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1ª edição
INSTITUTO
FEDERAL
Sergipe
ALGAS CULTIVÁVEIS E SUA APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA
Mirela Assunção Simões, Suzan Diniz Santos, Danielli de Matias de
Macedo Dantas e Alfredo Olivera Gálvez
Formato: e-book
ISBN 978-85-68801-37-6
CRB 5/1030
IFS
Avenida Jorge Amado, 1551 - Loteamento Garcia Bairro Jardins - Aracaju / Sergipe.
CEP.: 49025-330 TEL: 55 (79) 3711-1437. E-mail: edifs@ifs.edu.br.
Publicado no Brasil – 2016
Ministério da Educação
Presidente da República
Michel Temer
Ministro da Educação
Mendonça Filho
Reitor do IFS
Ailton Ribeiro de Oliveira
2. INTRODUÇÃO...............................................................8
3. CAPÍTULO I – MICROALGAS..................................... 11
3.1. MICROALGAS: TAXONOMIA, BIOLOGIA E HISTÓRICO.11
3.2. BIOTECNOLÓGICA DAS MICROALGAS ........................ 17
3.2.1. COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADES
BIOLÓGICAS............................................................................ 17
3.2.2. APLICAÇÃO BIOTECNOLOGIA GERAL .................. 22
3.2.3. APLICAÇÃO FARMACÊUTICA E COSMÉTICOS..... 23
3.2.4. APLICAÇÃO ALIMENTÍCIA.........................................24
3.2.5. BIOCOMBUSTÍVEIS.................................................. 25
3.2.6. BIORREMEDIAÇÃO................................................... 26
3.2.7. AVANÇOS NA GENÉTICA MOLECULAR DE
MICROALGA......................................................................... 27
3.3. ESPÉCIES DE MICROALGAS CULTIVÁVEIS.................. 29
3.3.1. PRODUÇÃO MUNDIAL ............................................. 32
3.3.2. PRODUÇÃO NO BRASIL........................................... 33
3.4. SISTEMAS DE CULTIVO DAS MICROALGAS................. 34
3.4.1. TIPOS DE CULTIVO.................................................... 34
3.4.2. OBTENÇÃO DE BIOMASSA......................................37
3.5. PATENTES DE PROCESSOS E PRODUTOS COM
MICROALGAS........................................................................... 38
DEPÓSITO DE PATENTE: BEBIDA ALCOÓLICA
FUNCIONAL DE MICROALGA: PROCESSO DE CULTIVO E
PRODUÇÃO..........................................................................41
RELATÓRIO DESCRITIVO DA PATENTE DE INVENÇÃO..41
CAMPO DA INVENÇÃO .......................................................41
RESUMO...............................................................................41
DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA.............................42
APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS EXISTENTES......... 45
APRESENTAÇÃO DA SOLUÇÃO EM LINHAS GERAIS..... 46
SUMÁRIO DA INVENÇÃO....................................................47
DESCRIÇÃO DETALHADA DO INVENTO........................... 48
REIVINDICAÇÃO.................................................................. 53
3.6. POSSIBLIDADE DE APLICAÇÃO DO CULTIVO DE
MICROALGAS NO ESTADO DE SERGIPE............................. 54
3.7. REFERÊNCIAS................................................................... 55
4. CAPÍTULO II – MACROALGAS...................................67
4.1. HISTÓRICO, BIOLOGIA E TAXONOMIA DAS
MACROALGAS......................................................................... 67
4.2. MACROALGAS: PRODUÇÃO, CULTIVO E
AQUICULTURA......................................................................... 68
4.3. APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA GERAL DAS
MACROALGAS......................................................................... 72
Aplicação farmacêutica e cosméticos.................................. 73
Biorremediação..................................................................... 73
Avanços na genética molecular de macroalga......................78
4.4. BUSCA DE PATENTES ENVOLVENDO ALGAS NO
BRASIL...................................................................................... 79
4.5. PARTE DA DISSERTAÇÃO “ESTUDO DE CULTIVO E DE
BIOMOLÉCULAS DA MACROALGA GRACILARIA BIRDIAE
(RHODOPHYTA, GRACILARIALES)” ENVOLVENDO
SISTEMA DE CULTIVO ............................................................ 81
4.5.1. CULTIVO DA MACROALGA G. birdiae NA PRAIA DE
PAU AMARELO.....................................................................81
MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................81
OBTENÇÃO DAS VARIÁVEIS ABIÓTICAS ......................... 85
PARÂMETROS DE CRESCIMENTO: BIOMASSA E TAXA
DE CRESCIMENTO RELATIVO (TCR)................................ 86
RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................. 86
VARIÁVEIS ABIÓTICAS ...................................................... 86
VARIAÇÃO DA BIOMASSA.................................................. 89
TAXA DE CRESCIMENTO RELATIVO (TCR)...................... 90
CONCLUSÃO....................................................................... 92
4.7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................. 93
1. Apresentação
industrial (algumas toneladas por ano). Desta forma, representam uma opor-
tunidade para novas descobertas (OLAIZOLA, 2003).
Estes organismos possuem importância biológica, ecológica e econô-
mica. Em termos biológicos, o valor deste grupo de organismos reside na
estruturação da atual atmosfera terrestre, possibilitando a vida sobre a super-
fície da Terra dos seres vivos aeróbicos. Ao passo que o fato de constituí-
rem-se em produtores primários atribui às algas a importância ecológica na
medida em que estas sustentam a vida nos mares e oceanos desempenhando,
assim, um papel ecológico fundamental na manutenção destes ecossistemas.
Já a importância econômica é determinada pela diversidade de usos das algas
em vários países no mundo, desde a indústria alimentícia, medicamentos,
imunoestimulantes, cosmética à dos biocombustíveis (VIDOTTI & ROL-
LEMBERG, 2004).
Tanto a utilização da biomassa in natura ou dos extratos algais das mais
diversas classes, têm demonstrado resultados promissores nos diferentes inte-
resses econômicos, principalmente nas indústrias nutraêutica e farmacêutica.
De um modo geral, as macroalgas marinhas apresentam grande diver-
sidade referente ao seu modo de vida. A maioria vive fixa a substrato sólido,
sobretudo rochas ou corais mortos, embora algumas espécies apresentem
adaptações para crescerem sobre o substrato não consolidado como fun-
dos areno-lodosos (Oliveira, 2002). As macroalgas da Divisão Rhodophyta,
apresentm em especial, maior riqueza de táxons de valor econômico, prin-
cipalmente os gêneros Digenia, Gracilaria, Gelidiella, Gelidium, Hypnea e
Pterocladiella (Marinho-Soriano, 1999).Segundo Bellorin (2002) a macroal-
gaGracilaria é o gênero mais bem representado de algas vermelhas, com mais
de 100 espécies reconhecidas e, além disso, se distribuem na maior parte dos
mares tropicais e temperados do mundo (Oliveira e Plastino, 1994). Desta
forma, esse gênero destaca-se por ser a principal fonte mundial de ágar (Oli-
veira e Aveal, 1990; Oliveira et al., 2000).
A biomassa algal para uso industrial pode ser proveniente de bancos
naturais (extrativismo) ou de cultivo. Entretanto, a sustentabilidade da indús-
tria de macroalgas reside nos cultivos, uma vez que os bancos naturais não
são suficientes para atender a crescente demanda que vem sendo intensificada
nas últimas décadas, principalmente na produção de ficocolóides e para o uso
na alimentação (Critchley, 1997; Oliveira et al., 2000). A produção mundial
de algas atingiu 15,1 milhões de toneladas no ano de 2006 que correspondeu
a 7.200 milhões de dólares. O cultivo de algas tem crescido de maneira cons-
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tante a um ritmo médio anual de 8% desde 1970, com isso já representa 93%
da produção total mundial de algas. A China destaca-se como maior produ-
tor de algas, sendo responsável por cerca de 72% da produção mundial (10,9
milhões de toneladas) seguem como importantes produtores as Filipinas (1,5
milhões de toneladas), a Indonésia (0,91 milhões de toneladas), a Républica
da Coréia (0,77 milhões de toneladas) e o Japão (0,49 milhões de toneladas).
Apesar do Japão ser o quinto maior produtor de algas em relação ao volume
produzido ele é o segundo em receita gerada pela produção de algas, devido
ao alto valor comercial da nori (Porphya tenera), principal espécie cultivada
neste país. (FAO, 2008). Dessa forma, a opção de cultivo torna-se a alternativa
mais interessante, pois diminui a pressão sobre os estoques naturais além de
ser um potencial para o desenvolvimento das regiões costeiras (Marinho-So-
riano, 2005).
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3. CAPÍTULO I – MICROALGAS
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1000x
Figura 1: Chlorella vulgaris (UTEX, 2012) Figura 2: Scenedesmus subspicatus (UTEX, 2012)
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Atividade
Empresa País Microalgas Produto
biológica
Korea Chlo- Extrato de
Coreia Chlorella Nutracêutico
rella Co. Chlorella
Nova Extrato de
Lifestream Chlorella Nutracêutico
Zelândia Chlorella
Ácido Creme facial com
Solazyme USA Botryococcus braunii
glucurônico protetor solar
Nutracêutico,
Sun Extrato de Creme facial,
USA Chlorella pyrenoidosa
Chlorella Chlorella Suplemento para
animais
Martek Desenvolvimento
USA Crypthcodinium DHA
Omegatech cerebral
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Tratamento da
Cyanotech USA Haematococus Astaxantatina Síndrome do
Tunel Carpo
Antiinflamatório,
Mera USA Haematococus Astaxantatina tratamento de
lesões musculares
Melhora da res-
Ocean Extrato de
Canadá Chlorella posta imunoló-
Nutrition carboidratos
gica, antigripal
InnovalG França Odoniella EPA Antiinflamatório
Panmol/ Melhora da res-
Áustria Spirulina Vitamina B12
Madaus posta imunológica
Tratamento de
Nutrinova
Alemanha Ukenia DHA doenças cerebrais
Celanese
e cardíacas
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foi relatado que têm uma quantidade elevada de clorofila entre várias espé-
cies de microalgas. A atividade quelante da clorofila tem mostrado benefícios
farmacêuticos especialmente no tratamento de úlceras no fígado. Clorofila
foi também investigado como fonte de pigmentos em cosméticos. (SINGH &
GU, 2010).
Na aplicação na indústria de cosméticos, extratos de microalgas podem
ser principalmente encontrados em produtos de cuidados para a pele e rosto
(cremes antienvelhecimento, produto regenerador ou refrescante). Outras
aplicações cosméticas a partir de microalgas estão representados em produtos
para cabelo e proteção solar. Um exemplo de produto comercialmente dispo-
nível é um extrato de Chlorella vulgaris que estimula a síntese de colágeno
na pele, a regeneração de tecidos, contribuindo para a redução do envelheci-
mento. (Dermochlorella, Codif, St. Malo, França) (SPOLOARE et al., 2006).
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3.2.5. BIOCOMBUSTÍVEIS
A produção de biocombustíveis a partir de microalgas é uma das aplica-
ções que ainda não se encontra muito desenvolvida devido a diversos fatores
econômicos e técnicos. Apresenta, contudo, elevadas potencialidades, quer a
nível ambiental, quer a nível econômico. As vantagens ambientais estão rela-
cionadas com a substituição de fontes não renováveis por fontes renováveis de
produção de combustíveis ou eletricidade. As vantagens econômicas estão
relacionadas com o crescimento de uma nova indústria de produção de ener-
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3.2.6. BIORREMEDIAÇÃO
Por serem produtoras primárias dos ecossistemas aquáticos, as microal-
gas dependem das condições físicas e dos nutrientes presentes no sistema,
demonstrando sensibilidade a possíveis mudanças nestes ambientes. Desta
forma, estes microorganismo fotossintéticos vêm sendo utilizadas como exce-
lentes bioindicadores biológicas da qualidade de água (TREVIÑO, 2008),
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bém para expressar genes específicos que não possam ser expressos em leve-
dura. No entanto, por apresentar um alto potencial, a descoberta de fármacos
é a maior promessa da biotecnologia de microalgas, embora a quantidade de
espécies analisadas seja ainda reduzida (TRAMPER et al., 2003).
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Tabela 2: Identificação dos processos, produtos e espécies utilizadas nas patentes do Brasil.
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CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção envolve processos de cultivo e obtenção de bio-
massa seca de microalgas (Chlorophyecae), bem como, produção de bebida
alcoólica funcional de microalga.
RESUMO
A presente invenção refere-se a um processo de produção de microalgas
(Chlorophyecae), somado a obtenção de um produto alcoólico bioativo a partir
de microalgas, com aplicação na indústria de bebidas. Mais particularmente,
a presente invenção compreende: um processo de cultivo de duas etapas com
propriedades físico-químicas (primeira fase) e condições estruturais contro-
lados para reduzir o período de cultivo da fase de sistema fechado para o
aberto com um aumento do rendimento final e, um processo para produção
de uma bebida alcoólica funcional a base de microalgas. Esse processo não
apenas maximiza em um curto período a produtividade do cultivo por meio de
duas etapas, mas também permite obter de forma econômico e simples uma
biomassa de microalga seca. Além de envolver um processo para produção
de uma bebida alcoólica funcional a partir de uma microalga Chlorophyceae
utilizando cachaça - uma bebida popular brasileira feita a partir de cana de
açúcar fermentada.
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SUMÁRIO DA INVENÇÃO
Sistemas e métodos para aumentar a e reduzir os custos da produção
de biomassa de microalgas em um sistema de cultivo vêm sendo discutidos.
Neste sentido, o objetivo do presente invento foi desenvolver um método de
cultivo de curto período desenvolvido em duas fases, utilizando um sistema
estrutural visando elevada produtividade e redução do custo da produção.
A primeira fase do processo de cultivo da presente invenção proporciona
condições ambientais e estruturais controladas maximizando o crescimento e
qualidade celular. Esta primeira fase é caracterizada pelo crescimento celular
contínuo e divisão celular máxima em recipientes de vidro esterilizados. Esta
fase inclui o controle e manipulação dos parâmetros físico-químicos poten-
cializando a velocidade de crescimento no cultivo.
A segunda etapa permite o cultivo em tanques fechados produzidos de
material transparente e resistente à deterioração. Nesta etapa a estrutura uti-
lizada na presente invenção permite o aproveitamento de luz natural possi-
bilitando uma maior viabilidade econômica do sistema. Esta segunda fase
é ainda caracterizada por características que permitem aumentar a veloci-
dade de crescimento e assim maximizar o crescimento celular das microalgas
condicionadas nos tanques. Um aspecto é que a homogeneização das células
algais é proporcionada por um sistema de aeração originado de ar natural que
é dissipado a através de pequenas perfurações que permitem a homogenei-
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do recipiente e das células algais. Neste processo ocorre a ruptura das células
ou parte delas ocorrendo a liberação gradativa dos compostos bioativos de
interesse. Após a fase de ruptura celular a extração dos compostos na solução
(mistura cachaça e microalga) é realizada utilizando uma câmara agitadora
por um período aproximado de 2 horas, seguido de centrifugação (4000 rpm)
durante 10 minutos. O sobrenadante obtido é separado e condicionado em
outro recipiente, sendo caracterizado como o produto final da presente inven-
ção: uma bebida alcoólica funcional. Ainda outro aspecto é que a biomassa
precipitada foi mantida refrigerada, podendo ser utilizado e aplicada nas
indústrias de biotecnologia alimentícia, nutracêutica e farmacêutica. Resulta-
dos prévios obtidos demonstram atividade anti-oxidante para esta amostra. A
qualidade do produto advinda pela atividade antioxidante do produto obtido
pela presente patente pode ser atribuída a componentes bioativos presentes na
biomassa das microalgas utilizadas na presente invenção.
Neste sentido, a presente invenção estabelece um método de produção de
uma bebida que compreende a combinação de biomassa de microalgas, sob a
forma de pó ou flocos de células com um líquido comestível, obtendo assim
uma bebida alcoólica nutricional.
Em alguns casos, a biomassa algal utilizada para fazer a composição
alimentar deste processo citado acima compreende uma espécie ou uma mis-
tura de pelo menos duas ou mais distintas microalgas. Em alguns casos, pelo
menos, duas das espécies distintas de microalgas foram cultivadas separada-
mente. Outro aspecto ainda é que pelo menos, duas das espécies distintas de
microalgas possuem diferentes perfis de compostos bioativos.
Outra consideração é que a utilização da microalga pode ser contribuir
para reduzir o sabor forte da cachaça convencional. A presente invenção,
opcionalmente, inclui ainda um sabor suave originado das microalgas. A
invenção tem um sabor leve, não forte, suave, não áspera. O sabor suaviza o
paladar na degustação. Outro aspecto é o cheiro leve, não possuindo um forte
odor, geralmente observado em tradicionais bebidas etílicas. O odor é carac-
terizado como um odor característico de microalgas. Ervas diversas, plantas
aromáticas ou extratos dos mesmos, podem também ser incluídos nas com-
posições de produtos por várias razões diversas, tais como o sabor ou para os
seus próprios benefícios potenciais para a saúde (No. Pub: 2010/0119667 A1
data Pub: May 13,2010).
O presente invento demonstra um processo que resulta em um eficiente
cultivo obtenção de biomassa e isolamento de um extrato alcoólico de microal-
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REIVINDICAÇÃO
1. Processos de cultivo e obtenção de biomassa seca de microalgas
(Chlorophyecae), bem como, produção de bebida alcoólica funcional
de microalga.
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3.7. REFERÊNCIAS
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RAVEN, P.H., EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal, Editora
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 6a. ed. Coord. Trad.J.E.Kraus. 906 p.,
2001.
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TAYZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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WANG, H.-M., PAN, J.-L., CHEN, C.-Y., CHIU, C.-C., YANG , M.-H.,
CHANG, H.-W., CHANG, J.-S .Identification of anti-lung cancer extract
from Chlorella vulgaris C-C byantioxidant property using supercritical
carbon dioxide extraction. Process Biochemistry, 45, 1865–1872, 2010.
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4. CAPÍTULO II– MACROALGAS
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Biorremediação
O desarranjo e a eliminação de contaminantes ambientais por organis-
mos vivos são chamados de biorremediação.
Outra função das macroalgas é a contribuição da biorremediação de
nutrientes da água, pois segundo Xu et al. (2008a) entre 52-95% do nitrogênio
e 85% do fósforo que entram via ração nos sistemas de aquicultura tradicional
são perdidos no ambiente. Já Avnimelech (2009) descreve que apenas 25%
dos nutrientes adicionados como alimento peletizados são incorporados pelos
animais.
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da água durante o período de cultivo (MAI et al., 2010), pois fatores como
concentração inicial de amônia e fosfato, salinidade, temperatura, turbidez,
ciclo de vida, taxa de crescimento e biomassa de estocagem das macroalgas,
interferem na eficiência de absorção (CHOPIN et al., 2001; THI et al., 2012;
DU et al., 2013).
Outro fator importante da utilização das macroalgas é sua utilização
como fonte de alimento, seja pela pastagem diretamente das macroalgas e/
ou do biofilme que se forma na área superficial (LOMBARDI et al., 2006). O
biofilme é definido como a comunidade de microrganismos compostos pelos
organismos autotróficos e heterotróficos associados a uma matriz celular
aderidas a um substrato submerso (VIAU et al., 2013), que além de contri-
buir como fonte de alimento para camarões, também melhora a qualidade
da água de cultivo (AUDELO-NARARJO et al., 2011; ANAND et al., 2012).
O aumento do crescimento dos camarões em sistemas tradicionais integrado
com macroalgas já foram descritos para as espécies:L. vannamei (CRUZ-
-SUÁREZ et al., 2010; PEÑA-RODRIGUEZ et al., 2010; GAMBOA-DEL-
GADO, 2011), P. monodon (TSUTSUI et al., 2010; IZZATI, 2011) e Farfante-
penaeus californiensis (PORTILLO-CLARK et al.,2012).
Tabela 3. Eficiência na remoção de nutrientes das macroalgas dos gêneros Ulva e Gracilaria.
% % % %
Referência Espécies remoção remoção remoção remoção
Amônia Nitrito Nitrato Fosfato
Ramos et al.
U. fasciata 38 11 27 49
(2008)
Copertino et al.
U. clathrata 70 - 82 - - 50
(2009)
Marinho-So-
riano et al. G. caudata 59 - - -
(2009a)
Marinho-So-
riano et al. G. birdiae 34 - 100 93
(2009b)
Alencar et al.
U. lactuca 94 - - -
(2010)
Ramos et al.
U. fasciata 49 31 - -
(2010)
Shukri e Surif
G. manilaensis 83 33 68 -
(2011)
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Skriptsova e
Miroshnikova G.vermiculophyla 73 - - 34
(2011)
Marinho-So-
riano et al. G. caudata - 57 70 -
(2011)
Khoi e Fotedar
U. lactuca 59 - 81 - - -
(2011)
Abreu et al.
G. vermiculophylla 80 - - -
(2011)
Huo et al.
G. verrucosa 54 49 75 49
(2011)
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MATERIAIS E MÉTODOS
O cultivo da G. birdiae foi realizado na praia de Pau Amarelo, localizada
no município de Paulista, estado de Pernambuco, próximo ao Forte de Pau
Amarelo entre as coordenadas 07º 54’51,6” S e 34º 49’04,8”W, a uma distân-
cia de aproximadamente 170 m da linha de praia com profundidade batimé-
trica local de aproximadamente 1,50 m (Figura 1). O experimento foi dividido
em duas fases: a primeira teve início em 01 de janeiro de 2009 e perdurou até
01 março de 2009 (período seco) e a segunda de 15 de maio a 28 de junho de
2009 (período chuvoso).
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Figura 1. (A) Praia de Pau Amarelo no município de Paulista do litoral de Pernambuco; (B)
local de cultivo da macroalga G. birdiae; (C) localização dos bancos naturais de algas.
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cordas recicladas de polietileno (12 mm); para a flutuação das estruturas uti-
lizou - se garrafas pet’s a cada 1,50 m em toda estrutura, deixando 2 m de
corda sem flutuadores em cada extremidade da mesma; e a ancoragem foi
obtida através de “garatéias artesanais” (poitas) confeccionadas com pedras
e madeiras. A sinalização das estruturas foi feita através de bandeirolas arte-
sanais, confeccionadas com bambu, retalho de tecido, pedaço de isopor reu-
tilizado e tijolo para manter o equilíbrio (Figura 2). Mudas de G. birdiae com
peso médio de 80 g foram amarradas por fitilhos (cordão de poliamida) nas
cordas à intervalos de 15 cm. A distribuição das estruturas de cultivo foram
de forma paralela, distando aproximadamente 5 m entre uma e outra, tanto
para o período chuvoso quanto para o seco.
Figura 2. Esquema ilustrativo da implantação da estrutura de cultivo ( tipo “long line”) utili-
zada no cultivo de algas marinhas na praia de Pau Amarelo.
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Onde: Pi = peso inicial (g); Pf = peso final (g); Tf -Ti = intervalo de tempo
entre as duas medidas de biomassa (g).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
VARIÁVEIS ABIÓTICAS
Os valores referentes aos parâmetros abióticos obtidos durante o cul-
tivo experimental do presente estudo nos períodos seco e chuvoso podem ser
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Tabela 1. Variação, média, e desvio padrão dos parâmetros abióticos ambientais registrados no
cultivo durante o período chuvoso e seco na praia de Pau Amarelo-PE
Período Chuvoso
Período Seco Média (±)
Parâmetros Ambientais Média (±)desvio desvio padrão
padrão
Oxigênio dissolvido (mg\L) 7,04 ± 0,05 8,62 ± 2,87
Oxigênio saturado (%) 109,44 ± 3,45 136 ± 47,5
Temperatura (ºC) 27,9 ± 0,61 28,8 ± 1,97
Condutividade (μ/s) 51,15 ± 0,05 50,82 ± 0,85
pH 6,84 ± 0,25 7,05 ± 0,41
Salinidade (PSU) 34,6± 0,33 33,2 ± 0,24
Nitrato (μg/L) 118,41 ±3,44 77,82 ± 34,40
Nitrito (μg/L) 7,69 ± 1,02 4,48 ± 2,99
Amônia (μg/L) 16,43 ±12,92 9,38 ± 9,14
Fosfato inorgânico (μg/L) 16,70 ± 2,81 17,99 ± 5,38
Clorofila (μg/L) 6,97 ± 4,12 9,60 ± 2,55
Feofitina (μg/L) 4,16 ± 0,89 4,32 ± 2,55
Turbidez (NTU) 4,90 ±1,91 12,93 ±1,76
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Figura 3. Radiação (A.) e precipitação (B.) durante os dias de cultivo da G. birdiae na praia de
Pau Amarelo.
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VARIAÇÃO DA BIOMASSA
A variação de biomassa total e quinzenal para os períodos seco e chu-
voso estão apresentadas na Figura 1. Ao comparar a biomassa total produzida
nos períodos seco e chuvoso, valores superiores (p<0,01) foram observados
para a estação seca (41,32 kg) em relação a chuvosa (13,36 kg) (Figura 4A).
Com relação a variação de biomassa quinzenal, o crescimento de G. birdiae
no período seco apresentou um padrão de linear durante os 60 dias de cultivo.
No período chuvoso o mesmo foi observado até o trigésimo dia, a partir de
então, observou-se uma interrupção no crescimento seguido de uma acen-
tuada perda de biomassa, causada provavelmente pela fragilização e despren-
dimento das mudas nas estruturas de cultivo. Tal fato tornou, nas condições
experimentais, inviável o cultivo após os trintas dias. Soriano (2005), estudou
o cultivo de Gracilaria no Rio Grande do Norte e afirma que a alga atinge o
tamanho comercial em 60 dias, alcançando uma média de 500 g por muda, a
partir de um inóculo com peso aproximado de 50 g.
Existe uma dificuldade de se comparar os resultados de biomassa geral
obtidos nesse estudo com os da literatura, devido principalmente as diferenças
experimentais que vão dês de diferentes formas de cultivo e espécies, forma
de coleta dos dados, até diferentes tratamentos estatísticos. A partir dos resul-
tados demonstrados na Figura 4B, pode-se observar que a G. birdiae cultivada
na praia de Pau Amarelo no período seco e chuvoso atingiu uma biomassa
média máxima de 269,59 g em 30 dias, havendo uma diferença significativa
de biomassa no período seco com média máxima de 319 g no mesmo tempo
de cultivo. Lelis (2006), encontrou uma média de biomassa por muda de G.
birdiae cultivada no Ceará, em 30 dias de cultivo de 167,50 g, sendo dessa
forma um resultado inferior em relação ao observado em Pau Amarelo, tanto
no período chuvoso quanto no seco. Considerando que haja o dobro de safras
em relação ao trabalho citado, podemos observar o alto potencial de cultivo de
G. birdiae para área em estudo. Entretanto, foram utilizadas para implantação
inicial mudas de 80 g para G. birdiae, enquanto que Soriano (2005) preferiu
utilizar mudas iniciais com 50 g.
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Figura 4. Variação da biomassa nos períodos seco e chuvoso: (A.) biomassa total, (B.) bio-
massa média quinzenal.
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CONCLUSÃO
A macroalga marinha Gracilaria birdiae cultivada em uma praia urbana
no litoral de Pernambuco (Pau Amarelo) apresentou: Uma maior biomassa algal
quando cultivadas no período seco e boas taxas de crescimento, com um tempo de
colheita ideal de aproximadamente 30 dias no período chuvoso e 33 dias no seco.
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Estudos nessa área devem persistir, uma vez que, as condições ambien-
tais da água e o clima tropical do nosso país são favoráveis a esse tipo de
cultivo.
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ITO, K., & HORI, K. (1989). Seaweed: Chemical composition and potential
foods uses. Food Reviews International, 5, 10 -144.
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Mirela Assunção Simões -Possui graduação em Engenharia de Pesca pela
Universidade Federal Rural de Pernambuco (2004) e mestrado em Recursos
Pesqueiros e Aquicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
(2010). Professora efetiva do Instituto Federal de Sergipe. Tem experiência
na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em
Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, atuando principalmente nos
seguintes temas: macroalga, cultivo, comunidades costeiras, sustentabilidade
e carcinicultura.