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FOURQUIN, Guy. Senhorio e Feudalidade Idade média. 1970.

“Em primeiro lugar, pode entender-se por feudalidade um tipo de sociedade baseado
numa organização muito particular das relações entre homens: laços de dependência de
homem para homem estabelecendo uma hierarquia entre os indivíduos.” p. 11
“O vassalo deve ao amo fidelidade, conselho, ajuda militar e material. O amo, o senhor,
deve ao seu vassalo fidelidade, proteção, sustento.” p. 11
“existe em cada país uma hierarquia de instâncias autónomas que exercem em proveito
próprio poderem normalmente detidos pelo Estado. Por vezes qualifica-se este tipo de
sociedade de ‘regime feudal’” p. 11 Commented [JS1]: Marc Bloch chama isso de sociedade
Feudal.
“a palavra feudalidade para uma segunda acepção é um conjunto de instituições. [...] o
segundo é antes de mais jurídico.” pp. 11 e12.
“A ‘feudalidade’ seria muito menos uma forma de regime político do que um tipo de
organização de economia e da sociedade, intercalando-se entre o esclavagismo antigo e
capitalismo.” p. 13

Em direção ao senhorio e à feudalidade:


“A formação da sociedade vassálica carolíngia foi um fenómeno espontâneo, ignorando
os ‘quadros políticos’ [...] a vassalagem conduziu à desagregação do Império e do
‘Estado’ carolíngios.” p. 21 Commented [JS2]: O que o autor entende por Estado
naquela época?
“Ora, pelo menos desde o reinado de Carlos Magno, os reis quiseram fazer da vassalagem
um instrumento de governo” p. 21
“Os cargos eclesiásticos conheceram a mesma evolução, salvo evidentemente no que diz
respeito à hereditariedade, dado que, pelo menos desde Luís, o Pio, todos os bispos e
alguns abades tiveram de entrar na vassalagem real: os prelados, cujas terras beneficiavam
de imunidade, eram considerados como funcionários.” p. 24
“Em relação ao soberano, os homens livres tinham assim um duplo dever, a obediência
(o rei ‘coage e pune’), o serviço militar (o rei ‘comanda’). No que se refere ao
representante local do poder, o conde, este duplo dever materializava-se sobretudo na
obrigação de participar nos contingentes do condado a cada convocação do exército
franco e na de tomar parte nas assembleias judicias em que se julgavam crimes ou delitos
e que eram encarregas de manter a paz entre os ‘francos’” p. 37
“Em suma os primeiros Carolíngios levaram à consolidação e a extensão do escalão mais
baixo da ‘pirâmide’ dos laços de dependência, tal como o fizeram para os outros escalões,
e sempre com a mesma ilusão: controlar as massas camponesas por intermédio dos
grandes, só ficando em ligação imediata com estes através da vassalagem. Tanto é
verdade que a marcha para a vassalagem e a marcha para o senhorio rural se processaram
paralelamente.” p. 40
“a base do poder sobre os homens permanece a terra. O poder, de maneira geral, reparte-
se como aquela.” p. 46
“Seria errado imaginar que a sociedade vassálica do final do século X formava uma
pirâmide completa.” p. 49 Commented [JS3]: Aqui é uma das ideias do autor: Ele
argumenta dizendo que, a sociedade vassálica permanecia
“A ‘casa’ do nobre torna-se ‘o centro e o ponto de cristalização independente e durável pouco coesa e incompletamente organizada.
duma raça a quem ela confere o poder’. Então, a linha masculina reforça-se a pouco e
pouco, reservando-se a transmissão da glória ancestral, da riqueza fundiária, da
autoridade, por outras palavras, da nobreza. Foi este ‘um dos aspectos do nascimento da
feudalidade’ p. 59 Commented [JS4]: Genealogia

Segunda parte
“Cerca do ano mil apareceu o que se chama a feudalidade clássica. Mas se para uns se
trata duma segunda feudalidade, para outros trata-se apenas da primeira que o Ocidente
conheceu.” p. 63
“Situada por G. Duby no período compreendido entre 1160 e 1240, foi marcada pela
passagem ‘da castelania ao principado’ e à ‘monarquia feudal’. A terra já não é, a partir
de então, a única fonte de riqueza e de poder.” p. 67 Commented [JS5]: O poder real nesse contexto (segunda
idade feudal) renasce.

Vassalização/Feudalização. Quais são as suas diferenças?

“mais ainda do que na França, o elemento real (feudo) predominou sobre


o elemento pessoal (vassalagem).” p. 71

“Sobrevieram à conquista normanda [sobre a Inglaterra], depois à instalação dos homens


de Guilherme, o Conquistador, nos domínios confiscados aos aristocratas anglo-saxões
ou anglo-dinamarquses. Imediatamente, o novo rei criou um sistema de relações feudo-
vassálicas semelhante ao da Normandia. Quer dizer que esse sistema foi imposto de cima,
em lugar de se desenvolver de baixo para cima, e que foi a monarquia que se encarregou
disso. Daí a grande originalidade dessa feudalidade anglo-normanda, que não se formou
contra o Estado e a realeza mas, ao contrário, às suas ordens. [...] os reis de Inglaterra
triunfaram em larga medida: por muito tempo a feudalidade será a aliada, a base do poder
real, não sua adversária.” p. 73
“R. Fawtier mostrou admiravelmente que ‘o vassalo que se revoltasse contra o rei, ainda
que este fosse tão fraco como Filipe I, tinha razões de receio. Atormentava-o a fé jurada
porque, ao violá-la, dava aos seus próprios vassalos um exemplo perigoso” p. 101
A homenagem e a fé:
“Assim, a homenagem é um acto de auto-entrega, simbolizado pelo rito das mãos, do
vassalo para o senhor.” p. 112
“um juramento de fidelidade segue-se à homenagem. O novo vassalo, em pé, presta
juramento, com a mão sobre os Evangelhos ou sobe uma relíquia.” p. 113
“O vassalo, segundo Fulberto, deve prestar ‘fielmente ao seu senhor o conselho e a
ajuda’” p. 117
“Mais cedo ou mais tarde, o resgate do serviço foi autorizado sob certas condições. A
consequência disto foi sobretudo importante em Inglaterra, o que prova que as instituições
feudais podiam efetivamente ser para a monarquia uma fonte de poder, nomeadamente
em matéria financeira. Sob Henrique II Plantageneta, a <écuage> (taxa de resgate) foi
sistematicamente substituída pelo serviço mesmo para os vassalos directos, salvo, bem
entendido, em tempo de guerra.” p. 118
“Conseguir a homenagem de outros senhores era buscar outros feudos: era muitas vezes
unicamente o desejo de aumentar o património, desejo, muito comum, que impelia o
vassalo. Mas se um homem fosse o vassalo de vários senhores que se guerreavam entre
si? Ser o vassalo de diversos significava, na verdade, não ser vassalo de ninguém” p. 123

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