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ZDP de Vygotsky na prática

Como a técnica “Peer Instruction” de ensino e aprendizagem


coloca os alunos a favor da (sua própria) educação?

Sandro George Luciano Prass


Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática
Universidade de Caxias do Sul
Caxias do Sul, RS, Brasil
prof.sandroprass@gmail.com
2013

Segundo Vygotsky a aprendizagem é produzida a partir de uma Zona de


Desenvolvimento Atual (ZDA) até alcançar os limites de autonomia possível a partir desta
base, definidos pela Zona de Desenvolvimento Próximo (ZDP).
E é nessa faze que torna-se indispensável a presença de um mediador, seja ele um
objeto, uma ferramenta, um experimento, a conversa com um colega, um professor, um
adulto, enfim, alguém mais preparado, para que ocorra a compreensão significativa deste
conhecimento.
Para Vygotsky, as potencialidades do indivíduo devem ser levadas em conta durante o
processo de ensino-aprendizagem. Logo, a partir do contato com uma pessoa mais experiente
as potencialidades do aprendiz são transformadas em situações que ativam esquemas
processuais cognitivos ou comportamentais, e este convívio produz no indivíduo novas
potencialidades (axpanção da potencialidade), num processo dialético contínuo.

O desafio de transformar conhecimentos da DZP em conhecimentos da ZDA

Como facilitar a aprendizagem, à luz de Vygotsky, neste contexto construtivista e


interacionista?

Uma possibilidade que vem sendo mundialmente testada e vem se mostrando bastante
eficiente neste contexto de ensino construtivista e interacionista é a técnica do Peer
Instruction - Instrução pelos Colegas. Criada por Eric Mazur, professor de Física na
Universidade de Harvard, que consiste em um método de ensinar que "devolve" aos alunos a
necessidade de estudar os conteúdos da aula seguinte.

O Peer Instruction rompeu com a ideia, adotada em todo o mundo, de que "as aulas de
ciências são transferência de informação". Retirou a transferência de informação da sala de
aula dizendo aos alunos, por exemplo, coisas tão simples como estudarem um assunto em
casa para posteriormente o discutirem na aula. Recorrendo à chamada aprendizagem
conceitual, faz com que os alunos se tornem os seus próprios professores.

O professor é o orientador, o mediador: "Ensinar é


apenas ajudar a aprender e é esse papel do professor".

Assim, decidi que a primeira


coisa que iria fazer seria retirar a
transferência de informação da sala
de aula. Agora digo aos meus alunos
que estudem um assunto em casa para
posteriormente o discutirmos na aula.

O Método

1º Propor um assunto a ser pesquisado e estudado pelos alunos para a próxima aula.
2º Na aula seguinte, o professor faz uma breve introdução no tema da aula (no máximo
5 minutos) e é proposta uma pergunta (um teste conceitual).

3º Os alunos tem 1 minuto para pensar sobre a


pergunta e em seguida devem votar na opção que
considera correta. Com o uso de um cartão com letras
ou cores diferentes ou os dedos quando as opções
forem numeradas de um a cinco.
4º Depois da observação das respostas
dadas pelos alunos, cada aluno deve tentar
convencer o seu colega de equipe de que a sua
resposta está certa, deve tentar persuadi-lo. A
discussão leva em torno de 3 minutos.
Nesta etapa é comum ver que um aluno consegue
explicar melhor um conceito a um outro aluno do
que o próprio professor.

5º Após as discussões os alunos votam novamente e normalmente a quantidade de


respostas corretas aumenta espantosamente.

Já estamos aplicando essa técnica no Colégio Regina Coeli em Veranópolis – RS e no


Colégio Murialdo em Caxias do Sul – RS, em aulas de Física do ensino médio e da oitava
série do ensino fundamental.
Após fazer uso desta técnica pelo menos cinco vezes, percebemos que os alunos estão
ficando cada vez mais a vontade para participar das discussões, que se tornam cada vez mais
epistemológicas inclusive. Pois os alunos estão querendo saber cada vez mais a origem dos
conceitos estudados, como que a ciência chegou a ele.
Introduzimos também experimentos como forma de introdução à técnica, algo não
citado até o momento pelo professor Eric e que funcionou muito bem e motivou ainda mais
os alunos para as discussões e reflexões. Os experimentos foram introduzidos em aulas de
Física sobre a Inércia no 1º ano e sobre o Teorema de Steven, Pascal e Arquimedes no 2º ano.
Penso que até mesmo um breve filme, de poucos minutos, possa fazer uma excelente
introdução ao processo do Peer Instruction.

Peer Instruction no Brasil

No primeiro semestre do ano de 2012, após meses de estudo, a metodologia ativa de


aprendizagem denominada “Peer Instruction” começou a ser aplicada aos alunos do UNISAL
- Centro Universitário Salesiano de São Paulo, unidade de Lorena - SP. Participaram no
primeiro semestre do projeto os professores e turmas dos Cursos de Direito, Pedagogia e
História.
Bibliografia

http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/revistas/26_1/entrevista.pdf, visitado e baixado em 11/04/2013.


http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/61863 , http://hdl.handle.net/10183/61863, visitado
em 11/04/2013.
http://www.news.harvard.edu/gazette/2006/02.23/05-eclassroom.html, visitado em
15/05/2013.
http://www.pogil.org/resources/implementation/hspi-implementation-guide/stage-1-shifting-
to-a-student-centered-classroom, visitado em 05/05/2013.
http://twicsy.com/i/P9NGjc, visitado em 25/05/2013.
http://amcompton101.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html, visitado em 25/05/2013.
http://www.nsf.gov/od/lpa/news/03/pr03147.htm, visitado em 26/05/2013.
http://www.peerinstruction.com.br/pesquisas-e-resultados/2012-2/relatorio-primeiro-
semestre2012, visitado em 20/05/2013.

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