Cargas e Custos Humanos

Cargas e custos
humanos •
•
Ritmo circadiano
Alimentação
• Fadiga
Aline Kirsch Figueiredo • Monotonia
• Motivação
Aline Barcellos • Idade, sexo, necessidades especiais
José Andrei dos Santos • etc.
Liziara Àvila

Ritmo circadiano Ritmo circadiano

Orgãos e funções preparadas Matutinos X Vespertinos

para a produção

Picos: 12h 18h

Organismo preparado para
descanso e reconstituição de reservas de
energia

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Influências do ritmo circadiano
• A maior frequência de acidentes ocorre entre 2
e 4 horas da manhã.
• As curvas de produtividade se assemelham às
curvas fisiológicas.
Os turnos de trabalho
Caracterizado pela “continuidade da
produção e uma quebra da continuidade do
trabalho realizado pelo trabalhador” (Maurice,
1975)
Variações fisiológicas
• Durante a jornada de trabalho, há dois picos
máximos: entre 9h e 10h e entre 15h e 16h.
• Há um decréscimo gradativo atingindo um
mínimo durante o sono entre 2h e 4h.
• Pressão sanguínea, temperatura corporal,
excreção renal, quantidade de hormônios no
sangue, etc.
Exemplos
• Bombeiros
• Vigias noturnos
• Policiais
• Processamento de dados
• Hospitais
• Postos de gasolina
• Transportes Urbanos, Interurbanos
• Tele-comunicações
• Atendimento ao cliente
• Estabelecimentos de lazer
• Indústrias petroquímicas
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 “Adaptação” aos turnos
• Uma grande parcela dos trabalhadores em
turnos sofre com o desconforto e mal-estar
causados pelas jornadas de trabalho não
diurnas. Estas provocam, principalmente, a
dessincronização interna dos ritmos biológicos e
os conflitos na área social e doméstica.”
(Folkard, Minors & Waterhouse, 1985)
Fatores internos (Hildebrandt, 1986)
• Idade
• Sexo
• Estado de saúde
• Características da personalidade
• Ritmos biológicos
Fatores externos (Hildebrandt, 1986)
• Condições da habitação
• Problemas sociais
• Condições ambientais
• Condições organizacionais
• Satisfação com o trabalho
• Características do sistema de turnos
• Conciliação entre as várias atividades no
tempo de folga
Modelo dos mecanismos de doença em
trabalhadores em turnos(Knutsson, 1989)
3

Coping ao trabalho em turnos
• Fatores biológico-comportamentais
• Fatores do trabalho
• Fatores psicossociais
• Todos interagem entre si, e a resultante
final indica se a pessoa tolera ou não o
trabalho em turnos em determinado lugar
e período de tempo.
Alterações do ritmo biológico
• O organismo humano é fisiologicamente distinto
nos diferentes horários noturnos e diurnos, pois
as funções biológicas apresentam ritmos
determinados geneticamente.
• O trabalho em turnos, sendo um perturbador do
ritmo circadiano, tem certamente implicações
negativas em muitos dos processos biológicos
de auto-regulação.
Trabalho em turnos e riscos
ambientais
• No caso do trabalho em turnos, o próprio
horário não usual de trabalho pode constituir
um dos fatores causais para doenças.
• Há demonstrações de agravo dos efeitos das
exposições ambientais em função do horário
de ocorrência.
Desempenho/Acidentes
• Vários estudos evidenciaram aumento de erros
e acidentes em certos horários (Hildebrandt,
Rohmert & Rutnfranz, 1884) ou maior em
trabalhadores de turnos (Lavie, Kremerman &
Wiel, 1982).
• Perturbações do sono
• Incompatibilidade na realização de certas
atividades
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 Perturbações do sono Alterações Cardiovasculares
• Diminuição na duração do principal período de sono • Há um significativo aumento do risco relativo em
• Aumento da sonolência
desenvolver doenças cardiovasculares devido
• Aumento dos cochilos
• Diminuição da qualidade do sono
ao trabalho em turnos (Knutsson, 1989)
• Fatores ambientais (ruído, temperatura, etc)

• Distúrbios do sono podem trazer a insatisfação

no trabalho, problemas domésticos, pressão
mais elevada, e uso de mais
medicamentos(Lavie, 1989)

Alterações Gastrointestinais Alimentação

• A manifestação de distúrbios de apetite e • Principal fonte de combustível para
problemas gastrointestinais tem maior realização do trabalho;
incidência entre trabalhadores em turnos do
que em diurnos (Koller, 1983)
Atividades Gasto de energia
Leves 1,6kcal/min
Pesados
(agricultura e 15,2kcal/min
construção civil)

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 Alimentação Alimentação
• O homem gasta 20% a mais de • Se trabalhadores de países
energia que a mulher para realizar subdesenvolvidos fossem trabalhar
uma mesma tarefa; no mesmo ritmo dos desenvolvidos
teriam capacidade de suportar
• Aprendizes também gastam mais apenas duas horas de trabalho.
que os experientes.

ANTIGA TEORIA
Má nutrição Dano cerebral Retardo
RETARDOdesenv.
DESENV.
cerebral
INTELECTUAL
Alimentação
dano cerebral
NOVA às vezes reversível

TEORIA mínima
exploração BRASIL:
letargia do ambiente
• 53 milhões abaixo da linha da
crianças pobreza;
RETARDO aparentam RETARDO • 23 milhões de miseráveis;
MÁ DESENV. menos idade: DESENV.
DOENÇA baixa expectativa • 30 milhões no setor intermediário
NUTRIÇÂO MOTOR de seu desempenho INTELECTUAL

RETARDO
(engatinhar, andar) pelos adultos
• A diferença entre a renda dos 20%
CRESCIMENTO mais ricos e dos 20% mais pobres é
FÍSICO
falta de de 33 vezes.
recursos
educacional
e médico

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 Alimentação Alimentação
Assim:
Sem População:
dinheiro... Mal Maioria da população consegue
Nenhuma chance de
Sem nutrida...
escolas...
melhorar sua
capacidades física e
sobreviver (mal) com empregos que
Mal
Sem educada... cognitiva. exigem força física e pouca capacidade
hospitais.. Doente mental.

Alimentação Alimentação
Enquanto: • Em muitos casos, o almoço oferecido
na empresa é a primeira refeição do
Os novos postos de trabalho exigem funcionário;
cada vez mais aptidões cognitivas.
• Pode sofrer acidente devido à
sonolência e lentidão.

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 Alimentação
• É importante considerar as condições
nutricionais dos empregados e
colaborar para melhorar as condições
de ritmo e intensidade de trabalho nas
empresas.
Alimentação
Substâncias Estimulantes
Cafeína:
- Em doses moderadas (0,3 a 0,5g)
aumentam a vigilância, aliviam a
fadiga e reduzem o tempo de reação e
o apetite;
- Entretanto aceleram o ciclo cardíaco,
aumentam a temperatura corporal e o
consumo de oxigênio.
Alimentação
• A baixa produtividade não pode ser
solucionada apenas com a melhoria de
postos de trabalho;
• As condições físicas e mentais do
trabalhador são fatores de muito maior
peso.
Alimentação
Substâncias Estimulantes
Álcool:
- permite exercício de maior força
muscular;
- aumento do ritmo cardíaco;
- aceleração da transmissão dos
impulsos através das células nervosas;
- reduz o tempo de reação;
- reduz a inibição.
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 Alimentação
Substâncias Estimulantes
Álcool:
- Doses inferiores a 25g tendem a
aumentar a produtividade nos
primeiros trinta minutos iniciais;
- 0,25g por quilo de peso começa a
prejudicar o desempenho, aumentando
o tempo de reação e erros.
Folgas
• As folgas se dividem em:
– Folgas não relacionadas ao pessoal:
• Operacionais (limpeza de máquina, substituição
de ferramentas,etc.);
• no sistema (espera de suprimento, quebra de
máquinas,etc.).
– Folgas ligadas ao pessoal:
• por fadiga (recuperação física ou mental);
• Físicas ou higiênicas.
Pausas
• Para reduzir a fadiga, deve-se
utilizar folgas ou pausas durante a
jornada de trabalho.
Organização das pausas
• Não há regra geral sobre a duração e
quantidade de pausas durante a jornada.
• Alguns exemplos:
– Tarefas com exigência nervosa e de atenção:
• Pausas curtas e frequentes de 2 a 5 minutos.
– Trabalhos físicos pesados:
• Pausa igual ao tempo da atividade; trabalha 1
hora, descansa 1 hora.
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 Pausas prescritas ou livres? Pausas prescritas ou livres?
• Em geral, o melhor trabalho é aquele mais
Pausas Características da
rico, que engloba atividades diferentes,
atividade exige discernimento e criatividade.
• Neste caso, pausas pré-determinadas são
• Exemplos: elemento engessador e atrapalham o bom
– Cirurgião: não pode possuir pausas desempenho do trabalho.
pré-determinadas. – Exemplo: Setor de fechamento de um banco.
– Digitador: deve-se prescrever pausas de 10
minutos a cada 50 minutos.

Pausas X Autonomia

• Fonte:Jornal do Commercio do Rio de Janeiro

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Pausas livres são melhores que as
prescritas
• De acordo com a equipe de ergonomia do
LOPP/PPGEP/UFRGS a produtividade é
maior quando as pausas são a cargo do
trabalhador, pois reflete a confiança que a
empresa deposita no funcionário.

Dificuldades em estabelecer
pausas prescitas
• Funcionários começam a parar antes de
soar o alarme, antevendo a pausa.
• Podem atrapalhar trabalhos em
andamento.
• Uma vez acostumados com as folgas em
dado horário, dificilmente troca-se esse
horário sem uma forte reação dos
funcionários.

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 Rodízio como introdutor de
pausas
• Em trabalhos multifuncionais, as pausas
podem acontecer quando da troca de
postos no sistema.
• A multifuncionalidade é uma forma de
alargamento e enriquecimento do
trabalho, além de gerar alternância de
postura e descanso.
Tempo de ciclo e takt time
• Tempo de ciclo (TC): somatório dos
tempos das várias operações necessárias
para completar um ciclo de produção.
Segundo Shingo, o TC corresponde ao
tempo necessário para fazer uma peça.
• Takt time: divisão do tempo de trabalho
disponível por turno pelo volume de
demanda do cliente por turno.
Tempo de ciclo e takt time
• O modelo japonês de multifuncionalidade
calcou-se no treinamento de sua mão-de-
obra e na padronização das tarefas.
• Este modo é definido com base na
minimização de tempos ociosos e
maximização de tempos e movimentos
eficientes.
Tempo de ciclo e takt time
• Ghinato dá um exemplo:
Tempo de trab. Disponível=27000 s
Demanda: 455 peças por turno
Takt time: 59 segundos
Ou seja, a cada 59 segundos, um cliente está
comprando o produto
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 Tempo de ciclo e takt time
Takt time/ tempo de ciclo = número de postos a serem acionados
• O número de postos não necessariamente
indica o número de trabalhadores, pois a
capacidade do trabalhador pode ser menor ou
maior do que é exigido em cada posto.
Ergonomia x Tempo de ciclo
• Aumento da demanda=maior ritmo de
trabalho=DORT’s(distúrbios
osteomoleculares relacionados ao
trabalho).
• Para atender a demanda utilizam horas
extras ou inserem novos turnos, ao invés
de aumentar o número de pessoas no
sistema

Padronização do modo de
Ergonomia x Tempo de ciclo
operação
• A ergonomia pode ajudar a definir um
tempo de ciclo que satisfaça o trabalhador
É comum que as pessoas adotem
e a gerência.
certas preferências na maneira
• Além disso, deve coibir os operadores que
“querem trabalhar muito rápido para
como vão atuar e sintam-se
garantir a produtividade”, pois isso gerará desconfortáveis com o modo de
doenças nesse trabalhador e estoque em operação imposto.
processo.

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 Padronização do modo de
operação
O tempo de ciclo de produção
desejado pelos gerentes pode ser
garantido mesmo que os operadores
adotem diferentes modos de operação.
Os indivíduos não produzem menos
por estarem adotando posturas
diferentes do prescrito.
Alargamento e enriquecimento
do trabalho
ALARGAMENTO: mudanças
quantitativa, acrescenta ao trabalhador
outras tarefas de complexidade
semelhante.
ENRIQUECIMENTO: mudanças
qualitativas, aumenta a
responsabilidade, auto-realização e dá
chance ao crescimento.
Padronização do modo de
operação
Forçar o trabalhador pode gerar
problemas de saúde (estresse ou
biomecânico), resultando em
custos tanto para o indivíduo
quanto para a empresa.
Alargamento e enriquecimento
do trabalho
O alargamento e enriquecimento são
formas de reduzir a insatisfação,
monotonia, repetitividade, doenças e
erros.
Mais do que doenças, o sistema
taylorista-fordista gera um vazio no
trabalhador.
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Alargamento e enriquecimento
do trabalho
O enriquecimento, a
multifuncionalidade, o rompimento da
fixação e isolamento do ser humano
no posto são a base para um sistema
de produção flexível.
Seleção de Pessoal
Existem diferenças entre as pessoas e
estas se manifestam na capacidade e
habilidade.
O treinamento (experiência) melhora a
capacidade, mas não pode ser suficiente
para equipara a qualidade do trabalho de
duas pessoas.

Seleção de Pessoal

Fatores psíquicos, cognitivos e físicos levam

as pessoas a uma melhor adaptação a um
determinado tipo de trabalho.
O processo de seleção serve para identificar
as pessoas que tenham características
individuais mais adequadas para
determinadas tarefas.

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