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Alfabetização

e Letramento
Material Teórico
A leitura no processo de alfabetização e letramento

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Denise Jarcovis Pianheri

Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
A leitura no processo de alfabetização
e letramento

• A leitura no processo de alfabetização e letramento

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, o nosso tema será: “A Leitura no Processo de
Alfabetização e Letramento”. Abordaremos a questão da leitura na
alfabetização, a importância da leitura por prazer e de como a prática
da leitura colabora na aprendizagem da criança ou do indivíduo que
está sendo alfabetizado.

ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, estudaremos o seguinte ponto: “A Leitura no Processo de
Alfabetização e Letramento”. Para que nossos objetivos possam ser alcançados,
pedimos a colaboração de vocês nas leituras, reflexões e participação nas
atividades propostas.
Para começar, leiam a parte intitulada Contextualização, importante para
começarmos a refletir sobre o assunto proposto, que é o papel da leitura no processo
de alfabetização. Em seguida, leiam o Conteúdo Teórico, que é a base que vocês
terão para toda a Disciplina.
Outra parte importante no Blackboard é a Apresentação Narrada. Ela traz, de
forma resumida, os conceitos da Disciplina e comentários feitos pelo professor.
Então, depois de terem passado por esses tópicos, realizem a Atividade de
Sistematização. São questões de múltipla escolha e a correção é automática, pelo
Sistema. Só para lembrar, vocês têm duas tentativas para realizar essa atividade;
portanto, estudem o conteúdo antes de acessar esse link.
Vocês devem participar, também, da Atividade de Aprofundamento, em que farão
uma atividade baseada no que estudamos no material teórico.
Vocês também têm acesso aos Materiais Complementares, que irão ajudar a
compreender, por meio de outros olhares, o conteúdo que estamos estudando. E
não podemos esquecer que vocês têm, ainda, acesso às Referências utilizadas no
preparo do material da Disciplina.
Lembro que é muito importante para vocês realizarem todas as atividades
propostas dentro dos prazos estabelecidos, pois além de reforçar a aprendizagem,
há pontos atribuídos a cada uma para compor a média final. Evitem acumular o
estudo dos conteúdos para não ter problemas no final do semestre.
UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento

Contextualização
Vamos refletir um pouco!

Leia a citação a seguir, de Italo Calvino (1923-1985):


Ler significa preparar-se para capturar uma voz que vai surgir quando
você menos espera. Uma voz que se deixa ouvir de um lugar inesperado,
para além do livro, além do autor, além da escrita: ela vem do que foi
dito, daquilo que o mundo ainda não fez a si mesmo porque ele não tinha
palavras para dizê-lo.

Após a leitura da citação, pense e reflita sobre o processo de leitura na vida


escolar da criança ou do adolescente e até mesmo do adulto.

Como será que consideramos a leitura? É importante ou não?

Reflita para iniciarmos nosso estudo.

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A leitura no processo de alfabetização
e letramento
Nesta Unidade, nosso foco central será “A Leitura no Processo de Alfabetização
e Letramento”.

Um dos pontos fundamentais para a aprendizagem na Alfabetização da criança


é o desenvolvimento da linguagem oral.

A construção da linguagem oral da criança está vinculada ao contato com as


falas dos adultos.

Nesse processo, as crianças fazem uso de tentativas, brincadeiras e interações


que realizam com os adultos e, dessa maneira, aos poucos, vão construindo sua
linguagem oral de forma gradativa.

Outros meios que as crianças utilizam no desenvolvimento de sua linguagem


falada são os gestos, os sinais e a linguagem corporal. Segundo Maria Fernandes
(2008, p. 22): “A aprendizagem se dá por meio de reflexão, pensamento,
explicitação de atos, sentimentos, sensações e desejos.”

Por meio do convívio com os adultos, as crianças vão adquirindo experiência


e conhecimentos sobre a linguagem oral. Assim, imitam as pessoas em várias
situações de comunicação, memorizam músicas, parlendas etc., também imitam
as entonações, expressões e diálogos que vivenciam e, dessa forma, ampliam sua
capacidade oral e aos poucos se familiarizam com a linguagem escrita.

Agora, qual a importância da leitura?


Uma das atividades mais importantes que é proporcionada na vida escolar das
crianças é a aprendizagem da leitura.

Luiz Carlos Cagliari (2003, p.148), a respeito da importância da aprendizagem


de leitura na Escola, afirma: “A leitura é a extensão da Escola na vida das pessoas.
A maioria do que se deve aprender na vida terá de ser conseguido por meio da
leitura fora da Escola. A leitura é uma herança maior do que qualquer diploma”.

Um dos pontos a respeito do qual devemos ser conscientes é que as pessoas


acabam tendo problemas em seus estudos durante os anos que passam devido a
não terem desenvolvido a prática da leitura de maneira adequada.

Por exemplo, muitos alunos não sabem resolver problemas de Matemática não
porque não saibam solucionar as equações que precisam ser desenvolvidas na
atividade, mas porque não sabem ler o enunciado do problema.

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UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento

Outro ponto fundamental é que alguns alunos sabem ler, ou melhor, fazem a
leitura automática, conhecem as palavras, mas não conseguem compreender aquilo
que lêem; é o que podemos chamar de pessoa não letrada. Isto é, o aluno conhece
os códigos linguísticos, faz a leitura, mas não consegue assimilar o significado do
que lê; não faz a interpretação de determinado texto.

A leitura é essencial para o bom desenvolvimento da aprendizagem da escrita.


Ela enriquece, fortalece a compreensão e o entendimento dos códigos linguísticos.

Citando novamente Cagliari (2003, p. 150):


Há um dito popular que diz que a leitura é o alimento da alma. Nada mais
verdadeiro. As pessoas que não leem são pessoas vazias ou subnutridas de
conhecimento. É claro que a experiência da vida não se reduz à leitura. A
vida como tal é a grande mestra. Algumas pessoas analfabetas conseguem,
às vezes, se sair bem economicamente, mas nem por isso deixam de ser
pessoas vazias. Têm a riqueza externa, sabem se virar na sociedade, mas
são pobres culturalmente, porque só a experiência da vida, por mais rica
que possa ser, não é suficiente para fornecer uma cultura sólida e geral.

Um fator importante para o desenvolvimento da leitura é ensinar as crianças


desde bem cedo o gosto pela leitura. A perda do prazer de ler ou não ter aprendido
o prazer de ler é um ponto que irá afetar a criança pelo resto de sua vida.

Daniel Pennac (1995), em seu livro Como um Romance, aborda essa questão
da leitura por prazer.

No livro, ele destaca o porquê da perda do gosto da leitura, ou seja, o autor


declara que a preocupação de muitos, especialmente da Escola, irá tornar a leitura
algo obrigatório para o aluno. O prazer da leitura é apagado pela obrigação e,
assim, o aluno começa a pensar na questão do número de páginas, que sempre é
muito mais do que imagina; a classificação quanto ao gênero, nunca é o livro que
ele gostaria de ler; a solicitação de resumos ou análises referentes ao texto, sendo
sempre algo imposto pelo professor.

Como Pennac (1995) menciona, o livro passa a ser visto não mais como
passagem para outros mundos, mas como um “objeto contundente”, algo que
pode ferir.

Então, um ponto a salientar, é que o adulto tem um papel fundamental no


desenvolvimento da leitura na criança e uma das coisas importantes a serem
ensinadas é o prazer da leitura.

Daniel Pennac esclarece essa questão do papel do adulto no processo de


aprendizagem da leitura de maneira maravilhosamente clara.

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Ele afirma:
Ele é, desde o começo, o bom leitor que continuará a ser se os adultos
que o circundam alimentarem seu entusiasmo em lugar de pôr à prova
sua competência, estimularem seu desejo de aprender, antes de lhe impor
o dever de recitar, acompanharem seus esforços, sem se contentar de
esperar na virada, consentirem em perder noites, em lugar de procurar
ganhar tempo, fizerem vibrar o presente, sem brandir a ameaça do
futuro, se recusarem a transformar em obrigação aquilo que era prazer,
entretendo esse prazer até que ele se faça um dever, fundindo esse dever na
gratuidade de toda aprendizagem cultural, e fazendo com que encontrem
eles mesmos o prazer nessa gratuidade (PENNAC, 1995, p. 55).

A leitura é um processo complexo, em que o leitor precisa realizar um trabalho


ativo no ato de ler porque irá construir o significado do texto.

Essa construção se dá pelo que o leitor está buscando em relação ao texto;


também se leva em consideração o conhecimento prévio sobre o assunto que
é tratado no texto; as informações sobre o autor colaboram na construção dos
sentidos que o leitor busca e a própria linguagem trazida pelo texto que será lido.

Podemos afirmar que existe uma idade ideal para ler?

Na realidade, não existe idade ideal para o aprendizado da leitura. O que leva
a criança a ler é a participação nas atividades de leitura e escrita, e também é
importante fazer com ela tenha acesso a vários materiais impressos, como: revistas,
livros, jornais, gibis, embalagens etc. que irão proporcionar o conhecimento dos
códigos linguísticos e, é claro, tudo junto, com a participação dos adultos que
dominam esse conhecimento. É fato que o exemplo dado pelo adulto em relação à
leitura e a escrita é fundamental para a aprendizagem da criança.

As crianças, no processo da aprendizagem, elaboram hipóteses de leitura da


mesma forma como fazem na aprendizagem da escrita, com as hipóteses da escrita.

E o que são hipóteses de leitura?


As hipóteses de leitura são as concepções ou ideias que as crianças têm referentes
ao que está escrito e do que se pode ler, é o que consideramos natureza conceitual.

Portanto, a criança irá se desenvolver ou irá fazer suas hipóteses de


leitura a partir daquilo que for apresentado para ela, ou seja, com as diversas
oportunidades de situações de leitura no entendimento da relação entre a
oralidade e os segmentos gráficos.

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UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento

Maria Fernandes (2008) aponta o que o professor pode fazer:


Oferecer textos que os alunos saibam de cor (músicas, parlendas, poesias
etc.) e solicitar que acompanhem a leitura indicando onde estão as
palavras lidas. É uma oportunidade para os alunos pensarem sobre o que
está escrito e como está escrito. Solicitar que procurem algumas palavras
pode ser uma boa intervenção do professor;

- realizar o trabalho com listas (animais, comidas, brincadeiras etc.)


também é adequado na fase inicial de alfabetização, pois esse tipo de
texto permite que as crianças antecipem o significado de cada item
(FERNANDES, 2008, p.39).

O professor precisa proporcionar várias situações de aprendizagem em que a


criança possa ouvir, pensar e refletir sobre a leitura. É muito importante, também,
oferecer textos trabalhados impressos. O contato tanto com a leitura quanto com a
escrita fará com que a criança desenvolva de forma eficaz sua aprendizagem e sua
compreensão em relação ao mundo letrado.

Outro ponto relevante na aprendizagem da leitura são as estratégias de leitura,


que não podem ser confundidas com as hipóteses de leitura.

O que são estratégias de leitura?


São os recursos utilizados tanto por leitores iniciantes quanto por leitores fluentes
para compreender o texto, ou seja, dar sentido ao que está sendo lido.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, pode-se dizer que estratégia de leitura:


Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação,
inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o
uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo
lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão,
avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas
(BRASIL,1998, p.69-70).

O que é cada uma dessas estratégias?

Temos quatro estratégias: antecipação, seleção, inferência e verificação e segundo


Maria Fernandes (2008), as estratégias de leitura podem ser definidas como:
- antecipação: hipóteses que tornam possível prever o que ainda está por
vir com base nas informações explícitas e suposições (...);

- seleção: ações que permitem que o leitor se atenha apenas ao que é útil
para a compreensão, desprezando itens irrelevantes (...);

- inferência: permite captar o que não está dito no texto de forma


explícita. É o complemento que o leitor fornece ao texto a partir de seus
conhecimentos prévios (...);

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- verificação: torna possível confirmar ou não as expectativas levantadas,
controlando a eficácia das demais estratégias. Essa checagem é inerente
à leitura e leva o leitor a repensar as hipóteses levantadas, retomar partes
anteriores e fazer as devidas correções (FERNANDES, 2008, p. 65-6).

É claro que no início do processo de aprendizagem da leitura, o leitor não irá


fazer o uso de todas as estratégias citadas; por isso os textos mais adequados como
música, parlendas e embalagens, como mencionado anteriormente, colaboram e
possibilitam ao leitor iniciante formular suas hipóteses, ou seja, ouvir, pensar e
refletir sobre a leitura, utilizando, também, outros recursos, como as imagens que o
texto pode trazer para, assim, fazer sua interpretação e compreender o texto dado.
Alguns fatores são fundamentais para as práticas da leitura. Os Parâmetros
Curriculares Nacionais afirmam que: “Formar leitores é algo que requer condições
favoráveis, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas, principalmente,
em relação ao uso que se faz deles nas práticas de leitura” (BRASIL, 1998, p. 71).

Assim, pontuaremos algumas dessas condições:


1. A escola precisa disponibilizar uma biblioteca contendo variados gêneros
textuais, sendo para consulta ou empréstimos, além de revistas, gibis, jornais
e outros;
2. A sala de aula também deve conter materiais para leitura, com a preocupação
de proporcionar um acervo diversificado para que os alunos obtenham
variadas situações de leitura;
3. O professor tem o papel de proporcionar e organizar os momentos de leitura,
tanto feito por ele próprio como pelos alunos, para que possam trocar ideias,
sugestões e experiências;
4. O professor também deve proporcionar atividades de leitura regularmente;
5. Cabe o professor permitir a escolha das leituras pelos próprios alunos, assim,
ensinando o prazer da leitura;
6. A Escola como um todo tem o dever de planejar um projeto relacionado
à leitura, envolvendo a todos. Não deve pensar que apenas o professor de
Língua Portuguesa tem de trabalhar a leitura; todo o professor é responsável
por esse processo.

O papel do professor, juntamente com a Escola, é de extrema importância


para o crescimento da criança ou do adolescente. O professor tem por obrigação
proporcionar essas variadas condições de ensino e aprendizagem para seu aluno,
possibilitando-o desenvolver suas capacidades e habilidades, tanto de leitura
como de escrita.

Pensando em atividades sobre leitura, vá até o Material Complementar e


veja um tipo de atividade que pode se desenvolvido com as crianças nas séries
iniciais para o desenvolvimento da aprendizagem da leitura. É uma sugestão da
Revista Nova Escola.

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UNIDADE A leitura no processo de alfabetização e letramento

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites
Como um romance
PENNAC, D. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 1995. Exemplo de atividade.
http://goo.gl/PzaU0k

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Referências
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1998.

CAGLIARI, L. C. Alfabetização & Linguística. São Paulo: Scipione, 2003.

FERNANDES, Maria. Os segredos da alfabetização. São Paulo: Cortez, 2008.

PENNAC, D. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.

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