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E.E. Dr.

Alfredo Pujol

TRABALHO DE FILOSOFIA

Nome: João Vinícius Nº 29


Série: 3º Termo A
A vida de Rousseau

 Tão importante quanto a descrição proposta do Emílio de Rousseau, é o conhecimento de sua vida para
que se possa demarcar sua posterioridade nas áreas de política, filosofia, psicologia infantil, literatura,
sociologia, entre outras.

 Jean Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. Sua obra
inspirou reformas políticas e educacionais. Nasceu em Genebra, na Suíça em 28 de junho de 1712 e
faleceu em Ermenonville, nordeste de Paris, França em 2 de julho de 1778. Foi filho de Isaac Rousseau,
relojoeiro de profissão, com antepassados protestantes e apesar da profissão, nunca chegou a pertencer
à aristocracia. Era um pouco mais pobre do que os demais irmãos em virtude de ter que dividir a
herança com mais quatorze irmãos. Casou-se com Suzanne Bernard, filha de um pastor de Genebra. A
mãe de Rousseau viera a falecer poucos dias após seu nascimento. Rousseau tinha um irmão mais
velho, François, que era mais velho sete anos e ainda jovem abandonou a família.

 Rousseau foi criado na infância por uma irmã de seu pai e uma ama. Num certo momento, perdeu
também o pai porque este, no ano de 1722, desentendendo-se com um cidadão de certa influência,
ferindo- o no rosto num encontro de rua. Este incidente obrigou a seu pai deixar Genebra para não ser
injustamente preso.

 Junto ao seu irmão, Rousseau ficou com o tio Gabriel Bernard, engenheiro militar que era irmão de
sua mãe e casado com uma irmã de seu pai.

 Rousseau não teve educação regular, senão por certos períodos e não freqüentou nenhuma
universidade. Era um autodidata. Ainda na casa paterna leu muito; lia para seu pai enquanto este
trabalhava em casa nos misteres de relojoeiros, os livros deixados por sua mãe e pelo pastor, seu avô
materno. Juntamente a estas leituras, Rousseau acrescentará muitas outras, especialmente livros de
história.

 Sob tutela de seu tio, foi enviado para Bossey, a fim de estudar com o pastor Lambercier.

 Aos 12 anos, de volta a Genebra, passa alguns anos na casa de um tio (outro), aprendendo a desenhar
com um primo. Nessa época pensou até em ser ministro evangélico por admirar a atividade, mas os
recursos econômicos de que dispusera não eram suficientes para continuar os seus estudos nesse
sentido. Assim, o sentimento de inferioridade social começa a ser alternante no caráter de Rousseau.
Aos 14 anos será aprendiz na casa de um gravador e aos 16 anos de idade, foge da cidade para escapar
aos maus tratos do patrão. De 1728 a 1742 vagueia e trabalha pelo sul da França, pelo norte da Itália,
pela Suíça, lendo muito, ensinando música, vivendo de vários empregos, ao sabor das circunstâncias
e de seus amores.

 Em meio a muitas humilhações e angústias pelas quais passou, Rousseau tem melhor sorte ao ter
amizade com o filósofo Condillac (1715-1780) e com Denis Diderot (1713-1784) que encomendou–
lhe artigos sobre música para a enciclopédia.

 Em 1745, liga-se a Thérèse Levasseur, com quem tem cinco filhos, ambos direcionados a orfanatos,
porque Rousseau achava que não poderia cuidar deles sendo pobre e doente. Presencia-se em Rousseau
a marca do remorso presente no resto de sua vida e para livra-se dele, preocupava-se sempre em
encontrar justificativas.

 Em 1746, com a morte de seu pai, Rousseau recebe uma pequena herança e pode sobreviver
folgadamente.
 Em 1749, ao visitar Diderot na prisão (estava preso devido a sua obra Lettre Sur lês aveugles),
Rousseau leu o anúncio de um concurso da Academia de Dijon e sentiu grande emoção ante a
perspectiva de concorrer com êxito. A questão era se a restauração das ciências e das artes tinha tendido
a purificar a moral. Estimulado pelo amigo, enviou um trabalho. Seu ensaio, conhecido sob o título
abreviado de Discurso sobre as ciências e as artes, ganhou o primeiro prêmio e sua publicação ao final
do ano seguinte o tornou famoso.

 No Discurso sobre as ciências e as artes (1750), Rousseau articulou o tema fundamental que corre
através de sua filosofia social: o conflito entre as sociedades modernas e a natureza humana e ressalta
o paradoxo da superioridade do estado selvagem, proclamando a "volta da natureza". Ao mesmo tempo
denuncia as artes e as ciências como corruptoras do homem.

 Nessa ocasião, Rousseau caiu doente e desenganado por médicos e pensa em reformular sua vida
adaptando-se a doença e afastando-se da agitação da vida social.

 A Academia de Dijon propõe novo trabalho, desta vez sobre a origem da desigualdade entre os homens.
Para escrevê-lo, passeando nos bosques em Saint Germin, procura recriar na mente a imagem do
homem natural. Desenvolveu o tema de que da própria civilização vinham os males que afligiam o
homem civilizado. Considera os homens iguais no estado natural, quando viviam isoladamente como
selvagens, e que a civilização se encarrega de introduzir a desigualdade. Embora sem êxito, sem o
prêmio, é seu segundo escrito sensacional. Sua fama estava assegurada.

 Em 1756, Rousseau escreve uma carta a Voltaire, dando-lhe conselhos sobre sua visão negativa do
mundo. Rousseau diz que o livro "Cândido ou o otimismo" foi uma resposta sarcástica a seus pontos
de vista otimistas, expressos naquela carta. Em 1756 também, põe-se a escrever o romance A nova
Heloísa, típico de sua personalidade romântica.

 Rousseau, um 1762 publica um de seus mais conhecidos e influentes trabalhos: Emílio ou da
Educação e Do Contrato Social.

 Os dois livros, após sua publicação, foram considerados ofensivos a autoridade e assim Rousseau inicia
um período difícil de perseguições políticas. Seus problemas não são mais com amigos ou amantes,
mas com o parlamento. Refugia-se em Neuchâtel. Voltaire, através de um panfleto critica Rousseau,
magoando-o fortemente. Assim, pôs-se a escrever As Confissões, relatando toda a sua vida e
pensamento, sendo assim uma espécie de auto-biografia sintetizando-o como homem, filósofo,
educador e romântico.

 Em seus últimos anos de vida, Rousseau escreve os Devaneios de um caminhante solitário, com
descrições da natureza e dos sentimentos humanos. Falece em Ermenonville e é enterrado na Ilha de
Choupos













O pensamento de Rousseau

Rousseau é filósofo iluminista precursor do romantismo no Séc. XIX, e apesar de ser iluminista, era um
crítico ao movimento.

Sendo característico do iluminismo, pensava que a sociedade havia pervertido o homem natural que vivia
harmoniosamente com a natureza, livre de egoísmo, cobiça, possessividade e ciúme.

Rousseau recebe várias críticas de Voltaire que diz: ninguém jamais pôs tanto engenho em querer nos
converter em animais " e que ler Rousseau faz nascer desejos de caminhar em quatro patas", mas a proposta
rousseaniana é o combate aos abusos e não repudiar aos valores humanos.

A sua teoria política, é sob vários aspectos uma síntese de Hobbes e Locke. O ferro e o trigo civilizaram
o homem e arruinaram a raça humana.

Rousseau não busca retornar o homem a primitividade, ao estado natural, mas ele busca meios para se
diminuir as injustiças que resultam da desigualdade social. Indica assim alguns caminhos:

1.º - igualdade de direitos e deveres políticos ou o respeito por uma "vontade geral";

2.º - educação pública para todas as crianças baseadas na devoção pela pátria e austeridade moral.

3.º - um sistema econômico e financeiro combinados com os recursos da propriedade pública com taxas
sobre as heranças e o fausto
CONCLUSÃO PESSOAL

Apesar de serem da mesma época e terem vivido o mesmo processo que deu origem a Revolução Francesa,
Voltaire e Rousseau, se guiam linhas de pensamento contrárias, que de uma forma ou de outra acabaram por
influenciar o sistema da revolução. Talvez por terem origens bem diferentes: Voltaire, que era da capital, não
media esforços para participar do monde parisiense, e fazer parte da elite francesa, enquanto Rousseau, que
era oriundo de Genebra, e que só chegou a Paris aos 40 anos, nunca conseguiu se adaptar ao artificialismo
social característico do espirito de finesse que tanto lhe causava desconforto e antipatia.

Enquanto Voltaire caracterizou-se por enfatizar um conteúdo crítico em sua obra e demonstra r as
contradições sociais, direcionando o raciocínio geral para que assim, se repensasse todo o legado deixado pela
tradição; Rousseau contestava a preocupação francesa com a impressão causada ao outro, com a importância
em que a opinião alheia causava interferência na independência social das pessoas.

Voltaire, que ao mesmo tempo em que era atraído pela negação e que lutava incessantemente contra todas as
formas de dogmatismo e predeterminação, mostrou-se altamente contraditório ao explicar sua posição: “O
povo deve ser dirigido e não instruído, ele não é digno de sê -lo. Quarenta mil sábios, é mais ou menos o que
eles precisam.

Apesar de defender o pensamento crítico dos homens, ensinando-os a ter razão absoluta e sabedoria em suas
avaliações, livres de todos os preconceitos, criando assim um novo tipo de sociedade pensante e que reunisse
condições intelectuais de direcionar os seus próprios caminhos a um futuro melhor, caia em contradição ao
entender o povo como uma massa que só tinha os braços para viver. Duvidando que ela jamais teria tempo e
capacidade para se instruir, morrendo de fome antes de se tornarem filósofos.

Mesmo defendendo o direito social de liberdade de pensamento e expressão, convencendo o povo francês
que era legítimo seus direitos de ter essa faculdade, ele não a considerava igual a todos, reconhecendo assim,
a existência de desigualdade entre os homens e concebia a sociedade ser governada por um outro tipo de
aristocracia, formada por homens cultos e letrados.

Rousseau, por seu lado, preocupava-se em descobrir o que fazer para que a humanidade civilizada se
regenerasse e os homens recuperassem a liberdade perdida, formulou uma proposta pautada em dois eixos: o
primeiro, o Contrato Social, uma solução política para preservar a sociedade e fazer com que o ser humano
recuperasse sua liberdade através da união por laços mais estreitos, o que resultaria na substituição da vontade
pessoal dos homens; o segundo: uma nova comunidade deveria surgir, onde prevaleceria a vontade comum e
não a individual.

Para Rousseau, a educação aos jovens seria a única forma de compreensão da nova filosofia de formação
social. Ao contrário de Voltaire, ele valorizou os homens simples que não desempenhavam nenhum papel de
destaque dentro da sociedade.

Não só ao contrário de Voltaire, como também de todos os que impuseram o antigo regime, Rousseau
qualificava os homens como iguais, pelo simples fato de serem todos homens; isso por si só, os dava o direito
da igualdade.
A Revolução apropriou-se de suas ideias de educação, regeneração, autonomia, igualdade, bondade do povo
e seu ideal de virtude, ao longo de suas várias etapas.

Conclusivamente, define-se como ponto comum aos dois, a reflexão crítica sobre a sociedade do Antigo
Regime, e ao fato de que ambos acreditavam que a filosofia auxiliaria os homens em sua conduta no futuro.

Dentro de uma proposta revolucionária Rousseau certamente sobreviveu mais que Voltaire, o que é visível
se notarmos os estudos posteriores feitos sobre um e outro. Podemos nota r em Marx uma evolução racional
e materialista de Rousseau, ou antes, em Hegel. Enfim, todos os teóricos que propuseram mudanças pós-
Rousseau, utilizaram-se, de uma maneira ou de outra, do legado rousseauriano. Sua obra, combatida em seu
tempo, sobreviveu a ele, seus contemporâneos e está viva até os dias de hoje, ao pelo menos enquanto houver
governos e desigualdades.

A comparação dos dois mais parece uma cobra de duas cabeças. Essa é, inclusive, a melhor maneira de
representar o iluminismo através de seu s dois principais pensadores, e se estão as cabeças em lados opostos
é porque se manifestavam de maneiras divergentes: uma (Voltaire) o raciocínio lógico e a outra (Rousseau) o
raciocínio apaixonado.
BIBLIOGRAFIA
FONTE, Luís Roberto Salinas. Rousseau: da teoria à prática. São Paulo. Ed. Ática, 1976.

STAROBINSKI, Jean. Jean-Jacques Rousseau: a transparência e o obstáculo. Tradução: Maria


Lúcia Machado. São Paulo. Cia. Das Letras,1991

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Ensaio sobre a origem das línguas. Discurso
sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Discurso sobre as ciências e
as artes. Tradução de Lourdes Santos Machado. 3.º Ed. São Paulo. Abril Cultural (Os
Pensadores), 1983.

Texto: A Revolução Francesa e a modernidade. Livro: Repensando a História. Editora:


Contexto. Site: e-Biografias (http://www.e-biografias.net)

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