administrativa A) Origem liberal. “A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudique outrem: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão os que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela Lei” (Art. 4º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa A) Origem liberal. “A Lei não proíbe senão as ações prejudiciais à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene” (Art. 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa B) Legalidade administrativa como garantia fundamental. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” (Art. 5º, II, da Constituição Federal). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa B) Legalidade administrativa como garantia fundamental. “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)” (Art. 37, caput, da Constituição Federal). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa B) Legalidade administrativa como garantia fundamental. “Art. 170. (...) Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.” (Art. 170, parágrafo único, da Constituição Federal). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa B) Legalidade administrativa como garantia fundamental. “Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.” (Art. 174, caput, da Constituição Federal). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa B) Legalidade administrativa como garantia fundamental. (i) Ideia de juridicidade. “Art. 2º (...) Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito;” (Art. 2º, parágrafo único, I, da Lei Federal nº 9.784/1999). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa B) Legalidade administrativa como garantia fundamental. (ii) Vinculação da Administração aos direitos fundamentais. “Art. 5º (...) § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.” (Art. 5º, § 2º, da Lei Federal nº 9.784/1999). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa B) Legalidade administrativa como garantia fundamental. (ii) Vinculação da Administração aos direitos fundamentais. “Art. 5º (...) § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.” (Art. 5º, § 2º, da Lei Federal nº 9.784/1999). 1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa C) Conceito de lei. “Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.” (Art. 59 da Constituição Federal). 2. Conceito de norma jurídica. A) Texto de norma jurídica e norma jurídica. B) Estrutura da norma jurídica. C) A questão da incidência. D) Norma jurídica e ato jurídico. OBS: Sobre os atos normativos. 3. Sobre a competência normativa.
4. Lei e norma jurídica.
5. Distinção de competência normativa e
competência legislativa. 6. Previsão constitucional de competências normativas para a Administração. “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;” (Art. 84, IV e VI, da Constituição Federal). 6. Previsão constitucional de competências normativas para a Administração. “Art. 87. (...) Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei: I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;” (Art. 87, parágrafo único, I e II, da Constituição Federal). 6. Previsão constitucional de competências normativas para a Administração. “Art. 21. Compete à União: (...) XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; ” (Art. 21, XI, da Constituição Federal). 6. Previsão constitucional de competências normativas para a Administração. “Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.” (Art. 174, caput, da Constituição Federal). 6. Previsão constitucional de competências normativas para a Administração. “Art. 177. (...) § 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (...) III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União;” (Art. 177, § 2º, III, da Constituição Federal). 1. Conceito adotado: ato normativo de competência privativa do Chefe do Poder Executivo. OBS: Sobre a proposta teórica do regulamento como ato normativo da Administração. 2. Espécies de regulamento. A) Regulamentos de execução. (i) Uniformização da aplicação da lei pela Administração. (ii) Impossibilidade da instituição de direitos e deveres para os administrados. (iii) Relação de dependência e subordinação em relação à lei. 2. Espécies de regulamento. B) Regulamentos autorizados ou “delegados”. (i) Previsão legal expressa da competência para a sua expedição. (ii) Possibilidade da instituição de direitos e deveres para os administrados, observados os parâmetros gerais estabelecidos pela lei. (iii) Relação de dependência e subordinação em relação à lei. 2. Espécies de regulamento. C) Regulamentos autônomos ou “independentes”. (i) Previsão constitucional (expressa ou implícita) da competência para a sua expedição. (ii) Possibilidade da instituição de direitos e deveres para os administrados, independentemente de lei. (iii) Relação de autonomia em relação à lei. 1. Alcance da expressão “fiel execução da lei” - art. 84, IV, da Constituição Federal. OBS: Sobre a classificação dos decretos em regulamentares e autônomos.
2. Supremacia dos regulamentos sobre os demais atos normativos da
Administração. “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;” (Art. 84, II, da Constituição Federal). 3. Regulamento de execução. A) Dependência do regulamento de execução em relação à lei B) Subordinação do regulamento de execução em relação à lei. OBS: O STF assentou que é vedado ao chefe do Poder Executivo expedir decreto a fim de suspender a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior – STF, RE nº 582.487 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, publicado no DJe de 25/09/2012. 3. Regulamento de execução. C) Pressupostos para o reconhecimento da competência para expedir regulamentos de execução. (i) Necessidade da interferência da Administração para a aplicação da lei. (ii) Presença de discricionariedade administrativa. (iii) Uso de conceitos jurídicos fluidos no texto legal. 3. Regulamento de execução. D) Finalidade dos regulamentos de execução. (i) Garantia da aplicação uniforme da lei pela Administração - art. 5º, caput, e I, e art. 37, caput, ambos da Constituição Federal. (ii) Restrição à discricionariedade administrativa. (iii) Elucidação dos conceitos jurídicos fluidos empregados no texto legal. (iv) Proteção da segurança jurídica. 3. Regulamento de execução. E) Limites aos regulamentos de execução. A) Inadmissibilidade da instituição de direitos e deveres vinculados à liberdade individual e à propriedade privada. B) Vedação à fixação de restrições ou condições para a aquisição de direitos vinculados à liberdade individual e à propriedade privada. C) Proibição à delegação legislativa disfarçada - art. 2º, art. 59, IV, e art. 68, todos da Constituição Federal. D) Respeito aos direitos e garantias fundamentais. 3. Regulamento de execução. F) Objeto dos regulamentos de execução. (i) Estabelecimento dos procedimentos de aplicação da lei pela Administração. (ii) Definição dos conceitos jurídicos fluidos empregados no texto legal. (iii) Decomposição analítica da lei. 4. Regulamento autorizado. A) Distinção entre relações de supremacia geral e relações de supremacia especial. (i) Supremacia geral: relações jurídico-administrativas que envolvem a generalidade dos administrados. (ii) Supremacia especial: relações jurídico- administrativas vinculadas a um título jurídico especial. 4. Regulamento autorizado. B) Dependência do regulamento autorizado em relação à lei.
C) Subordinação do regulamento autorizado em relação à
lei. 4. Regulamento autorizado. D) Pressupostos. (i) Presença de relação de supremacia especial da Administração. (ii) Previsão legal expressa. (iii) Estabelecimento das diretrizes e dos parâmetros gerais de atuação da Administração pela lei. 4. Regulamento autorizado. D) Pressupostos. (i) Presença de relação de supremacia especial da Administração. (ii) Previsão legal expressa. (iii) Estabelecimento das diretrizes e dos parâmetros gerais de atuação da Administração pela lei.
E) Finalidade dos regulamentos autorizados: concretização das
diretrizes legais, observados os parâmetros gerais estabelecidos em lei. 4. Regulamento autorizado. F) Limites do regulamento autorizado. (i) Inadmissibilidade da instituição de direitos e deveres vinculados à liberdade individual e à propriedade privada. (ii) Vedação à fixação de restrições ou condições para a aquisição de direitos vinculados à liberdade individual e à propriedade privada. (iii) Proibição à delegação legislativa disfarçada – art. 2º, art. 59, IV, e art. 68, todos da Constituição Federal. 4. Regulamento autorizado. F) Limites do regulamento autorizado. (iv) Respeito aos direitos e garantias fundamentais. (v) Impossibilidade da disciplina praeter legem de direitos e deveres vinculados à relação de sujeição especial que estejam exaustivamente disciplinados pela lei. 4. Regulamento autorizado. G) Objeto dos regulamentos autorizados: instituição de direitos e deveres para os administrados submetidos à supremacia especial da Administração. 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. A) Conceito de “decreto autônomo”. (i) Regulamento expedido para dispor sobre matéria não prevista em lei. (ii) Admissibilidade do controle concentrado e principal de constitucionalidade. 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. OBS: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ATO Nº 158 DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ. PROMOTORIA ESPECIALIZADA DE CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL - PECEAP. HIPÓTESE DE ILEGALIDADE E NÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. 1. O ato impugnado, não sendo autônomo, mas regulamento da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do Paraná, foge ao controle concentrado de sua constitucionalidade. 2. O exame da compatibilidade do Ato nº 158/PGR/PR com a Constituição pressupõe análise de norma infraconstitucional, tornando inviável a ação direta de constitucionalidade, por tratar-se de questão de ilegalidade. Agravo regimental a que se nega provimento” (STF, ADI 2.426 AgR, Rel. Min. Maurício Correa, DJ de 11/10/2001). 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. OBS: “EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA LIMINAR. DECRETO 1.719/95. TELECOMUNICAÇÕES: CONCESSÃO OU PERMISSÃO PARA A EXPLORAÇÃO. DECRETO AUTÔNOMO: POSSIBILIDADE DE CONTROLE CONCENTRADO. OFENSA AO ARTIGO 84-IV DA CF/88. LIMINAR DEFERIDA. A ponderabilidade da tese do requerente é segura. Decretos existem para assegurar a fiel execução das leis (artigo 84-IV da CF/88). A Emenda Constitucional nº 8, de 1995 - que alterou o inciso XI e alínea a do inciso XII do artigo 21 da CF - é expressa ao dizer que compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei. Não havendo lei anterior que possa ser regulamentada, qualquer disposição sobre o assunto tende a ser adotada em lei formal. O decreto seria nulo, não por ilegalidade, mas por inconstitucionalidade, já que supriu a lei onde a Constituição a exige. A Lei 9.295/96 não sana a deficiência do ato impugnado, já que ela é posterior ao decreto. Pela ótica da maioria, concorre, por igual, o requisito do perigo na demora. Medida liminar deferida” (STF, ADI nº 1.435 MC, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ de 06/08/1999). 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. B) Argumento da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais – art. 5º, § 1º, da Constituição Federal. OBS: “EMENTA: AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE, AJUIZADA EM PROL DA RESOLUÇÃO Nº 07, de 18.10.05, DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. ATO NORMATIVO QUE "DISCIPLINA O EXERCÍCIO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES POR PARENTES, CÔNJUGES E COMPANHEIROS DE MAGISTRADOS E DE SERVIDORES INVESTIDOS EM CARGOS DE DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO, NO ÂMBITO DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. Os condicionamentos impostos pela Resolução nº 07/05, do CNJ, não atentam contra a liberdade de prover e desprover cargos em comissão e funções de confiança. As restrições constantes do ato resolutivo são, no rigor dos termos, as mesmas já impostas pela Constituição de 1988, dedutíveis dos republicanos princípios da impessoalidade, da eficiência, da igualdade e da moralidade. (...) 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. B) Argumento da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais – art. 5º, § 1º, da Constituição Federal. OBS: “(...) 2. Improcedência das alegações de desrespeito ao princípio da separação dos Poderes e ao princípio federativo. O CNJ não é órgão estranho ao Poder Judiciário (art. 92, CF) e não está a submeter esse Poder à autoridade de nenhum dos outros dois. O Poder Judiciário tem uma singular compostura de âmbito nacional, perfeitamente compatibilizada com o caráter estadualizado de uma parte dele. Ademais, o art. 125 da Lei Magna defere aos Estados a competência de organizar a sua própria Justiça, mas não é menos certo que esse mesmo art. 125, caput, junge essa organização aos princípios "estabelecidos" por ela, Carta Maior, neles incluídos os constantes do art. 37, cabeça. 3. Ação julgada procedente para: a) emprestar interpretação conforme à Constituição para deduzir a função de chefia do substantivo "direção" nos incisos II, III, IV, V do artigo 2° do ato normativo em foco; b) declarar a constitucionalidade da Resolução nº 07/2005, do Conselho Nacional de Justiça.” (STF, ADC nº 12, Rel. Min. Carlos Britto, DJe de 18/12/2009). 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. C) Argumento da previsão constitucional implícita - art. 21, X a XII,art. 25, §§ 1º e 2º, art. 30, I e V, art. 84, VI, IX, X e XII, e art. 175, todos da Constituição Federal. 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal. “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;” (Art. 84, VI, da Constituição Federal). 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal. “Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: (...) XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (...) Art. 61. (...) II - disponham sobre: (...) § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; (...) Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.” (Art. 48, XI, art. 61, § 1º, II, “e”, e art. 88, todos da Constituição Federal). 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal. “Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: (...) X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; (...) Art. 61. (...) II - disponham sobre: (...) § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; (...) Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.” (Art. 48, X, e art. 61, § 1º, II, “a”, ambos da Constituição Federal). 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal. OBS: A Constituição da República não oferece guarida à possibilidade de o governador do Distrito Federal criar cargos e reestruturar órgãos públicos por meio de simples decreto. Mantida a decisão do Tribunal a quo, que, fundado em dispositivos da Lei Orgânica do Distrito Federal, entendeu violado, na espécie, o princípio da reserva legal – STF, RE nº 577.025, Rel. Min. Ricardo Lewandovski, DJe de 06/03/2009. 5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo. D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal. OBS: “EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTS. 3º, 4º, 5º e 6º DA LEI 11.222/1999 DO ESTADO DE SANTA CATARINA. SEPARAÇÃO DE PODERES. VIOLAÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE. Os dispositivos impugnados são inconstitucionais, seja porque violaram a reserva de iniciativa do governador do estado em matérias afeitas à estrutura do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, e, da Constituição federal), seja porque dispõem sobre matéria que caberia ao governador do estado regular por decreto (art. 84, VI, da Constituição). Precedentes. Violação, em última análise, do princípio da separação de poderes (art. 2º da Constituição). Pedido julgado procedente.” (STF, ADI nº 2.707/SC, Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim, DJ de 12/05/2006). 6. Sobre a natureza vinculada ou discricionária da competência regulamentar. OBS: Inconstitucionalidade de lei estadual que fixa prazo para o exercício de competência regulamentar – STF, ADI nº 3.394, Rel. Min. Eros Grau, DJe de 15/08/2008. 7. A questão do controle judicial dos regulamentos. OBS: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida” (Súmula nº 636 do Supremo Tribunal Federal). 7. A questão do controle judicial dos regulamentos. OBS: Se a interpretação administrativa da lei, que vier a consubstanciar-se em decreto executivo, divergir do sentido e do conteúdo da norma legal que o ato secundário pretendeu regulamentar, quer porque tenha este se projetado ultra legem, quer porque tenha permanecido citra legem, quer, ainda, porque tenha investido contra legem, a questão caracterizará, sempre, típica crise de legalidade, e não de inconstitucionalidade, a inviabilizar, em consequência, a utilização do mecanismo processual da fiscalização normativa abstrata. O eventual extravasamento, pelo ato regulamentar, dos limites a que materialmente deve estar adstrito poderá configurar insubordinação executiva aos comandos da lei. Mesmo que, a partir desse vício jurídico, se possa vislumbrar, num desdobramento ulterior, uma potencial violação da Carta Magna, ainda assim estar-se-á em face de uma situação de inconstitucionalidade reflexa ou oblíqua, cuja apreciação não se revela possível em sede jurisdicional concentrada – STF, ADI nº 996 MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 06/05/1994. 8. A questão da omissão regulamentar. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;” (Art. 5º, LXXI, da Constituição Federal). 9. Os regulamentos em matéria tributária. “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (...) Art. 153. (...) § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. (...) Art. 177. (...) § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: (...) b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;” (Art. 150, I, art. 153, § 1º, e art. 177, § 4º, I, “b”, todos da Constituição Federal). 1. Ideia de regulação. A) Crise do Estado social. B) Mudança de ênfase na intervenção do Estado nos domínios econômico e social. C) Surgimento de “autoridades administrativas independentes”. D) Noção de agência reguladora no regime jurídico- administrativo brasileiro. E) Expansão do terceiro setor. 2. Acepções de regulação. A) Regulação como disciplina jurídica da atividade econômica. B) Regulação como uma espécie de competência normativa da Administração. OBS: Sobre a distinção entre regulação e regulamentação. C) Regulação como um atributo das competências administrativas.
3. Conceito proposto: atividade administrativa do Estado destinada à
efetivação de políticas públicas. 4. Competências regulatórias na Constituição Federal. A) Intervenção no domínio econômico – art. 174, caput, arts. 178 a 180, art. 182, art. 187, e art. 192, todos da Constituição Federal. B) Monopólios da União – art. 177, § 2º, III, da Constituição Federal. C) Serviços públicos concedidos – art. 21, XI, e art. 175, parágrafo único, ambos da Constituição Federal. D) Intervenção no domínio social – art. 197, art. 209, art. 213, art. 215, art. 218, art. 220, § 3º, art. 225, § 1º, todos da Constituição Federal. 1. Competência normativa dos Ministros de Estado - art. 87, parágrafo único, I e II, da Constituição Federal. OBS:Sobre a competência normativa de órgãos colegiados da Administração direta. 2. Competência normativa das agências reguladoras. A) Base constitucional – art. 21, XI, art. 174, caput, art. 175, parágrafo único, e art. 177, § 2º, III, todos da Constituição Federal. B) Sobre a subordinação dos atos normativos das agências reguladoras aos atos normativos da Administração Direta – art. 84, IV, e art. 87, parágrafo único, I e II, ambos da Constituição Federal. 2. Competência normativa das agências reguladoras. C) Limites próprios dos regulamentos de execução, quando se trata de intervenção no setor privado do domínio econômico ou do domínio social. D) Limites próprios dos regulamentos autorizados, quando se trata da regulação de serviços públicos ou da gestão de bens públicos. E) Problemas na adoção da sistemática dos regulamentos autônomos. 3. Competência normativa das universidades. “Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.” (Art. 207 da Constituição Federal). 4. Competência regimental dos tribunais. “Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;” (Art. 96, I, “a” e “b”, da Constituição Federal). 4. Competência regimental dos tribunais. “Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; (...) Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.” (Art. 96, I, “a” e “b”, e o art. 99, ambos da Constituição Federal). 5. Competência normativa do Conselho Nacional de Justiça. “Art. 103-B. (...) § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;” (Art. 103-B, § 4º, I, da Constituição Federal). 6. Competência normativa do Conselho Nacional do Ministério Público. “Art. 130-A. (...) § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;” (Art. 130-A, § 2º, I, da Constituição Federal).