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INTRODUÇÃO
ANEXO
Introdução
Crise Empresarial
Econômica
Financeira
• Insuficiência de Liquidez
• Escassez de Crédito no Mercado Financeiro
• Dificuldade na renegociação de dívidas
Patrimonial
(+) Receita
(-) Custos
(+) Depreciação
*
(-) Juros
(-) Amortização
(-) Investimentos
Usualmente, empresas se endividam para financiar seu ciclo produtivo, sejam eles bens ou serviços.
Evitando utilizar capital próprio, capital de terceiros são utilizados
nos processos produtivos, onde os recursos gerados por esses
investimentos serão utilizados para o pagamento da dívida.
Injeção de capital
Reestruturação de Passivos – Efeito multiplicador da alavancagem alta
Excesso de alavancagem
Insolvência
Reestruturação de Passivos – Operacionalização
Excesso de alavancagem
▪ No caso da repactuação financeira, a solução pode
São opções: ser desde o alongamento da dívida à renegociação
da taxa de juros, diminuindo o passivo mensal e
Venda de ativos
aliviando o caixa da empresa;
▪ É importante que a solução encontrada não impeça a
Aporte de sócios
empresa de exercer suas atividades operacionais,
Renegociação com as permitindo-a seguir com sua geração de receitas;
Instituições Financeiras ▪ Caso não ocorra acordo entre os credores e a
empresa, medidas judiciais podem ser tomadas.
Lei de Falência e Recuperação Judicial
SEÇÃO 1
Lei de Falência e Recuperação Judicial
Princípios Basilares
Recuperação Judicial
Modalidades de Procedimento Recuperação Extrajudicial
Abrangidos pela Lei
Falência
• Lei autoriza qualquer outro tipo de acordo privado entre devedor e credores
Lei 11.101/2005 – Incidência da Lei
• Sociedades Simples não se sujeitam à Lei de Falências, dada a sua natureza civil e atividade não empresária.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária
ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa.
▪ O que configuraria elemento de empresa? Enunciado 193, da Jornada de Direito Civil III
• Organização Empresarial (capital, mão de obra, insumos e “O exercício das atividades de natureza
A Recuperação Extrajudicial é um acordo realizado fora da esfera judicial, mas que deve ser homologado pelo
judiciário para obrigar credores aos termos acordados.
Vantagens Desvantagens
▪ O plano de recuperação extrajudicial poderá compreender o valor total ou parcial dos créditos de determinada espécie,
abrangendo uma ou mais espécies de crédito.
Formas de Parcelamento
• Opção A: pagamento de 100% do crédito abrangido pelo plano, pelo sistema cash sweep, contra o oferecimento, pelo
credor, de linha de crédito de no mínimo 30% do valor a receber. Pagamento sem período de carência e amortização
anual, juros de 2,75% ao ano, pagos na mesma data de pagamento da parcela de amortização, e correção monetária
anual pela TR.
• Opção B: pagamento de 60% do crédito abrangido, sem submissão ao sistema cash sweep, contra o oferecimento, pelo
credor, de linha de crédito de no mínimo 30% do valor a receber. Carência de 24 meses e pagamento em 72 parcelas
mensais, vencendo-se a primeira após o fim do período de carência. Juros de 1% ao ano, pagos todo dia 30 do mês de
junho e correção monetária anual pela TR.
• Opção C: pagamento de 100% do crédito abrangido, sem submissão ao sistema cash sweep, contra o oferecimento, pelo
credor, de linha de crédito de até R$ 120.000.000,00. Pagamento de juros e principal em 101 parcelas, sem carência.
• Opção D: pagamento de 40% do crédito abrangido pelo plano pelo sistema cash sweep. Pagamento do principal após a
quitação das opções A e B e amortização dos juros todo dia 30 de junho. Juros de 1% ao ano e correção monetária anual
pela TR.
• Opção E (exclusiva para Credores Marketing): pagamento sem desconto e carência em 36 parcelas. Juros de 100% de
variação acumulada das taxas médias diárias de DI e possibilidade de aceleração de pagamento de 10% do crédito a
cada novo contrato.
• Classe F (exclusiva para Credores Transporte): pagamento sem desconto e carência em até 12 parcelas mensais. Juros de
1% ao ano e correção pela TR.
Recuperação Judicial
SEÇÃO 3
Recuperação Judicial – Pedidos requeridos desde o inicio da Lei
2.000
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Conceito
• A Recuperação Judicial é uma medida legal para recuperar empresa em dificuldade econômico-
Objetivo
Art. 47. “A Recuperação Judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-
financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e
dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo
à atividade econômica”.
Recuperação Judicial – Vantagens e Desvantagens
Vantagens Desvantagens
Exercício regular das suas atividades há mais de 2 Não ter obtido concessão de Recuperação Judicial
anos; há menos de 5 anos.
Não ser falido ou que as responsabilidades já Não ter sido condenado ou não ter, como
tenham sido extintas; administrador ou sócio controlador, pessoa
condenada por qualquer crime falimentar.
Recuperação Judicial – Características Gerais
Nomeado Administrador Judicial (PF ou PJ) para fiscalizar os atos e garantir que o plano de
2 recuperação judicial seja cumprido;
Suspensão, por 180 dias, de todas as ações contra o devedor, excetuadas aquelas que não forem
4 líquidos o valor devido; execuções fiscais e ações trabalhistas até a apuração do crédito perante a
Justiça do Trabalho.
Recuperação Judicial – Créditos e Credores
Créditos Sujeitos
• Tributário;
• Garantidos por cessão e alienação fiduciária;
• De arrendamento mercantil;
• A Jurisprudência Pátria tem entendido pela manutenção na posse do devedor dos bens gravados com alienação
fiduciária, se tais bens forem essenciais à continuação das atividades da empresa.
Recuperação Judicial – Créditos e Credores
Classes de Credores
1. Trabalhistas;
2. Garantia real;
• Concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
• Substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação dos seus órgãos administrativos;
• Constituição de SPE;
* Exceto quando o arrematante for: a) sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido; b)
parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do falido ou de sócio da
sociedade falida; ou, c) identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão.
Recuperação Judicial – Período de Superintendência
Período de Superintendência
• O devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano
que se vencerem até 2 anos depois da concessão da recuperação judicial.
a) Acarretará a convolação da recuperação em falência (art. 73, IV). Nesta situação os credores voltam ao
status quo, descontados pagamentos eventualmente realizados.
Encerramento
Cumprida as obrigações vencidas no prazo, o juiz decretará por sentença o encerramento da Recuperação Judicial
e determinará:
Credores Extraconcursais
Representavam 77%
Relação de Credores
Após deferimento do pedido de recuperação judicial, além da suspensão das execuções, conseguimos liminar de
manutenção da posse dos automóveis com alienação fiduciária, garantindo a geração de caixa da empresa.
Na época, a manutenção da posse de bens alienados, porém essenciais à operação, não era matéria pacífica.
Valor original, 6 meses de carência, 54 parcelas sucessivas e crescentes acrescidas de100% do CDI:
• Quirografários:
Desconto de 90% sobre o principal, sendo a primeira 90 dias após a aprovação do plano.
• Extraconcursais:
Não abrangidos pelo Plano, mas houve negociação posterior com desconto de 80% sobre o valor do principal.
Anexo A
Recuperação Extrajudicial – Requisitos necessários à homologação do plano recuperação
Art. 48 Lei 11.101/2005
Exercício regular das suas atividades há mais de 2 Não ser falido ou que as responsabilidades já
anos; tenham sido extintas;
Não ter obtido concessão de Recuperação Judicial Não ter sido condenado ou não ter, como
há menos de 5 anos; administrador ou sócio controlador, pessoa
condenada por qualquer crime falimentar.
Não estiver pendente pedido de recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação
extrajudicial há menos de 2 anos. (§3º Art. 161, Lei 11.101/2005)
O devedor pode propor o plano a qualquer um dos credores, desde que não haja impedimento legal. Contudo,
o plano só poderá ser homologado pelo Judiciário, se presentes todos os requisitos listados acima.
Recuperação Extrajudicial – Homologação do plano
▪ Para fins exclusivos do percentual de 3/5 previstos, considera-se (Art. 163, §3º):
I - o crédito em moeda estrangeira será convertido para a moeda nacional pelo câmbio da véspera da data de assinatura do plano; e
II - não são computados os créditos detidos pelas pessoas relacionadas no art. 43, quais sejam:
“sócios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sócio ou acionista com
participação superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sócios detenham
participação superior a 10% (dez por cento) do capital social”
▪ Estando em termos o pedido de homologação, o juiz determinará a publicação de edital convocando todos os
credores do devedor a apresentarem impugnação ao plano, num prazo de 30 (trinta) dias contados da referida
publicação (Art. 164, §2º).
▪ O credor só poderá alegar: a não aprovação do plano por mais de 60% dos créditos de cada espécie, a prática
de atos fraudulentos com intenção de prejudicar credores e/ou o descumprimento de qualquer outra exigência
legal.
Recuperação Extrajudicial – Observações importantes
▪ O plano não poderá contemplar a antecipação de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que não
estejam a ele sujeitos. (Art. 161, §2º)
▪ Em caso de alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou a substituição somente
serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da garantia. (Art. 163, §4º)
• A lei não fixa qualquer prazo para suspensão, podendo ser utilizado o mesmo prazo de 180 dias da Recuperação
Judicial;
• Na hipótese de descumprimento do plano, pode ser requerida a falência do devedor.
Recuperação Extrajudicial – Observações importantes
▪ O plano vincula as partes, sendo vedada aos credores a possibilidade de arrependimento, salvo na hipótese
de anuência expressa dos demais signatários. (Art. 161, §5º)
▪ A sentença de homologação do plano de recuperação extrajudicial constitui título executivo judicial e seus
efeitos poderão ser aplicados independentemente do julgamento de qualquer recurso. (Art. 161, §6º)
▪ O plano de recuperação extrajudicial só produz efeitos após a homologação judicial, contudo poderá produzir
efeitos anteriores à homologação desde que, exclusivamente, em relação à modificação do valor ou forma de
pagamento dos credores signatários. (Art. 165, §1º)
Recuperação Judicial – Assembleia de Credores Judicial
• O juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção pelo credor ou tenha sido
aprovado pela assembleia geral de credores.
• O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação de todos os credores,
desde que, na assembleia de geral de credores tenha obtido, de forma cumulativa:
(i) o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à
assembleia, independentemente de classes;
(ii) a aprovação de duas das classes de credores ou, caso haja somente duas classes com credores votantes, a
aprovação de pelo menos uma delas;
(iii) na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 os credores, computados da seguinte
forma: aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à
assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes, e em relação a classe dos titulares
de créditos trabalhistas e acidentes de trabalho, aprovado pela maioria simples dos credores presentes,
independentemente do valor de seu crédito.
Recuperação Judicial – Requisitos da Petição Inicial
3. Relação nominal dos credores, classificação dos créditos e indicação dos registros contábeis das transações
pendentes;
4. Relação integral de empregados, com indicação de funções e salários a que tenham direito;
3. A suspensão de todas as ações contra o devedor que possuírem valor líquido, pelo prazo de 180 dias;
• Após o deferimento do processamento, o devedor não pode desistir da Recuperação Judicial, salvo com aprovação da
Assembleia de Credores (art. 52, §4º).
Recuperação Judicial – Plano de Recuperação Judicial
Art. 53. O Plano de Recuperação Judicial será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta)
dias contados da publicação que deferir o processamento da Recuperação Judicial, sob pena de convolação em falência, e
deverá conter:
✓ Discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a serem empregados, conforma art. 50, e seu resumo;
✓ Laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente
habilitado ou empresa especializada.
✓ Prazo superior a um ano para pagamento dos créditos derivados da legislação trabalhista ou
acidente do trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial; e
✓ Prazo superior a trinta dias para pagamento, até o limite de cinco salários mínimos por trabalhador,
dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos três meses anteriores ao pedido de
recuperação judicial.
Recuperação Judicial – Objeção ao Plano Judicial
Objeção ao Plano
• Qualquer credor em prazo de 30 dias, contados da publicação da relação de credores (art. 55).
1. Será convocada Assembleia Geral de Credores para deliberar sobre o plano de recuperação, em prazo
2. O plano poderá sofrer alterações, desde que haja expressa concordância do devedor e que não diminua