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Tratamento
A intervenção imediata ao sinal mais precoce de toxicidade aumenta o sucesso do tratamento.
Por isso devemos estar alertados para os sinais mais típicos de toxicidade do SNC: alterações
auditivas e visuais, sabor metálico, dormência perioral e da língua, alterações do discurso. A
taquicardia e a hipertensão (ativação do sistema nervoso simpático) podem preceder
bradicardia e hipotensão, sinais de toxicidade grave.
A terapêutica consiste no tratamento específico da toxicidade dos AL e no SAV.
A prevenção e o tratamento das convulsões diminuem a possibilidade de acidose metabólica e
devem ser tratadas com benzodiazepinas. O propofol e o tiopental não são o tratamento ideal,
mas sim uma alternativa aceitável.
Tal como mencionado anteriormente, hipercapnia, hipoxia e acidose exacerbam a toxicidade
dos AL. Por este motivo, o manuseio da via aérea com objetivo de ventilação para obtenção de
um pH normal e otimização da oxigenação tecidular e a supressão da atividade convulsiva é
fundamental.
No caso de paragem cardíaca, deve iniciar-se SAV, mas com algumas ressalvas:
– se se utilizar epinefrina, as doses iniciais devem ser pequenas, de 10 a 100mcg cada bólus,
pelo risco de agravamento das disritmias
– não está recomendado o uso de vasopressina
– na presença de arritmias ventriculares, é preferível a utilização de amiodarona; o tratamento
com AL está contra-indicado.
Emulsão lipídica no tratamento da toxicidade dos AL
No tratamento da toxicidade por AL pode utilizar-se uma emulsão lipídica. Neste momento
existem duas apresentações: o Intralipid® 20% e o Medialipid®, cuja principal diferença é a
concentração de ácidos gordos de cadeias longas. Com a informação disponível atualmente, o
uso de Intralipid® é preferível em relação ao Medialipid®.
Deve considerar-se a administração da emulsão lipídica (o mecanismo de acção não está
totalmente esclarecido) logo após os sinais iniciais de toxicidade e o início das outras medidas
terapêuticas. Esta administração deve ser feita de acordo com:
ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA DE INTRALIPID 20%
Bólus inicial de 1,5 ml/kg, durante 1 minuto
Iniciar a perfusão a 0,25ml/Kg/min
Após cinco minutos, se não houver recuperação hemodinâmica:
Repetir bólus inicial (até ao máximo de 2 bólus com intervalo de 5 minutos)
Aumentar a perfusão para 0,5ml/Kg/min
Na eventualidade de paragem cardíaca induzida por anestésico local refractária às medidas terapêuticas
convencionais, e em simultâneo com manobras de reanimação cardiopulmonar, deve iniciar o seguinte
R
regime de Intralipid 20% por via endovenosa:
R
Intralipid 20% 1,5ml/kg em 1 minuto
Iniciar imediatamente perfusão a 0,25mg/kg/min
Repetir bólus inicial a cada 3 – 5 minutos (dose máxima de 3ml/Kg) até restabelecimento da
circulação
Manter perfusão contínua até estabilidade Hemodinâmica. Se diminuição da pressão arterial,
aumentar a velocidade de perfusão para 0,5ml/kg/min
Dose total máxima recomendada de 8/10ml/kg em 30 minutos
R
Utilizar frasco de 500ml de Intralipid 20% e seringa de 50ml
Retirar 50ml e administrar imediatamente, por via endovenosa. Repetir.
De seguida, colocar restante conteúdo do frasco para administração endovenosa por meio
de sistema de soro para correr em 15 minutos.
Repetir novamente o bólus inicial até duas vezes se não for restaurada circulação
espontânea.
Se usar Intralip para tratamento de toxicidade por anestésico local, por favor relate-o em
www.lipidrescue.org.