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: UMA RESENHA
Escrito por Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios – ambos filósofos
com especializações na área de educação -, “Vivemos Mais! – Vivemos Bem? ” trata de
uma reflexão acerca da vida cada vez mais duradoura que o ser humano conseguiu
alcançar e suas implicações, tudo isso discorrido por meio de uma conversa informal entre
dois amigos, o que é o ponto forte e fraco do livro, ao ponto que a narrativa dialogada
imerge o leitor na conversa ao mesmo tempo que não é a maneira mais fácil de apresentar
ideais de maneira escrita, tendo em vista que a troca constante de assuntos dentro de um
mesmo tópico pode deixar o leitor confuso.
Por fim, o epílogo do texto se dá pela conclusão que o tempo é inexorável – ele
não se curva a nada – e que o valor da vida se dá pela sua finitude, ou, como os autores
dizem, pela sua carência, chegando a afirmar que não há valor sem carência. E é aqui que
os autores erram. Se vida fosse interminável ela teria tanto ou mais valor, pois a vida ter
valor não está pautada no ato de ser, isto é, de estar vivo e assim somente com a
possibilidade de não ser, ou seja, de não estar vivo que a primeira ganha valor por ser
algo que possa ser perdido. Algo ser escasso não implica que tenha valor, logo que valor
remete importância. A vida ganha valor, em verdade, na sua utilidade, tanto é que a razão
de viver se esvai ao passo que o propósito de vida de um dado indivíduo desaparece, dessa
forma, estar ou não vivo, faz a ele, nenhuma diferença, quer dizer, estar vivo não tem
mais valor.