conjunções) necessários para marcar mais claramente as
relações. Mostrar como o uso de um ou de outro articulador faz grande diferença na
compreensão do sentido. Da mesma forma, será interessante apresentar frases
desencontradas, destituídas desses elementos articuladores, e pedir aos alunos
que as organizem, acrescentando esses articuladores, para marcar explicitamente
as relações entre elas;
apresentar um texto todo recortado, com os parágrafos fora de ordem, pedir aos
alunos que organizem os parágrafos de forma a constituírem um texto. Solicitar
justificativas para as escolhas. Será interessante que os alunos façam
reflexões sobre as estratégias usadas para decidir sobre a sequência sugerida para
os parágrafos, de modo a perceberem como o uso de conjunções, articuladores,
advérbios, organizadores textuais são essenciais para construir sentidos;
pedir aos alunos para reconhecerem as diferenças de sentido entre pares de texto,
decorrentes do emprego de uma ou outra conjunção. Para mostrar que
compreenderam as diferenças de sentido, os alunos deverão construir possíveis
cenários/contextos que tornariam adequada a produção das frases com essa ou
aquela conjunção;
trabalhar com textos predominantemente narrativos como contos, crônicas, lendas,
fábulas, romances (com temas adequados ao interesse dos alunos) e solicitar que
os alunos recontem esses textos oralmente. Fazer paródias dos textos lidos
exagerando características que os textos originais apresentam. Essas tarefas
podem ser realizadas em qualquer série. À medida que os alunos vão se tornando
mais desenvolvidos, os textos a serem estudados tornam-se mais complexos;
a leitura de romances, contos, peças de teatro, contos de suspense, mistério e
aventura, a leitura de notícias de jornal, de biografias, por exemplo, permite que os
alunos aprendam a lidar com a organização de narrativas. A exploração pertinente
dos elementos da narrativa estimula o leitor a construir personagens, enredo (ou
fatos), foco narrativo, espaço (ambiente). Podem ser exploradas as personagens, a
relação entre elas, se as personagens são reais ou inventadas, se são seres
animados ou inanimados. Também o enredo, ou fato que gerou o conflito e como
ele se organizou e se resolveu é um ponto a ser destacado nas aulas com
narrativas. Os alunos podem ler os textos, individual ou coletivamente, e depois
dramatizá-los. A dramatização é uma boa oportunidade para que os alunos
percebam o tipo de enredo, se é aventura, terror, suspense, ficção científica, amor;
o foco narrativo, ou quem conta a história, o lugar e o tempo em que a história
acontece. Em textos longos, as crianças precisam ser auxiliadas na leitura. O
professor pode ler para elas, com bastante expressividade, como quem conta uma
história. Questões que contemplam a habilidade de lidar com elementos da
narrativa podem impor dificuldade quando o texto apresenta os fatos numa ordem
não cronológica, quando há muitos personagens ou muitos fatores que contribuem
para construção do conflito, quando os textos são longos;
a leitura de notícias e reportagens de jornais pode ajudar os alunos a
desenvolverem a habilidade de distinguir fato e opinião. Nesses gêneros, quase
sempre há marcas explícitas que separam o que é fato do que é opinião. Partir de
gêneros em que as marcas de opinião (utilização de primeira pessoa, uso de
advérbios e de adjetivos) são mais evidentes pode contribuir para o desempenho
dos alunos.
fazer a análise sistemática de charges, com os alunos. Essa não é uma atividade
simples, porque vai exigir, também por parte do professor, alguns cuidados extras:
saber escolher o material a ser usado, garantir que os fatos, personagens e
situações tratados na charge sejam conhecidos, etc. Fazer a análise de charges
representa uma excelente oportunidade de trabalho interdisciplinar, uma vez que a
participação de professores de diferentes áreas – história, geografia, filosofia,
ciências físicas e biológicas, etc – pode ser solicitada com regularidade. Levar para
a sala de aula, por exemplo, diferentes charges, de diferentes autores, que
exploram a mesma situação, para verificar como cada um vê o contexto, o evento,
os indivíduos envolvidos e focalizados. Também será interessante acompanhar
uma sequência de charges de um mesmo chargista, em que determinado evento ou
personagem é focalizado, para a percepção dos elementos que tornam esse evento
ou essa personagem dignos de discussão;
contrapor textos de gêneros diversos que tratam do mesmo assunto, para mostrar
como é possível compreender fatos sob diferentes ângulos. E de como é possível
ver esses fatos sob diferentes óticas – indignação, comiseração, deboche, etc.
Assim, por exemplo, um acontecimento político qualquer, apresentado na mídia,
será alvo de reflexão. Os alunos poderão trazer o material – apresentado em
jornais, revistas, boletins, páginas de internet de sites variados – e será feito um
estudo desse material, para a descoberta dos pontos de vista de autores, de
empresas. O foco poderá estar na descoberta da posição assumida nesse material
a propósito do que é relatado, apresentado, discutido. Será importante deter-se na
ideia de que o tratamento humorístico dado a situações pode, muitas vezes,
chamar mais a atenção das pessoas e levá-las a compreender melhor
determinados eventos, sendo-lhes, assim, possível também posicionar-se;
propor a leitura sistemática de tirinhas e histórias em quadrinhos, chamando a
atenção para os detalhes desses gêneros textuais que podem levar ao riso, que
provocam o humor. O mesmo pode ser dito em relação ao estudo de piadas. Levar
os alunos a perceberem as estratégias usadas em textos de humor justamente para
provocar o riso: o inesperado, o inusitado, a repetição, a ausência;
explorar o uso dos sinais de pontuação e de outras notações como o itálico, o
negrito, letra maiúscula, tamanho de fonte. Levar o aluno a perceber como esses
elementos comunicam. Muitas vezes as palavras dizem uma coisa, mas esses
recursos verbais fazem revelar outras. Usar propagandas, notícias, outdoors e
cartazes, por exemplo, para enfatizar os efeitos gerados pela pontuação;
explorar o efeito de sentido que a seleção de uma palavra e não de outra pode
gerar num texto. Por exemplo, uma coisa é se referir a alguém como “o menino”,
outra é dizer “o peralta”, “senhor levadeza”;
explorar, nos textos, o uso de repetições de uma mesma palavra (ver os textos
literários, principalmente os poemas), que podem destacar efeitos especiais nos
textos. Fazer perguntas que levem o aluno a perceber porque algumas palavras
são repetidas;
explorar textos em que as palavras são escritas violando intencionalmente a
ortografia para comunicar alguma coisa. Para refletir um pouco mais sobre os
recursos que a língua dispõe para gerar efeitos de sentido é importante ler: