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DISPÊNDIO; INFLAÇÃO E SISTEMA

FINANCEIRO

2015
SUMÁRIO

1. SISTEMA FINANCEIRO ......................................................................................................... 4

1.1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL................................................................................ 4

2. DISPÊNDIO........................................................................................................................... 5

2.1. FLUXO DE DISPÊNDIO .................................................................................................. 5

2.2. DISPÊNDIO DE CAPITAL ............................................................................................... 9

2.3. CUSTO .......................................................................................................................... 9


2.3.1. CUSTO FIXO ........................................................................................................ 10
2.3.2. CUSTO VARIÁVEL ................................................................................................ 10
2.3.3. CUSTO DIRETO .................................................................................................... 10
2.3.4. CUSTO INDIRETO ................................................................................................ 11

3. INFLAÇÃO .......................................................................................................................... 11

3.1. INFLAÇÃO DE DEMANDA ........................................................................................... 12

3.2. INFLAÇÃO DE CUSTO ................................................................................................. 12

3.3. REFLEXOS DA INFLAÇÃO NA ECONOMIA................................................................... 13


3.3.1. DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA DO PAÍS ............................................................. 13
3.3.2. ALTA DO DÓLAR E AUMENTO DOS PREÇOS DE IMPORTAÇÃO .......................... 13
3.3.3. DIMINUIÇÃO DOS INVESTIMENTOS NO SETOR PRODUTIVO ............................. 14
3.3.4. CLIMA ECONÔMICO DESFAVORÁVEL ................................................................. 14
3.3.5. AUMENTO DA ESPECULAÇÃO FINANCEIRA ....................................................... 14
3.3.6. ELEVAÇÃO DA TAXA DE JUROS ........................................................................... 14
3.3.7. AUMENTO DO DESEMPREGO............................................................................. 15

4. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 15
Economia: aquisição do barril de uísque de que não precisamos pelo preço
da carne de vaca que não nos podemos dar ao luxo de comprar. (Bierce, Ambrose
Gwinett1).

1
Foi um crítico satírico, escritor e jornalista estadunidense, particularmente conhecido pela sua obra O Dicionário do Diabo. Definia que
"sozinho" era estar em "má companhia".
1. SISTEMA FINANCEIRO

O sistema financeiro tem como finalidade transferir os recursos dos investidores para o
setor de consumo. É definido basicamente pelas operações de compra, venda ou troca de
ativos financeiros. Sendo constituído pelos mercados, pelas instituições financeiras e pelos
órgãos reguladores do sistema.
Segundo Franklin Allen e Douglas Gale 2 , "sistemas financeiros são cruciais para a
alocação de recursos em uma economia moderna. Eles canalizam as poupanças das famílias
para o setor produtivo e alocam fundos de investimento entre as firmas."

1.1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

De acordo com o artigo 192 da Constituição Federal (1988), “O sistema financeiro


nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir
aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre
a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram”.
A função do Sistema Financeiro Nacional (SFN) é a de regulamentar, fiscalizar e executar
as operações necessárias à circulação da moeda e do crédito na economia. Pode ser dividido
em dois subsistemas:

SUBSISTEMA NORMATIVO: que definem as regras e diretrizes de funcionamento,


compostos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN); pelo Banco Central do Brasil (BACEN);
a Comissão de Valores Mobiliários (CVM); o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e
o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

SUBSISTEMA OPERATIVO: tem como função operacionalizar a transferência de recursos


entre fornecedores de fundos e os tomadores de recursos, regidos pelo sistema normativo.
Em sua composição temos as instituições financeiras bancárias e não-bancárias, o Sistema

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Professores, autores do livro “Comparing Financial Systems”.

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Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), além das instituições não financeiras e
auxiliares.

2. DISPÊNDIO

O dispêndio, em vias gerais é definido como gasto, despesa ou consumo; o valor que se
gasta; aquilo que se consome: dispêndio de dinheiro público; despesa exagerada; prejuízo;
dano. Logo, em economia, pode-se definir dispêndio como um gasto, mas não
necessariamente como algo prejudicial ou danoso, uma empresa, por exemplo, pode adquirir
um produto que tenha um valor elevado (dispendioso), mas que será utilizado para agregar
valor ao produto por ela desenvolvido e que trará um resultado positivo em longo prazo,
reduzindo custos de produção, por exemplo, neste caso, podemos classificá-lo como
dispêndio de capital.

2.1. FLUXO DE DISPÊNDIO

Empresa é uma atividade econômica organizada. Para produzir bens e serviços as


empresas precisarão agregar fatores de produção. São basicamente três: o fator trabalho,
caracterizado pela mão-de-obra e a logística da produção, o fator capital, que compreende
não só dinheiro, mas aquilo que é comprado com ele, e o fator dos recursos naturais.

FAMÍLIAS -> FATORES DE PRODUÇÃO -> EMPRESAS


EMPRESAS -> BENS E SERVIÇOS (PIB) -> FAMÍLIAS.

As famílias consomem os bens e serviços das empresas, e fornecem a mão-de-obra (um


dos fatores de produção) para elas.
Quando há uma equivalência entre os bens e serviços que as empresas fornecem aos
fatores de produção que as famílias fornecem tem-se uma economia equilibrada, em que tudo
o que se produz é consumido.
Levando-se em conta o fluxo monetário, fica assim:

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FAMÍLIAS -> CONSUMO -> EMPRESAS
EMPRESAS -> FORNECEM SALÁRIOS, RENDA -> FAMÍLIAS

O denominador comum dos bens e serviços é o dinheiro.


PIB = RENDA = DISPÊNDIO
PIB: bens e serviços.
RENDA: massa de salários, de juros que as empresas pagam pelo uso dos fatores de
produção.
RENDA = CONSUMO + POUPANÇA + TRIBUTOS.
DISPÊNDIO: para onde vão os bens e serviços. Destino do produto (CONSUMO).
DISPÊNDIO = CONSUMO + INVESTIMENTOS + GASTO PÚBLICO.
Produto é igual a renda porque tudo que é agregado vem da renda. A renda é a
expressão monetária dos titulares dos fatores de produção.
É importante ressaltar que nem todos os bens e serviços que se produzem em uma
economia (PIB) necessariamente precisam ser consumidos (DISPÊNDIO). Podem ser
reservados e utilizados para melhorar e ampliar a atividade produtiva das empresas. Os bens
e serviços que não são consumidos devem servir para INVESTIMENTOS.
Uma parcela dessa renda vai ser destinada ao consumo e outra para a poupança. O
dispêndio descreve o que acontece com esses bens e serviços, que podem ser utilizados para
consumo ou para investimento. A parcela da renda que vai ser usada para investimento é
poupança.
RENDA = DISPÊNDIO.
POUPANÇA = INVESTIMENTO.
As economias equilibradas não crescem. Esse tipo de economia é marcante nas regiões
mais pobres e primitivas.
O desafio da economia é justamente fazer com que a parcela de renda que não se
transforma em consumo, portanto, a poupança chega até as empresas para ampliar sua
capacidade de produção.

POUPANÇA -> EMPRESA II -> EMPRESA I

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A poupança vai permitir que a EMPRESA II produza bens de produção que serão
utilizados pela EMPRESA I. Essa EMPRESA II também pode ser o sistema financeiro. Nesse
caso, as famílias guardariam dinheiro na poupança de bancos que vai ser utilizado pelos
bancos para conceder financiamentos e empréstimos a empresa I. As famílias também podem
tornar-se acionistas diretas das empresas I.
A poupança pública, que são as reservas do Estado, é uma equação da diferença do que
se arrecada (tributos) e o que se gasta (- gasto público).
Quando o gasto público é maior do que o que se arrecada tem-se um déficit econômico.
– A capacidade do governo de aumentar os tributos e/ou de cortar gastos públicos
como medidas para reduzir esse déficit é muito rígida. É necessário planejamento e não se faz
do dia para a noite. Por exemplo, os tributos têm o princípio da anualidade. Se os tributos são
aumentados, só passa a valer o aumento no ano seguinte. Além dessa limitação jurídica, há
também a econômica. Se aumentar os tributos sobre um produto, seu preço sobe e o
consumo cai, o que acaba por neutralizar a ação, podendo ser até contraproducente. No caso
do gasto público, não se consegue cortar salários ou demitir funcionários públicos do nada.
Pode-se até arrochá-los, deixando a inflação consumir.
– Assim, o governo terá que pegar empréstimos dos bancos, onde estão as poupanças
do setor privado, ou externamente. Esse financiamento do déficit público pelas poupanças
privadas tem que ser voluntário. O aspecto negativo da poupança ser absorvida pelo governo
é que reduz o investimento do setor privado.

Para um leigo, despesas, gastos e custos significam, na maioria das vezes, a mesma coisa:
um dispêndio. Quando o estudante de Ciências Contábeis ou outra área semelhante aprende
que há diferenças entre esses três termos, um dos maiores problemas, em geral, é fazer a
distinção entre os mesmos.
De fato, gasto é todo dispêndio financeiro, todo sacrifício que uma entidade arca para a
aquisição de um bem ou serviço. O conceito de gasto é bastante amplo. Entre alguns exemplos
de gastos, podemos citar a aquisição de máquinas, equipamentos, veículos, móveis,
ferramentas, etc. Um gasto pode se transformar num investimento que, sucessivamente, se
torna um custo e uma despesa.
Custo é o gasto, ou seja, o sacrifício financeiro que a entidade arca no momento da
utilização dos fatores de produção para a realização de um bem ou serviço. Os custos podem

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ser entendidos conforme o segmento da entidade. No comércio, a aquisição de mercadorias
é o custo, já na indústria, ele é entendido como a aquisição de matérias-primas, insumos e
mão-de-obra na produção de um bem.
As despesas estão relacionadas com os gastos usados para a obtenção de receitas. São
entendidos como despesa, os gastos com salários, aluguel, telefone, propaganda, comissão
de vendedores, entre outros.

Macroeconomia (analisa a economia como um todo) à política monetária (controle da


moeda) política fiscal (controle dos gastos do governo.

POLÍTICA MONETÁRIA: controlar a moeda é um instrumento poderoso de controle da


política econômica. É um tipo de política econômica que os Estados podem se utilizar.
POLÍTICA FISCAL: cuida do caixa do Estado, do que se gasta e do que se arrecada. Matéria
de direito tributário (arrecadação) e direito financeiro (gasto público). É um instrumento de
intervenção na macroeconomia porque quem gasta mais no Brasil é o Estado, e qualquer
mudança no orçamento da união altera toda a atividade econômica do país. Assim, a política
fiscal pode ser apenas um meio de regulação do que se gasta e arrecada, ou também um meio
de intervir macroeconomicamente.

Microeconomia à política industrial e regulação (procura corrigir as falhas de mercado).

POLÍTICA INDUSTRIAL: é um instrumento da microeconomia porque está voltada


a setores específicos. Por exemplo, hoje há uma preocupação em se estimular o
desenvolvimento tecnológico de fármacos no Brasil (é um setor específico). O fomento
econômico nesses setores vai se dar por meio de benefícios fiscais (tributação mais baixa. Ex:
Zona Franca de Manaus) e concessão de crédito aos industriais com juros subsidiados (Ex:
BNDS -> fornece empréstimos a juros inferiores ao que o mercado financeiro cobra e que o
governo paga para sustentar o BNDS). Assim, percebe-se que há uma intersecção entre
política industrial e política fiscal, de forma que a política industrial pode ser utilizada pela
fiscal para produzir efeitos no contexto macroeconômico).

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REGULAÇÃO: ajustes por meio de normas para setores da economia com vistas a corrigir
falhas de mercado.
Não há um ajuste natural na economia capitalista. Os problemas econômicos no
contexto do capitalismo, como recessão, não se resolvem sozinhos e naturalmente. O Estado
deve intervir.
Num contexto de recessão, o foco da política monetária vai ser facilitar o acesso aos
meios de pagamento, através de um viés expansionista. Vai-se acionar o agente mais influente
na economia, o Estado, para tomar medidas, tais como: aumentar crédito com menos juros,
estimular empréstimos, aumentar o gasto no orçamento-corrente (do dia-a-dia) e no
orçamento-investimento (gasto excepcional) e reduzir tributos.
Não é muito eficaz no contexto de recessão expandir a folha de pagamento. Isso porque
quando há um aumento abrupto da renda a tendência das pessoas é guardar o que aumentou,
visto que seu padrão de consumo não aumenta do nada e na mesma proporção tão
rapidamente.
Num contexto de inflação, vai-se fazer o oposto do que na recessão. O Estado vai
procurar reduzir o gasto público, aumentar a taxa de juros para desestimulas os empréstimos,
restringir a base monetária, aumentar a tributação, etc.

2.2. DISPÊNDIO DE CAPITAL

Dispêndio efetuado para a compra de bens adicionais do ativo fixo, que aumenta
a capacidade e a eficiência dos que já existem. Também conhecido como investimento de
capital, quando a intenção é beneficiar o futuro, contrastando com dispêndio de receita, que
cai dentro do exercício contábil corrente.

2.3. CUSTO

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Custo é uma certa quantidade em recursos financeiros correspondentes a aquisição de
bens materiais e imateriais, trabalho e serviços consumidos pela empresa, necessários à
produção de seus bens e serviços, bem como as despesas que são realizadas para a
manutenção de instalações e equipamentos e para a realização das funções administrativas.
A análise dos fundamentos do sistema de custeio de uma organização leva a uma
avaliação de todos os dispêndios que constituem o valor de suas aquisições e, ao mesmo
tempo, de sua correta aplicação, pois que eles estão intimamente ligados com o êxito do
planejamento empresarial. A “qualidade” dos custos (diretos, custos indiretos, custos fixos e
custos variáveis) está integrada à realização de uma obra lucrativa.
A palavra custo geralmente está atribuída aos dispêndios de uma maneira geral, em
suma, podemos dizer que são os custos aplicados na empresa que geram suas receitas.

2.3.1. CUSTO FIXO

Custos fixos são os custos que se mantém estáticos (que não se alteram) seja qual for o
volume de Produção da Empresa.
Os custos fixos são fixos em relação à produção estabelecida; entretanto, podem variar
em função de outros fatores que não dependem da produção. Os custos fixos existem mesmo
que não haja produção.

2.3.2. CUSTO VARIÁVEL

Os custos variáveis tem seus valores alterados em função do volume de produção,


eles aumentam na medida em que a produção, a revenda de mercadorias ou os serviços
prestados também aumentam; isto porque, os custos variáveis podem ser considerados como
custos diretos, por variarem na mesma medida que a produção, a revenda de mercadorias ou
dos serviços prestados, respectivamente.

2.3.3. CUSTO DIRETO

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Os custos diretos têm a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira
objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais (produtos), individualmente
considerados.
Os custos diretos constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com
respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção dos
mesmos, mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição é
necessário para determinar estes custos. Portanto, podemos definir um custo direto como o
custo individual de um produto.

2.3.4. CUSTO INDIRETO

Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função
de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados aos portadores
finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas,
como mão-de-obra indireta, rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com
energia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc.
Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios de
rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a
parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido,
como aquele custo que não pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto,
linha de produto, centro de custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou
parâmetros para atribuição ao objeto custeado.

3. INFLAÇÃO

O fenômeno inflacionário se caracteriza basicamente por um aumento dos preços.


Entretanto, em termos macroeconômicos, o aumento do preço de um produto normalmente
não gera impactos significativos na economia. Assim, a inflação reflete um aumento
generalizado e contínuo do nível de preços.

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Economistas procuram medir a inflação através de índices, principalmente com uma
média ponderada dos preços dos principais produtos da economia, aqueles que são mais
consumidos.
Quanto mais baixo o índice de inflação, mais estável é a economia devido a estabilização
dos preços.

3.1. INFLAÇÃO DE DEMANDA

É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As


chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo
do emprego de recursos.
Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se
baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada.
Ou seja, a inflação de demanda ocorre quando existe uma procura muito grande por
determinado produto, e as Empresas, juntamente com o Governo aumentam os custos desse
produto para diminuir sua demanda.

3.2. INFLAÇÃO DE CUSTO

É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam.


Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de
mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os
aumentos salariais que fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o
aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção,
fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de mercado
que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção.
Podemos então, de modo geral atribuir a inflação de custos como consequência de uma
falha na inflação de demanda, por exemplo, se um produto teve uma procura muito grande,
pode acarretar na escassez de sua matéria prima, logo, o produtor primário terá custos mais
elevados para suprir a necessidade da demanda, repassando os custos aos demais níveis de
produção, até seu custo total ser sanado pelo consumidor final. Por outro, em um ciclo vicioso,

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justamente pela demanda elevada, algumas empresas podem se aproveitar da “necessidade”
da utilização e/ou aquisição de determinado produto para aumentar sua margem de lucro,
remetendo a inflação de custo a uma inflação de demanda.

3.3. REFLEXOS DA INFLAÇÃO NA ECONOMIA

O aumento dos preços faz com que os mercados não consigam atuar de forma eficiente.
A moeda passa a não mais referenciar um valor real. Os preços, que antes serviam para
informar a demanda, a procura pelos bens passa a não dizer mais nada, e obter essa
informação torna-se mais custoso e difícil. Assim, os empresários não têm mais segurança
para investir, e há uma fuga de capitais (se a moeda daquele país não representa mais nada,
migra-se para outras economias em que a moeda signifique). Além disso, devemos nos
preocupar porque a inflação gera concentração de renda. As classes mais altas encontram
maneiras de proteger a sua riqueza, enquanto os pobres não conseguem isso.
A inflação alta é prejudicial para a economia de um país. Quando alta ou fora de
controle, pode gerar diversos problemas e distorções econômicas. Taxas de inflação altas são
aquelas que ficam acima de 6% ao ano.

3.3.1. DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA DO PAÍS

Com a inflação elevada, a moeda vai perdendo seu valor com o passar do tempo e os
consumidores (trabalhadores) que não tem reajustes constantes não conseguem comprar os
mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente. O preço dos produtos sofre
reajustes constantes. Uma inflação de 50% ao mês (hiperinflação), por exemplo, corrói pela
metade o salário dos trabalhadores.
Isto é, ocorre a redução do poder de compra.

3.3.2. ALTA DO DÓLAR E AUMENTO DOS PREÇOS DE IMPORTAÇÃO

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Outro problema é que enquanto a moeda do país se desvaloriza, as outras
(principalmente o dólar) faz o movimento inverso. Se este país com inflação elevada é muito
dependente de importações, os produtos importados aumentam de preço, fato que alimenta
ainda mais a alta da inflação.

3.3.3. DIMINUIÇÃO DOS INVESTIMENTOS NO SETOR PRODUTIVO

Num ambiente de inflação elevada, muitos investidores preferem deixar o dinheiro


aplicado em bancos (para que ocorra a correção monetária) do que investir no setor
produtivo. Embora dê uma falsa ideia de que o dinheiro está “rendendo” muito, muitas
pessoas preferem as aplicações financeiras.

3.3.4. CLIMA ECONÔMICO DESFAVORÁVEL

Um país que sofre de inflação alta é visto no mercado internacional de forma negativa.
Os grandes investidores e empresas evitam fazer investimentos produtivos de médios e
longos prazos nestes países, pois sabem que a inflação alta é um indicativo de economia com
problemas.

3.3.5. AUMENTO DA ESPECULAÇÃO FINANCEIRA

Muitos investidores externos, em busca de rendimentos altos e rápidos, costumam fazer


investimentos em países de inflação alta com o objetivo de tirar vantagens das altas taxas de
juros. Este capital especulativo é prejudicial para a economia de um país, pois grandes somas
de capital podem entrar e sair rapidamente, causando instabilidade no mercado de câmbio.

3.3.6. ELEVAÇÃO DA TAXA DE JUROS

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Muitos países usam o recurso da elevação da taxa de juros como mecanismo de
controlar a inflação. A lógica é simples: com juros elevados o consumo diminui, forçando os
preços a caírem. Porém, a alta dos juros desestimula a tomada de financiamentos,
prejudicando assim os investimentos internos no setor produtivo, o mercado imobiliário e a
venda de bens de consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos, etc.).

3.3.7. AUMENTO DO DESEMPREGO

Países que não conseguem baixar e controlar a inflação sofrem, no longo prazo, com o
aumento das taxas de desemprego. Isso acontece, pois ocorre diminuição significativa nos
investimentos do setor produtivo.

4. BIBLIOGRAFIA

15
http://www.brasilescola.com/economia/gastos-custos-despesas.htm
http://blogdireitoufpr.com/2012/12/06/economia-politica-macroeconomia-grandezas-
macroeconomicas-moeda-desemprego-hiato-de-producao-politica-monetaria-politica-fiscal/
http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=1115
http://www.portaleducacao.com.br/contabilidade/artigos/54306/conceito-de-custos-fixos-
custos-variaveis-e-despesas#ixzz3ao3tPFHU
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/custos_direitos.htm
http://www.brasilescola.com/economia/inflacao.htm
http://www.suapesquisa.com/economia/consequencias_inflacao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_financeiro
https://www.febraban.org.br/febraban.asp?id_pagina=31

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