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Educação a
Distância
(2 créditos – 40 horas)
Autor:
Blanca Martín Salvago
Maria Cristina Lima Paniago Lopes
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO
Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do
seu curso.
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Objetivo Geral
Propiciar espaço aos alunos dos cursos de graduação a distância para reflexão crítica
de questões voltadas à modalidade de Educação a Distância.
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 41
EXERCÍCIOS E ATIVIDADES ................................................................................. 45
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FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SUAS ATIVIDADES
O quadro abaixo visa ajudá-lo a se organizar na realização das atividades. Faça seu
cronograma e tenha um controle de suas atividades:
Atividade 1.1
Ferramenta: Tarefa
Atividade 2.1
Ferramenta: Questionário
Atividade 4.1
Ferramenta: Tarefa
* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte o
calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade.
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BOAS VINDAS
Seja bem-vindo a esta aventura que estamos prestes a começar. Esperamos que
esteja animado e interessado no curso escolhido, na modalidade a distância, para que
possamos descobrir juntos novas possibilidades de ensino-aprendizagem.
Parabéns pela sua iniciativa que, sem dúvida, tem boa dose de coragem e espírito
pioneiro e arrojado.
Sinta-se à vontade, participe e expresse suas opiniões, comentários e dúvidas.
Lembre-se que fazer um curso a distância não é sinônimo de estudar sozinho. Você tem
colegas, auxiliares e tutores com os quais pode interagir.
Estamos abertos à comunicação em uma interação frequente e fluida e esperamos
contar com o seu entusiasmo, participação e envolvimento.
MÃOS À OBRA!
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Pré-teste
Esta atividade não será pontuada, mas é importante sua participação.
O objetivo deste instrumento é coletar dados referentes às representações dos
participantes em relação ao uso da tecnologia em diferentes contextos; à EAD e suas
características; às experiências já vividas em relação ao uso da tecnologia.
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6. Você já participou de algum Fórum?
( ) Sim
( ) Não
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INTRODUÇÃO
O fato de estarmos cercados pelas tecnologias e pelas mudanças que elas acarretam
no mundo não pode ser ignorado. Porém, o foco de nossa atenção deveria ser como
aproveitar tais tecnologias de modo que tragam benefícios para nosso desempenho como
cidadãos e como profissionais.
Muitos temem ser dominados pela tecnologia, mas para que isto não aconteça é
preciso ter um posicionamento crítico com relação a ela. Tanto no âmbito social, político,
econômico, administrativo, como no educacional, é necessário formar a pessoa para que
tenha uma participação ativa com o conhecimento e a informação e não assimile
passivamente as informações recebidas através das tecnologias de informação e
comunicação e tenha um posicionamento crítico diante das diferentes situações.
Seguindo esta linha de pensamento, a tecnologia, mesmo não beneficiando todos da
mesma forma, alcança uma grande maioria e pode promover transformações no
pensamento e na organização da sociedade superando as desigualdades.
Mas, para isso, é necessário desmistificar a linguagem tecnológica e familiarizar os
diferentes usuários com o domínio do seu manuseio, investigação e produção.
Com a alfabetização tecnológica, a tecnologia poderá ser usada de maneiras
múltiplas e diferenciadas, superando uma percepção ingênua do mundo, interagindo com a
informação e o conhecimento, aumentando possibilidades na vida, comprometendo-se com
as transformações sociais.
As tecnologias poderiam ser usadas não só como ferramentas para facilitar e
melhorar as condições de vida, mas também como objetos de conhecimento e pesquisa.
O processo de atualização e adaptação às tecnologias digitais de informação e
comunicação deveria ser permanente, um processo dinâmico que exige participação,
envolvimento, abertura de espírito ao novo e contínua formação para poder fazer um bom
uso das ferramentas.
Por isso, propomos aqui aproveitar a disciplina como uma oportunidade para
discutir, refletir, investigar, trocar ideias sobre o uso da tecnologia nas mais variadas
situações (contexto educativo, profissional, social, pessoal...).
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UNIDADE 1
OBJETIVO DA UNIDADE: Refletir sobre o uso das novas tecnologias nos mais
diferentes aspectos do dia a dia. Propiciar um espaço para que o aluno se familiarize com
a inserção das novas tecnologias em diferentes contextos.
Bom, depois dessa definição de tecnologia, vamos repensar nas perguntas que
colocamos anteriormente. Onde está a tecnologia?
Será que os utensílios utilizados no nosso dia a dia são percebidos como
tecnologias? Poderíamos imaginar nossas vidas sem alguns desses utensílios?
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Muitos dos equipamentos e produtos que utilizamos em nosso cotidiano
não são notados como tecnologias. Alguns invadem nosso corpo, como
próteses, alimentos e medicamentos. Óculos, dentaduras, comidas e
bebidas industrializadas, vitaminas e outros tipos de medicamentos são
produtos resultantes de sofisticadas tecnologias... Tudo o que utilizamos na
nossa vida diária, pessoal e profissional utensílios, livros, giz e apagador,
papel, canetas, lápis, sabonetes, talheres...- são formas diferenciadas de
ferramentas tecnológicas (KENSKI, 2015, p. 19)
Até aqui pensamos só no âmbito doméstico, mas será que as nossas inter-relações
também sofrem influências das tecnologias?
Pense nas atividade do seu dia a dia. Quais as tecnologias que você utiliza desde
que acorda até o final do dia? Este questionamento é importante para perceber que as
tecnologias não são apenas aparelhos sofisticados e que em todas as atividades do
cotidiano usufruímos das vantagens que nos proporcionam.
Fonte: http://migre.me/5GYN9
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tecnologias aproveitando suas possibilidades. Essa adequação faz-se necessária sob a
perspectiva de uma realidade bastante competitiva.
Fonte:
http://migre.me/5HjZ6
Fonte: http://migre.me/5Hk1n
As maiores conquistas que podem ser obtidas com a informatização das empresas
são: facilitar a comunicação entre diferentes setores; acesso a diferentes tipos de
informação; agilizar o processo de tomada de decisões; integrar polos de diferentes espaços
geográficos, facilitar a divulgação de seus produtos.
Fonte: http://migre.me/5GYX6
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UNIDADE 2
Fonte: https://bit.ly/2Jo9y7x
Moore e Kearsley (2007, p.1) afirmam que a ideia básica de educação a distância é
muito simples:
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participação, o envolvimento, o comprometimento de ambos para que a aprendizagem
ocorra de maneira significativa.
Quando a pessoa percebe que não tem autonomia, isso pode causar perda da
autoestima e desmotivação para a realização das atividades educacionais. Mas ter
autonomia não basta, as pessoas precisam se relacionar, precisam sentir que há alguém
quem se preocupa com elas (TORI, 2017, p. 88). Por outro lado, o aluno não pode cair na
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autossuficiência: “Ter a consciência de que ninguém se basta a si mesmo é um bom
começo. Este parece ser um requisito fundamental para começar a exercer a autonomia”
(ROMÃO, 2008, pp. 124-125). A abertura à interação, participação e cooperação é
fundamental para um bom exercício da autonomia do aluno.
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● O aluno deve ter um alto grau de motivação, pois deve agir com
responsabilidade e autonomia. A responsabilidade da aprendizagem
também recai no aluno, que deve planificar e organizar seu tempo para
responder às exigências do curso que está acompanhando. Também deve
ter disciplina, já que são muitos os estímulos do ambiente que dificultam o
estudo sistemático.
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São muitas as possibilidades de escolha: desde um curso a distância, centrado ainda
no correio convencional, até um curso totalmente a distância, que utiliza para seu
desenvolvimento as tecnologias on-line. Entre esses dois extremos há infinidade de
possibilidades, dependendo da proposta pedagógica de cada Instituição ofertante e de cada
curso. O leque à disposição é muito amplo.
Neste item não queremos detalhar todos os modelos de Educação a Distância, nos
centramos aqui em dois modelos mais difundidos no Brasil de cursos que denominamos
como: cursos dirigidos a massas e cursos dirigidos a grupos pequenos. Descrevemos a
seguir brevemente cada um deles, tentando destacar algumas vantagens e desvantagens.
Fonte: https://bit.ly/2HCoCsm
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b) Os cursos dirigidos a grupos pequenos
São também cursos com turma, mas têm um diferencial significativo: atendem a
uma clientela determinada com o mesmo tipo de necessidades e os alunos não necessitam
ir periodicamente à sala de aula. São cursos normalmente mediados pela Internet, nos
quais os alunos adquirem maior disciplina, sendo mais independentes na hora de gerenciar
seu estudo e sua aprendizagem. Os
professores, neste modelo, estão
também presentes no processo,
entrando em contato com o aluno por
meio das ferramentas de comunicação
da Internet e via telefone, e, por tratar-
se de grupos pequenos, o tratamento
dado aos alunos é mais personalizado,
tendo condições de acompanhar o
desempenho de cada acadêmico mais
de perto, com uma postura mais de
orientador do que de transmissor de conhecimento.
Fonte: https://bit.ly/2sJF05N
É o modelo ideal para pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho, que
precisam viajar, têm pouco tempo à disposição, mas querem estudar para conseguir se
estabelecer no trabalho ou para ter a possibilidade de ser promovido no emprego. É
também o modelo ideal para qualquer pessoa, jovem ou adulto, inserido no mercado de
trabalho ou não, que estando motivado para estudar um curso superior, quer exercer sua
autonomia no gerenciamento do processo ensino-aprendizagem.
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Resumindo, podemos destacar os seguintes traços da EAD:
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Concluindo, podemos dizer que existem várias metodologias de ensino que supõem
também papéis diversos para os envolvidos, tanto professor como aluno. Não se justifica
uma justaposição da educação presencial e a distância, as duas se complementam, pois
atendem a perfis diferenciados de alunos. O importante é que a educação seja de qualidade
seja qual for o contexto de ensino. “Não é difícil encontrar egressos da educação virtual
com desempenho superior so de colegas formados em salas de aula convencionais” (TORI,
2017, p. 32). E o autor, ainda destaca um dado que é muito importante para os alunos que
estudam a distância: “[...] uma das vantagens de quem estuda online é já estar se
aculturando para os ambientes de trabalho, cada vez mais virtualizados e com demandas de
habilidades similares às exigidas de quem aprende a distância” (Ibidem).
Dica de aprofundamento
MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EaD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
Sugiro a leitura do primeiro capítulo, que traz o conceito de Educação a Distância e uma
reflexão interessante a respeito da distância espacial e temporal.
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UNIDADE 3
Fonte: http://migre.me/5HruW
Segundo estes autores, o estudo por correspondência era uma maneira de garantir a
educação a alunos que não tinham outra forma de acesso. As mulheres foram beneficiadas
com este tipo de estudo, pois não tinham outro modo de se formar, a não ser com os
materiais entregues em suas próprias casas.
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Há ainda hoje muitas pessoas que estudam por meio de textos enviados pelo
correio, ou seja, por correspondência. Nos Estados Unidos, há um Conselho de Educação e
Treinamento a Distância que certifica escolas que oferecem disciplinas diversificadas
relacionadas ao treinamento de algumas profissões.
A educação por correspondência, mesmo que possa contar com algum tipo de
interação, não envolve uma interação intensiva entre professor e alunos e entre os próprios
alunos, devido ao tempo que cada comunicação leva para chegar ao interlocutor, ficando
restrito ao desenvolvimento individual de atividades e tarefas que são submetidas ao
professor. É uma forma de estudo individual e autodirigido.
Fonte: http://migre.me/5HsNu
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Del Bianco acrescenta que o sucesso desta modalidade de ensino dava-se pelo fato
de tentar reproduzir o que se fazia em sala de aula, utilizando-se de programas educativos.
O foco centrava-se muito mais no conteúdo do que na própria interação.
Iniciam-se nos anos 90 programas de aprendizagem aberta por rádio com o objetivo
de promover construção de conhecimento relacionado às temáticas de cidadania, saúde,
educação, cultura, meio ambiente e empreendedorismo.
Embora a televisão tenha ocupado parte de seu espaço, o rádio, “aos olhos da
audiência, ainda é um meio informativo descentralizado, pluralista e multifocal” (DEL
BIANCO, 2009, p. 56). Esta é uma modalidade que oferece inúmeras perspectivas de
educação a distância formal e não formal. “Ao contrário da televisão, em que as imagens
são limitadas pelo tamanho da tela, as imagens do rádio são do tamanho da imaginação do
ouvinte” (DEL BIANCO, 2009, p. 57). Portanto, a grande diferença está no como se
programa esta educação a distância, pensando no público-alvo, nos objetivos interacionais e
no grau de imaginação que se pretende alcançar.
Fonte: http://migre.me/LtNK
Del Bianco (2009, p. 63) questiona: “O rádio ainda é um meio adequado para
educação a distância? A resposta à pergunta é sim, desde que não seja utilizado como
simples meio de transmissão de conteúdos sistematizados vinculados à educação formal”.
Ela acrescenta: “Não é mais um espaço de transmissão de conhecimentos, mas, sobretudo,
um meio de interação entre pessoas, um provocador de interrogações e compartilhamento
de ideias”.
Bem, a televisão também começou a ser usada com fins educacionais já há algum
tempo. “Entre o período de 1960 e 1970, surgiram várias emissoras de TVs educativas e
com o objetivo de coordenar as atividades de teleducação em todo o País, foi criado pelo
MEC, em 1972, o Prontel – Programa Nacional de Teleducação” (GOUVÊA E OLIVEIRA,
2006, p. 37).
A educação supletiva a distância teve seu início com a Fundação Roberto Marinho, a
Fundação Padre Anchieta e a TV Cultura de São Paulo por meio do rádio, TV e material
impresso: o projeto Telecurso.
“O termo telecurso diz respeito àqueles cursos nos quais a principal tecnologia de
comunicação é por vídeo gravado e transmitido (portanto, não é ao vivo)” (MOORE &
KEARSLEY, 2007, p. 52). Segundo os autores, “os materiais do curso podem ser tão simples
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como sessões em sala de aula gravadas ou podem ser produzidos mediante instruções
sofisticadas e de acordo com padrões de criação elevados”.
A televisão agrega mais um incentivo para o estudo, pois, além de escutar a voz do
professor, como acontece com o rádio, tem também a imagem. O meio audiovisual faz com
que o curso possa ser mais dinâmico e atrativo, ajudando positivamente à motivação do
aluno.
Fonte: http://migre.me/5Hrlr
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Com o uso do computador ligado a internet tudo fica bem mais fácil para a
Educação a Distância, tanto para o professor como para o aluno. As potencialidades que
destacamos nas etapas anteriores aqui se multiplicam exponencialmente, pois a internet
permite uma comunicação rápida e frequente, permite também que o aluno mantenha
interação não apenas com o professor, mas também com os colegas, propiciando uma
aprendizagem colaborativa. outra vantagem é que com a internet pode se diversificar mais
ainda os materiais instrucionais: textos, objetos de aprendizagem, jogos, links de
aprofundamentos, vídeos, aulas ao vivo, ferramentas de comunicação síncronas, interação
em fóruns, etc.
Não se trata de um modismo e é claro que não basta com equipar as escolas com
salas cheias de computadores. Precisa de todo um trabalho de capacitação dos
professores e gestores para que os equipamentos possam realmente ser utilizados de
maneira eficaz.
Com frequência vemos professores que não estão familiarizados com o uso da
tecnologia e seus alunos que são nativos digitais e se sentem muito à vontade no uso das
tecnologias digitais.
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Como é ensinar ao aluno que está muito familiarizado com as tecnologias de
comunicação e informação? E o professor, como se sente em relação ao nativo digital
quando pode aprender com o seu próprio aluno?
A aula invertida (flipped classroom) é uma metodologia ativa que algumas escolas já
estão aplicando com sucesso. Trata-se de inverter a aula convencional, isto é, o que
normalmente é feito dentro da sala de aula tradicional, explanação do conteúdo, seria feito
fora da sala, e o momento de aula seria reservado para outras dinâmicas: discussão,
reflexão dos assuntos, laboratórios, pesquisa, resolução de problemas, etc. Os conteúdos
são disponibilizados para que os alunos possam ter acesso a eles antes da aula. Dessa
maneira se evitam as aulas meramente expositivas, substituindo a narrativa do professor
por textos (do próprio professor e/ou de outros autores), vídeos, documentários, objetos de
aprendizagem, etc.
Porém,
Segundo Primo (2006), o termo Web 2.0 tem origem em 2004 e tem como objetivo
potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações,
além de promover os espaços de interação entre os participantes no processo educacional.
Ferramentas importantes para as atividades de educação online.
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Ao contrário do conceito de mão única da Web 1.0, ou seja, que propaga as
informações em apenas um sentido de um para um ou de um para todos, a Web 2.0 utiliza-
se de um conceito diferenciado, aquele que prioriza a comunicação de muitos para muitos.
Fonte: http://migre.me/Lu5c
Para Voigt (2007, p.3), quando discute sobre como a publicação de conteúdos é feita
por meio das ferramentas da Web 2.0, "não há mais conteúdo (texto, áudio, vídeo, opinião)
considerado acabado e com uma finalidade específica. Tudo é visto como matéria-prima que
pode ser retrabalhada de acordo com interesses e necessidades do usuário. Remixagem é a
palavra chave desta tendência”.
Além disso, a classificação dos conteúdos é feita de forma flexível, não pré-
determinada, ou seja, “a classificação não se prende a uma taxonomia com categorias
rígidas e pré-definidas, mas é determinada pelo próprio usuário. A esta possibilidade de o
próprio usuário definir etiquetas classificatórias dá-se o nome de folksonomia” (VOIGT,
2007, p.3).
De acordo com a imagem a seguir, será que é este tipo de processo educacional que
almejamos? Inserir as TIC pelo modismo sem a preocupação com a complexidade que a
situação gera?
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Dicas de aprofundamento
- LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (Orgs.). Educação a Distância: estado
da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
Na primeira parte deste livro também pode encontrar uma boa abordagem a respeito do
histórico da EAD.
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UNIDADE 4
Os cursos de graduação na EAD têm como orientação uma aprendizagem ativa onde
os acadêmicos estão no centro do processo de ensino-aprendizagem. Neste contexto, a
formação de ambiente de cooperação volta-se a uma contínua interação entre os alunos e
professores direcionada à formação de uma rede de conhecimentos, integrando as
informações novas às já existentes.
Professor, docente, instrutor, tutor, orientador, auxiliar... São muitos os nomes que
recebe o profissional responsável por acompanhar a aprendizagem dos alunos ao longo de
um curso ou disciplina a distância, mas podemos dizer que o papel desse profissional deixa
de ser o de “entregador” de informação para ser o facilitador do processo de aprendizagem.
Entretanto, o ato de ensinar passa a não ser mais exclusivo do professor. E como
fica o professor neste contexto da educação virtual? O professor pode se adequar a esta
situação desde que esteja aberto às mudanças, disposto a aprender, a atualizar seus
conhecimentos e práticas, a adaptar a sua prática às novas exigências, ao novo contexto de
ensino e aprendizagem, a enfrentar desafios, a persistir apesar de todos os obstáculos.
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Devemos lembrar que, apesar de todas as mudanças, há um aspecto que
permanece, a questão do SER. O professor é pessoa, e sendo assim, tem características
próprias e é neste papel de pessoa que podemos explorar o nosso valor.
Mesmo que o aluno seja sujeito ativo e, por isso mesmo, seja considerado o centro
do processo de aprendizagem, isso não quer dizer que na Educação a Distância se possa
prescindir da figura do professor. Ao contrário, ele é fundamental como auxiliar, orientador
e mediador da aprendizagem, pois a proposta da EAD não é o autodidatismo, em que o
aprendiz se vira sozinho e desenvolve o aprendizado solitariamente.
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Veja a seguir o mapa conceitual a respeito do professor no universo da EAD:
Fonte: https://bit.ly/2JswQci
Aqui temos que fazer uma pausa para refletirmos sobre o papel do aluno. Se o papel
da escola muda e do professor também, será que o papel do aluno pode continuar sendo o
mesmo? Será que sua atitude diante do processo de aprendizagem pode se manter diante
da nova situação?
O papel do aluno também muda: deixa de ser passivo, de ser o receptor das
informações para ser ativo aprendiz, construtor de seu conhecimento. Portanto, a ênfase da
educação deixa de ser a memorização da informação transmitida pelo professor e passa a
ser a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira significativa, sendo o
professor o facilitador desse processo de construção.
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O aluno terá que aprender a fazer uso da sua autonomia, pois será ele o maior
responsável pelo aproveitamento do seu estudo. Terá que aprender a ser mais ativo, a ter
iniciativa, a planificar seu estudo, a usar o tempo e a liberdade de maneira responsável. E
isso é um grande desafio, pois do mesmo jeito que para o professor nem sempre será fácil
deixar o papel de “controlador da situação”, para o aluno - que sempre foi educado em um
meio onde o ensino era vertical (do professor ao
aluno) e onde ele tinha pouco espaço, pois o
esquema de ensino-aprendizagem não era muito
flexível - o desafio talvez seja mais difícil de superar,
pois são muitos os fatores condicionantes.
Fonte: http://qualperfilead.blogspot.com/
Mesmo que o perfil do aluno a distância vai mudando e cada vez vemos mais alunos
jovens entrando em cursos a distância, normalmente o aluno da EAD é uma pessoa já
inserida no mercado de trabalho, que quer aperfeiçoar seus conhecimentos, procura
melhorar sua situação laboral e social, e, inclusive, procura aumentar sua autoestima.
Segundo Aretio (2006), a diferença dos alunos jovens, os alunos maduros são mais
inseguros no contexto acadêmico. O mesmo autor destaca que, por ser adulto, esse aluno
já tem experiências de conhecimentos anteriores e estas podem atrapalhar, no sentido de
fazer com que o aluno tenha resistência a aceitar os conhecimentos novos, mas por outro
lado, pode tirar proveito dessa experiência, estabelecendo relações com a experiência que
ele já tem, na maioria dos casos.
Dica de aprofundamento
Na unidade 3 deste livro, você encontra uma reflexão interessante a respeito do aluno na
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Educação a Distância e dá dicas para ter sucesso no estudo.
Leia e reflita sobre o seu próprio papel no seu curso. Você se encaixa no perfil que é
apresentado no livro? Pense nas características essenciais para se estudar a distância e
avalie se você, como aluno atual da modalidade, está já familiarizado e adaptado às
características da modalidade.
É importante que você, como aluno, repare nas palavras de Silva. Se o aluno se
limita a responder sim ou não, está fazendo uso de uma participação muito limitada. O que
se espera é que o aluno se envolva mais e sinta que sua participação é importante para ele
e para os outros participantes, sentindo-se corresponsável.
Freire (1987) denuncia o que ele chama de educação bancária, que se caracteriza
pela postura passiva do aluno. O papel do professor, nesse caso, seria “encher” os alunos
de conteúdos. Os alunos, na educação bancária são meros repetidores das informações
recebidas e imitadores de um modelo. Essa experiência vivida na educação seria
reproduzida também nos outros ambientes sociais, tendo como resultado um cidadão
acrítico, mero repetidor de ideias dos outros.
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ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo
mundo” (1987, p. 68).
Como destaca Moran (2013), para poder dizer que um curso a distância tem
qualidade, são muitas as variáveis que precisamos levar em conta, mas um dos elementos
mais importantes é a possibilidade de uma boa interação entre os seus participantes, dessa
maneira, podem se estreitar os vínculos, fomentando a troca de experiências e de saberes.
Fonte: http://migre.me/5Hvtv
A palavra virtual vem do latim virtualis (de virtus) que significa força. O conceito de
virtual é normalmente associado a algo que existe apenas em potência. Por exemplo, a
árvore está virtualmente na semente. No dicionário Aurélio, encontramos o significado da
palavra virtual, como algo “que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual.
Suscetível de se realizar; potencial” (FERREIRA, 2004).
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Nós adotamos aqui o termo virtual de acordo com Lévy, que o concebe não como
oposto ao real, e sim como oposto ao atual.
Mas, participar de uma rede social não dá garantias de que a pessoa vai se sentir à
vontade em uma comunidade virtual num contexto educacional. Mesmo partilhando os
mesmos objetivos e havendo um interesse comum, neste contexto se requer que as
pessoas consigam disciplina e responsabilidade.
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REFERÊNCIAS
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GOUVÊA, Guaracira e OLIVEIRA, Carmem Irene. Educação a Distância na Formação de
Professores. Rio de Janeiro: Vieira & Lent ,2006.
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. [Livro eletrônico]
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<https://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1533-1.pdf>. Acesso em:
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KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Avaliação da Aprendizagem como processo
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LÉVY, Pierre. O que é virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
_____. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.
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EXERCÍCIOS E ATIVIDADES
EXERCÍCIO 1
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ATIVIDADE 1.1
ATIVIDADE 2.1
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b) A EAD é um processo de ensino-aprendizagem em que professores e alunos podem estar
separados fisicamente e virtualmente.
c) A EAD tem como característica importante, a flexibilidade de tempo e espaço, a qual
permite ao aluno uma maior possibilidade de autonomia.
d) Na EAD, as atividades didáticas orientam-se para privilegiar o trabalho em equipe, em
que o professor passa a ser um dos membros participantes.
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
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c) As atividades virtuais são o principal elo de união entre os alunos e o professor.
d) O professor deve dar feedback frequente, deixando a motivação dos alunos a outros
profissionais da equipe multidisciplinar.
ATIVIDADE 4.1
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