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Curso de Graduação a Distância

Educação a
Distância
(2 créditos – 40 horas)

Autor:
Blanca Martín Salvago
Maria Cristina Lima Paniago Lopes

Universidade Católica Dom Bosco Virtual


www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Missão Salesiana de Mato Grosso
Universidade Católica Dom Bosco
Instituição Salesiana de Educação Superior

Chanceler: Pe. Gildásio Mendes dos Santos


Reitor: Pe. Ricardo Carlos
Pró-Reitora de Graduação: Profª. Rúbia Renata Marques
Diretor da UCDB Virtual: Prof. Jeferson Pistori
Coordenadora Pedagógica: Profª. Blanca Martín Salvago

Direitos desta edição reservados à Editora UCDB


Diretoria de Educação a Distância: (67) 3312-3335
www.virtual.ucdb.br
UCDB -Universidade Católica Dom Bosco
Av. Tamandaré, 6000 Jardim Seminário
Fone: (67) 3312-3800 Fax: (67) 3312-3302
CEP 79117-900 Campo Grande – MS

Salvago, Blanca Martín e Lopes, Maria Cristina Lima Paniago.


Disciplina: Educação a Distância

Salvago e Lopes. Campo Grande: UCDB, 2018. 48 p.

1. Educação a Distância 2. Novas Tecnologias 3. Inclusão


Digital 4. Interação

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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO

Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do
seu curso.

Elementos que integram o material


Critérios de avaliação: são as informações referentes aos critérios adotados para
a avaliação (formativa e somativa) e composição da média da disciplina.
Quadro de Controle de Atividades: trata-se de um quadro para você organizar a
realização e envio das atividades virtuais. Você pode fazer seu ritmo de estudo, sem ul-
trapassar o prazo máximo indicado pelo professor.
Conteúdo Desenvolvido: é o conteúdo da disciplina, com a explanação do pro-
fessor sobre os diferentes temas objeto de estudo.
Indicações de Leituras de Aprofundamento: são sugestões para que você
possa aprofundar no conteúdo. A maioria das leituras sugeridas são links da Internet para
facilitar seu acesso aos materiais.
Atividades Virtuais: atividades propostas que marcarão um ritmo no seu estudo.
As datas de envio encontram-se no calendário do Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Como tirar o máximo de proveito


Este material didático é mais um subsídio para seus estudos. Consulte outros
conteúdos e interaja com os outros participantes. Portanto, não se esqueça de:
· Interagir com frequência com os colegas e com o professor, usando as ferramentas
de comunicação e informação do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA;
· Usar, além do material em mãos, os outros recursos disponíveis no AVA: aulas
audiovisuais, vídeo-aulas, fórum de discussão, fórum permanente de cada unidade, etc.;
· Recorrer à equipe de tutoria sempre que precisar orientação sobre dúvidas quanto
a calendário, atividades, ferramentas do AVA, e outros;
· Ter uma rotina que lhe permita estabelecer o ritmo de estudo adequado a suas
necessidades como estudante, organize o seu tempo;
· Ter consciência de que você deve ser sujeito ativo no processo de sua aprendiza-
gem, contando com a ajuda e colaboração de todos.

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Objetivo Geral
Propiciar espaço aos alunos dos cursos de graduação a distância para reflexão crítica
de questões voltadas à modalidade de Educação a Distância.

Conteúdo Programático – Sumário

UNIDADE 1 – O IMPACTO DA TECNOLOGIA NA SOCIEDADE ................................ 10


1.1 As tecnologias e o cotidiano ....................................................................................10
1.2 Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação....................................................11

UNIDADE 2 – CONCEITO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ........................................ 14


2.1 Definições de Educação a Distância ..........................................................................14
2.2 Educação a Distância X Educação Presencial..............................................................16
2.3 Modelos de EAD para o Ensino Superior ....................................................................17

UNIDADE 3 – HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...................................... 22


3.1 Estudo por correspondência .....................................................................................22
3.2 Educação por rádio e televisão .................................................................................23
3.3 O processo de ensino e aprendizagem mediado pelo computador ...............................26
3.4 O uso da EAD na Educação Presencial ......................................................................27
3.5 Educação Online .....................................................................................................28

UNIDADE 4 – PAPEL DOS PARTICIPANTES NA MODALIDADE A DISTÂNCIA ........ 31


4.1 Papel do professor ..................................................................................................31
4.2 Papel do aluno ........................................................................................................34
4.3 Educação Dialógica .................................................................................................36
4.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem ....................................................................38

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 41
EXERCÍCIOS E ATIVIDADES ................................................................................. 45

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FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SUAS ATIVIDADES

O quadro abaixo visa ajudá-lo a se organizar na realização das atividades. Faça seu
cronograma e tenha um controle de suas atividades:

AVALIAÇÃO PRAZO * DATA DE ENVIO **

Atividade 1.1
Ferramenta: Tarefa

Atividade 2.1
Ferramenta: Questionário

Atividade 4.1
Ferramenta: Tarefa

* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte o
calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade.

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BOAS VINDAS

Seja bem-vindo a esta aventura que estamos prestes a começar. Esperamos que
esteja animado e interessado no curso escolhido, na modalidade a distância, para que
possamos descobrir juntos novas possibilidades de ensino-aprendizagem.
Parabéns pela sua iniciativa que, sem dúvida, tem boa dose de coragem e espírito
pioneiro e arrojado.
Sinta-se à vontade, participe e expresse suas opiniões, comentários e dúvidas.
Lembre-se que fazer um curso a distância não é sinônimo de estudar sozinho. Você tem
colegas, auxiliares e tutores com os quais pode interagir.
Estamos abertos à comunicação em uma interação frequente e fluida e esperamos
contar com o seu entusiasmo, participação e envolvimento.

MÃOS À OBRA!

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Pré-teste
Esta atividade não será pontuada, mas é importante sua participação.
O objetivo deste instrumento é coletar dados referentes às representações dos
participantes em relação ao uso da tecnologia em diferentes contextos; à EAD e suas
características; às experiências já vividas em relação ao uso da tecnologia.

1. Você costuma usar o computador/Internet?


( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
( ) Raramente

2. Se a resposta anterior for afirmativa, indique quais as finalidades do uso:


( ) Estudo
( ) Trabalho
( ) Lazer
( ) Negócios
( ) Outras

3. Você se sente confortável ao usar e-mail?


( ) Sim
( ) Não
( ) Depende do contexto

4.Você se sente confortável com a leitura dos textos na tela do computador?


( ) Sim
( ) Não
( ) Mais ou menos

5. Você já participou de algum Chat?


( ) Sim
( ) Não

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6. Você já participou de algum Fórum?
( ) Sim
( ) Não

7. Você acha que é importante o uso do computador na sua prática profissional?


( ) Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca

8. Qual a sua experiência em cursos a distância?


( ) Cursos Profissionalizantes
( ) Cursos Acadêmicos
( ) Nenhuma experiência

9. O que levou você a escolher este curso na modalidade a distância?


( ) Por influência de outra pessoa
( ) Por falta de opção
( ) Por conhecer as vantagens da modalidade a distância
( ) Outros motivos

10. Na sua opinião, quais das características a seguir correspondem à


modalidade a distância. (Pode escolher mais de um item)
( ) Fácil
( ) Sem comprometimento
( ) Exigente
( ) Flexível em relação ao tempo e espaço
( ) Propiciadora de autonomia ao aluno
( ) Colaborativa
( ) Autoritária
( ) Centralizada

Submeta o Pré-teste por meio da ferramenta Questionário.

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INTRODUÇÃO

O fato de estarmos cercados pelas tecnologias e pelas mudanças que elas acarretam
no mundo não pode ser ignorado. Porém, o foco de nossa atenção deveria ser como
aproveitar tais tecnologias de modo que tragam benefícios para nosso desempenho como
cidadãos e como profissionais.
Muitos temem ser dominados pela tecnologia, mas para que isto não aconteça é
preciso ter um posicionamento crítico com relação a ela. Tanto no âmbito social, político,
econômico, administrativo, como no educacional, é necessário formar a pessoa para que
tenha uma participação ativa com o conhecimento e a informação e não assimile
passivamente as informações recebidas através das tecnologias de informação e
comunicação e tenha um posicionamento crítico diante das diferentes situações.
Seguindo esta linha de pensamento, a tecnologia, mesmo não beneficiando todos da
mesma forma, alcança uma grande maioria e pode promover transformações no
pensamento e na organização da sociedade superando as desigualdades.
Mas, para isso, é necessário desmistificar a linguagem tecnológica e familiarizar os
diferentes usuários com o domínio do seu manuseio, investigação e produção.
Com a alfabetização tecnológica, a tecnologia poderá ser usada de maneiras
múltiplas e diferenciadas, superando uma percepção ingênua do mundo, interagindo com a
informação e o conhecimento, aumentando possibilidades na vida, comprometendo-se com
as transformações sociais.
As tecnologias poderiam ser usadas não só como ferramentas para facilitar e
melhorar as condições de vida, mas também como objetos de conhecimento e pesquisa.
O processo de atualização e adaptação às tecnologias digitais de informação e
comunicação deveria ser permanente, um processo dinâmico que exige participação,
envolvimento, abertura de espírito ao novo e contínua formação para poder fazer um bom
uso das ferramentas.
Por isso, propomos aqui aproveitar a disciplina como uma oportunidade para
discutir, refletir, investigar, trocar ideias sobre o uso da tecnologia nas mais variadas
situações (contexto educativo, profissional, social, pessoal...).

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UNIDADE 1

O IMPACTO DA TECNOLOGIA NA SOCIEDADE

OBJETIVO DA UNIDADE: Refletir sobre o uso das novas tecnologias nos mais
diferentes aspectos do dia a dia. Propiciar um espaço para que o aluno se familiarize com
a inserção das novas tecnologias em diferentes contextos.

1.1 As tecnologias e o cotidiano

Quando a gente pensa em tecnologia, normalmente vêm na cabeça complicados


equipamentos que nem sabemos como funcionam, e normalmente são associados a um
mundo distante da nossa realidade, do nosso cotidiano, da nossa compreensão. Mas, vamos
pensar um pouco nas nossas rotinas: será que esses equipamentos estão tão longe assim
de nós? Dê uma olhada em volta de onde você se encontra neste momento, o que está
vendo? Há alguma tecnologia perto de você? Afinal, o que é tecnologia?

Ao conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao


planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um
determinado tipo de atividade nós chamamos de “tecnologia”. Para
construírem qualquer equipamento seja uma caneta esferográfica ou um
computador -, os homens precisam pesquisar, planejar e criar tecnologias.
(KENSKI, 2015, p. 18)

Bom, depois dessa definição de tecnologia, vamos repensar nas perguntas que
colocamos anteriormente. Onde está a tecnologia?

A tecnologia está em todo lugar, já faz parte de nossas vidas. Nossas


atividades cotidianas mais comuns como dormir, comer, trabalhar, ler,
conversar, deslocarmo-nos para diferentes lugares, e divertirmo-nos- são
possíveis graças às tecnologias a que temos acesso. As tecnologias estão
tão próximas e presentes, que nem percebemos mais que não são coisas
naturais. Tecnologias que resultaram, por exemplo, em talheres, pratos,
panelas, fogões, fornos, geladeiras, alimentos industrializados e muitos
outros produtos, equipamentos e processos que foram planejados e
construídos para podermos realizar a simples e fundamental tarefa que
garante nossa sobrevivência: a alimentação. (KENSKI, 2015, p. 18)

Será que os utensílios utilizados no nosso dia a dia são percebidos como
tecnologias? Poderíamos imaginar nossas vidas sem alguns desses utensílios?

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Muitos dos equipamentos e produtos que utilizamos em nosso cotidiano
não são notados como tecnologias. Alguns invadem nosso corpo, como
próteses, alimentos e medicamentos. Óculos, dentaduras, comidas e
bebidas industrializadas, vitaminas e outros tipos de medicamentos são
produtos resultantes de sofisticadas tecnologias... Tudo o que utilizamos na
nossa vida diária, pessoal e profissional utensílios, livros, giz e apagador,
papel, canetas, lápis, sabonetes, talheres...- são formas diferenciadas de
ferramentas tecnológicas (KENSKI, 2015, p. 19)

Até aqui pensamos só no âmbito doméstico, mas será que as nossas inter-relações
também sofrem influências das tecnologias?

Pense nas atividade do seu dia a dia. Quais as tecnologias que você utiliza desde
que acorda até o final do dia? Este questionamento é importante para perceber que as
tecnologias não são apenas aparelhos sofisticados e que em todas as atividades do
cotidiano usufruímos das vantagens que nos proporcionam.

1.2 Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação - TDIC

Sem sombra de dúvida, a tecnologia exerce um


certo fascínio sobre a maioria de nós. Estamos sempre
buscando algo que possa fazer alguma diferença em nossas
vidas. Por isso, muitas vezes, enxergamos a tecnologia
como aquela capaz de mudar e aperfeiçoar o que já vinha
sendo feito anteriormente. Isto acontece em todos os
âmbitos: social, educacional, profissional, individual, etc.

Fonte: http://migre.me/5GYN9

O computador e o smartfone são as tecnologias mais prestigiadas atualmente,


pode ser usado de diferentes formas no dia a dia, como recurso didático, como
fortalecimento de um pensamento crítico socialmente compartilhável, como uma capacidade
operacional de melhorar o desempenho cotidiano dos afazeres básicos, para facilitar as
transações econômicas, para facilitar a comunicação, para ter acesso a diferentes tipos de
informações.

Diante das novas exigências de um mercado competitivo, as empresas também têm


que buscar atualização com desempenho satisfatório em relação à qualidade, custo,
flexibilidade. Sendo assim, exigem-se novas formas de gerenciamento, novas relações entre
empregador-empregado, melhores desempenhos e formas de integração das novas

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tecnologias aproveitando suas possibilidades. Essa adequação faz-se necessária sob a
perspectiva de uma realidade bastante competitiva.

Fonte:
http://migre.me/5HjZ6

Fonte: http://migre.me/5Hk1n

Fonte: https://bit.ly/2Jrfw3v Fonte: https://bit.ly/2JFpPEs

As maiores conquistas que podem ser obtidas com a informatização das empresas
são: facilitar a comunicação entre diferentes setores; acesso a diferentes tipos de
informação; agilizar o processo de tomada de decisões; integrar polos de diferentes espaços
geográficos, facilitar a divulgação de seus produtos.

Como em outros ambientes, também no âmbito profissional, é necessário introduzir


as novas tecnologias considerando não apenas seu valor operacional, a curto prazo, mas
suas implicações no que se refere a questões estratégicas dentro da organização. Não basta
ter uma visão imediatista de lucro, de produtividade, de ganho de tempo sem definir
claramente as metas que se querem alcançar.

Sabendo que neste sentido, a diferenciação em relação a usar ou não a tecnologia


pode trazer vantagens e benefícios nos resultados das ações em qualquer ambiente.
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Reflita: se você tiver que fazer uma
cirurgia, não gostaria que o cirurgião utilizasse a
tecnologia que seja mais precisa, que garanta
uma intervenção menos invasiva, uma
recuperação mais rápida, etc. Mesma coisa
podemos dizer se precisarmos do trabalho de um
engenheiro para a construção da nossa casa.
Também gostaríamos que utilizasse o que há de
mais avançado para garantir uma construção de
qualidade.

Fonte: http://migre.me/5GYX6

Na esfera privada ou na esfera pública, a finalidade da inclusão das Tecnologias


Digitais de Informação e Comunicação pode ser a economia de recursos (materiais,
humanos, tempo, dinheiro), ou seja, a obtenção de maior lucro com menor investimento
e/ou melhorar o atendimento, os serviços prestados ao público em geral, além da melhoria
na organização, na agilização da comunicação e da informação.

Mas, quando pensamos no contexto da educação, nem sempre vemos aplicada a


mesma lógica. Por isso, achamos importante primeiro refletir a respeito das tecnologias no
nosso cotidiano para, em um segundo momento (a partir da próxima unidade), trazer a
reflexão para o contexto educacional.

Antes de continuar seu estudo, realize o Exercício 1 e a


Atividade 1.1.

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UNIDADE 2

CONCEITO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

OBJETIVO DA UNIDADE: Familiarizar-se com o conceito e características da Educação


a Distância, refletir sobre suas vantagens e desvantagens e formar uma opinião crítica em
relação à EAD.

2.1 Definições de Educação a Distância

Maia e Mattar (2007) destacam que a EAD recebe denominações diferentes


dependendo dos países (estudo em casa, estudo independente, telensino, teleducação,
ensino ou educação a distância, etc.). E também podemos encontrar diferentes definições,
mas a maioria das definições de EAD enfatizam a separação espacial e temporal,
característica que o distingue do ensino presencial, em que professor e alunos compartilham
o mesmo espaço (sala de aula) e ao mesmo tempo.

Segundo Maia e Mattar (2007, p.


6), “a filosofia que fundamenta essas
propostas de ensino [de EAD] é simples:
o aprendizado não deve ocorrer apenas na
sala de aula. Aliás, na sociedade da
informação e do conhecimento, a sala de
aula tradicional [...] pode ser vista como o
lugar menos propício para a educação”.

Fonte: https://bit.ly/2Jo9y7x

Moore e Kearsley (2007, p.1) afirmam que a ideia básica de educação a distância é
muito simples:

Alunos e professores estão em locais diferentes durante todo ou grande


parte do tempo em que aprendem e ensinam. Estando em locais distintos,
eles dependem de algum tipo de tecnologia para transmitir informações e
lhes proporcionar um meio para interagir.

É interessante atentar-se para o fato de que professores e alunos, mesmo estando


separados fisicamente, podem e devem interagir. A distância física não isenta a interação, a

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participação, o envolvimento, o comprometimento de ambos para que a aprendizagem
ocorra de maneira significativa.

Neder (2003, p. 91) faz as seguintes considerações a respeito:

A educação a distância é uma modalidade de ensino que, paradoxalmente,


por prescindir da relação face a face, exige um processo de interlocução
permanente e próprio. Na educação a distância, o aluno não vai estar
fisicamente presente em todos os momentos da relação pedagógica. Mas
apesar da distância física, não pode deixar de existir o diálogo permanente.
O material didático é o instrumento para esse diálogo. Ele deve ser pensado
e concebido no interior de um projeto pedagógico e de uma proposta
curricular definidas claramente.

O decreto nº. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB


(Lei nº 9.394/96) em seu artigo 1º conceitua a EAD como:

Forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de


recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em
diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados,
e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Posteriormente o decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005, revogado pelo
Decreto nº. 9.057 de 25 de maio de 2017, deu novo conceito a EAD como:

… modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos


processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com
políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre
outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais
da educação que estejam em lugares e tempos diversos.
O que a EAD enfatiza é uma autonomia por parte de seus participantes, aquela em
que cada um, na sua individualidade, busca novas formas de conhecimento, mas sempre
combinado ao coletivo, ao grupo, à busca das novas aprendizagens contemplando também
seus pares no processo de ensinar e de aprender.

O aluno deve ser protagonista do seu processo de aprendizagem, buscar alternativas


de aprender junto aos seus pares, não só com o professor mediando esta construção. Não
se trata, portanto, de suprimir a distância, mas precisamos aprender a conviver com ela,
para que nela seja possível uma presença dialogada: “É preciso, pois, não querer a tudo
custo suspender a distância, mas aprender a lidar com ela, de modo que seja possível fazer
nascer dela mesma a presença” (ROMÃO, 2008, p. 87).

Quando a pessoa percebe que não tem autonomia, isso pode causar perda da
autoestima e desmotivação para a realização das atividades educacionais. Mas ter
autonomia não basta, as pessoas precisam se relacionar, precisam sentir que há alguém
quem se preocupa com elas (TORI, 2017, p. 88). Por outro lado, o aluno não pode cair na
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autossuficiência: “Ter a consciência de que ninguém se basta a si mesmo é um bom
começo. Este parece ser um requisito fundamental para começar a exercer a autonomia”
(ROMÃO, 2008, pp. 124-125). A abertura à interação, participação e cooperação é
fundamental para um bom exercício da autonomia do aluno.

2.2 Educação a Distância x Educação presencial

A Educação a Distância é um processo de ensino-aprendizagem, mediante os


diversos meios de comunicação social, com alunos dispersos e distantes entre si e
separados também fisicamente do professor. A EAD oferece uma tentativa de dar resposta
às novas demandas sociais que a educação tradicional, exigindo presença dos alunos e do
professor, não pode atender. Mas é incorreto pensar que esta modalidade deve substituir a
tradicional. Ambas as formas educativas podem e devem beneficiar-se mutuamente de sua
coexistência.

Não devemos pensar na Educação a Distância e na presencial como contrapostas,


são apenas maneiras diferentes de concretizar o processo de ensino e aprendizagem. Tori
(2017, p. 32): “Assim como um aluno pode se ausentar psicologicamente do assunto
tratado pelo professor em sala de aula, é possível que esse mesmo estudante se mostre
presente e envolvido em interações e bate-papos por meio da Internet [...]”.

No ensino presencial, o professor ocupa o papel central, determinando, na maioria


das vezes, o ritmo da aprendizagem dos acadêmicos. Na EAD, o contato direto e físico entre
aluno e professor desaparece, mas continua a relação professor-aluno, mesmo com traços
peculiares, pois é um contato mediado pela tecnologia. A educação continua sendo um
processo dialógico, o professor tem que continuar desempenhando seu papel, sem
pretensão de substituir a atividade mental, criadora, que o aluno sempre deve ter,
prestando em cada momento sua ajuda de maneira que o educando consiga aprender sem
depender de maneira servil do mediador: o professor.

A EAD permite a liberdade de tempo e lugar, uma independência que permite ao


usuário aproximar-se de outros tipos de conhecimento ou atualizar-se, sem ver-se obrigado
a cumprir um horário pré-estabelecido e sem ter que sair de casa ou do seu lugar de
trabalho. Esta flexibilidade é característica importante que muitas vezes determina a escolha
desta modalidade. Vamos ver outras especificidades da EAD:

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● O aluno deve ter um alto grau de motivação, pois deve agir com
responsabilidade e autonomia. A responsabilidade da aprendizagem
também recai no aluno, que deve planificar e organizar seu tempo para
responder às exigências do curso que está acompanhando. Também deve
ter disciplina, já que são muitos os estímulos do ambiente que dificultam o
estudo sistemático.

● A educação tradicional não perde terreno por causa da Educação a Distância,


mas sim, podemos afirmar que esta vem suprir carências que impedem um
igual acesso ao conhecimento de todos os seres humanos interessados.

● A Educação a Distância é uma modalidade que permite o ato educativo


mediante diferentes métodos, técnicas, estratégias e meios, é uma
situação em que os alunos e professores se encontram separados
fisicamente e podem se relacionar de maneira presencial ocasionalmente,
segundo as necessidades específicas de cada curso. A relação presencial
dependerá da distância, do número de alunos, de se os alunos têm ou não
acesso a computadores com Internet, e do tipo de conhecimento que se
trate. Por exemplo, se o curso for de química, é lógico que vai requerer uso
de laboratório.

● A metodologia educativa para ambientes virtuais de aprendizagem deve estar


centrada no estudante. Não pode ser de outro modo, sobretudo levando
em conta as características dos estudantes não presenciais, entre as quais
destacamos que normalmente são adultos com trabalho estável e para os
quais o maior problema é o tempo, isto é, a impossibilidade de frequentar
os centros de formação convencionais em horários pré-estabelecidos.
Precisam de um sistema flexível que se adapte a eles, não eles ao sistema.

● Na EAD, o professor se relaciona diretamente com cada um dos alunos,


podendo respeitar sua individualidade e seu ritmo particular no
desenvolvimento e na assimilação do conteúdo.

2.3 Modelos de EAD para o Ensino Superior

Assim como existem várias Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação -


TDIC, são também diversos os modelos usados para implementação de cursos a distância,
pois a combinação das mesmas proporciona uma diversidade de opções.

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São muitas as possibilidades de escolha: desde um curso a distância, centrado ainda
no correio convencional, até um curso totalmente a distância, que utiliza para seu
desenvolvimento as tecnologias on-line. Entre esses dois extremos há infinidade de
possibilidades, dependendo da proposta pedagógica de cada Instituição ofertante e de cada
curso. O leque à disposição é muito amplo.

Neste item não queremos detalhar todos os modelos de Educação a Distância, nos
centramos aqui em dois modelos mais difundidos no Brasil de cursos que denominamos
como: cursos dirigidos a massas e cursos dirigidos a grupos pequenos. Descrevemos a
seguir brevemente cada um deles, tentando destacar algumas vantagens e desvantagens.

Os cursos de graduação e de pós-graduação oferecidos a distância estão


enquadrados nos modelos de massa e cursos dirigidos a grupos pequenos. Os dois modelos
estão baseados na formação de turma, com possibilidade de atividades em grupo,
encontros presenciais, formação de comunidades, etc. Estes cursos têm datas previstas
para início e término.

a) Os cursos dirigidos a massas


Esses cursos estão bastante difundidos no Brasil, baseiam-se no uso de mídias de
massas como ferramenta principal, como por exemplo, aulas televisivas transmitidas via
satélite. É “um modelo promissor para alunos que têm dificuldade em trabalhar sozinhos,
em ter autonomia intelectual e gerencial da sua aprendizagem” (MORAN, 2005). Os alunos
têm que frequentar periodicamente o espaço físico onde acontecem as aulas. Cada sala é
monitorada por um tutor local ou
tutor presencial, que faz a
mediação entre o professor e os
alunos dos diferentes locais.

Estes cursos se aproximam


mais do modelo clássico de ensino,
pois os alunos têm o ponto de
referência da sala de aula à qual
têm que ir com certa assiduidade e
mantêm o vínculo mais estreito
com a escola física e com a figura
tradicional do professor.

Fonte: https://bit.ly/2HCoCsm

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b) Os cursos dirigidos a grupos pequenos
São também cursos com turma, mas têm um diferencial significativo: atendem a
uma clientela determinada com o mesmo tipo de necessidades e os alunos não necessitam
ir periodicamente à sala de aula. São cursos normalmente mediados pela Internet, nos
quais os alunos adquirem maior disciplina, sendo mais independentes na hora de gerenciar
seu estudo e sua aprendizagem. Os
professores, neste modelo, estão
também presentes no processo,
entrando em contato com o aluno por
meio das ferramentas de comunicação
da Internet e via telefone, e, por tratar-
se de grupos pequenos, o tratamento
dado aos alunos é mais personalizado,
tendo condições de acompanhar o
desempenho de cada acadêmico mais
de perto, com uma postura mais de
orientador do que de transmissor de conhecimento.

Fonte: https://bit.ly/2sJF05N

É o modelo ideal para pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho, que
precisam viajar, têm pouco tempo à disposição, mas querem estudar para conseguir se
estabelecer no trabalho ou para ter a possibilidade de ser promovido no emprego. É
também o modelo ideal para qualquer pessoa, jovem ou adulto, inserido no mercado de
trabalho ou não, que estando motivado para estudar um curso superior, quer exercer sua
autonomia no gerenciamento do processo ensino-aprendizagem.

Outra vantagem deste modelo é que oferece maior flexibilidade de tempo e,


sobretudo, de espaço. Isso facilita que pessoas que moram no interior (sobretudo em
regiões distantes ou de difícil acesso) possam realizar seus estudos de nível superior. Essa
flexibilidade está sendo acolhida também por moradores das grandes cidades que preferem
evitar os longos deslocamentos e as despesas de locomoção, assim como o desgaste de se
submeter diariamente ao estresse de deslocamentos nos grandes centros urbanos.

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Resumindo, podemos destacar os seguintes traços da EAD:

● Papel ativo do aluno.


● Ritmo individual.
● Uso flexível do tempo.
● Professor como mediador do conhecimento.
Podemos dizer que o ser humano, geralmente, tem resistência a introduzir
mudanças que requeiram certo nível de adaptação. No contexto educacional, as maiores
resistências à introdução das novas tecnologias são:

● O principal motivo para rejeitar a mudança ainda continua sendo a falta


de conhecimento de o que é a Educação a Distância e como funciona.
Ainda podemos perceber certo preconceito de algumas pessoas com
relação à EAD. Mas também percebemos que quando as pessoas se
abrem a conhecer a modalidade de perto, começam a mudar sua opinião
nesse sentido. Se está aumentando o número de alunos que estudam
nessa modalidade é, precisamente, porque já está mudando o cenário
nesse sentido.

● A tendência natural a desconfiar e rejeitar o novo. E, mais ainda,


quando a novidade supõe uma mudança de atitude de parte dos
docentes e dos aprendizes. É mais simples fazer as coisas como sempre
foram feitas do que aprender novas técnicas e dinâmicas. Para o
professor talvez seja mais fácil se acomodar na situação de controlador
do que aceitar a perda de espaço e de controle. Para o aluno talvez seja
mais fácil esperar que tudo venha feito e decidido do que ter que correr
atrás e ser responsável, sem ter uma pessoa do lado cobrando
continuamente uma tarefa.

● Há pessoas que têm receio à


tecnologia: temem as máquinas,
especialmente porque pensam que os
computadores podem acabar tomando o
lugar dos humanos, neste caso, do
professor.
Fonte: http://migre.me/5HlkD

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Concluindo, podemos dizer que existem várias metodologias de ensino que supõem
também papéis diversos para os envolvidos, tanto professor como aluno. Não se justifica
uma justaposição da educação presencial e a distância, as duas se complementam, pois
atendem a perfis diferenciados de alunos. O importante é que a educação seja de qualidade
seja qual for o contexto de ensino. “Não é difícil encontrar egressos da educação virtual
com desempenho superior so de colegas formados em salas de aula convencionais” (TORI,
2017, p. 32). E o autor, ainda destaca um dado que é muito importante para os alunos que
estudam a distância: “[...] uma das vantagens de quem estuda online é já estar se
aculturando para os ambientes de trabalho, cada vez mais virtualizados e com demandas de
habilidades similares às exigidas de quem aprende a distância” (Ibidem).

Dica de aprofundamento

MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EaD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

Sugiro a leitura do primeiro capítulo, que traz o conceito de Educação a Distância e uma
reflexão interessante a respeito da distância espacial e temporal.

O livro está à sua disposição na biblioteca virtual do curso.

Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 2.1.

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UNIDADE 3

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

OBJETIVO DA UNIDADE: entender o processo histórico da EAD, seu


desenvolvimento e mudanças, com vistas às discussões sobre seus avanços e retrocessos,
no sentido de conhecer suas potencialidades no processo de ensino e de aprendizagem.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a educação a


distância não é algo novo e sim muito antigo. Ela se iniciou com
os estudos por correspondência. Segundo Peters (2005), a EAD
teve como marco inicial um curso de Short Hand oferecido por
Caleb Philips noticiado pela Gazeta de Boston. Além disso, são
citadas as epístolas de São Paulo às comunidades cristãs da Ásia
Menor. Portanto, a história da EAD não é tão recente.

Fonte: http://migre.me/5HruW

3.1 Estudo por correspondência

Segundo Moore e Kearsley (2007, p.25):

O histórico da educação a distância começa com os cursos de instrução que


eram entregues pelo correio. Denominado usualmente por
correspondência, também era chamado estudo em casa pelas primeiras
escolas com fins lucrativos, e estudo independente pelas universidades.
Tendo início no começo da década de 1880, as pessoas que desejassem
estudar em casa ou no trabalho poderiam, pela primeira vez, obter
instrução de um professor a distância. Isso ocorria por causa da invenção
de uma nova tecnologia – serviços postais baratos e confiáveis, resultando
em grande parte da expansão das ferroviárias.

Segundo estes autores, o estudo por correspondência era uma maneira de garantir a
educação a alunos que não tinham outra forma de acesso. As mulheres foram beneficiadas
com este tipo de estudo, pois não tinham outro modo de se formar, a não ser com os
materiais entregues em suas próprias casas.

As Forças Armadas também se beneficiaram deste tipo de estudo. Por exemplo, o


Instituto United States Armed Forces, em 1966, oferecia cursos por correspondência, tanto
de ensino elementar, médio como superior.

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Há ainda hoje muitas pessoas que estudam por meio de textos enviados pelo
correio, ou seja, por correspondência. Nos Estados Unidos, há um Conselho de Educação e
Treinamento a Distância que certifica escolas que oferecem disciplinas diversificadas
relacionadas ao treinamento de algumas profissões.

A educação por correspondência, mesmo que possa contar com algum tipo de
interação, não envolve uma interação intensiva entre professor e alunos e entre os próprios
alunos, devido ao tempo que cada comunicação leva para chegar ao interlocutor, ficando
restrito ao desenvolvimento individual de atividades e tarefas que são submetidas ao
professor. É uma forma de estudo individual e autodirigido.

Na Espanha, a Universidad Nacional de Educación a Distancia – UNED, que tem hoje


tanto prestígio entre as modernas Universidades que trabalham com a modalidade da EAD,
foi criada no ano 1972 quando começou a oferecer cursos de graduação a distância por
correspondência.

Para Palhares (2009, p.48):

[...] não é apenas o tipo de material didático utilizado, geralmente material


impresso, suficiente para caracterizar a modalidade como sendo ‘por
correspondência’. Portanto o que justifica essa denominação é o processo
de mediação entre aluno e tutor ou professor ou instrutor ser realizado por
meio de cartas. Remessas de lições, trabalhos e provas, da escola para o
aluno, ou vice-versa, e até pagamentos realizados totalmente por meio de
serviços disponibilizados pelo correio completam a melhor definição dessa
metodologia.
Nesse processo de aprendizagem por correspondência, a autoaprendizagem, é a
base para o desenvolvimento das atividades, das propostas de trabalho. Portanto, o
material didático funciona como o elo de relação entre professor e aluno, um material
adequado às necessidades do aluno.

3.2 Educação por rádio e televisão

Também não é recente a educação por rádio no


Brasil: “As experiências de educação pelo rádio no
Brasil desenvolvidas nos anos 60 e 70 tiveram caráter
maciçamente instrucional, com oferta de cursos
regulares destinados à alfabetização de adultos,
educação supletiva e capacitação para o trabalho” (DEL
BIANCO, 2009, p. 56).

Fonte: http://migre.me/5HsNu

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Del Bianco acrescenta que o sucesso desta modalidade de ensino dava-se pelo fato
de tentar reproduzir o que se fazia em sala de aula, utilizando-se de programas educativos.
O foco centrava-se muito mais no conteúdo do que na própria interação.

Iniciam-se nos anos 90 programas de aprendizagem aberta por rádio com o objetivo
de promover construção de conhecimento relacionado às temáticas de cidadania, saúde,
educação, cultura, meio ambiente e empreendedorismo.

Segundo Del Bianco (2009), é reconhecida a importância do rádio no processo de


aprendizagem: “mudaram as mentalidades provincianas de horizonte estreito, ligando vilas
e cidades ao que ocorria no mundo. Através das ondas hertzianas, as notícias sobre
revoluções, golpes de estado e guerras chegaram a todas as partes do mundo”.

Embora a televisão tenha ocupado parte de seu espaço, o rádio, “aos olhos da
audiência, ainda é um meio informativo descentralizado, pluralista e multifocal” (DEL
BIANCO, 2009, p. 56). Esta é uma modalidade que oferece inúmeras perspectivas de
educação a distância formal e não formal. “Ao contrário da televisão, em que as imagens
são limitadas pelo tamanho da tela, as imagens do rádio são do tamanho da imaginação do
ouvinte” (DEL BIANCO, 2009, p. 57). Portanto, a grande diferença está no como se
programa esta educação a distância, pensando no público-alvo, nos objetivos interacionais e
no grau de imaginação que se pretende alcançar.

A vantagem do rádio, comparado com o modelo anterior de estudo por


correspondência, é que agora o aluno pode escutar a voz do professor e o estudo não é
baseado apenas na leitura de textos, aproximando-se mais da experiência tradicional do
ensino presencial, em que o aluno escuta a voz do professor. A limitação é a
unidirecionalidade da mensagem do rádio, ou seja, o fato de ouvinte não poder manter com
o interlocutor relações interpessoais próximas e frequentes, mas essa limitação pode ser
superada com a inserção de outros meios, acrescentando conteúdos e promovendo elos de
afetividade e intimidade, quando utilizado de forma criativa.

Um projeto bastante evidenciado em 1970 foi o Projeto Minerva, criado pelo


Ministério de Educação e Cultura, utilizando o tempo gratuito que as emissoras comerciais
têm obrigação de destinar aos programas educativos. A proposta era oferecer ensino
supletivo para adolescentes e adultos, além de orientação profissional.

No período de 2001 a 2007, o SEBRAE, em parceria com a ABED (Associação


Brasileira de Educação a Distância), desenvolveu um projeto pelo rádio “A gente sabe, a
gente faz”, com o objetivo de disseminar a cultura empreendedora ao público de baixa
renda e escolaridade. É uma modalidade aberta de aprendizagem com foco no
24
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desenvolvimento de competências, abordando aspectos fundamentais ao bom
funcionamento de um pequeno empreendimento.

Fonte: http://migre.me/LtNK

Del Bianco (2009, p. 63) questiona: “O rádio ainda é um meio adequado para
educação a distância? A resposta à pergunta é sim, desde que não seja utilizado como
simples meio de transmissão de conteúdos sistematizados vinculados à educação formal”.
Ela acrescenta: “Não é mais um espaço de transmissão de conhecimentos, mas, sobretudo,
um meio de interação entre pessoas, um provocador de interrogações e compartilhamento
de ideias”.

E a televisão? Como fica a educação a distância mediada pela televisão? Seria


diferente da educação pelo rádio?

Bem, a televisão também começou a ser usada com fins educacionais já há algum
tempo. “Entre o período de 1960 e 1970, surgiram várias emissoras de TVs educativas e
com o objetivo de coordenar as atividades de teleducação em todo o País, foi criado pelo
MEC, em 1972, o Prontel – Programa Nacional de Teleducação” (GOUVÊA E OLIVEIRA,
2006, p. 37).

A educação supletiva a distância teve seu início com a Fundação Roberto Marinho, a
Fundação Padre Anchieta e a TV Cultura de São Paulo por meio do rádio, TV e material
impresso: o projeto Telecurso.

“O termo telecurso diz respeito àqueles cursos nos quais a principal tecnologia de
comunicação é por vídeo gravado e transmitido (portanto, não é ao vivo)” (MOORE &
KEARSLEY, 2007, p. 52). Segundo os autores, “os materiais do curso podem ser tão simples

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como sessões em sala de aula gravadas ou podem ser produzidos mediante instruções
sofisticadas e de acordo com padrões de criação elevados”.

Segundo Moran (2002, p.1):

A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm


fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo
sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens – e grande parte dos
adultos - levam para a sala de aula. Como a TV o faz de forma mais
despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor
uma visão mais crítica, um universo mais abstrato, complexo e na
contramão da maioria como a escola se propõe a fazer.

Para Moran (2002, p. 1), “os meios de comunicação, principalmente a televisão,


desenvolvem formas sofisticadas multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e
racional, superpondo linguagens e mensagens, que facilitam a interação, com o público”.
Ele acrescenta: “a TV fala primeiro do ‘sentimento’ - o que você sentiu, não o que você
conheceu; as ideias estão embutidas na roupagem sensorial, intuitiva e afetiva” (p.1).

A televisão agrega mais um incentivo para o estudo, pois, além de escutar a voz do
professor, como acontece com o rádio, tem também a imagem. O meio audiovisual faz com
que o curso possa ser mais dinâmico e atrativo, ajudando positivamente à motivação do
aluno.

3.3 O processo de ensino e aprendizagem mediado pelo computador

Fonte: http://migre.me/5Hrlr

Nas etapas anteriores o interesse pela Educação a Distância foi aumentando


progressivamente, conforme aumentavam também as potencialidades e facilidades para a
aprendizagem. Mas o aumento mais significativo da oferta e da demanda de cursos a
distância, em nível de graduação e de pós-graduação, acontece quando se introduz o
computador ligado à Internet.

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Com o uso do computador ligado a internet tudo fica bem mais fácil para a
Educação a Distância, tanto para o professor como para o aluno. As potencialidades que
destacamos nas etapas anteriores aqui se multiplicam exponencialmente, pois a internet
permite uma comunicação rápida e frequente, permite também que o aluno mantenha
interação não apenas com o professor, mas também com os colegas, propiciando uma
aprendizagem colaborativa. outra vantagem é que com a internet pode se diversificar mais
ainda os materiais instrucionais: textos, objetos de aprendizagem, jogos, links de
aprofundamentos, vídeos, aulas ao vivo, ferramentas de comunicação síncronas, interação
em fóruns, etc.

São muitas as conexões possíveis, oferecendo multiplicidade de fontes de


informação. Por isso, em um curso virtual, como é o seu, seria uma pobreza, limitar o
estudo ao material em forma de texto. Na realidade, seria empobrecer o curso, limitando
suas possibilidades de aprendizado ao que ofereciam os cursos por correspondência:
apenas material em forma de texto. Pense nisso!!

3.4 O uso da EAD na Educação Presencial

No item anterior falamos das inovações que o computador trouxe na Educação a


Distância, mas computadores e internet podem ser também utilizados na educação
presencial, como um bom aliado para dinamizar e diversificar as aulas, além do mais, tem
muitos objetos de aprendizagem e software à disposição na internet que podem ser
utilizados como recursos educacionais para as aulas das diferentes disciplinas em todos os
níveis de ensino.

Não se trata de um modismo e é claro que não basta com equipar as escolas com
salas cheias de computadores. Precisa de todo um trabalho de capacitação dos
professores e gestores para que os equipamentos possam realmente ser utilizados de
maneira eficaz.

Com frequência vemos professores que não estão familiarizados com o uso da
tecnologia e seus alunos que são nativos digitais e se sentem muito à vontade no uso das
tecnologias digitais.

Prensky cunhou os termos de nativos e imigrantes digitais para se referir às pessoas


que nasceram na era digital e, que portanto, estão mais habituados ao manuseio das
tecnologias digitais desde a infância (nativos digitais), e imigrantes digitais para aqueles que
incorporaram o uso dessas tecnologias já na fase jovem ou adulta. Atualmente nas salas de
aula ainda convivem as duas realidades.

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Como é ensinar ao aluno que está muito familiarizado com as tecnologias de
comunicação e informação? E o professor, como se sente em relação ao nativo digital
quando pode aprender com o seu próprio aluno?

A aula invertida (flipped classroom) é uma metodologia ativa que algumas escolas já
estão aplicando com sucesso. Trata-se de inverter a aula convencional, isto é, o que
normalmente é feito dentro da sala de aula tradicional, explanação do conteúdo, seria feito
fora da sala, e o momento de aula seria reservado para outras dinâmicas: discussão,
reflexão dos assuntos, laboratórios, pesquisa, resolução de problemas, etc. Os conteúdos
são disponibilizados para que os alunos possam ter acesso a eles antes da aula. Dessa
maneira se evitam as aulas meramente expositivas, substituindo a narrativa do professor
por textos (do próprio professor e/ou de outros autores), vídeos, documentários, objetos de
aprendizagem, etc.

3.5 Educação Online

O que é a educação online? Para entendê-la, precisamos lembrar que as tecnologias,


a cada dia, avançam e evoluem rapidamente e oferecem novas formas de acesso à
informação e de comunicação, incluindo o uso conectado via internet. A educação online
tem como foco maior promover a interação e o compartilhamento de conhecimento
utilizando fortemente as ferramentas online. Ela se utiliza de ambientes virtuais, blogs,
podcasts, wikis, redes sociais e outras que têm como base os conceitos de aprendizagem
coletiva e que as utilizam com uma diversidade de opções de aprendizagem online
interativa.

Porém,

...ressalta-se que para a aprendizagem online, tais ambientes e


ferramentas servem de suporte para dinamizar o conhecimento, todavia
deve ser observado o aspecto humano e da coletividade, ou seja, a
participação dos principais atores torna-se essencial para que o processo
de ensino e aprendizagem logre êxito (RIBEIRO e SCHONS, 2008, p. 5).

Segundo Primo (2006), o termo Web 2.0 tem origem em 2004 e tem como objetivo
potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações,
além de promover os espaços de interação entre os participantes no processo educacional.
Ferramentas importantes para as atividades de educação online.

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Ao contrário do conceito de mão única da Web 1.0, ou seja, que propaga as
informações em apenas um sentido de um para um ou de um para todos, a Web 2.0 utiliza-
se de um conceito diferenciado, aquele que prioriza a comunicação de muitos para muitos.

Fonte: http://migre.me/Lu5c

Para Voigt (2007, p.3), quando discute sobre como a publicação de conteúdos é feita
por meio das ferramentas da Web 2.0, "não há mais conteúdo (texto, áudio, vídeo, opinião)
considerado acabado e com uma finalidade específica. Tudo é visto como matéria-prima que
pode ser retrabalhada de acordo com interesses e necessidades do usuário. Remixagem é a
palavra chave desta tendência”.

Além disso, a classificação dos conteúdos é feita de forma flexível, não pré-
determinada, ou seja, “a classificação não se prende a uma taxonomia com categorias
rígidas e pré-definidas, mas é determinada pelo próprio usuário. A esta possibilidade de o
próprio usuário definir etiquetas classificatórias dá-se o nome de folksonomia” (VOIGT,
2007, p.3).

Sendo assim, os participantes de um processo educacional mediado pela Web 2.0


passam de meros consumidores de informação a produtores das mesmas, alterando e
editando novos conteúdos, além de distribuir e compartilhar conhecimentos, experiências e
ideias de maneira mais rápida e colaborativa.

De acordo com a imagem a seguir, será que é este tipo de processo educacional que
almejamos? Inserir as TIC pelo modismo sem a preocupação com a complexidade que a
situação gera?

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Dicas de aprofundamento

- VALENTE, José Armando. Integração do pensamento computacional no currículo da Educação


Básica: diferentes estratégias usadas e questões de formação de professores e avaliação do
aluno. (2016) Disponível em:
<https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/29051/20655>. Acesso em: 9 jun.
2018.

- FARIA, Adriano Antonio. O que e o quem da EAD: história e fundamentos. Curitiba:


InterSaberes, 2013 (Série Fundamentos da Educação)
O primeiro capítulo deste livro traz uma explanação a respeito do histórico da EAD.

- LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (Orgs.). Educação a Distância: estado
da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
Na primeira parte deste livro também pode encontrar uma boa abordagem a respeito do
histórico da EAD.

Estes dois últimos livros estão á sua disposição na Biblioteca Virtual.

Antes de continuar seu estudo, realize o Exercício 2.

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UNIDADE 4

PAPEL DOS PARTICIPANTES NA MODALIDADE


A DISTÂNCIA

OBJETIVO DA UNIDADE: Perceber as características das mudanças nos diferentes


papéis dos participantes (professor, aluno, orientadores...) na modalidade EAD.
Reconhecer a importância da colaboração no ambiente virtual.

O processo educacional tem sido modificado com a introdução das Tecnologias


Digitais de Informação e Comunicação. Entretanto, o que percebemos é que o grande
diferencial dentre os diversos modelos de EAD é a postura dos participantes com relação à
participação e à colaboração.

Os cursos de graduação na EAD têm como orientação uma aprendizagem ativa onde
os acadêmicos estão no centro do processo de ensino-aprendizagem. Neste contexto, a
formação de ambiente de cooperação volta-se a uma contínua interação entre os alunos e
professores direcionada à formação de uma rede de conhecimentos, integrando as
informações novas às já existentes.

4.1 Papel do professor

A velocidade com que as tecnologias avançam, impulsiona o homem a tomar uma


postura ante elas. Hoje é difícil imaginar qualquer atividade realizada sem o uso das
tecnologias.

O computador é utilizado na maioria das escolas de ensino fundamental e médio e


universidades. No entanto, isso não significa que a utilização maciça do computador tenha
provocado ou introduzido mudanças pedagógicas. O grande desafio é a mudança de
abordagem educacional: transformar uma educação centrada no ensino, na transmissão da
informação, para uma educação em que o aluno possa realizar atividades através do
computador e, assim, aprender.

É necessário repensar a questão da dimensão do espaço e do tempo da escola. A


sala de aula deve deixar de ser o lugar das carteiras enfileiradas, em que os alunos adotam
uma atitude passiva perante o professor, que é considerado o detentor do conhecimento,
31
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para se tornar um local em que o professor e alunos podem realizar um trabalho
diversificado e colaborativo.

Fonte: https://bit.ly/2JGaDH6 Fonte: https://bit.ly/2JqPIZp

Professor, docente, instrutor, tutor, orientador, auxiliar... São muitos os nomes que
recebe o profissional responsável por acompanhar a aprendizagem dos alunos ao longo de
um curso ou disciplina a distância, mas podemos dizer que o papel desse profissional deixa
de ser o de “entregador” de informação para ser o facilitador do processo de aprendizagem.

Neste contexto, o professor é visto sob diversas perspectivas. Para alguns, o


professor é aquele que pode ser substituído pelas inovações tecnológicas, para outros é
aquele que precisa de tempo para poder preparar todo o seu trabalho artesanal dia após
dia. Há aqueles que acreditam que o trabalho do professor é impossível de ser reproduzido,
pois é um trabalho difícil e, portanto, uma profissão em extinção.

Entretanto, o ato de ensinar passa a não ser mais exclusivo do professor. E como
fica o professor neste contexto da educação virtual? O professor pode se adequar a esta
situação desde que esteja aberto às mudanças, disposto a aprender, a atualizar seus
conhecimentos e práticas, a adaptar a sua prática às novas exigências, ao novo contexto de
ensino e aprendizagem, a enfrentar desafios, a persistir apesar de todos os obstáculos.

O professor responsável por um determinado conteúdo não precisa ser um


especialista em tecnologia para operacionalizar propostas inovadoras. Ele
precisa ser um usuário pleno das tecnologias para ser capaz de propor
formas de interação do seu conteúdo por outras mídias. Um professor que
esteja restrito ao entendimento de que a aula só acontece em uma sala
tradicional, não conseguirá transpor os conteúdos de sua disciplina para a
metodologia a distância com eficácia. Estamos falando aqui em algo mais
do que apenas o domínio tecnológico, é necessário uma mudança de
atitude frente ao novo (CARVALHO e PARAÍBA, 2007, p. 05).

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Devemos lembrar que, apesar de todas as mudanças, há um aspecto que
permanece, a questão do SER. O professor é pessoa, e sendo assim, tem características
próprias e é neste papel de pessoa que podemos explorar o nosso valor.

Mesmo que o aluno seja sujeito ativo e, por isso mesmo, seja considerado o centro
do processo de aprendizagem, isso não quer dizer que na Educação a Distância se possa
prescindir da figura do professor. Ao contrário, ele é fundamental como auxiliar, orientador
e mediador da aprendizagem, pois a proposta da EAD não é o autodidatismo, em que o
aprendiz se vira sozinho e desenvolve o aprendizado solitariamente.

Acompanhar o aprendizado de alunos que estão distantes tem suas características e


peculiaridades próprias. Moore e Kearsley (2007) destacam, como principal desafio, o fato
de o professor não saber como reagem os alunos ao que ele redigiu, transmitiu ou gravou.
O fato da maioria da comunicação não ser síncrona, faz com que os participantes tenham
que aprender a lidar com o lapso de tempo que normalmente separa os atos de
comunicação.

Outro desafio do professor é fazer um acompanhamento de maneira a conseguir que


os alunos se envolvam com o material didático, na realização das atividades. Isto é, espera-
se do professor que saiba ser motivador, capaz de manter os alunos antenados e envolvidos
nas atividades de aprendizagem. Nesse sentido, um curso ou disciplina bem planejado, com
um bom material didático “oferecerá ao instrutor muitas oportunidades para envolver os
alunos em discussões, críticas e na construção do conhecimento” (MOORE & KEARSLEY,
2007, p. 148).

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Veja a seguir o mapa conceitual a respeito do professor no universo da EAD:

Figura – O Professor no universo da EAD

Fonte: https://bit.ly/2JswQci

4.2 Papel do aluno

Aqui temos que fazer uma pausa para refletirmos sobre o papel do aluno. Se o papel
da escola muda e do professor também, será que o papel do aluno pode continuar sendo o
mesmo? Será que sua atitude diante do processo de aprendizagem pode se manter diante
da nova situação?

O papel do aluno também muda: deixa de ser passivo, de ser o receptor das
informações para ser ativo aprendiz, construtor de seu conhecimento. Portanto, a ênfase da
educação deixa de ser a memorização da informação transmitida pelo professor e passa a
ser a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira significativa, sendo o
professor o facilitador desse processo de construção.

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O aluno terá que aprender a fazer uso da sua autonomia, pois será ele o maior
responsável pelo aproveitamento do seu estudo. Terá que aprender a ser mais ativo, a ter
iniciativa, a planificar seu estudo, a usar o tempo e a liberdade de maneira responsável. E
isso é um grande desafio, pois do mesmo jeito que para o professor nem sempre será fácil
deixar o papel de “controlador da situação”, para o aluno - que sempre foi educado em um
meio onde o ensino era vertical (do professor ao
aluno) e onde ele tinha pouco espaço, pois o
esquema de ensino-aprendizagem não era muito
flexível - o desafio talvez seja mais difícil de superar,
pois são muitos os fatores condicionantes.

A flexibilidade que oferece a Educação a


Distância pode ser uma faca de dois gumes: de um
lado oferece a oportunidade de estudar a muitas
pessoas que não poderiam dispor de um tempo fixo
todos os dias para se deslocar a um centro de
ensino; mas, por outro lado, o aluno pode ficar perdido se não souber ser responsável para
lidar com a autonomia que tem que assumir.

Fonte: http://qualperfilead.blogspot.com/

Mesmo que o perfil do aluno a distância vai mudando e cada vez vemos mais alunos
jovens entrando em cursos a distância, normalmente o aluno da EAD é uma pessoa já
inserida no mercado de trabalho, que quer aperfeiçoar seus conhecimentos, procura
melhorar sua situação laboral e social, e, inclusive, procura aumentar sua autoestima.

Segundo Aretio (2006), a diferença dos alunos jovens, os alunos maduros são mais
inseguros no contexto acadêmico. O mesmo autor destaca que, por ser adulto, esse aluno
já tem experiências de conhecimentos anteriores e estas podem atrapalhar, no sentido de
fazer com que o aluno tenha resistência a aceitar os conhecimentos novos, mas por outro
lado, pode tirar proveito dessa experiência, estabelecendo relações com a experiência que
ele já tem, na maioria dos casos.

Dica de aprofundamento

RIBEIRO, Renata Aquino. Introdução à Educação a Distância. São Paulo: Pearson


Ecucation do Brasil, 2014. (Série Bibliografia Universitária Pearson).

Na unidade 3 deste livro, você encontra uma reflexão interessante a respeito do aluno na

35
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Educação a Distância e dá dicas para ter sucesso no estudo.

Leia e reflita sobre o seu próprio papel no seu curso. Você se encaixa no perfil que é
apresentado no livro? Pense nas características essenciais para se estudar a distância e
avalie se você, como aluno atual da modalidade, está já familiarizado e adaptado às
características da modalidade.

4.3 Educação Dialógica


Pode dar a falsa impressão de que na educação a distância, não tendo a presença
física dos outros participantes envolvidos, não é necessária a interação, o aluno estaria
sozinho no seu processo de ensino-aprendizagem, sendo necessário apenas que ele tenha
disposição para estudar.

No item anterior falamos da autonomia do aluno, imprescindível para o sucesso dos


estudos. Entretanto, autonomia não quer dizer isolamento, quer dizer apenas que o aluno
tem que ser consciente do seu protagonismo - papel ativo na construção do conhecimento.

Nem todos os alunos têm a maturidade que se requer para enfrentar a


responsabilidade que se exige do aprendiz na modalidade a distância (TORI, 2017). Por
mais que o quadro de professores seja envolvente, por mais que os tutores, coordenadores
e equipe responsável façam um bom papel quanto à motivação, o aluno tem que ter
maturidade e tem que querer assumir um papel ativo, de maior responsabilidade.

“A liberdade constitui uma condição necessária, mas não suficiente para a


autonomia. Ademais, a autonomia está mais para se revelar controlada e dependente do
que independente e livre” (TORI, 2017, p. 62). Isso significa que um bom exercício da
autonomia não consiste em prescindir da relação e interação com os outros, aliás, é
condição da autonomia a capacidade de relação e interação.

Etimologicamente, a palavra interação significa a “influência mútua de órgãos ou


organismos inter-relacionados [...] comunicação entre pessoas que convivem [...]
intervenção e controle, feitos pelo usuário no curso das atividades num programa de
computador, num CD-ROM” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) e Interatividade é
definida como “capacidade de um sistema de comunicação ou equipamento de possibilitar
interação”.

Portanto, podemos concluir que “a interatividade permite ultrapassar a condição de


espectador passivo para a condição de sujeito operativo” (SILVA, 2000). Segundo Silva,
para se garantir um curso interativo, são essenciais três aspectos:
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1. Participação colaborativa: participar não é apenas responder ‘sim’ ou
‘não’, prestar contas ou escolher uma opção dada, significa intervenção na
mensagem como cocriação da emissão e da recepção.
2. Bidirecionalidade e dialógica: a comunicação é produção conjunta da
emissão e da recepção, os dois polos codificam e decodificam.
3. Conexões em teias abertas: a comunicação supõe múltiplas redes
articulatórias de conexões e liberdade de trocas, associações e significações
(SILVA, 2003, p.56).

É importante que você, como aluno, repare nas palavras de Silva. Se o aluno se
limita a responder sim ou não, está fazendo uso de uma participação muito limitada. O que
se espera é que o aluno se envolva mais e sinta que sua participação é importante para ele
e para os outros participantes, sentindo-se corresponsável.

A base da comunicação é o diálogo. E para que haja um verdadeiro diálogo, as duas


partes têm que estar dispostas a falar e escutar, é uma via de mão dupla. Não é apenas o
professor que fala e os alunos escutam, como era a prática das aulas magistrais do ensino
tradicional.

Segundo Scherer (2016, p. 28) a dialogicidade é:

[...] a possibilidade de diálogo consigo mesmo, com os colegas e


professores, com os objetos de estudo, nos processos de reflexão e
produção. O diálogo é possível quando há compreensão do outro, dos
significados que atribuímos ao que é discutido, é a busca coletiva pelo
entendimento de um objeto em estudo.

O pressuposto do diálogo é sair de si mesmo e abrir-se ao outro. No diálogo,


segundo Freire (1987, p.81 e 84), “não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há
homens que, em comunhão, buscam saber mais [...] A educação autêntica não se faz de A
para B ou de A sobre B, mas de A com B”.

Freire (1987) denuncia o que ele chama de educação bancária, que se caracteriza
pela postura passiva do aluno. O papel do professor, nesse caso, seria “encher” os alunos
de conteúdos. Os alunos, na educação bancária são meros repetidores das informações
recebidas e imitadores de um modelo. Essa experiência vivida na educação seria
reproduzida também nos outros ambientes sociais, tendo como resultado um cidadão
acrítico, mero repetidor de ideias dos outros.

Em contraposição a esse modelo de educação, Freire postula uma educação baseada


no diálogo, em que o aluno e o professor são entendidos como seres em busca. Neste
contexto fazem pleno sentido as palavras tão conhecidas de Freire: “Ninguém educa

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ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo
mundo” (1987, p. 68).

Como destaca Moran (2013), para poder dizer que um curso a distância tem
qualidade, são muitas as variáveis que precisamos levar em conta, mas um dos elementos
mais importantes é a possibilidade de uma boa interação entre os seus participantes, dessa
maneira, podem se estreitar os vínculos, fomentando a troca de experiências e de saberes.

A interação pode ser síncrona, quando a comunicação entre ambas as partes é


simultânea (por exemplo: chat, web conferência), ou assíncrona, quando a interação não é
em tempo real (por exemplo: fórum, e-mail). Maioria da comunicação nos cursos a
Distância acontece em comunicações assíncronas, até por conta de facilitar a participação e
propiciar a flexibilidade de tempo.

4.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem

Com uma boa comunicação e interação, se alimenta o sentimento de pertença a um


grupo: a pessoa não se sente isolada, sabe que há outras pessoas que partilham os
mesmos objetivos, podem ter as mesmas dúvidas, ou similares, podem ajudar e serem
ajudados, encontram-se na mesma situação de
distância física, podem encontrar as mesmas
dificuldades... Sentir-se membro de um grupo com
os mesmos interesses é muito importante para
que realmente se estabeleça comunicação entre os
membros e para que haja a possibilidade de
formar uma Comunidade Virtual de Aprendizagem,
que deve ser a meta de um curso na modalidade a
distância, especialmente quando não se trata de
cursos de curta duração.

Fonte: http://migre.me/5Hvtv

A palavra virtual vem do latim virtualis (de virtus) que significa força. O conceito de
virtual é normalmente associado a algo que existe apenas em potência. Por exemplo, a
árvore está virtualmente na semente. No dicionário Aurélio, encontramos o significado da
palavra virtual, como algo “que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual.
Suscetível de se realizar; potencial” (FERREIRA, 2004).

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Nós adotamos aqui o termo virtual de acordo com Lévy, que o concebe não como
oposto ao real, e sim como oposto ao atual.

[...] o virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual. Contrariamente ao


possível, estático e já constituído, o virtual é como o complexo
problemático, o nó de tendências ou de forças que acompanha uma
situação, um acontecimento, um objeto ou uma entidade qualquer, e que
chama um processo de resolução: a atualização (LÉVY, 1996, p.16).

Na figura a seguir, apresentamos o novo paradigma necessário para uma educação


a distância de qualidade: o foco está no aluno, mas não em um processo de aprendizagem
solitário, e sim em interação com os outros envolvidos, propiciando uma aprendizagem
colaborativa.

Figura – O novo paradigma da Educação a Distância

Fonte: UCDB Virtual, 2007.

Segundo Sartori e Roesler (2004, p.4),

numa comunidade virtual há um sentido de pertencimento e de um


projeto em comum propiciados pela comunicação que os sujeitos
desenvolvem neste espaço. Os fluxos informacionais e comunicacionais,
das mensagens compartilhadas, as atividades e discussões originam o
vínculo social de determinado grupo.

A sensação de compartilhamento está diretamente ligada à interação e, dessa


forma, podemos pensar a relação como possibilidade de ação conjunta, de coparticipação,
de mútua transformação.

Hoje em dia, sobretudo os jovens, participam com frequência de redes de


relacionamento, de comunidades virtuais, e se sentem à vontade partilhando experiências,
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fotos, vídeos, notícias, com os outros participantes da rede ou comunidade. Esse seria o
objetivo quando falamos de comunidade virtual de aprendizagem: que os participantes do
curso ou disciplina se sintam à vontade frequentando o ambiente, que chamem os outros à
participação, que participem espontaneamente, que estejam motivados e ao mesmo tempo
sejam motivadores, etc.

Mas, participar de uma rede social não dá garantias de que a pessoa vai se sentir à
vontade em uma comunidade virtual num contexto educacional. Mesmo partilhando os
mesmos objetivos e havendo um interesse comum, neste contexto se requer que as
pessoas consigam disciplina e responsabilidade.

Não é verdade que em uma comunidade virtual não há conflitos. Entretanto,


afinidades, amizade, também podem ser desenvolvidas nos grupos de discussão. Isso tudo
ocorre devido ao fato de que por detrás das interações estão pessoas humanas, que
possuem sentimentos, emoções, anseios, necessidades, deixando transparecer suas
personalidades.

As comunidades virtuais, ao contrário do que alguns pensam, podem aproximar,


inclusive fisicamente, as pessoas; por exemplo: uma carta de amor não substitui o beijo dos
namorados, bem pelo contrário, desperta mais o desejo do encontro. Mesmo que os
contatos da comunidade virtual sejam por meio digital, não é algo irreal ou imaginário.
Trata-se de pessoas concretas que partilham interesses comuns e que trocam experiências
regularmente.

Antes de continuar seu estudo, realize o Exercício 3 e a


Atividade 4.1.

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EXERCÍCIOS E ATIVIDADES

EXERCÍCIO 1

1. Assinale a alternativa INCORRETA.


a) Vivemos em um mundo de diversos recursos tecnológicos, cada vez mais
modernos, que modificam nossa visão de mundo e a própria sociedade.
b) Para evitar o temor que as tecnologias podem causar, é preciso desmistificá-la e
capacitar as pessoas para que saibam como usá-la de modo responsável.
c) Com o uso consciente da tecnologia é possível superar a percepção ingênua de
mundo, por meio da interação com o conhecimento e a informação.
d) O processo de atualização e adaptação às novas tecnologias não precisa ser
contínuo, pois basta aprender os comandos do computador.

2. O uso da informática no ambiente doméstico modificou o lazer das crianças e


adultos. Além disso, a informática se tornou:
a) Recurso adicional na realização de tarefas e pesquisas escolares.
b) Bom recurso para se copiar os trabalhos e apresentar ao professor.
c) Recurso de boa qualidade, pois substitui a leitura e pesquisa em livros didáticos.
d) O único recurso para se realizar as tarefas escolares.

3. Assinale a alternativa INCORRETA:


a) Ao introduzir a tecnologia no âmbito profissional é preciso considerar não só seu valor
operacional, mas também as questões estratégicas.
b) A introdução da tecnologia no âmbito privado pode trazer economia de recursos.
c) A opção de introduzir tecnologia no trabalho pode trazer vantagens e benefícios.
d) A introdução de tecnologia no ambiente de trabalho não traz vantagens.

Verifique seu aprendizado fazendo o exercício no ambiente virtual de


aprendizagem.

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ATIVIDADE 1.1

Leia o texto de José Manuel Morán “Novas Tecnologias e o reencantamento do


mundo, no seguinte endereço:
<http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/novtec.pdf>
Acesso em: 26 mar. 2014.
Após a leitura, reflita a respeito dos seguintes pontos:
- Qual é a sua relação com a tecnologia? Fascínio? Desprezo? Temor?
- Como você enxerga a tecnologia na sua vida social, acadêmica, pessoal,
profissional? Como você avalia o impacto da tecnologia na sociedade e principalmente na
educação?
- Ilustre suas respostas com exemplos práticos (responda com bastantes detalhes,
clareza e exemplos, sempre tentando relacionar com a sua experiência de vida).

Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa.

ATIVIDADE 2.1

1. De acordo com o texto “O que é Educação a Distância” de Moran (2002), qual


das afirmações está INCORRETA?
a) Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias em
que professores e alunos podem estar separados espacial e/ou temporalmente.
b) Por meio das tecnologias de informação e comunicação, a EAD vem evidenciando o que
deveria ser o foco de qualquer processo de ensino-aprendizagem: a interação.
c) Educação a distância não é um "fast-food", algo pronto e acabado. Ao contrário, é uma
educação construída a partir das necessidades e habilidades individuais e as do grupo.
d) Sob a perspectiva da EAD, os conceitos de curso e de aula continuam os mesmos, pois
eles acontecem em um espaço e um tempo determinados e o professor continua com o seu
papel de detentor do saber e transmissor de informações.

2. Assinale a alternativa INCORRETA:


a) A ênfase da educação a distância deve ser a memorização da informação transmitida
pelo professor.
b) Na EAD, as atividades didáticas orientam-se para privilegiar o trabalho em equipe, em
que o professor passa a ser um dos membros participantes.
c) Ensinar com as novas mídias pode ser uma revolução positiva, desde que mudemos os
paradigmas convencionais do ensino que mantêm distantes professores e alunos.
d) O papel do professor, tanto no ensino presencial como no a distância, não pode ser o de
“entregador” de informação.

3. Qual alternativa é INCORRETA:


a) TDIC significa Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação.

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b) A EAD é um processo de ensino-aprendizagem em que professores e alunos podem estar
separados fisicamente e virtualmente.
c) A EAD tem como característica importante, a flexibilidade de tempo e espaço, a qual
permite ao aluno uma maior possibilidade de autonomia.
d) Na EAD, as atividades didáticas orientam-se para privilegiar o trabalho em equipe, em
que o professor passa a ser um dos membros participantes.

Submeta a atividade por meio da ferramenta Questionário.

EXERCÍCIO 2

1. Marque a alternativa INCORRETA:


a) A Educação a Distância começou com a introdução da Internet na educação.
b) Ainda hoje existem cursos por correspondência.
c) A falta de interação intensiva é uma das desvantagens dos cursos por correspondência.
d) As mulheres e os militares são dois setores de população que se beneficiaram com o
estudo por correspondência.

2. A respeito da educação por rádio e televisão, é correto afirmar que:


I. A educação por rádio e TV centra-se mais no conteúdo do que na interação.
II. Com o rádio, mudou a mentalidade provinciana, conectando as pessoas ao mundo.
III. Com a Internet, hoje não faz sentido pensar na TV ou no rádio como espaços
educativos.
a) Apenas o enunciado I está correto.
b) Apenas o enunciado II está correto.
c) Apenas o enunciado III está correto.
d) Apenas os enunciados I e II estão corretos.

Verifique seu aprendizado fazendo o exercício no ambiente virtual de


aprendizagem.

EXERCÍCIO 3

1. A respeito do papel do professor na EAD, é INCORRETO afirmar que:


a) O fato da maioria da comunicação professor-aluno não ser síncrona, faz com que os
participantes tenham que aprender a lidar com o lapso de tempo que normalmente separam
os atos de comunicação.
b) Um dos papéis do professor é saber ser motivador, capaz de manter os aprendizes
antenados e envolvidos nas atividades de aprendizagem.

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c) As atividades virtuais são o principal elo de união entre os alunos e o professor.
d) O professor deve dar feedback frequente, deixando a motivação dos alunos a outros
profissionais da equipe multidisciplinar.

2. A respeito do aluno na EAD, é INCORRETO afirmar que:


a) Característica do aluno na modalidade a distância é que a flexibilidade lhe garante
autonomia e responsabilidade no seu aprendizado.
b) Nem todos os alunos têm a maturidade que se requer para enfrentar a responsabilidade
que se exige do aprendiz na modalidade a distância.
c) O aluno pode ficar perdido se não souber ser responsável para lidar com a autonomia
que tem que assumir.
d) Normalmente o aluno que estuda a distância é uma pessoa já inserida no mercado de
trabalho.

3. Marque a alternativa INCORRETA:


a) Freire postula uma educação baseada no diálogo, em que o aluno e o professor são
entendidos como seres em busca.
b) Em um curso a distância também se pode oferecer educação “bancária”.
c) Mesmo reconhecendo a importância do papel do aluno, para Paulo Freire, quem educa é
o professor.
d) A educação dialógica entende a comunicação como uma via de mão dupla, onde tanto
professor como alunos têm papel ativo.

Verifique seu aprendizado realizando o exercício no Ambiente Virtual de


Aprendizagem.

ATIVIDADE 4.1

Após a leitura da unidade 4, reflita a respeito do papel do aluno na EAD e


responda:
- Qual o perfil que deve ter o aluno para ter sucesso na EAD?
- Quais as atitudes que devem ser abandonadas para ser um bom aluno no contexto digital?

Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa.

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