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GESTÃO DO

CONHECIMENTO
(Capítulo I)

Texto narrativo do curta-metragem homônimo

Israel Salles e
Marcelo Gonçalves

O homem nasce dotado de


individualidade própria e todos os
atributos indispensáveis à evolução
por si mesmo em direção a um fim
superior tendo o futuro determinado
naturalmente, pela maneira como
gere suas ações, e pela influência
recebida do ambiente ao seu
redor.

Por necessidade de sobrevivência o


homem organiza-se em tribos de
interesse comum e compartilha o
conhecimento da descoberta. Com
linguagem própria, cria mecanismos
e processos de retenção e
disseminação de tudo que
percebe, experimenta e que para

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ele, passa a ter um significado
próprio.

Estabelece um processo
comunicativo com os demais,
transmitindo códigos e dados que
agrupados formam a fonte base de
absorção de informações.

A informação é tudo aquilo que se


tem através da decodificação
destes dados, não podendo existir
sem um processo de comunicação
que sirva de base para a
construção do conhecimento.

O tema Conhecimento inclui as


descrições, hipóteses, conceitos,
teorias, princípios, melhores práticas,
procedimentos, experiências, dados
e informações que são úteis e
verdadeiras.

O conhecimento pode ser definido


como aquilo que se admite a partir
da captação sensitiva, acumulável
na mente humana; é aquilo que o
homem absorve de alguma
maneira, através da informação
que lhe é apresentada, para com
determinado fim ou não.

O conhecimento distingue-se da
mera informação porque está
associado à intencionalidade.
Tanto o conhecimento como a

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informação consiste de
declarações verdadeiras, mas o
conhecimento pode ser
considerado informação com um
propósito ou uma utilidade
específico.

O conhecimento não pode ser


inserido em um computador por
meio de uma representação, caso
em que seria reduzido a mera
informação. Torna-se então,
equivocada a expressão "Base de
Conhecimento" em sistemas
computacionais, onde temos, na
realidade uma "Base de
Informação" ou "Base de Dados",
nos casos em é que possível
processá-la e transformar o seu
conteúdo, e não apenas a sua
forma.

Associamos informação à
semântica. Conhecimento está
associado com pragmatismo, isto é,
relaciona-se com alguma coisa
existente no "mundo real" do qual
temos uma experiência direta.

O conhecimento pode ainda ser


aprendido como um processo ou
como um produto. Quando nos
referimos a uma acumulação de
teorias, idéias e conceitos, o
conhecimento surge como um
produto resultante dessas

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aprendizagens, mas como todo
produto é indissociável de um
processo, podemos olhar o
conhecimento como uma
atividade intelectual através da
qual é feita a apreensão de algo
exterior ao indivíduo.

Segundo Platão, o Conhecimento


consiste de crença verdadeira e
justificada, sua teoria abrange o
conhecimento teórico, o "saber
que...", o conjunto de todas as
informações que descrevem e
explicam o mundo natural e social
que nos rodeia, analisa o que
ocorre, determina por que ocorre e
dessa forma antecipa uma
realidade futura.

Outro tipo de conhecimento, não


abrangido pela teoria de Platão é o
conhecimento prático, o "saber
como...". Seu aprendiz Aristóteles
dividiu o conhecimento em três
grandes áreas: científica, prática e
técnica.

A globalização da economia nos


últimos anos forçou as empresas a
melhorar o seu modo de
gerenciamento para manter a
vantagem competitiva. Os ativos
intangíveis como a aprendizagem
organizacional e a criação de
conhecimento emergiram como

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fatores determinantes na briga por
espaço e mercado das
organizações em resposta à
velocidade das mudanças.

Surge o conceito de Capital


Intelectual e as estratégias para
transformar o conhecimento
individual, às vezes tácito, nato,
fruto das vivências e experiências
dos colaboradores em
conhecimento explícito e
aproveitável pelas organizações na
formação ou melhoria de novos
indivíduos e da sociedade.

Sustentabilidade, termo hoje usado


amplamente para todas as
atividades humanas, significa suprir
as necessidades da geração
presente sem afetar a habilidade
das gerações futuras de suprir as
suas. Um conceito importante e
observado pelas organizações
modernas no trato das informações
e conhecimentos utilizados na
tomada de decisões estratégicas.

Segundo José Cláudio Terra, gerir o


conhecimento significa organizar as
principais políticas, processos e
ferramentas gerenciais e
tecnológicas à luz de uma melhor
compreensão dos processos de
geração, identificação, validação,
disseminação, compartilhamento e

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uso dos conhecimentos estratégicos
para gerar bons resultados para a
empresa e benefícios aos seus
colaboradores.

Em contabilidade, as tentativas de
qualificação e mensuração do
capital intelectual à disposição das
organizações têm gerado um novo
ramo denominado "Contabilidade
Estratégica".

A busca pelo conhecimento


verdadeiro, prático, sustentável e
útil passa pela quebra do
paradigma da disseminação e
compartilhamento que
invariavelmente gera discórdia,
apego e intolerância pela falta de
habilidade ou vontade em
reconhecer e respeitar diferenças
em crenças e opiniões.

No sentido político e social,


intolerância é a ausência de
disposição para aceitar pessoas
com pontos-de-vista diferentes,
transcende à razão.

Atitude expressa, negativa ou hostil,


em relação às opiniões de outrem,
mesmo que nenhuma ação seja
tomada para suprimir tais opiniões
divergentes ou calar aqueles que as
têm. Está baseada no preconceito
e pode levar à discriminação,

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intolerância religiosa e intolerância
política.

Em sua forma cotidiana há a fuga


do objetivo do conhecimento, a
intolerância é uma atitude expressa
através de argumentação raivosa,
menosprezando as pessoas por
causa de seus pontos-de-vista. Em
nível mais extremo, pode levar à
violência e em sua forma mais
severa, ao genocídio.

Uma questão central da sociedade


pós-industrial é o objeto do trabalho
do homem, que passa a ser de
interação com os outros homens e
não mais somente com as
máquinas ou com a natureza,
cedendo lugar para o intercâmbio
de informações, permitindo-nos
chegar ao conceito de sociedade
do conhecimento ou sociedade da
informação.

Os estudos sobre a livre


concorrência nos Estados Unidos na
década de 60 mostraram a
emergência de um novo campo: o
da produção do conhecimento.
Nesse campo, o saber ocupa o
papel central, acompanhado de
uma nova classe de trabalhadores,
a dos trabalhadores do
conhecimento.

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Hoje vislumbramos a retirada de
todas as atividades de informação,
dos setores primário, secundário e
terciário da economia, propondo o
setor quaternário, que englobaria
em sua estrutura a produção, o
processamento e a distribuição de
mercadorias e serviços de
informação.

Outro ponto importante sobre a


sociedade da informação é
dicotomia do seu objeto. A
informação passa a ser
considerada como recurso
estratégico, de agregação de valor
e elemento de competição política
e econômica entre os países,
podendo ser um fator tanto de
dominação, quanto de
emancipação.

No início do último século, Sigmund


Freud de forma polêmica sintetizou
que "Só o Conhecimento traz o
poder", dizendo considerar um
avanço seus livros terem sido
queimados pelos nazistas. Afinal, no
passado, eram os autores que iam à
fogueira.

No trato das disciplinas de


Gerenciamento de Projetos, há a
preocupação em perpetuar
técnicas e ferramentas que auxiliem
o dia-a-dia dos administradores na

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condução dos empreendimentos
temporários. Pouca ou nenhuma
atenção é destinada à
disseminação do conhecimento. É
comum a redução desta atividade
ao mero registro de Lições
Aprendidas e relatórios de
acompanhamento e performance
em Bases de Dados, que como já
mencionamos, não constitui
conhecimento e sim informação.

As informações são carregadas de


estilos de vida, visão de mundo,
ideologias, valores e contravalores.
O conteúdo é normalmente
direcionado por interesses humanos,
geralmente em proveito dos grupos
que controlam essas informações.

O controle é rigoroso, quando as


informações são utilizadas nos
processos produtivos, na tomada
de decisões e na geração de novas
tecnologias.

Em contrapartida, as informações
que geram dispersão, confusão,
distração, divertimento, lazer ou
veiculam um modus vivendi de
ideologias desmobilizadoras e
concepções fantasiadas do mundo
são democraticamente divulgadas
e parecem conduzir à formação de
uma sociedade de consumidores
de informações insignificantes.

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Na era dos bytes, dados proliferam
nas redes de computadores, mas só
se tornam informações quando são
organizados de acordo com
preferências e colocados em um
contexto, que define seu sentido e
relevância.

Informação se transforma em
conhecimento quando há uma
interação humana capaz de
absorvê-la e relacioná-la com
outros conhecimentos, fazendo
com que seja internalizada,
transformando-a em parte de um
sistema de crenças próprio.

O conhecimento pode ser dividido


em dois tipos básicos: Tácito e
Explícito.

Conhecimento tácito é aquele que


o indivíduo adquiriu ao longo da
vida utilizando-se da sua
experiência pessoal, está na
cabeça das pessoas. É difícil de ser
formalizado ou explicado a outra
pessoa, pois é subjetivo e inerente
as habilidades próprias, como
know-how. Lidamos com algo
subjetivo, não mensurável, quase
impossível de se ensinar, de se
passar através de manuais ou
mesmo numa sala de aula.

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É o tipo de conhecimento mais
valioso devido a sua difícil captura,
registro e divulgação, exatamente
por ele estar ligado às pessoas, é
chamado de verdadeiro
conhecimento.

Conhecimento explícito é aquele


formal, claro, regrado, fácil de ser
comunicado. Pode ser formalizado
em linguagem escrita e
representativa, guardado em bases
de dados ou publicações.

O Conhecimento explícito pode ser


confundido com a própria
informação, na sua forma mais
simples e elementar.

Um dos grandes pensadores neste


século, Peter Drucker (The Age of
Discontinuity, 1954) afirma que "A
sociedade para qual caminhamos
muito rapidamente, o saber é o
recurso chave.".

É célebre a afirmação "os


funcionários são o maior ativo da
empresa". Verdade absoluta, pois
os funcionários são os que detêm o
conhecimento tácito, que são os
conceitos, idéias, relacionamentos,
enfim o conhecimento da empresa,
de seus processos e produtos,
dentro de suas mentes.

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A melhor forma de transmiti-lo é
através da convivência, das
interações que fazemos com o
grupo que participamos, nos
comunicando em contato direto
com as pessoas.

Segundo Davenport (Thomas H.,


Working Knowledge: How
Organizations Manage What They
Know, 1997), o sistema que
possibilita aos colaboradores de
uma organização a inserção de
suas próprias observações a
respeito de documentos, processos,
informações e demais atividades da
rotina de trabalho, configura-se
como um sistema de Gestão do
Conhecimento.

O conhecimento adquirido não


precisa ser recém-criado ou original,
mas importa que seja novidade e
útil para a empresa.

O compartilhamento de
informações deve ser incentivado
para além das barreiras impostas
pelas disciplinas técnicas. É da
interação dos conhecimentos
periféricos, aqueles que trazem
todo o tipo de vivência e
experiência além das
especialidades técnicas e
científicas dos indivíduos, que

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partem as grandes descobertas e
idéias.

Grandes projetos são planejados e


executados de forma
multidisciplinar, com a colaboração
e interação de especialistas de
todas as áreas técnicas envolvidas.

As organizações preocupadas com


a Gestão do Conhecimento devem
promover programas permanentes
de estudo e prática que levem ao
aprendizado adquirindo e retendo
as capacidades fundamentais para
sua manutenção.

Este curta não encerra a questão


da Gestão do Conhecimento mas
foi desenvolvido com a pretensão
de fazê-lo pensar nas hipóteses e
oportunidades que podem estar
sendo perdidas pela falta de
comunicação e troca de
experiências entre os membros do
seu Time.

Distribua, discuta, provoque e


incentive este debate. Mesmo
quando não concordamos
aumentamos o nosso
conhecimento, mas mexa-se, pois
as informações registradas precisam
da sua interpretação para serem
úteis fontes de crescimento.

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Os Autores

Israel de Moraes Salles Júnior, PMP

Economista graduado pela PUC-SP, pós-graduado em


Gestão de Projetos pela USP e certificado PMP pelo PMI.
Atuou nas empresas HP, ERNST & YOUNG, KPMG, Bancos CCF
e ITAÚ. Consultor associado da DINSMORE Associates na
implantação e desenvolvimento do PMO da PETROBRAS na
UN-RIO e diagnósticos de gestão de projetos nas áreas de
exploração e produção, downstream, gás e energia. Líder da
equipe DA no PMO da Área de Negócio Internacional da
PETROBRAS, com implantação e suporte de ferramentas e
técnicas de projetos. É professor de cursos de capacitação
para certificação em gerenciamento de projetos.

Marcelo Magalhães Gonçalves, PMP

Engenheiro Eletrônico e de Telecomunicações graduado


pela UGF-RJ, certificado Project Management Professional
pelo PMI e Master in Project Management pela George
Washington University. Atuou como Program Manager na
ALCATEL, Gerente de Projetos e Solution Designer na IBM e
Gerente de projetos na VARIG. Consultor associado da
DINSMORE Associates na implantação e desenvolvimento do
PMO da PETROBRAS UN-RIO, com implantação e suporte de
ferramentas e técnicas de projetos junto ao Ativo de
Produção de Marlim Leste.

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