Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
net/publication/258998443
CITATIONS READS
2 1,399
6 authors, including:
P. E. Fonseca A. Ribeiro
University of Lisbon University of Lisbon
218 PUBLICATIONS 1,941 CITATIONS 192 PUBLICATIONS 4,884 CITATIONS
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Organization of the Paleo Fall Meeting, 26-28 September, 2019, University of Évora View project
All content following this page was uploaded by P. E. Fonseca on 05 June 2014.
1. Introdução
A Zona de Ossa-Morena (ZOM) encontra-se limitada meridionalmente pelo Complexo
Ofiolítico de Beja-Acebuches (COBA) que materializa a sutura varisca no ramo SW da
Cadeia Varisca Ibérica, sublinhando a fronteira entre o Terreno Ibérico e o Terreno Sul-
-Português (Munhá et al., 1986; Crespo-Blanc & Orozco, 1988; Quesada et al., 1994; Araújo,
1995; Fonseca, 1995; Fonseca et al., 1999; Ribeiro et al., 2007; 2010). A génese da sutura
varisca resulta do fecho do Oceano Rheic durante o Ciclo Varisco, induzindo mecanismos
antitéticos de subducção e obducção para N-NE e posterior colisão continental oblíqua no
bordo SW da ZOM (Fonseca et al., 1999; Ribeiro et al., 2007; 2010). Na região mais meridio-
nal da ZOM (fig. 1), para além do COBA que estabelece o seu limite a S-SW, junto ao bordo
SW individualizam-se, ainda, dois domínios com importante significado geodinâmico e
vasta expressão regional:
i) Complexo Ígneo de Beja
ii) Domínio de Évora-Beja.
1
Dep. Geociências (Escola de Ciências e Tecnologia/Univ. Évora); Centro de Geologia da Universidade de
Lisboa (CeGUL) – jpedro@uevora.pt
2
Dep. Geociências (Escola Ciência e Tecnologia/Univ. Évora); Centro de Geofísica de Évora (CGE) – aaraujo@
uevora.pt
3
Dep. Geologia (Fac. Ciências/Univ. Lisboa); Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL) – pefonseca
@fc.ul.pt
4
Dep. Geologia (Fac. Ciências/Univ. Lisboa); Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL) – jmunha
@fc.ul.pt
5
Dep. Geologia (Fac. Ciências/Univ. Lisboa); Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL); Museu
Nacional de História Natural, Portugal – aribeiro@fc.ul.pt
6
Dep. Geologia (Fac. Ciências/Univ. Lisboa); Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL) – amateus
@fc.ul.pt
Gerador de
Geologia decabeçalhos.indd
Portugal_Volume 1I.indb 647 13/08/07 13:53
12/09/13 11:24
648 Geologia de Portugal
Fonseca et al., 1999; Figueiras et al., 2002). As rochas ultramáficas, igualmente em fácies
anfibolítica, correspondem a harzburgitos com dunitos, werlitos e trocolitos subordinados,
e apresentam-se fortemente serpentinizadas e tectonizadas. Estas características permitem
definir um gradiente metamórfico, do topo para a base do COBA, desde a fácies dos xistos
verdes até à fácies anfibolítica, podendo inclusive atingir-se localmente condições de fácies
granulítica em regime de baixa pressão (Quesada et al., 1994).
Durante a sua instalação o COBA é deformado pelas diferentes fases de deformação
varisca (Fonseca & Ribeiro, 1993; Fonseca, 1995; Fonseca et al., 1999; Ribeiro et al., 2010).
A primeira fase de deformação (D1), vergente para N-NE, encontra-se bem identificada a
todas as escalas, sendo facilmente observada nas unidades basais da sequência ofiolítica,
nomeadamente nas rochas metagabróicas. Esta fase de deformação (D1) está directamente
relacionada com a obducção antitética do COBA, sobre a margem epicontinental da ZOM,
igualmente deformada pela D1 e afectando o bordo meridional da Sequência Gabróica Ban-
dada CIB (ca. 350 Ma; Ribeiro et al., 2010). A segunda fase de deformação (D2) corresponde
a um regime (dúctil) transpressivo esquerdo, de direcção WNW-ESE e vergente para WNW,
que desmembra a sequência ofiolítica original, colocando lado a lado as diferentes unidades
do COBA (Fonseca & Ribeiro, 1993; Fonseca, 1995; Fonseca et al., 1999). A terceira fase de
deformação (D3) corresponde à reactivação frágil das estruturas D2 originando desliga-
mentos esquerdos de direcção WNW-ESE cavalgantes para SW, que limitam o COBA a N e
a S (Fonseca, 1995).
As características petrográficas e geoquímicas mostram que os protólitos do COBA cor-
responderiam originalmente a peridotitos, gabros/doleritos e basaltos toleíticos (Quesada et
al., 1994). Relativamente à geoquímica, os dados disponíveis indicam um quimismo tran-
sicional entre os basaltos dos fundos oceânicos e os basaltos orogénicos (fig. 3), sugerindo
afinidades calco-alcalinas sintomáticas de magmatismo orogénico (Munhá et al., 1986; Fon-
seca & Ribeiro, 1993; Quesada et al., 1994; Fonseca, 1995; Fonseca et al., 1999; Figueiras et
al., 2002). Este tipo de quimismo transicional (toleítico/calco-alcalino) é largamente aceite
como sendo típico de assinaturas geoquímicas de basaltos provenientes de bacias back-
-arc (e.g., Saunders & Tarney, 1991). Assim, as assinaturas geoquímicas estabelecidas para o
COBA, com base no seu quimismo transicional, sugerem que o COBA derive de uma crusta
oceânica gerada numa bacia tipo back-arc (bacia marginal de Beja-Acebuches; Quesada et
al., 1994). Com base na idade modelo Sm-Nd estabelecida para os protólitos mantélicos
do COBA (440-380 Ma; Mullane, 1998) e em constrangimentos de natureza estratigráfica,
estrutural, metamórfica e magmática, Ribeiro et al. (2010) sugerem que a bacia marginal de
Beja-Acebuches tenha tido um período de vida efémero (ca. 30 Ma), com abertura e fecho a
ocorrerem, respectivamente entre os 390-370? Ma e os 370-350 Ma.
mento por 200 m de largura, não se observando qualquer evidência de contacto mecânico
entre estas litologias. Este facto sugere que estas litologias estejam geneticamente relacio-
nadas por processos de diferenciação e extracção magmática. Os metagabros apresentam
texturas variadas, em termos de granularidade, sendo de realçar a presença de frequentes
flasergabros e de metagabros cortados por estruturas discordantes relativamente ao bandado
magmático (diques em gabro?). Neste sector, a sequência ofiolítica constitui-se como um
único fragmento de litosfera oceânica, representada por níveis crustais superiores (basaltos)
e níveis gabróicos. Encontra-se tectonicamente colocado sobre um fragmento desenraizado
da SAR (metaliditos e rochas carbonatadas) no interior do CFM e posteriormente dobrado
em sinforma e vergente para SW, durante as últimas fases de deformação varisca.
O sector de Vila Ruiva localiza-se junto ao limite SW da povoação de Vila Ruiva e aflora
numa área com aproximadamente 4 km2, estando a sua estrutura bem exposta ao longo de
um corte com cerca de 400 m de extensão por 6 m de altura. Trata-se de um fragmento de
litosfera oceânica constituído pelos níveis superiores (basaltos e eventualmente um com-
plexo de dique em dique), imbricado no interior do CFM e posteriormente afectado por
intensa deformação dúctil e frágil (fig. 5C). A sequência ofiolítica é essencialmente constitu-
ída por rochas metabásicas (i.e. por xistos verdes, xistos cloríticos e menos frequentemente
xistos anfibólicos), enquanto as texturas variam entre os termos granulares finos a termos
porfíricos. Neste último caso, apresentam uma acentuada blastese de albite, que confere um
carácter porfiroblástico aos metabasitos, sugerindo retrogradação a partir de fácies meta-
mórfica de grau mais elevado. Para além de possuírem a foliação bem marcada, os meta-
basitos encontram-se fortemente deformados e recristalizados. Localmente mostram uma
anisotropia fortemente penetrativa, marcada por uma intensa rede de cisalhamentos que
chegam, inclusive, a cortarem-se mutuamente. A distribuição dos cisalhamentos sugere que
se tenham instalado aproveitando anisotropias de uma estrutura pré-existente, podendo
essa estrutura tratar-se de um complexo dique em dique (?). Assim, em termos estruturais
este sector caracteriza-se por uma intensa rede de cisalhamentos, de inclinação variável com
movimentação para W, enquanto que a foliação apesar de apresentar grandes variações,
impostas pela acção de uma tectónica frágil, define uma vergência para NE.
O sector de Antas localiza-se aproximadamente 10 km a ESE da povoação de Vila
Alva numa área com aproximadamente 3 km2 de extensão, sendo a SOI mais completa e
melhor preservada. Corresponde a um fragmento de litosfera oceânica imbricado no inte-
rior do CFM e posteriormente intruído e metamorfizado por contacto por corpos ígneos
do CIB (fig. 5D). A sequência ofiolítica é constituída por rochas básicas (metagabros e
metabasaltos) e ultrabásicas (wherlitos e dunitos), que afloram no interior de depressões
resultantes de antigas explorações de amianto. As rochas ultrabásicas encontram-se ser-
pentinizadas e apresentam texturas resultantes de processos de acumulação magmática.
Os metagabros essencialmente flasergabros, por vezes fortemente tectonizados, possuem
lherzolíticos, os quais possuem uma secção crustal reduzida e descontínua, com raras pre-
senças de complexos de diques em diques e de cumulados estratiformes, enquanto que a
sequência mantélica é constituída por peridotitos serpentinizados (lherzolitos, wherlitos e
dunitos) intruídos por diques, pegmatóides e câmaras magmáticas de natureza basáltica e
gabróica, sendo que os gabros são frequentemente cortados por diques diabásicos (Juteau
& Maury, 1999).
Assim, as SOI afectadas por intensa deformação varisca e recristalizadas metamorfica-
mente entre a fácies dos xistos verdes e a fácies anfibolítica, apresentam-se incompletas, com
diferenças significativas entre os diferentes sectores e com heterogeneidades resultantes não
só dos fenómenos tectonometamórficos variscos, como também dos processos magmáticos
contemporâneos da sua formação.
Relativamente à geoquímica das SOI os dados existentes (Araújo et al., 1993; Pedro et
al. 2003a, 2003b; Pedro, 2004) permitem definir assinaturas geoquímicas indicadoras de
um quimismo toleítico, com diferentes graus de enriquecimento, semelhante ao quimismo
exibido por diferentes tipos de basaltos dos fundos oceânicos (Pedro, 2004). Esta similari-
dade encontra-se expressa nas amostras representativas do quimismo das SOI (fig. 7), que
mostram o envolvimento de dois componentes extremos:
1) componente empobrecido semelhante aos N-MORB (BVTP, 1981; Sun & McDo-
nough 1989; Wilson, 1989; Floyd; 1991; Walker, 1991) representado pelas amostras
OR-4-2 e OR-4-4; e
2) componente mais diferenciado semelhante aos E-MORB (BVTP, 1981; Sun & McDo-
nough 1989; Wilson, 1989; Floyd; 1991; Walker, 1991) representado pelas amostras
ANT-1-12 e VR-1-1.
des ao nível da fonte mantélica traduzidas por uma mistura binária entre dois compo-
nentes finais (fig. 8):
1) componente enriquecido, semelhante aos E-MORB, com (La/Sm)cn > 2 e Zr/Nb < 10;
e
2) componente empobrecido semelhante aos N-MORB, com (La/Sm)cn < 1 e Zr/Nb > 30.
novo trajecto secundário prógrado (no sentido dos ponteiros do relógio), reflectindo um novo
incremento de pressão, antes dos processos de retrogradação generalizada.
Para além das rochas metabásicas existem também evidências deste evento metamórfico
de alta pressão em diferentes litologias da SAR tais como:
a) relíquias de aragonite preservadas em mármores (Fonseca et al., 2004);
b) granada + anfíbola sódica, observadas em metavulcanitos dacíticos (Leal, 2001);
c) inclusões de distena em granadas nos metapelitos (Moita, 1997); e
d) paragéneses em gnaisses constituídas por granada + plagioclase + biotite + fengite
onde se estimaram condições de pressão e temperatura de ~8 kbar/~580 ºC (Pedro,
1996).
Estas evidências indicam que o evento tectonometamórfico de alta pressão afectou não só as
rochas metabásicas como também, algumas das litologias que constituíam a margem epiconti-
nental da ZOM, nomeadamente uma parte da sequência vulcano-sedimentar neoproterozóica e
da sequência carbonatada do Câmbrico inferior no DEB.
Os dados geoquímicos (Pedro, 1996; Moita, 1997, Fonseca et al., 1999; Leal, 2001) indi-
cam que os protólitos das rochas máficas na fácies eclogítica são provenientes de magmas
basálticos toleíticos com claras evidências de contaminação crustal e cristalização fraccio-
nada, admitindo-se que correspondam a toleítos continentais. Esta interpretação é supor-
tada pelas observações de campo verificando-se que os afloramentos em forma de lente ou
cunha, frequentemente boudinados, ocorrem preferencialmente no interior de metapelitos
siliciosos e mármores; sugerem que os protólitos dos eclogitos representem veios e filões
intruídos e/ou injectados nas litologias epicontinentais junto ao bordo meridional da ZOM,
durante o Paleozóico inferior. De igual modo, é sugerido que o ambiente geotectónico mais
favorável ao desenvolvimento dos protólitos ígneos das rochas eclogíticas corresponda a
uma actividade magmática, acompanhada por estiramento crustal, contemporânea da ocea
nização (Oceano Rheic) da margem passiva continental do actual bordo S-SW da ZOM
durante o Paleozóico inferior.
5. Considerações finais
A imbricação conjunta das SOI (cintura ofiolítica interna) e de rochas metamórficas de alta
pressão no interior do CFM (complexo acrecionário), a presença do COBA (cintura ofio-
lítica externa) que sublinha o limite sul da ZOM e a ocorrência do CIB (complexo ígneo
colisional a tardicolisional) instalado ao longo desse limite, mostram que durante o Ciclo
Varisco o limite meridional da ZOM passou por uma evolução complexa envolvendo duas
bacias oceânicas distintas associadas a diferentes processos geodinâmicos. A correcta com-
preensão dos processos geodinâmicos abordados neste capítulo (i.e. génese de ofiolitos e
eclogitos) é crucial para a percepção e estabelecimento de modelos para o ramo SW da
Cadeia Varisca Ibérica.
Ribeiro et al (2007, 2010), e Ribeiro (capítulo I, neste volume), com base na natureza
dos protólitos das unidades envolvidas, em dados geocronológicos e estruturais, propõem
para Cadeia Varisca Ibérica um modelo de evolução geodinâmica bastante detalhado, com
reconstituições geotectónicas e paleogeográficas que permitem compreender a génese e
ocorrência das cinturas ofiolíticas e das rochas metamórficas de alta pressão abordadas neste
capítulo.
De acordo com esse modelo (Ribeiro et al., 2007; 2010; Ribeiro, capítulo I, neste
volume) o Oceano Rheic, que separava o Terreno Ibérico do Terreno Sul-Português,
desenvolve-se durante Câmbrico inferior a partir de estádios de rifting intracontinental
gradualmente abortados e transferidos para SW, que passam para um estádio de rifting
intraoceânico na fronteira Câmbrico/Ordovícico e evolui ao longo do Paleozóico inferior
em regime de bacia oceânica com margens passivas. Os protólitos dos eclogitos (toleí-
tos continentais) intruídos na margem epicontinental da ZOM representam os estádios
iniciais de rifting, ao passo que os protólitos das SOI com uma idade de ca. 480 Ma,
representam uma litosfera oceânica gerada durante os estádios de magmatismo oceânico
anorogénico. Estes dados apontam para um desenvolvimento considerável do Oceano
Rheic a partir do Ordovícico inferior. A subducção do Oceano Rheic faz-se para N-NE
sob a ZOM, precedendo a abertura da bacia marginal de Beja-Acebuches (ca. 390-370?)
entre a ZOM e o Terreno Finisterra (terreno exótico constituído por gnaisses de idade
incerta; Ribeiro et al., 2007). Como resultado da subducção activa formam-se os eclo-
gitos (ca. 370 Ma) e ocorre o fecho da bacia marginal de Beja-Acebuches (ca. 370-350).
A obducção e transporte fazem-se igualmente para N-NE, originando uma flake tectó-
nica no bordo SW da ZOM. As SOI instalam-se em regime de baixa temperatura (ca. 370
Ma), conjuntamente com o CFM, enquanto que o COBA instala-se em regime de alta
temperatura (ca. 350 Ma) afectando o bordo meridional do CIB (Sequência Gabróica
Bandada). Segue-se, no Terreno Sul Português, a estruturação do Complexo do Pulo do
Lobo e inicia-se a colisão continental entre o Terreno Ibérico e o Terreno Sul-Português.
Finalmente dá-se a instalação de corpos ígneos intrusivos resultantes do relaxamento
térmico pós-colisional.
A reconstituição geotectónica apresentada para o bordo SW da ZOM (fig. 12), supor-
tada pelo modelo de Ribeiro et al. (2007, 2010), com duas cinturas ofiolíticas colocadas
tectonicamente, em zonas internas (SOI) e externas (COBA) da Cadeia Varisca Ibérica é
semelhante a situações geotectónicas análogas descritas na Terra Nova (Coish et al., 1982;
Batanova et al., 1998), na China oriental (Robinson, et al., 1999; Wang et al., 2003), nos
Balcãs (Savov et al., 2001) e na costa oriental da Rússia (Ishiwatari et al., 1998). Nessas
regiões as características estruturais dos diferentes ofiolitos são idênticas às dos ofioli-
tos da ZOM; os ofiolitos externos apresentam-se com um grau de preservação superior,
enquanto que os internos tendem a ocorrer desmembrados e fragmentados no interior de
«mélanges» tectónicas.
Agradecimentos
O presente trabalho recebeu apoio dos seguintes projectos: MODELIB (POCTI/35630/
/CTA/2000-FEDER), PETROLOG (UI:263/POCTI/FEDER), GEODYN (POCTI/ISFL-
-5-32).
Referências
Andrade, A., Santos, J., Oliveira, J., Munhá, J., Gonçalves, F., 1991 Magmatismo orogénico
na transversal Odivelas-Santa Suzana. XI Reun. Geol. del Oeste Peninsular (Guia de excursões),
47-54.
Andrade, A., Antunes, T., Araújo, A., Castro, P., Carvalho, D., Carvalhosa, A., Dias, R.,
Feio, M., Fonseca, P., Martins, L., Manuppella, G., Marques, B., Munhá, J., Oliveira, J.,
Oliveira, V., Pais, J., Piçarra, J., Ramalho, M., Rocha, R., Santos, J., Silva, J., Brum, A.,
Zbyszewski, G., 1992. Carta Geológica de Portugal na escala 1/200.000, Notícia explicativa da
Folha 8, Serv. Geol. Portugal, 91 p.
Anomymous, 1972. Penrose field conference on ophiolites. Geotimes, 17, 24-35.
Apted, M., e Liou, J., 1983. Phase relations among greenschist, epidote-amphibolite and amphibolite
in a basaltic system. Am. J. Sci., 283A, 328-354.
Araújo, A., 1995. Estrutura de uma Geotransversal entre Brinches e Mourão (Zona de Ossa-Morena):
Implicações na evolução geodinâmica da margem Sudoeste do Terreno Autóctone Ibérico. Tese de
Doutoramento, Dep. Geociências, Univ. Évora, Portugal, 200p.
Araújo, A., Fonseca, P., Munhá, J., 1993. Ossa-Morena Ophiolites. XII Reunião de Geologia do W
Peninsular, Évora, Terra Abstracts, supplement n. 6 to Terra Nova 5, 8.
Araújo, A., Fonseca, P., Ribeiro, A., Munhá, J., 1998. The structure of the south margin of the
Iberian Autochthonous Terrane and the relation with the Paleozoic suture zone (Portugal). Actas
X Congreso Latinoamericano de Geologia, VI Congreso Nacional de Geologia Economica, Volu-
men II, Buenos Aires, Argentina, 29-34.
Araújo, A., Fonseca, P., Munhá, J., Moita, P., Pedro, J., Ribeiro, A., 2005. The Moura Phylloni-
tic Complex: An Accretionary Complex related with obduction in the Southern Iberia Variscan
Suture. Geodinamica Acta, 18/5, 375-388.
Batanova, V., Suhr, G., Sobolev, A., 1998. Origin of geochemical heterogeneity in the mantle peri-
dotites from the Bay of Islands ophiolite, Newfoundland, Canada: Ion probe study of clinopyro-
xenes. Geochem. Cosmochem. Acta, 62/5, 853-866.
BVTP, 1981., Basaltic Volcanism on the Terrestrial Planets. Pergamon Press, Inc., New York, 1286 p.
Castro, A., Fernández, C., De la Rosa, M. V. I., Rogers, G., 1996. Significance of MORB deri-
ved anphibolites from the Aracena Matamorphic Belt, Southwest Spain. Journal of Petrology, 37,
235-260.
Castro, A., Fernández, C., El-Hmidi, H., El-Biad, M., Díaz, M., De la Rosa, J. D., Stuart, F.,
1999. Age constraints to the relationships between magmatism, metamorphism and tectonism in
the Aracena metamorphic belt, Southern Spain. Geologische Rundschau, 88, 26–37.
Coish, R., Hickey, R., Frey, F. 1982. Rare earth element geochemistry of the Betts Cove ophio-
lite, Newfoundland: complexities in ophiolitic formation. Geochimica et Cosmochimica, Acta 46,
2117-2134.
Crespo-Blanc, A., Orozco, M., 1988. The Southern Iberian Shear Zone; a major boundary in the
Hercynian folded belt. Tectonophysics, 148, 221-227.
Ernst, W., 1979. Coexisting sodic and calcic amphiboles from high pressure metamorphic belts and
the stability of barroisitic amphibole. Min. Mag., 43, 269-278.
Dallmeyer, R., Fonseca, P., Quesada, C., Ribeiro, A., 1993. 40Ar/39Ar mineral age constrains
for the tectonothermal evolution of a Variscan Suture in SW Iberia. Tectonophysics, 222, 177-194.
De Jong, G., Dalstra, H., Boorder, H., Savage, J., 1991. Blue amphibolites, Variscan deforma-
tion and plate tectonics in the Beja Massif, South Portugal. Comun. Serv. Geol. Portugal, 77,
59-64.
Díaz Aspiroz, M., Castro, A., Fernández, C., López, S., Fernández Caliani, J. C., Moreno-
-Ventas, I., 2004. The contact between the Ossa Morena and the South Portuguese zones. Cha-
rateristics and significance of the Aracena metamorphic belt in its central sector between Aroche
and Aracena (Huelva). Journal of Iberian Geology, 30, 25–51.
Figueiras, J., Mateus, A., Gonçalves, M., Waernborg, J., Fonseca, P. E., 2002. Geodynamic evo-
lution of the SouthVariscanIberian Suture as recorded bymineral transformations. Geodynamica
Acta, 15-1, 45-61.
Floyd, P., 1991. Oceanic islands and seamounts. In: Floyd, P.A. (Eds.). – Oceanic Basalts, Blackie and
Son, 174-218.
Fonseca, P., 1995. Estudo da Sutura Varisca no SW Ibérico nas regiões de Serpa-Beja-Torrão e Alvito-
-Viana do Alentejo. Tese de Doutoramento, GeoFCUL, Univ. Lisboa, Portugal, 325 p.
Fonseca, P., Ribeiro, A. 1993. Tectonics of the Beja-Acebuches Ophiolite: a major suture in the
Iberian Variscan Fold Belt. Geol Rundsch, 82, Springer Verlag, pp. 440-447.
Fonseca, P., Araújo, A., Leal, N., Munhá, J., 1993. Variscan Glaucophane Eclogites in the Ossa
Morena Zone, Terra Abstracts Supplement n. 6 (XII Reunião de Geologia do Oeste Peninsular),
Terra Nova 5, 11-12.
Fonseca, P., Munhá, J., Pedro, J., Rosas, F., Moita, P., Araújo, A., Leal, N., 1999. Variscan Ophio-
lites and High-Pressure Metamorphism in Southern Ibéria, Ophioliti, 24/2, 259-268.
Fonseca, P., Fonseca, M., Munhá, J., 2004. Ocorrência de Aragonite em Mármores da Região de
Alvito-Viana do Alentejo (Zona de Ossa Morena): Significado geodinâmico. Cad. Lab. Xeo. Laxe,
29, 79-96.
Gill, J., 1981. Orogenic andesites and plate tectonics. Springer, Berlin, 390 p.
Gonçalves, F., Carvalhosa, A., 1994. O Proterozóico da Zona de Ossa- Morena no Alentejo. Sín-
tese e actualização de conhecimentos. Mem. Acad. Ciênc. Lisboa, XXXIV, 35 p.
Hannigan, R., Basu, A., Teichmann, F., 2001. Mantle reservoir geochemistry from statistical analy-
sis of ICP-MS trace element data of equatorial mid-Atlantic MORB glasses. Chemical Geol., 175,
397-428.
Holland, T., Powell, R., 1998. An internally consistent thermodynamic data set for phases of
petrological interest. J. Metam. Geol. 16, 309-343.
Ishiwatari, A., Sokolov, A., Saito, D., Tsujimori, T., Miyashita, S., 1998. Geology and petrology
of elistratova ophiolite in Taigonos Peninsula, northeastern Russia: an island-arc ophiolite intru-
ded into oceanic mantle. International Ophiolite Symposium, Finland, 155-158.
Jesus, A., Munhá, J., Mateus, A., Tassinari, C., Nutman, A.P., 2007. The Beja Layered Gabbroic
Sequence (Ossa Morena Zone, Southern Portugal): geochronology and geodynamic implications.
Geodinamica Acta, 20-3, 139-157.
Johannes, W., Puhan, D., 1971. The calcite-aragonite transition reinvestigated. Contrib. Mineral.
Petrol., 31, 28-38.
Juteau, T., Maury, R., 1999. The Oceanic Crust, from Accretion to mantle Recycling. Springer-Praxis,
Berlin, 390 p.
Langmuir, C., Bender, J., Bence, A., Hanson, G., Taylor, S., 1977. Petrogeneis of basalts from the
FAMOUS area: Mid-Atlantic Ridge. Earth Planet. Sci. Lett., 36, 133-156.
Leal, N. 2001. Estudo petrológico e geoquímico de rochas metamórficas máficas de alta pressão das
regiões de Alvito – Viana do Alentejo e de Safira (Zona de Ossa-Morena, Maciço Ibérico). Tese de
Doutoramento, GeolFCUL, Univ. Lisboa, Portugal, 402 p.
Leal, N., Pedro, J., Moita, P., Fonseca, P. Araújo, A., Munhá, J., 1997. Metamorfismo nos sectores
meridionais da Zona de Ossa-Morena: Actualização dos Conhecimentos. In A. Araújo & M. F.
Pereira (Eds.). Estudos de Geologia da Zona de Ossa-Morena – Maciço Ibérico. Livro de homena-
gem ao Professor Francisco Gonçalves, Univ. Évora, 119-131.
Maruyama, S., Suzuki, K., Liou, J., 1983. Greenschist-amphibolite transition equilibria at low pres-
sures. J. Petrol., 24, 583-604.
Maruyama, S., Cho, M., Liou, J., 1986. Experimental investigations of blueschist-greenschist transi-
tion equilibria: pressure dependence of Al2O3 contents in sodic amphiboles: a new geobarometer.
Mem. Geol. Soc. Am., 164, 1-16.
Moita, P., 1997. Caracterização petrográfica e geoquímica do metamorfismo de alta pressão no sector
de Viana do Alentejo-Alvito (Zona de Ossa Morena), Tese de Mestrado, GeoFCUL, Univ. Lisboa,
Portugal, 120p.
Moita, P., Munhá, J., Fonseca, P., Pedro, J., Tassinari, C., Araujo, A., Palácios, T., 2005. Phase
equilibria and geochronology of ossa morena eclogites Actas do XIV Semana de Gequímica/VIII
Congresso de geoquímica dos Países de Língua Portuguesa 2, 471-474.
Mullane, M., 1998. The geochemistry of the South Portuguese Zone, Spain and Portugal, PhD Thesis
Southampton University, 467.
Munhá, J., Oliveira, J., Ribeiro, A., Oliveira, V., Quesada, C., Kerrich, R., 1986. Beja-Acebu-
ches Ophiolite characterization and geodynamic significance, Maleo, 2/13, 31.
Oliveira, J., Oliveira, V., Piçarra, J., 1991. Traços gerais da evolução tectono-estratigráfica da
Zona de Ossa-Morena em Portugal. Cuadernos Lab. Xeoloxico de Laxe, 16, 221-250.
Pedro, J., 1996. Estudo do metamorfismo de alta pressão na área de Safira (Montemor-o-Novo) Zona
de Ossa Morena, Tese de Mestrado, GeoFCUL, Univ. Lisboa, Portugal, 69 p.
Pedro, J., 2004. Estudo geológico e geoquímico das sequências Ofiolíticas Internas da Zona de Ossa-
-Morena (Portugal). Tese de Doutoramento, Dep. Geociências, Univ. Évora, Portugal, 225 p.
Pedro, J., Araújo, A., Fonseca, P., Munhá, J., 1998. Litogeoquímica da sequência ofiolítica no sec-
tor de Oriola (Zona de Ossa Morena) e sua importância na reconstituição geotectónica do ramo
SW da Cadeia Varisca. Actas V. Cong. Nac. Geol. Comunic. Instituto Geológico e Mineiro de
Portugal 84/1, 138-141.
Pedro, J., Araújo, A., Fonseca, P., Munhá, J., 2003a. Características petrográficas, geoquímicas e
estruturais das sequências ofiolíticas internas da Zona de Ossa-Morena. Ciências da Terra, UNL,
Lisboa, nº esp. V, CD-ROM, B72-B75.
Pedro, J., Araújo, A., Fonseca, P., Munhá, J., 2003b. Geochemistry of Internal Ossa-Morena Zone
Ophiolites. In: Neiva, A.; Neves, L.; Silva, M & Gomes, E. (Eds.) – Resumos IV Cong. Ibérico
Geoqímica. Uni. Coimbra, 152-154.
Pedro J., Araújo A., Fonseca P., Munhá J., 2005. Internal Ossa- Morena Zone ophiolitic sequences:
geodynamic implications for the evolution of the SW branch of the Iberian Variscan Chain. Cad.
Lab. Xeol. Laxe, 30, 235-258.
Pedro, J., Araújo, A., Fonseca, P. E., Tassinari, C., Ribeiro, A., 2010. Geochemistry and U-Pb
zircon age of the Internal Ossa-Morena Zone Ophiolite Sequences: a remnant of Rheic Ocean in
SW Iberia. Ofioliti, 35 (2), 117-130.
Pin, C., Fonseca, P., Paquette, J., Castro, P. e Matte, P., 2008. The ca 350 Ma Beja Igneous Com-
plex: Record of transcurrent slab break-off in the Soutern Iberia Variscan Belt? Tectonophysics,
doi: 10.1016/j.tecto.2008.06.001.
Quesada, C., Fonseca, P., Munhá, J., Oliveira, J., Ribeiro, A., 1994. The Beja-Acebuches Ophio-
lite (Southern Iberia Variscan fold belt): geological characterization and geodynamic significance.
Bol. Geol. Y Min., 105/1, 3-49.
Ribeiro, A., Munhá, J., Dias, R., Mateus, A., Pereira, E., Ribeiro, L., Fonseca, P., Araújo, A.,
Oliveira, T., Romão, J., Chaminé, H., Coke, C., Pedro, J. (2007) Geodynamic evolution of the
SW Europe Variscides. Tectonics, doi.10.1029/2006TC002058.
Ribeiro, A., Munhá, J., Fonseca, P., Araújo, A., Pedro, J., Mateus, A., Tassinari, C., Machado,
G. e Jesus, A., 2010. Variscan Ophiolite Belt in the Ossa-Morena Zone (Southwest Iberia): Geolo-
gical caracterization and geodynamic significance. Gondwana Research, 17, 408-421.
Rosas, F. M., 2003. Estudo tectónico do sector de Viana do Alentejo-Alvito: Evolução geodinâmica e
Modelação Analógica de Estruturas em Afloramentos Chave (Ramo Sul da Cadeia Varisca Ibérica –
SW da Zona de Ossa-Morena). Tese de Doutoramento, GeoFCUL, Univ. Lisboa, Portugal, 264 p.
Rosas, F. M., Marques, F., Ballèvre, F., Tassinari, C., 2008. Geodynamic evolution of the SW
Variscides: orogenic collapse shown by new tectonometamorphic and isotopic data from western
Ossa-Morena Zone, SW Iberia. Tectonics, 27, TC6008. doi:10.1029/2008TC002333.
Roux, P., Roex, A., Schiling, J., Shimizu, N., Perkins, W., Pearce, N., 2002. Mantle heterogeneity
beneath the southern Mid-Atlantic Ridge: trace elements evidence for contamination of ambient
asthenospheric mantle. Earth Planet. Sci. Lett., 203/1, 479-498.
Robinson, P., Zhou, M., Hu, X., Reynolds, P., Wenji, B., Yang, J., 1999. Geochemical constraints on
the origin of the Hegenshan ophiolite, inner Mongolia, China. Journ. Asian Earth Sci., 17, 423-442.
Saunders, A., Tarney, J., 1991. Back-arc basins. In: Floyd, P. (Ed.), Ocean basalts. Blackie, 219-263.
Savov, I., Ryan, J., Haydiutov, I., Schijf, J., 2001. Late Precambrian Balkan-carpathian ophiolite: a
slice of the Pan-African ocean crust? – geochemical and tectonics insighs from the Tcherni Vrah
and Deli Jovan massifs, Bulgaria and Serbia. Journ. Volcan. Geoterm. Research, 110, 299-318.
Sousa, J., Lourenço, N., Araújo, A., 1993. Earlier Variscan deformation event in Pedrogão region:
relation with the emplacement of Ophiolitic Nappes. Resumos XII Reunião de Geologia do Oeste
Peninsular, Uni. Évora, 89-97.
Stuwe, K., 2007. Geodynamics of the Lithosphere (2nd ed.) Springer Verlac, 441p.
Sun, S., McDonough, W., 1989. Chemical and isotopic systematics of oceanic basalts: implications
for mantle composition and processes. In: Saunders, A.D. & Norry, M.J. (Eds.) – Magmatism in
the Ocean Basins, Geol. Soc. Spec. Publ. London 42, 313-345.
Walker, C., 1991. North Atlantic Ocean Crust and Iceland. In: Floyd, P.A. (Eds.). – Oceanic Basalts,
Blackie and Son, 311-352.
Wang, Z., Sun, S., Jiliang, L., Quanlin, H., Kezhang, Q., Wenjiao, X., Jie Hao, 2003. Paleozoic
tectonic evolution of the northern Xinjiang, China: Geochemical and geochronological cons-
traints from the ophiolites. Tectonics, 22/2, 14-29.
Wilson, M., 1989. Igneous Petrogenesis. A global tectonic approach. Chapman & Hall, London, 466 p.
Geologia
Viewde Portugal_Volume
publication stats I.indb 671 12/09/13 13:53