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Em janeiro de 1985, Zeferino encetou negociações com Xavier com vista a reaquisição do apartamento X,

que recentemente lhe havia vendido e que se encontrava ainda registrado em seu nome.

Em Março do mesmo ano, e sem mencionar o facto de o apartamento ainda não lhe pertencer, promete
vende-lo a Vanda, por 1000 contos, tendo-se comprometido a compra-lo no momento da celebração do
contrato a que as partes atribuíram eficácia real e reduziram a escritura publica, sem que tenham, no
entanto, procedido ao respectivo registro.

No caso em concreto, primeiramente percebemos que antes da negociação encentada em janeiro de 1985
entre Zeferino e Xavier, os mesmos, já tinham celebrado um contrato de compra e venda nos termos do
artigo 874 do CC, uma vez que Zeferino estava em negociações com Xavir com vista a reaquisição do
apartamento X que foi o objecto do negócio do celebrado anteriormente entre ambos.

Tendo em conta que em Janeiro de 1985, à casa ainda se encontrava registrada em nome de Zeferino,
tudo indica que o negocio celebrado entre Zeferino e Xavier não observou a forma legal de modo à validar
o contracto de compra e venda celebrado entre eles, uma vez que o objecto desse negocio é uma coisa
imóvel nos termos da alínea a) do artigo 204 do CC, e quando um negocio incide sobre um bem imóvel
existe a obrigação legal de se seguir a forma estabelecida por lei nos termos do artigo 875 que é a escritura
publica, e uma vez que até à data ainda não tinham observado a forma, o negocio torna-se nulo nos
termos do artigo 219 do CC.

Em Março do mesmo ano, Zeferino movido de má fé nos termos do artigo 227 do CC contrario senso,
celebra um contrato promessa com vanda nos termos do nº 1 do artigo 410 do cc, onde o mesmo se
compromete a vender um apartamento por 1000 contos que já não lhe pertence, onde nesse negocio,
embora Zeferino tenha agido de má fé, o contrato promessa por eles celebrado seguiu a forma legal
prevista no nº 2 do artigo 410 do CC pelo facto dos mesmos terem feito a escritura publica e a Vanda ter
feito uma antecipação de pagamento de 250 contos nos termos do artigo 440 do CC, onde o restante do
valor seria pago no dia 1 de setembro de 1985 data em que celebrariam o contrato definitivo.

O contrato promessa celebrado entre Zeferino e Vanda embora tenham seguido a forma legal
estabelecida no nº 2 do artigo 410, o mesmo violam o principio da autonomia privada prevista no nº 1 do
artigo 405 do CC, uma vez que no conteúdo desse contrato colocaram uma clausula que renunciavam à
execução especifica, em caso de falta de cumprimento, culposa ou não, do contraente, violando assim
uma garantia prevista no artigo 830 do cc que consubstancia-se numa obrigação civil, tornando nulo essa
clausula.

Em abril de 1985, Zeferino adquiri de Xavier o apartamento em questão e isso nos mostra que os dois
voltaram a celebrar um novo contrato de compra e venda nos termos do 874 do CC sem a observância da
forma estabelecida no 875 uma vez que o apartamento ainda estava registrado em seu nome e mais uma
vez no mês seguinte o Zeferino volta a agir de má fé nos termos do artigo 227 do CC pelo facto do mesmo
ter celebrado um novo contrato de compra e venda nos termos do artigo 874 do CC, onde o mesmo
contrato não observou a forma legal prevista no artigo 875 do CC, uma vez que o objecto desse negocio
é um bem imóvel sujeito a registo.

Zeferino ao realizar esse negocio com Ulisses, alem de agir de má fé nos termos do artigo 227 contrario
senso, ele viola o contrato-promessa celebrado com Vanda nos termos do artigo 410 CC, uma vez que já
tinha se obrigado a celebrar o contrato definitivo com a Vanda, onde a mesma já tinha realizado um
pagamento antecipado de 250 contos, desse modo, a Vanda pode requerer a execução especifica nos
termos do nº 1 do artigo 830 do CC,

Caso não seja possível a execução, a Vanda pode requerer a devolução do valor antecipado e a
responsabilidade civil pelo facto de Zeferino ter agido de má fé

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