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Professor Doutor Vladimir da Rocha França

1. Considerações gerais sobre a legalidade


administrativa
A) Origem liberal.
“A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que
não prejudique outrem: assim, o exercício dos direitos
naturais de cada homem não tem por limites senão os
que asseguram aos outros membros da sociedade o
gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem
ser determinados pela Lei” (Art. 4º da Declaração
Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de
1789).
1. Considerações gerais sobre a legalidade
administrativa
A) Origem liberal.
“A Lei não proíbe senão as ações prejudiciais à
sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode
ser obstado e ninguém pode ser constrangido a
fazer o que ela não ordene” (Art. 5º da Declaração
Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de
1789).
1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa
B) Legalidade administrativa como garantia fundamental.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes: (...) II - ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”
(Art. 5º, II, da Constituição Federal).
1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa
B) Legalidade administrativa como garantia fundamental.
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (...)” (Art. 37, caput, da
Constituição Federal).
1. Considerações gerais sobre a legalidade
administrativa
B) Legalidade administrativa como garantia
fundamental.
“Art. 170. (...) Parágrafo único. É assegurado a todos
o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos
públicos, salvo nos casos previstos em lei.” (Art. 170,
parágrafo único, da Constituição Federal).
1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa
B) Legalidade administrativa como garantia fundamental.
“Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
determinante para o setor público e indicativo para o setor
privado.” (Art. 174, caput, da Constituição Federal).
1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa
B) Legalidade administrativa como garantia fundamental.
(i) Ideia de juridicidade.
“Art. 2º (...) Parágrafo único. Nos processos administrativos
serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação
conforme a lei e o Direito;” (Art. 2º, parágrafo único, I, da Lei
Federal nº 9.784/1999).
1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa
B) Legalidade administrativa como garantia fundamental.
(ii) Vinculação da Administração aos direitos
fundamentais.
“Art. 5º (...) § 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.” (Art. 5º, § 2º, da Lei Federal nº 9.784/1999).
1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa
B) Legalidade administrativa como garantia fundamental.
(ii) Vinculação da Administração aos direitos
fundamentais.
“Art. 5º (...) § 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.” (Art. 5º, § 2º, da Lei Federal nº 9.784/1999).
1. Considerações gerais sobre a legalidade administrativa
C) Conceito de lei.
“Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração
de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III -
leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único.
Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação,
alteração e consolidação das leis.” (Art. 59 da Constituição
Federal).
2. Conceito de norma jurídica.
A) Texto de norma jurídica e norma jurídica.
B) Estrutura da norma jurídica.
C) A questão da incidência.
D) Norma jurídica e ato jurídico.
OBS: Sobre os atos normativos.
3. Sobre a competência normativa.

4. Lei e norma jurídica.

5. Distinção de competência normativa e


competência legislativa.
6. Previsão constitucional de competências normativas para
a Administração.
“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
República: (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as
leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução; (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a)
organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou
cargos públicos, quando vagos;” (Art. 84, IV e VI, da
Constituição Federal).
6. Previsão constitucional de competências normativas para
a Administração.
“Art. 87. (...) Parágrafo único. Compete ao Ministro de
Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta
Constituição e na lei: I - exercer a orientação, coordenação e
supervisão dos órgãos e entidades da administração federal
na área de sua competência e referendar os atos e decretos
assinados pelo Presidente da República; II - expedir
instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos;” (Art. 87, parágrafo único, I e II, da
Constituição Federal).
6. Previsão constitucional de competências
normativas para a Administração.
“Art. 21. Compete à União: (...) XI - explorar,
diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão, os serviços de telecomunicações, nos
termos da lei, que disporá sobre a organização dos
serviços, a criação de um órgão regulador e outros
aspectos institucionais; ” (Art. 21, XI, da Constituição
Federal).
6. Previsão constitucional de competências
normativas para a Administração.
“Art. 174. Como agente normativo e regulador da
atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.” (Art. 174,
caput, da Constituição Federal).
6. Previsão constitucional de competências
normativas para a Administração.
“Art. 177. (...) § 2º A lei a que se refere o § 1º disporá
sobre: (...) III - a estrutura e atribuições do órgão
regulador do monopólio da União;” (Art. 177, § 2º, III,
da Constituição Federal).
1. Conceito adotado: ato normativo de competência
privativa do Chefe do Poder Executivo.
OBS: Sobre a proposta teórica do regulamento como
ato normativo da Administração.
2. Espécies de regulamento.
A) Regulamentos de execução.
(i) Uniformização da aplicação da lei pela
Administração.
(ii) Impossibilidade da instituição de direitos e
deveres para os administrados.
(iii) Relação de dependência e subordinação
em relação à lei.
2. Espécies de regulamento.
B) Regulamentos autorizados ou “delegados”.
(i) Previsão legal expressa da competência
para a sua expedição.
(ii) Possibilidade da instituição de direitos e
deveres para os administrados, observados os
parâmetros gerais estabelecidos pela lei.
(iii) Relação de dependência e subordinação
em relação à lei.
2. Espécies de regulamento.
C) Regulamentos autônomos ou “independentes”.
(i) Previsão constitucional (expressa ou
implícita) da competência para a sua expedição.
(ii) Possibilidade da instituição de direitos e
deveres para os administrados, independentemente
de lei.
(iii) Relação de autonomia em relação à lei.
1. Alcance da expressão “fiel execução da lei” - art. 84, IV, da
Constituição Federal.
OBS: Sobre a classificação dos decretos em regulamentares e
autônomos.

2. Supremacia dos regulamentos sobre os demais atos normativos da


Administração.
“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) II -
exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;” (Art. 84, II, da Constituição Federal).
3. Regulamento de execução.
A) Dependência do regulamento de execução em relação à
lei
B) Subordinação do regulamento de execução em relação à
lei.
OBS: O STF assentou que é vedado ao chefe do Poder
Executivo expedir decreto a fim de suspender a eficácia de
ato normativo hierarquicamente superior – STF, RE nº
582.487 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, publicado no DJe de
25/09/2012.
3. Regulamento de execução.
C) Pressupostos para o reconhecimento da competência
para expedir regulamentos de execução.
(i) Necessidade da interferência da Administração
para a aplicação da lei.
(ii) Presença de discricionariedade administrativa.
(iii) Uso de conceitos jurídicos fluidos no texto legal.
3. Regulamento de execução.
D) Finalidade dos regulamentos de execução.
(i) Garantia da aplicação uniforme da lei pela
Administração - art. 5º, caput, e I, e art. 37, caput, ambos da
Constituição Federal.
(ii) Restrição à discricionariedade administrativa.
(iii) Elucidação dos conceitos jurídicos fluidos
empregados no texto legal.
(iv) Proteção da segurança jurídica.
3. Regulamento de execução.
E) Limites aos regulamentos de execução.
A) Inadmissibilidade da instituição de direitos e deveres
vinculados à liberdade individual e à propriedade privada.
B) Vedação à fixação de restrições ou condições para a
aquisição de direitos vinculados à liberdade individual e à
propriedade privada.
C) Proibição à delegação legislativa disfarçada - art. 2º, art.
59, IV, e art. 68, todos da Constituição Federal.
D) Respeito aos direitos e garantias fundamentais.
3. Regulamento de execução.
F) Objeto dos regulamentos de execução.
(i) Estabelecimento dos procedimentos de
aplicação da lei pela Administração.
(ii) Definição dos conceitos jurídicos fluidos
empregados no texto legal.
(iii) Decomposição analítica da lei.
4. Regulamento autorizado.
A) Distinção entre relações de supremacia geral e relações
de supremacia especial.
(i) Supremacia geral: relações jurídico-administrativas
que envolvem a generalidade dos administrados.
(ii) Supremacia especial: relações jurídico-
administrativas vinculadas a um título jurídico especial.
4. Regulamento autorizado.
B) Dependência do regulamento autorizado em relação à
lei.

C) Subordinação do regulamento autorizado em relação à


lei.
4. Regulamento autorizado.
D) Pressupostos.
(i) Presença de relação de supremacia especial da
Administração.
(ii) Previsão legal expressa.
(iii) Estabelecimento das diretrizes e dos parâmetros
gerais de atuação da Administração pela lei.
4. Regulamento autorizado.
D) Pressupostos.
(i) Presença de relação de supremacia especial da
Administração.
(ii) Previsão legal expressa.
(iii) Estabelecimento das diretrizes e dos parâmetros gerais de
atuação da Administração pela lei.

E) Finalidade dos regulamentos autorizados: concretização das


diretrizes legais, observados os parâmetros gerais estabelecidos em
lei.
4. Regulamento autorizado.
F) Limites do regulamento autorizado.
(i) Inadmissibilidade da instituição de direitos e
deveres vinculados à liberdade individual e à propriedade
privada.
(ii) Vedação à fixação de restrições ou condições para
a aquisição de direitos vinculados à liberdade individual e à
propriedade privada.
(iii) Proibição à delegação legislativa disfarçada – art.
2º, art. 59, IV, e art. 68, todos da Constituição Federal.
4. Regulamento autorizado.
F) Limites do regulamento autorizado.
(iv) Respeito aos direitos e garantias
fundamentais.
(v) Impossibilidade da disciplina praeter legem
de direitos e deveres vinculados à relação de
sujeição especial que estejam exaustivamente
disciplinados pela lei.
4. Regulamento autorizado.
G) Objeto dos regulamentos autorizados: instituição
de direitos e deveres para os administrados
submetidos à supremacia especial da
Administração.
5. Sobre a admissibilidade do regulamento
autônomo.
A) Conceito de “decreto autônomo”.
(i) Regulamento expedido para dispor sobre
matéria não prevista em lei.
(ii) Admissibilidade do controle concentrado e
principal de constitucionalidade.
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
OBS: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. ATO Nº 158 DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DO PARANÁ. PROMOTORIA ESPECIALIZADA DE CONTROLE EXTERNO
DA ATIVIDADE POLICIAL - PECEAP. HIPÓTESE DE ILEGALIDADE E NÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. 1. O ato impugnado, não sendo
autônomo, mas regulamento da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do
Paraná, foge ao controle concentrado de sua constitucionalidade. 2. O exame da
compatibilidade do Ato nº 158/PGR/PR com a Constituição pressupõe análise de
norma infraconstitucional, tornando inviável a ação direta de constitucionalidade,
por tratar-se de questão de ilegalidade. Agravo regimental a que se nega
provimento” (STF, ADI 2.426 AgR, Rel. Min. Maurício Correa, DJ de 11/10/2001).
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
OBS: “EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA LIMINAR. DECRETO
1.719/95. TELECOMUNICAÇÕES: CONCESSÃO OU PERMISSÃO PARA A EXPLORAÇÃO.
DECRETO AUTÔNOMO: POSSIBILIDADE DE CONTROLE CONCENTRADO. OFENSA AO
ARTIGO 84-IV DA CF/88. LIMINAR DEFERIDA. A ponderabilidade da tese do requerente é
segura. Decretos existem para assegurar a fiel execução das leis (artigo 84-IV da CF/88). A
Emenda Constitucional nº 8, de 1995 - que alterou o inciso XI e alínea a do inciso XII do artigo
21 da CF - é expressa ao dizer que compete à União explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei. Não
havendo lei anterior que possa ser regulamentada, qualquer disposição sobre o assunto
tende a ser adotada em lei formal. O decreto seria nulo, não por ilegalidade, mas por
inconstitucionalidade, já que supriu a lei onde a Constituição a exige. A Lei 9.295/96 não sana
a deficiência do ato impugnado, já que ela é posterior ao decreto. Pela ótica da maioria,
concorre, por igual, o requisito do perigo na demora. Medida liminar deferida” (STF, ADI nº
1.435 MC, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ de 06/08/1999).
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
B) Argumento da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais – art. 5º, § 1º, da
Constituição Federal.
OBS: “EMENTA: AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE, AJUIZADA EM
PROL DA RESOLUÇÃO Nº 07, de 18.10.05, DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
ATO NORMATIVO QUE "DISCIPLINA O EXERCÍCIO DE CARGOS, EMPREGOS E
FUNÇÕES POR PARENTES, CÔNJUGES E COMPANHEIROS DE MAGISTRADOS E DE
SERVIDORES INVESTIDOS EM CARGOS DE DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO, NO
ÂMBITO DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. Os condicionamentos impostos pela Resolução nº
07/05, do CNJ, não atentam contra a liberdade de prover e desprover cargos em
comissão e funções de confiança. As restrições constantes do ato resolutivo são, no
rigor dos termos, as mesmas já impostas pela Constituição de 1988, dedutíveis dos
republicanos princípios da impessoalidade, da eficiência, da igualdade e da
moralidade. (...)
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
B) Argumento da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais – art. 5º, § 1º, da
Constituição Federal.
OBS: “(...) 2. Improcedência das alegações de desrespeito ao princípio da separação dos
Poderes e ao princípio federativo. O CNJ não é órgão estranho ao Poder Judiciário (art. 92, CF)
e não está a submeter esse Poder à autoridade de nenhum dos outros dois. O Poder Judiciário
tem uma singular compostura de âmbito nacional, perfeitamente compatibilizada com o
caráter estadualizado de uma parte dele. Ademais, o art. 125 da Lei Magna defere aos Estados
a competência de organizar a sua própria Justiça, mas não é menos certo que esse mesmo art.
125, caput, junge essa organização aos princípios "estabelecidos" por ela, Carta Maior, neles
incluídos os constantes do art. 37, cabeça. 3. Ação julgada procedente para: a) emprestar
interpretação conforme à Constituição para deduzir a função de chefia do substantivo
"direção" nos incisos II, III, IV, V do artigo 2° do ato normativo em foco; b) declarar a
constitucionalidade da Resolução nº 07/2005, do Conselho Nacional de Justiça.” (STF, ADC nº
12, Rel. Min. Carlos Britto, DJe de 18/12/2009).
5. Sobre a admissibilidade do regulamento
autônomo.
C) Argumento da previsão constitucional implícita -
art. 21, X a XII,art. 25, §§ 1º e 2º, art. 30, I e V, art. 84,
VI, IX, X e XII, e art. 175, todos da Constituição
Federal.
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal.
“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
República: (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a)
organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou
cargos públicos, quando vagos;” (Art. 84, VI, da Constituição
Federal).
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal.
“Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,
não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União, especialmente sobre: (...) XI - criação e extinção
de Ministérios e órgãos da administração pública; (...) Art. 61. (...) II - disponham
sobre: (...) § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...)
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o
disposto no art. 84, VI; (...) Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de
Ministérios e órgãos da administração pública.” (Art. 48, XI, art. 61, § 1º, II, “e”, e art.
88, todos da Constituição Federal).
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal.
“Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,
não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União, especialmente sobre: (...) X - criação,
transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que
estabelece o art. 84, VI, b; (...) Art. 61. (...) II - disponham sobre: (...) § 1º São de
iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) a) criação de cargos,
funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de
sua remuneração; (...) Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios
e órgãos da administração pública.” (Art. 48, X, e art. 61, § 1º, II, “a”, ambos da
Constituição Federal).
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal.
OBS: A Constituição da República não oferece guarida à
possibilidade de o governador do Distrito Federal criar
cargos e reestruturar órgãos públicos por meio de simples
decreto. Mantida a decisão do Tribunal a quo, que, fundado
em dispositivos da Lei Orgânica do Distrito Federal,
entendeu violado, na espécie, o princípio da reserva legal –
STF, RE nº 577.025, Rel. Min. Ricardo Lewandovski, DJe de
06/03/2009.
5. Sobre a admissibilidade do regulamento autônomo.
D) A hipótese do art. 84, VI, da Constituição Federal.
OBS: “EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTS. 3º, 4º, 5º e 6º
DA LEI 11.222/1999 DO ESTADO DE SANTA CATARINA. SEPARAÇÃO DE PODERES.
VIOLAÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE. Os dispositivos impugnados são
inconstitucionais, seja porque violaram a reserva de iniciativa do governador do
estado em matérias afeitas à estrutura do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, e, da
Constituição federal), seja porque dispõem sobre matéria que caberia ao
governador do estado regular por decreto (art. 84, VI, da Constituição). Precedentes.
Violação, em última análise, do princípio da separação de poderes (art. 2º da
Constituição). Pedido julgado procedente.” (STF, ADI nº 2.707/SC, Tribunal Pleno,
Rel. Min. Joaquim, DJ de 12/05/2006).
6. Sobre a natureza vinculada ou discricionária da
competência regulamentar.
OBS: Inconstitucionalidade de lei estadual que fixa
prazo para o exercício de competência
regulamentar – STF, ADI nº 3.394, Rel. Min. Eros Grau,
DJe de 15/08/2008.
7. A questão do controle judicial dos regulamentos.
OBS: “Não cabe recurso extraordinário por
contrariedade ao princípio constitucional da
legalidade, quando a sua verificação pressuponha
rever a interpretação dada a normas
infraconstitucionais pela decisão recorrida” (Súmula
nº 636 do Supremo Tribunal Federal).
7. A questão do controle judicial dos regulamentos.
OBS: Se a interpretação administrativa da lei, que vier a consubstanciar-se em
decreto executivo, divergir do sentido e do conteúdo da norma legal que o ato
secundário pretendeu regulamentar, quer porque tenha este se projetado ultra
legem, quer porque tenha permanecido citra legem, quer, ainda, porque tenha
investido contra legem, a questão caracterizará, sempre, típica crise de legalidade, e
não de inconstitucionalidade, a inviabilizar, em consequência, a utilização do
mecanismo processual da fiscalização normativa abstrata. O eventual
extravasamento, pelo ato regulamentar, dos limites a que materialmente deve estar
adstrito poderá configurar insubordinação executiva aos comandos da lei. Mesmo
que, a partir desse vício jurídico, se possa vislumbrar, num desdobramento ulterior,
uma potencial violação da Carta Magna, ainda assim estar-se-á em face de uma
situação de inconstitucionalidade reflexa ou oblíqua, cuja apreciação não se revela
possível em sede jurisdicional concentrada – STF, ADI nº 996 MC, Rel. Min. Celso de
Mello, DJ de 06/05/1994.
8. A questão da omissão regulamentar.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: (...) LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania;” (Art. 5º, LXXI, da Constituição Federal).
9. Os regulamentos em matéria tributária.
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar
tributo sem lei que o estabeleça; (...) Art. 153. (...) § 1º É facultado ao Poder
Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. (...) Art. 177. (...) § 4º A lei
que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás
natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes
requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: (...) b)reduzida e restabelecida
por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;” (Art.
150, I, art. 153, § 1º, e art. 177, § 4º, I, “b”, todos da Constituição Federal).
1. Ideia de regulação.
A) Crise do Estado social.
B) Mudança de ênfase na intervenção do Estado nos
domínios econômico e social.
C) Surgimento de “autoridades administrativas
independentes”.
D) Noção de agência reguladora no regime jurídico-
administrativo brasileiro.
E) Expansão do terceiro setor.
2. Acepções de regulação.
A) Regulação como disciplina jurídica da atividade econômica.
B) Regulação como uma espécie de competência normativa da
Administração.
OBS: Sobre a distinção entre regulação e regulamentação.
C) Regulação como um atributo das competências administrativas.

3. Conceito proposto: atividade administrativa do Estado destinada à


efetivação de políticas públicas.
4. Competências regulatórias na Constituição Federal.
A) Intervenção no domínio econômico – art. 174, caput, arts. 178 a 180,
art. 182, art. 187, e art. 192, todos da Constituição Federal.
B) Monopólios da União – art. 177, § 2º, III, da Constituição Federal.
C) Serviços públicos concedidos – art. 21, XI, e art. 175, parágrafo
único, ambos da Constituição Federal.
D) Intervenção no domínio social – art. 197, art. 209, art. 213, art. 215,
art. 218, art. 220, § 3º, art. 225, § 1º, todos da Constituição Federal.
1. Competência normativa dos Ministros de Estado -
art. 87, parágrafo único, I e II, da Constituição
Federal.
OBS:Sobre a competência normativa de órgãos
colegiados da Administração direta.
2. Competência normativa das agências
reguladoras.
A) Base constitucional – art. 21, XI, art. 174, caput, art.
175, parágrafo único, e art. 177, § 2º, III, todos da
Constituição Federal.
B) Sobre a subordinação dos atos normativos das
agências reguladoras aos atos normativos da
Administração Direta – art. 84, IV, e art. 87, parágrafo
único, I e II, ambos da Constituição Federal.
2. Competência normativa das agências reguladoras.
C) Limites próprios dos regulamentos de execução,
quando se trata de intervenção no setor privado do
domínio econômico ou do domínio social.
D) Limites próprios dos regulamentos autorizados,
quando se trata da regulação de serviços públicos ou da
gestão de bens públicos.
E) Problemas na adoção da sistemática dos
regulamentos autônomos.
3. Competência normativa das universidades.
“Art. 207. As universidades gozam de autonomia
didático-científica, administrativa e de gestão financeira
e patrimonial, e obedecerão ao princípio de
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. §
1º É facultado às universidades admitir professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. § 2º O
disposto neste artigo aplica-se às instituições de
pesquisa científica e tecnológica.” (Art. 207 da
Constituição Federal).
4. Competência regimental dos tribunais.
“Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a)
eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos
internos, com observância das normas de processo e
das garantias processuais das partes, dispondo sobre a
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas
secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes
forem vinculados, velando pelo exercício da atividade
correicional respectiva;” (Art. 96, I, “a” e “b”, da
Constituição Federal).
4. Competência regimental dos tribunais.
“Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger
seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos,
com observância das normas de processo e das garantias
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e
administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços
auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando
pelo exercício da atividade correicional respectiva; (...) Art.
99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa
e financeira.” (Art. 96, I, “a” e “b”, e o art. 99, ambos da
Constituição Federal).
5. Competência normativa do Conselho Nacional de Justiça.
“Art. 103-B. (...) § 4º Compete ao Conselho o controle da
atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe,
além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo
Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder
Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua
competência, ou recomendar providências;” (Art. 103-B, § 4º, I,
da Constituição Federal).
6. Competência normativa do Conselho Nacional do
Ministério Público.
“Art. 130-A. (...) § 2º Compete ao Conselho Nacional do
Ministério Público o controle da atuação administrativa
e financeira do Ministério Público e do cumprimento
dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I
- zelar pela autonomia funcional e administrativa do
Ministério Público, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou
recomendar providências;” (Art. 130-A, § 2º, I, da
Constituição Federal).

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