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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS

TERESINA 24 DE OUTUBRO DE 2019.

PROFª DRª ASSUNÇÃO

DISCENTE: FRANCIVAN R DOS SANTOS – MATRÍCULA: 1074216

Apreciação crítica elaborada em cima do livro “Os setes saberes necessários a


educação do futuro” capitulo III – Ensinar a condição humana de Edgar Morin.
São Paulo , 2000.

Morin (2000) assinala que a educação do futuro deverá ter o ensino


centro na condição humana e ainda conhecer sua diversidade cultural inerente,
pois todo conhecimento deverá situar o humano no universo; contextualizar seu
objeto e responder as questões: Quem somos? Onde estamos? De onde
viemos? Para onde vamos? O autor busca ensinar a condição humana:
enfatizando que a condição humana deve ser objeto de todo o ensino. Sinaliza
que deve haver uma união indissociável entre a unidade e a diversidade de
tudo aquilo que é humano, baseando-se nas disciplinas atuais através da
reunião e organização de todos os conhecimentos presentes nas ciências
humanas e naturais, literaturas e filosofia.

A concepção de Morin é essencial para os dias de hoje, no que tange a


educação humana nos seus diferentes de níveis, da educação básica a
superior. Ensinar a condição humana diz respeito a um dos buracos negros da
educação. A forma como as áreas do conhecimento se encontram distribuídas
em disciplinas isoladas ignora totalmente o aspecto da interdisciplinaridade
importantíssima para a comunicação entre os saberes, completamente
ignorados, subestimados ou fragmentados nos programas educativos.
Desconsiderar a complexidade do gênero humano em suas dimensões, razão
e emoção, é deixar de fora a compreensão do todo, enquanto avança-se o
conhecimento das partes alimenta-se esse conceito reducionista que leva de
encontro ao nada. Isso é prejudicial, sobretudo para que o aluno descubra a
relevância do contexto histórico-sócio-cultural da pessoa humana no contexto
da educação, onde o humano encontra-se esquartejado. O gênero humano
possui muitas especificidades, a maioria compartilhada por um povo ou grupo
humano específico, independentemente da sua localização geográfica ou
língua, a percepção desses aspectos é crucial para a compreensão do humano
como um todo. A educação do futuro deve se preocupar com a integração dos
saberes ao invés de trata-los separadamente, somente pelo viés técnico ou
mecanicista.

Morin destaca a importância da hominização no processo de


compreensão da condição humana, pois como ele afirma “a animalidade e a
humanidade caminham juntas e determinam a nossa condição humana.” Antes
de tudo é preciso considerar o duplo principio que define o homem: um
principio biofísico e um psico-sócio-cultural, um remetendo ao outro, pois essa
compreensão vai além desse mundo físico e vivo. Tendo em mente que o
homem só se realiza completamente através da cultura, pela transmissão do
conhecimento que parte do principio teórico-conceitual, onde os educadores se
preocupam somente em lecionar suas respectivas disciplinas, ou seja,
português com português, e matemática com matemática, o que existe na
verdade é uma atribuição equivocada de que as ciências humanas são
colocadas em segundo plano, e que possuem pouca ou nenhuma relação com
a natureza ou com o físico.

Diante de tudo isso é perceptível a incapacidade de se conceber uma


educação marcada pela integração dos saberes, onde o educador muitas
vezes possui uma formação incipiente que não promove o aprofundamento das
questões humanas e seus aspectos sociais envolvidos, motivo de grande
preocupação para a formação dos jovens, e futuros cidadãos. Os professores
devem se preocupar com uma formação mais humana do alunado, mas para
isso o sistema educacional deve passar antes por uma grande reforma , afim
de que se fomente um dia essa nova concepção para a transmissão de
conhecimentos que sejam universais.

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