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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO AMAZONAS
CAMPUS MANAUS DISTRITO INDUSTRIAL
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E
AUTOMAÇÃO

GABRIEL WENDEL SANTOS DA SILVA

UM SISTEMA ULTRASSÔNICO PARA DETECÇÃO DE CLORO EM


ÁGUA POTÁVEL

MANAUS - AM
2018
GABRIEL WENDEL SANTOS DA SILVA

UM SISTEMA ULTRASSÔNICO PARA DETECÇÃO DE CLORO EM


ÁGUA POTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia de Controle e Automação, do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Amazonas, Campus
Manaus Distrito Industrial – IFAM/CMDI.

Orientador: Prof. Dr. Vitor Bremgartner da


Frota.
Co-orientador: Msc. Carlos Raimundo
Pereira dos Santos Júnior.

MANAUS - AM
2018
AGRADECIMENTOS [FAZER]

Folha que contém manifestação de reconhecimento a pessoas e/ou


instituições que realmente contribuíram com o autor, devendo ser expressos de
maneira simples. Coloca-se no espaço superior da folha a palavra
Agradecimento(s), grafada em CAIXA ALTA, em negrito e centralizada.
Exemplo:
Certamente estes parágrafos não irão atender a todas as pessoas que
fizeram parte dessa importante fase de minha vida. Portanto, desde já peço
desculpas àquelas que não estão presentes entre essas palavras, mas elas podem
estar certas que fazem parte do meu pensamento e de minha gratidão.
Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Fulano, pela sabedoria com que me
guiou nesta trajetória.
Aos meus colegas de sala.
A Secretaria do Curso, pela cooperação.
Gostaria de deixar registrado também, o meu reconhecimento à minha
família, pois acredito que sem o apoio deles seria muito difícil vencer esse desafio.
Enfim, a todos os que de alguma forma contribuíram para a realização desta
pesquisa.
“A ciência nunca resolve um
problema sem criar pelo menos
outros dez.”

George Bernard Shaw.


RESUMO

SILVA, Gabriel. Um sistema ultrassônico para medição de cloro em água


potável. 2018.12. Trabalho de Conclusão de Curso Bacharelado em Engenharia de
Controle e Automação – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Amazonas – Campus Manaus Distrito Industrial. Manaus, Amazonas, 2018.

O objetivo deste trabalho é a implementação de um sistema supervisório para


detecção de cloro na água utilizando a placa de aquisição TDC 1000-TDC 7200
EVM para determinar o tempo de voo [o que é tempo de voo??] de amostras de
água contaminada por cloro. Todas as etapas de construção do sistema foram
documentadas: primeiramente foram feitas medidas com outros elementos químicos,
a fim de determinar se existem variações de tempo de voo nas amostras a partir de
ultrassom de 2 MHz. Após a verificação da variação foram contaminadas amostras
de água com o cloro, que é um desinfetante amplamente utilizado na água no
tratamento para consumo humano, por isso, um sistema confiável de detecção de
cloro é necessário, já que quando usado em grandes quantidades pode causar
várias doenças. Após a etapa de verificação de variação, os dados de tempo de voo
foram analisados e comparados com os dados de água potável. A metodologia de
realização de testes para determinar os parâmetros mais importantes foi obtida
através de materiais fornecidos pelo fabricante, a fim de que os transdutores
ultrassônicos funcionem corretamente, uma vez que são extremamente sensíveis às
variações de temperatura e pH dos fluidos. Com estes testes foi possível avaliar o
desempenho dos transdutores ultrassônicos e avaliar quais parâmetros sofreram
algum tipo de variação ou não, inclusive se houve variação da composição química
do fluido.

Palavras-chave: Análise de água potável. Medição de cloro. Sistema ultrassônico.


Tempo de voo.
ABSTRACT

SILVA, Gabriel. An ultrasonic system for chlorine measurement in potable wa-


ter. 2018. 12. Bachelor’s Degree Completion Work in Control and Automation Engi-
neering –Federal Institute of Education, Science and Technology of Amazon – Cam-
pus Manaus Industrial District. Manaus, Amazonas 2018.
The objective of this work is the implementation of a supervisory system for the
detection of chlorine in water using the TDC 1000-TDC 7200 EVM acquisition board
to determine the tim of flight of chlorine contaminated water samples. All stages of
system construction were documented: measurements were first made with other
chemical elements to determine if there are variations in time of flight in the samples.
After verification of the variation, water samples were contaminated with chlorine,
which is a disinfectant widely used in the water in the treatment for human consump-
tion, therefore, a reliable chlorine detection system is necessary, since when used in
large quantities it can cause diseases. After the variation check step, the time of flight
data were analyzed and compared with the potable water data. The methodology for
conducting tests to determine the most important parameters was obtained from ma-
terials supplied by the manufacturer in order for the ultrasonic transducers to function
correctly as they are extremely sensitive to variations in temperature and pH of the
fluids. With these tests it was possible to evaluate the performance of the ultrasonic
transducers and to evaluate which parameters suffered some type of variation or not,
even if there was variation of the chemical composition of the fluid.

Keywords: Potable water analysis. Chlorine measurement. Time of Flight. Ultrasonic


system.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Componentes de um transdutor ultrassônico ............................................. 20


Figura 2. Modelo de propagação de ondas .............................................................. 25
Figura 3. Campo Sônico nas proximidades do cristal piezelétrico ........................... 25
Figura 4. Fenômeno de difração de ondas ............................................................... 26
Figura 5. Alto- falante internamente .......................................................................... 27
Figura 6. Princípio de medição do TI ......................................................................... 30
Figura 7. Microcontrolador TDC 1000 ....................................................................... 32
Figura 8. Demonstração do tempo de voo de uma onda ultrassônica ...................... 32
Figura 9. Diagrama de Blocos do funcionamento eletrônico interno do circuito
integrado TDC 1000 .................................................................................................. 33
Figura 10. Circuito LNA com resistores na entrada. ................................................. 34
Figura 11. Circuito LNA com capacitores na entrada. ............................................... 35
Figura 12. Diagrama de aplicação para medição de nível ........................................ 35
Figura 13. Relação entre recepção e transmissão de pulsos na medição de nível ... 36
Figura 14. Diagrama de funcionamento do TDC 7200 .............................................. 38
Figura 15. Molécula de Clorofórmio .......................................................................... 41
Figura 16. Molécula Bromodiclorometano ................................................................. 41
Figura 17. Diagrama da sonda tetrapolar, onde 𝒅𝒆 é o diâmetro do eletrodo e 𝒅𝒑 o
diâmetro externo da sonda. ....................................................................................... 43
Figura 18. Diagrama do sistema de medição, mostrando a ligação da sonda com o
computador. .............................................................................................................. 44
Figura 19. Placa de desenvolvimento TDC1000-TDC7200EVM. .............................. 47
Figura 20: Recipente padrão para medições ............................................................ 47
Figura 21: Recipiente padrão de medições ............................................................... 47
Figura 22. Tela inicial do software TDC1000_TDC7200_EVM.................................. 48
Figura 23. Configuração dos registradores do TDC1000 .......................................... 49
Figura 24. Medida de tempo de voo para nível. ........................................................ 50
Figura 25. Nível do reservatório virtual ...................................................................... 50
Figura 26. Conexão dos transdutores à placa. .......................................................... 52
Figura 27. Diagrama de blocos para medição do front end. ...................................... 53
Figura 28. Setup do sistema...................................................................................... 54
Figura 29. Cano DN20 com os transdutores ultrassônicos acoplados. ..................... 55
Figura 30. Cano DN20 representado em corte.......................................................... 55
Figura 31: Representação dos transdutores acoplados ao cano DN20 .................... 56
Figura 32. Passo a passo do método de detecção ultrassônica. .............................. 56
Figura 33. Aba extra criada em Labview para determinação de contaminação ........ 57
Figura 34: Tempo de voo da água contaminada versus concentração de cloro. ...... 61
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Medições de Time of Flight em diferentes fluidos e misturas .................... 59


Tabela 2: Tempos de voo em diferentes concentrações de cloro ............................. 60
Tabela 3: Concentração de cloro estimada de acordo com as medições do tempo de
voo. ........................................................................................................................... 62
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LISTA DE ABREVIATURAS

DPD N, N dietil-p-fenileno diamina


TDC Time to Digital Converter
THM Trihalometanos
ToF Time of Flight
PZT Titanato Zirconato de Chumbo

LISTA DE SIGLAS

AFE Analog front-end


EIE Espectroscopia de Impedância Elétrica
IC Integrated Circuit
LNA Low Noise Amplifier
MCU Microcontroller Unit
PGA Programmable Gain Amplifier
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................11
1.1 OBJETIVOS ...............................................................................................14
1.1.1 OBJETIVO GERAL .....................................................................................14
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................14
1.2 JUSTIFICATIVA..........................................................................................15
2. REFERENCIAL TEÓRICO .........................................................................18
2.1 TRANSDUTORES ULTRASSÔNICOS ......................................................18
2.1.1 COMPONENTES DE UM TRANSDUTOR ULTRASSÔNICO ....................20
2.1.2 SENSIBILIDADE DO TRANSDUTOR ULTRASSÔNICO ...........................21
2.1.3 EFICIÊNCIA DO TRANSDUTOR ULTRASSÔNICO ..................................21
2.1.4 VELOCIDADE DAS ONDAS ACÚSTICAS .................................................21
2.1.5 REFLEXÃO DO ULTRASSOM ...................................................................22
2.1.6 TEMPO DE VOO DAS ONDAS ULTRASSÔNICAS ...................................22
2.1.7 PRINCÍPIOS SÔNICOS .............................................................................23
2.1.8 CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS ULTRASSÔNICAS .............................23
2.1.8.1 COMPRIMENTO DE ONDA .......................................................................23
2.1.8.2 CAMPO SÔNICO .......................................................................................24
2.1.9 FREQUÊNCIA DO ULTRASSOM...............................................................26
2.2 MEDIÇÕES POR ULTRASSOM.................................................................27
2.3 TIME-TO-DIGITAL-CONVERTERS ............................................................27
2.3.1 TDC ANALÓGICO BASEADO NA INTEGRAÇÃO ATUAL .........................28
2.3.2 PRECISÃO DO TDC ..................................................................................29
2.3.3 TIME INTERVALS ......................................................................................29
2.4 MICROCONTROLADOR TDC 1000...........................................................30
2.4.1 MODO DE OPERAÇÃO 0 ..........................................................................33
2.4.2 MODO DE OPERAÇÃO 1 ..........................................................................34
2.4.3 MODO DE OPERAÇÃO 2 ..........................................................................34
2.4.4 PRECISÃO NA GERAÇÃO DE SINAIS DE STOP .....................................34
2.4.5 APLICAÇÕES E IMPLEMENTAÇÕES .......................................................35
2.5 MICROCONTROLADOR TDC 7200...........................................................37
2.6 CLORO .......................................................................................................39
2.6.1 TRIALOMETANOS .....................................................................................41
2.6.2 ASPECTOS TOXICOLÓGICOS .................................................................42
2.7 ESPECTROSCOPIA POR IMPEDÂNCIA ELÉTRICA ...............................42
3. METODOLOGIA [MUDAR ESTE NOME PARA MÉTODOS UTILIZADOS]
46
3.1 MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE ÁGUA .......................46
3.2 MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE FLUXO DE ÁGUA .....................52
3.2.1 PROPOSTA DE SISTEMA ULTRASSÔNICO PARA MEDIÇÃO DE CLORO
NA ÁGUA ................................................................................................................52
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...............................................................58
4.1 MEDIÇÕES COM CLORO .........................................................................59
5. CONCLUSÃO.............................................................................................63
REFERÊNCIAS .......................................................................................................64
11

Capítulo 1
1. Introdução
Com frequência o mercado utiliza os sistemas de ultrassom para caracterização de
líquidos e até mesmo de materiais sólidos, como alimentos, para fins de determinação de
características bioquímicas, físicas e microbiológicas dos mesmos. De acordo com
Nazário et al. ( 2009), isso deve-se ao fato de que as ondas de ultrassom possuem uma
variedade de efeitos, considerando a combinação das características das ondas com a
dos alimentos.
O ultrassom é gerado principalmente por transdutores ultrassônicos que podem ser
produzidos em diversas geometrias. O primeiro transdutor ultrassônico teve um formato
plano e não focalizado, conforme Kinsler et al. (1980). Segundo Cirullo (2015), em 1984
Wheigth pôde determinar os campos acústicos produzidos pelo transdutor ultrassônico
quando este tinha excitação contínua e pulsada, assim mostrando que a resposta
impulsiva pode ser obtida em ambos os casos. Diversas aplicações do ultrassom utilizam
essa excitação transiente do transdutor por um pulso elétrico, dentre elas: medição de
vazão, ensaios não destrutivos e principalmente caracterização de fluidos e materiais,
além de imagens médicas.
A caracterização de fluidos, no caso deste trabalho a água clorificada, é uma
atividade indispensável em indústrias, tanto para realização do controle de qualidade de
produtos e matérias-primas e também de resíduos de produção, segundo Daciuk (2008).
Isto se deve ao fato de exigências da legislação brasileira e também dos próprios clientes
da empresa. Para esta análise ser realmente eficiente, é necessário um sistema de
detecção imediata da presença de determinado elemento no resíduo fluido proveniente do
sistema de produção, o que nem sempre ocorre. Normalmente as amostras são enviadas
para laboratórios de análise química, o que muitas vezes acaba por prolongar a entrega
dos testes laboratoriais, acarretando no descarte incorreto de um fluido contaminado no
meio ambiente por parte da empresa.
Uma das principais aplicações do ultrassom se dá na identificação e
caracterização de fluidos, viscosos ou não. Em líquidos como o leite, é comum serem
feitos em laboratórios medições de parâmetros como teor de gordura, proteínas, sólidos
totais e água adicionada. Nazário et al. (2009), diz que em geral são utilizados
12

equipamentos diferentes para cada tipo de propriedade do leite e que isso envolve
diversas técnicas de manipulação, que muitas vezes envolvem a presença de produtos
químicos, o que acaba destruindo a amostra de teste.
Outra importante aplicação do ultrassom é em sistemas de caracterização
eletroquímica, como mostrado em Garbellini et al. (2008), onde experimentos que aliaram
o ultrassom à caracterização eletroquímica foram capazes de detectar a presença de
metais na água e em amostras mais complexas.
Saterlay et al. (2001) provaram que experimentos com ultrassom é possível fazer
a detecção de compostos químicos como o 4-clorofenol (4-CF), que em caso de
aquecimento é capaz de produzir vapores tóxicos e corrosivos como o cloreto de
hidrogênio e cloro, além ser irritante para pele e olhos e podendo causar problemas no
sistema nervoso central. Já em Zanotto-Netto (2005), foi mostrada utilização do ultrassom
em conjunto com diversas técnicas volumétricas utilizando um eletrodo para determinação
eletroanalítica de 4-nitrofenol (4-NF) em águas puras e de rios.
Há a necessidade de testar quimicamente a água proveniente dos encanamentos
residenciais, que por sua vez advém do encanamento da concessionaria de água, onde
muitas vezes pode haver vazamentos e contaminação da água por microorganismos. A
solução das concessionarias para este problema é inserir determinada quantidade de
cloro, que comprovadamente é um agente químico cancerígeno, na água, frequentemente
utilizando uma quantidade acima da permitida por lei.
A água é o elemento considerado o solvente universal e de importância
fundamental para a existência de seres vivos. Com o avanço dos sistemas de distribuição
de água, quando esta chega às residências, muitas vezes contém quantidades
consideráveis de cloro, o que pode causar problemas à saúde humana.
Estima-se que 80% das doenças e cerca de um terço das mortes nos países em
desenvolvimento, onde o Brasil está localizado, sejam causadas pelo consumo de água
contaminada, conforme Galal (1996). Essa contaminação afeta principalmente um grupo
específico de pessoas, como crianças, bebês, idosos e pessoas já doentes.
Conforme Daciuk (2008), além de indústrias e residências, pode-se citar os poços
de prospecção de petróleo, onde geralmente o escoamento proveniente do reservatório é
composto por óleo, água, gases e até mesmo areia (no caso de poços submersos), e a
caracterização deste escoamento, determinando os componentes sólidos, líquidos e
gasosos, o que pode ser utilizado para definir o ponto de operação das bombas utilizadas,
desta forma aumentando sua vida útil.
13

O Brasil geralmente tem casos de contaminação por cloro envolvendo saúde


pública. Assim, vários estudos são realizados para encontrar o melhor método de
detecção de cloro, dentre eles o trabalho proposto por Dutra et. al (2014), que realiza a
detecção de cloro utilizando Espectroscopia de Impedância Elétrica (EIS), buscando
encontrar uma relação matemática entre o espectro da impedância elétrica e a
concentração de cloro encontrada na água, utilizando EIS. A pesquisa de Monteiro
(2005) também lida com a detecção de cloro, no entanto, usando uma titulação por N, N-
dietil-p-fenileno diamina (DPD), que é um indicador da presença de cloro residual, que
reage à presença de mudança de cor do cloro.

Soares et. al (2016) descrevem o método DPD colorimétrico como


operacionalmente mais simples para a determinação de cloro residual livre, quando
comparado à titulação por EIS. Neste método, o composto (DPD) é usado como
indicador. A cor rosada característica desenvolve-se em águas que não contêm iodeto e
indica a presença de cloro residual livre. O DPD é oxidado por cloro livre, resultando
numa solução com uma intensidade de cor proporcional à concentração de cloro livre. A
medida da concentração pode ser realizada utilizando o disco colorimétrico ou o
clorímetro digital. O primeiro emprega a comparação visual como método de análise e o
segundo, a absorção da solução resultante é medida por fotometria.

Segundo APHA, AWWA e WEF (2005) [padronizar as citações, seja em


maúsculas ou minúsculas], as desvantagens desse método estão principalmente
relacionadas aos interferentes, tanto as espécies cloradas, que oxidam o reagente DPD,
quanto à presença de manganês e de altas concentrações de clorito. Parâmetros como
cor e turbidez podem interferir em todos os procedimentos colorimétricos, sendo
necessário compensar usando uma amostra de branco.

Um estudo comparativo entre três métodos comuns na determinação de cloro


residual, realizado por Wilde (1991), utilizando amostras de água do rio Savannah na
cidade de Aiken, localizada no estado norte-americano da Carolina do Sul, concluiu que o
método DPD e o método de titulação amperométrica produzem resultados
estatisticamente semelhantes. O método DPD por ser mais simples, fornecer resultados
rápidos e ser adequado para medições em campo e laboratório, foi proposto para o
monitoramento da água avaliada. Outro método desenvolvido foi descrito por March
14

(2002), que detectou a presença de cloro na água de alguns banheiros e lavanderias


utilizando ortolitidina. Noll, Oliveira e Pescador (2000) também compararam dois métodos
para a determinação de cloro residual, com a utilização do reagente ortotolidina e do
DPD, encontrando melhores resultados com esse último.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho é criar um sistema supervisório para detecção de


cloro em água potável.
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Objetivo deste trabalho é fazer a detecção de uma quantidade superior à


recomendada por autoridades médicas do agente químico Cloro (Cl) presente na água de
tanques residenciais utilizando um transdutor ultrassônico. Para isso, é desenvolvido um
instrumento de verificação constituído de uma parte eletrônica (hardware) e por uma
ferramenta computacional (software), com dedicação à aquisição dos dados dos
registradores do módulo TDC 1000- TDC 7200 EVM. [isso aqui são métodos]

No presente trabalho é dada ênfase à velocidade do som, mostrando os detalhes


de Time of Flight (TOF), o qual permite a caracterização da velocidade do som em meio
aquoso contaminado por cloro. O método desenvolvido é de implementação simples e
elimina a dependência da utilização de outros elementos químicos que também servem
para detecção de cloro, porém têm custo elevado e precisam ser comprados
constantemente.

Para possibilitar esses testes de detecção de cloro, o objetivo é propor um sistema


de análise ultrassônica, que determinará o tempo de voo da onda ultrassônica, que varia
de acordo com o fluido analisado, a fim de compará-lo com tempo de voo da água limpa e
assim determinar se há ou não contaminação da água. Além dos itens citados, este
trabalho também tem como objetivo encontrar uma equação equivalente que possa ser
usada como um parâmetro para definir a quantidade de cloro em determinada porção de
água, e que contenha o menor erro possível em comparação com o sistema real.
[adicionar a parte escrita embaixo de acordo com os objetivos acima, em forma de
tópicos.]
15

[Sendo assim, os objetivos específicos resumem-se em:

- ...

- ...

-...] [nota: a conclusão do trabalho estará relacionada com os objetivos, se


foram alcançados ou não. Portanto, tenha cuidado aqui e na conclusão.]

1.2 JUSTIFICATIVA

No âmbito nacional, há dois lugares que justificam a implementação desse projeto


de pesquisa. Trata-se da água presente em cisternas e tanques residenciais. As cisternas
têm como objetivo a captação de águas pluviais, não excluindo também seu
abastecimento artificial por caminhões-pipa. Em ambos os casos, a água pode ser
contaminada por produtos de limpeza como o cloro, tanto no caminho que é feito até a
cisterna, no caso da água transportada por caminhões, quanto já dentro da própria
cisterna. Já nos tanques residenciais, o abastecimento feito é público, pelo encanamento
da residência, ou seja, deve passar por um tratamento químico e mecânico para
desinfecção dos microorganismos e vermes que provocam doenças como
esquistossomose em seres humanos, além de despoluição para a retirada de agentes
químicos como mercúrio (Hg), que é um metal venenoso e denso, o qual é utilizado por
garimpeiros para separar o ouro de outros metais que possam estar junto a ele.
O Ministério da Saúde instituiu em 2017 a Portaria de Consolidação nº 5, que trata
da potabilidade da água e discorre sobre os procedimentos para controle e vigilância da
qualidade da água consumida por seres humanos e outras leis relacionadas à saúde
humana. Nesta portaria incluísse a quantidade de cloro, que deve variar de 0,2 a 2 mg/L.
Segundo Koivusalo et al. (1996), a cloração de água é conhecida por produzir uma
mistura complexa de compostos organoclorados, incluindo substâncias mutagênicas e
cancerígenas.
Atualmente muitas empresas necessitam testar quimicamente os fluidos
provenientes de seus processos de produção, visto que dependendo do nível de
contaminação no fluido, este deve ser descartado de maneira ecologicamente correta
para não infringir nenhum tipo de legislação ambiental vigente. Logo, este projeto também
pode ser aplicado nestes locais que precisam detectar a presença de contaminação
16

clorosa em fluidos aquosos de maneira rápida e eficiente, eliminando gastos com


reagentes químicos para detecção de cloro. Diversas vezes os contaminantes presentes
nos produtos de entrada numa planta são nocivos aos equipamentos que a compõe e a
detecção prévia destes pode evitar danos às máquinas e prejuízos posteriores à empresa.
Acidentes com cloro no Brasil não são tão incomuns, como em setembro de 2000,
quando dezesseis pacientes submetidos à hemodiálise em um hospital apresentavam
sintomas de envenenamento por cloro e cloramina. Na época, um novo reservatório foi
instalado, que começou a distribuir para as máquinas de hemodiálise, de acordo com a
pesquisa de Calderaro e Heller (2001). Durante a troca, o suprimento foi feito por um
tanque antigo, que foi desinfetado com cloro por uma empresa terceirizada, que não
verificou ou fez testes para verificar a presença de cloro residual. Após os pacientes
renais apresentarem sintomas de intoxicação, foi realizada uma análise da água, que
apresentou níveis de contaminação acima de 2,75 mg / L, quantidade acima da permitida
pela atual portaria de consolidação do Ministério da Saúde.
Os métodos mais comuns para análise da qualidade de produtos finais em uma
indústria são os de cromatografia e espectrometria, métodos já bastante utilizados nas
mais variadas análises, como a gasosa e aquosa, de acordo com estudo de Lichtenberg
(1975), que relaciona os métodos para a determinação de contaminantes na água. Estas
análises possuem altos graus de precisão e confiabilidade, todavia, em contra partida com
a detecção ultrassônica, há um alto custo para realizar as ditas análises e novamente a
demora do recebimento dos resultados das amostras dos fluidos que foram enviadas para
caracterização em laboratórios especializados.
Outra justificativa importante é que considerando a constante falta de manutenção
nos pontos onde, por exemplo, há constantes vazamentos de água, a solução dada pelas
empresas de água é adicionar uma quantidade maior de cloro para desinfetá-la. As
maiores quantidades de cloro adicionadas aos sistemas de distribuição deixam um
resíduo, que neutraliza a ação dos microrganismos ou os elimina, de acordo com Souza
(2006). No entanto, há uma crescente atenção aos subprodutos, criados pela reação
entre o cloro residual e o material orgânico encontrado na água, uma vez que a reação
resultante consiste em subprodutos indesejáveis, como os trialometanos, que são mais
frequentes e por causa de sua ação. O potencial cancerígeno é um dos subprodutos mais
preocupantes. Contudo, a substituição do cloro por outro desinfetante no tratamento da
água pode trazer mais riscos do que benefícios. Segundo Daniel et al. (2001) e Meyer
(1994) a diminuição da incidência de doenças transmissíveis pela água somente foi
17

alcançada com a difusão do emprego da técnica da cloração, possibilitando uma melhora


na qualidade de vida e diminuição da mortalidade infantil por doenças entéricas. Com isto,
a desinfecção não deve ser comprometida para que seja controlada a geração de
subprodutos da cloração.
Além do processo de desinfecção, a Portaria de Consolidação nº 5 exige a
presença do residual de cloro livre com concentração mínima de 0,2 mg/L em todo o
sistema de distribuição, a fim de garantir a qualidade microbiológica da água. Segundo
Helbling e Vanbriesen (2007), a demanda de cloro pode ser um indicador substituto para
a contaminação microbiana do sistema de distribuição de água e sua utilidade pode ser
reforçada em locais do sistema de distribuição de água que mantêm um maior residual de
cloro livre.

[subseção: metodologia adotada. Pode colocar como tópicos, de acordo com


o que vc já fez no seu trabalho.]
[subseção: estrutura da monografia]
18

Capítulo 2

2. Referencial Teórico
Neste capítulo é mostrada a teoria de todo o sistema montado desde os
transdutores ultrassônicos até os microcontroladores utilizados.

2.1 TRANSDUTORES ULTRASSÔNICOS

Um transdutor ultrassônico consiste em um dispositivo que converte um pulso


elétrico em onda acústica e o inverso também ocorre; uma onda acústica se transforma
em pulso elétrico. Grande parte dos transdutores ultrassônicos é produzida com materiais
piezelétricos, que realizam a conversão de energia elétrica em mecânica e vice-versa.
Em 1880 o efeito de conversão de energia mecânica em energia elétrica direto foi
descoberto por Pierre e Jacques Curie e foi chamado de efeito piezelétrico. Já em 1881,
Lippman utilizou princípios termodinâmicos para prever um efeito piezelétrico inverso, ou
seja, de converter energia elétrica em energia mecânica, segundo Eiras (2004).
Os transdutores ultrassônicos têm diversas aplicações, que incluem áreas distintas
tais como medicina, ensaios não destrutivos em mecânica e caracterização de materiais,
além de poder serem produzidos em várias configurações como: arrays lineares e
circulares e elemento único. O campo acústico gerado pelo ultrassom é propagado para
qualquer meio, sendo este o corpóreo, no caso da medicina ou também fluidos, no caso
deste trabalho.
A partir do momento que onda ultrassônica encontra uma interface com meios
diferentes, como, por exemplo, a superfície de um órgão, de acordo com o mostrado por
Nascimento (2003), parte da energia gerada é refletida e outra é transmitida, desta forma
a energia refletida é captada pelo transdutor ultrassônico, amplificada e processada e
pode ser utilizada para fins medicinais, tais como a formação da imagem da estrutura de
um exame médico. Os transdutores utilizados nesta aplicação devem estar de acordo
com alguns requisitos, particularmente gerar um pulso estreito e ter alta sensibilidade.
Hoje grande parte dos transdutores ultrassônicos é produzida a partir de cerâmicas
de titanato zirconato de chumbo (PZT), que possuem características superiores às
19

apresentadas pelos cristais de quartzo, matéria prima dos primeiros transdutores


ultrassônicos. Para tornar a produção de transdutores com erros menores, diversos
modelos matemáticos foram desenvolvidos para prever o funcionamento destes
transdutores, dentre eles o modelo por Métodos de Elementos Finitos (MEF), uma vez
que de acordo com Kino (1987) e Berlincourt et al. (1964), antes os modelos de previsão
eram unidimensionais, como o modelo proposto por Mason e o modelo KLM, proposto por
Krimholtz et al. (1970).
Visando melhorar os transdutores ultrassônicos feitos de cristais de quartzo e
também de PZT, a partir de 1970 foram desenvolvidos os chamados materiais
piezelétricos compósitos, que basicamente é composto por dois materiais: a cerâmica
piezelétrica e um polímero não piezelétrico, de maneira que o material formado contenha
propriedades superiores à cerâmica piezelétrica tradicional.
Muitos fatores tais como o tipo de elemento que foi utilizado para a construção do
transdutor, compatibilização elétrica, além de condições externas como cargas mecânicas
e elétricas são capazes de influenciar o comportamento e o desempenho de um
transdutor, além das várias variáveis de construção física.
Na construção dos transdutores é possível de definir sua forma de atuação como
receptor de ondas ou também transmissor e até mesmo os dois, que podem ter
características semelhantes para que tenha a mesma eficiência no desempenho sem
importar o modo de operação.
Como dito no primeiro parágrafo, os materiais piezelétricos convertem energia
mecânica em energia elétrica e vice-versa, ou seja, a tensão mecânica depende da
deformação e também do campo elétrico, da mesma maneira que o deslocamento elétrico
depende do campo elétrico e da deformação, assim, as equações que demonstram as
grandezas foram mostradas por Rosenbaun (1988), Berlincourt et. al (1964) e Ikeda
(1996) e podem ser vistas a seguir.

𝐸
𝑇𝑖𝑗 = 𝑐𝑖𝑗𝑘𝑙 𝑆𝑘𝑙 − 𝑒𝑘𝑖𝑗 𝐸𝑘 (2.1)

𝑆
𝐷𝑖 = 𝑒𝑖𝑘𝑙 𝑆𝑘𝑙 + 𝜀𝑖𝑘 𝐸𝑘 (2.2)
20

Onde 𝑒𝑘𝑖𝑗 e 𝑒𝑖𝑘𝑙 são constantes piezelétricas e S e E são a deformação e o campo


elétrico constante respectivamente. O ε equivale ao tensor de permissividade elétrica do
material; 𝐷𝑖 é o deslocamento elétrico e 𝑇𝑖𝑗 é a tensão de deformação.

2.1.1 COMPONENTES DE UM TRANSDUTOR ULTRASSÔNICO

A figura a seguir mostra um transdutor ultrassônico internamente assim com a


disposição dos componentes internos do mesmo.
Excitacão da cerâmica
Aterramento

Indutor

Tubo de latão

Cerâmica piezelétrica

Figura 1. Componentes de um transdutor ultrassônico


Fonte: Autor
Como visto anteriormente, o elemento ativo do transdutor é o PZT, que é
visualizado como um disco de cerâmica piezelétrica, com um diâmetro maior que a
espessura e eletrodos acoplados nas faces paralelas do transdutor. O elemento ativo é o
responsável pela transformação do pulso elétrico em um campo acústico, quando opera
como transmissor, ou conversão o campo acústico em pulso elétrico quando o transdutor
atua como receptor.
21

2.1.2 SENSIBILIDADE DO TRANSDUTOR ULTRASSÔNICO

A sensibilidade do transdutor está ligada à capacidade de encontrar alvos dentro


do ambiente ao qual está ligado e assim haja a reflexão da onda ultrassônica. Todavia, a
sensibilidade é uma variável complexa de ser definida, por conta da influência do material
utilizado, do pulso de excitação do transdutor, além de sua eficiência, no que se refere à
piezeletricidade, entre outros. Há também as variáveis que não dependem somente do
transdutor, como o material que irá refletir a onda, temperatura do corpo que irá receber
as ondas, sendo fluido ou sólido, além da atenuação do meio de transmissão.

2.1.3 EFICIÊNCIA DO TRANSDUTOR ULTRASSÔNICO

A eficiência do transdutor, quando opera como transmissor, é dada pela razão


entre a energia do pulso de excitação e a energia convertida em um campo acústico, por
meio do efeito piezelétrico. O pulso acústico é transmitido pelo transdutor através de um
meio e este irá gerar um eco que será refletido pela superfície de reflexão de volta ao
mesmo transdutor. Esse método é conhecido como Método Pulso-Eco, onde o transdutor
ultrassônico feito de um único material piezelétrico é colocado em determinada posição,
de onde serão enviadas e recebidas as ondas ultrassônicas geradas quando encontrarem
um material com impedância acústica diferente.

2.1.4 VELOCIDADE DAS ONDAS ACÚSTICAS

Hellier (2003), diz que a velocidade do som varia de acordo com material ao qual
estão sendo propagadas, concluindo que ela é mais em materiais metálicos do que em
gases, todavia cada tipo de metal tem uma variância em relação aos outros.
A variação da velocidade da onda, ao contrário do que se pensa, não tem
nenhuma relação com os parâmetros das ondas como: comprimento de onda, frequência,
etc., mas sim com o meio a qual está sendo propagada. Variáveis como temperatura do
fluido, pH e densidade são as que mais influenciam a velocidade do som, diminuindo ou
aumentando a mesma.
22

No que se refere à variação da velocidade, pode-se tomar como exemplo duas


ondas gerada no mesmo meio fluídico, mesmo que com diferentes comprimentos de onda
e frequência, certamente se propagarão na mesma velocidade. Já ondas com as mesmas
características citadas, contudo, em meios fluídicos diferentes, decerto irão ter
velocidades diferentes.

2.1.5 REFLEXÃO DO ULTRASSOM

A reflexão é um fenômeno inevitável quando se trata de ondas acústicas


propagando-se em meios distintos, como, por exemplo, água e meta, ou água e acrílico,
que foram os materiais utilizados na realização deste trabalho. Andreucci (2011) comenta
que quando uma onda sonora se propaga pela interface de dois materiais distintos, parte
dela é refletida e outra é transmitida, porém essas partes dependem do material de
fabricação do transdutor. Hellier (2003) diz que quanto mais distintos os materiais da
interface de propagação da onda, maior será a parcela de onda refletida.
Segundo Hellier (2003), a característica que define a quantidade de energia
refletida ou transmitida é conhecida como impedância acústica e pode ser determinada
por (2.3).
𝐼𝑎𝑐 = 𝑚𝐶 (2.3)

Onde 𝐼𝑎𝑐 é a impedância acústica, 𝑚 a massa específica do material e 𝐶 a velocidade do


som no meio.

2.1.6 TEMPO DE VOO DAS ONDAS ULTRASSÔNICAS

O tempo de voo das ondas ultrassônicas, em inglês Time of Flight (ToF),


caracteriza-se como o tempo em que a onda irá viajar no meio em que está sendo
propagada. Como dito anteriormente, cada material ou meio de propagação têm uma
velocidade de propagação de onda diferente, que interfere diretamente no ToF da onda.
Neste trabalho, foram utilizados dois transdutores ultrassônicos e o ToF foi medido entre
eles, ou seja, assim como a velocidade do som, o tempo de voo de cada material também
varia de acordo com o meio. Neste trabalho, o principal ponto de verificação é a o tempo
23

de voo de cada amostra testada. A equação de determinação do tempo de voo da


amostra é vista em (2.4).

𝑑 (2.4)
𝑇𝑜𝐹 = 𝐶

Onde 𝑑 equivale à distância entre os transdutores ultrassônicos.

2.1.7 PRINCÍPIOS SÔNICOS

Em medições industriais, os sistemas ultrassônicos são de grande importância,


uma vez que são não-intrusivos e não-destrutivos e possuem custos relativamente baixos,
além de terem aplicações comerciais com grande interesses para diversos tipos de
medição.
Xu, Leonard e Green (1985) apresentaram um estudo sobre a determinação da
concentração de gás em uma mistura de água em ar, em um protótipo vertical de 2,5
metros de altura e 38 mm de diâmetro. Da mesma forma que o sistema proposto por este
trabalho, Xu, Leonard e Green (1985) utilizam dois transdutores ultrassônicos
posicionados em lugares opostos do corpo de prova.

2.1.8 CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS ULTRASSÔNICAS

Em Martin (2012), as ondas sonoras são classificadas de acordo com modo que
uma partícula vibra na direção de propagação da onda, desta forma é possível diferenciar
cinco maneiras de como uma onda pode propagar-se, são elas: ondas superficiais, ondas
longitudinais, ondas transversais, ondas Creeping e ondas Lamb.
Neste trabalho, o modo de propagação das ondas quase não existiu, devido ao
movimento perpendicular no mesmo sentindo de propagação da onda, semelhante às
ondas transversais e ao baixíssimo cisalhamento do fluido aquoso.

2.1.8.1 COMPRIMENTO DE ONDA

Outra característica importante das ondas é seu comprimento. Normalmente o


comprimento de onda poder ser definido como a distância entre dois vales ou dois picos
sucessivos de uma onda, e pode ser calculado a partir de (2.5).
24

𝐶 (2.5)
𝜆=𝑓

Onde 𝜆 é o comprimento de onda e 𝑓 a frequência de vibração.


Em ensaios utilizando materiais sólidos o comprimento de onda é bastante
importante, uma vez que para detecção dos defeitos o comprimento de onda precisa ser
duas vezes menor para poder definir se há problemas ou não.

2.1.8.2 CAMPO SÔNICO

De acordo com Santin (2013), a energia irradiada a partir de um ponto propaga-se


em todas as direções, com uma frente de onda com um formato esférico e com
intensidade diminuindo com o quadrado da distância, que foi chamado de Princípio de
Huygens.
Em 1678, Huygens propôs um método para representar frentes de onda, consiste
em: cada ponto de uma onda se comporta como uma nova fonte de ondas elementares,
com as mesmas características da onda “mãe”. A partir do Princípio de Huygens conclui-
se que em um meio homogêneo e com as mesmas características em toda sua extensão,
a frente de onda irá deslocar-se da mesma forma até que encontre um obstáculo, como
mostrado na Figura 2.
Em Andreucci (2011), em se tratando da física do cristal piezelétrico, é possível
visualizar as ondas geradas pelo cristal, que é formado por infinitos pontos de oscilação,
onde cada uma forma ondas que se propagam no meio, semelhante à Figura 2. Santin
(2003) diz que devido às interferências da frente de ondas umas nas outras, terminam
com a perda de seu formato esférico, com visto na Figura 3.
Em 1949, O’neil (1949) desenvolveu uma teoria em que era possível calcular
parâmetros como a velocidade da frente de onda e sua intensidade ao longo de um eixo
axial, além da distribuição da mesma na vizinhança das ondas, tudo isto em uma abertura
côncava esférica, com raio maior que o comprimento de onda e o mais profundo que a
superfície côncava, segundo Cirullo (2015).
25

Frente de
onda em t2

Frente de
onda em t1

Fonte

Figura 2. Modelo de propagação de ondas


Fonte: Virtuous Tecnologia da Informação. (Adaptado)

Figura 3. Campo Sônico nas proximidades do cristal piezelétrico


Fonte: Adaptado de Andreucci (2011)

Partindo do Principio de Huygens, é possível explicar o fenômeno de difração das


ondas sonoras, que é o encurvamento sofrido pelos raios das ondas quando atinge algum
obstáculo à propagação, conforme mostrado na Figura 4.
26

Figura 4. Fenômeno de difração de ondas


Fonte: Virtuos Tecnologia da Informação.

A difração de ondas mostra que as ondas refletidas não são retilíneas, uma vez
que parte da barreira é refletida, os raios que atingem a fenda passam por ela, assim,
nem todas continuam retas.

2.1.9 FREQUÊNCIA DO ULTRASSOM

Geralmente um ser humano pode ouvir sons em uma frequência de 20 Hz a 20


kHz. Ondas com frequências abaixo de 20 Hz são denominadas ondas de infrassom, que
são as faixas não audíveis por seres humanos. Nas faixas de frequências audíveis,
usualmente se usa alto-falantes, como o da Figura 5, para gerar as ondas acústicas, o
qual consiste em um cone de papelão, um eletroímã e um imã permanente. Quando se
aplica uma corrente elétrica ao eletroímã, é gerado um campo magnético que faz com que
o cone movimente-se para trás e para frente, gerando uma onda acústica.
27

Armação Cone

Ímã Eletroímã
permanente

Figura 5. Alto- falante internamente


Fonte: Autor.

Neste trabalho são utilizados transdutores com frequência de 2 MHz, ou seja, está
numa faixa acima de 20 kHz, fora da faixa audível do ser humano e para frequências
acima desta faixa geralmente são utilizados transdutores piezelétricos.

2.2 MEDIÇÕES POR ULTRASSOM

Atualmente, o ultrassom é utilizado em diversos setores, incluindo o industrial e o


médico. Segundo Monteiro (2012), como o ultrassom consiste em um método não-
destrutivo pode ser usado para definir propriedade de fluidos como água e óleo.
O método de caracterização ultrassônica, como dito anteriormente, é um método
não destrutivo no qual um feixe ultrassônico de alta frequência é introduzido no fluido, que
conduz esse tipo de onda sonora à vibração. A onda ultrassônica diminui sua intensidade
de acordo com a propagação em um meio e isso devido a vários fatores como o
espelhamento do sinal, que ocorre devido à não homogeneidade do meio de propagação.
Ondas ultrassônicas podem sofrer reflexão, refração e difração quando o feixe
ultrassônico encontra uma interface entre meios com diferentes características acústicas.

2.3 TIME-TO-DIGITAL-CONVERTERS

Em instrumentação eletrônica e em processamento de sinais, um time-to-digital


converter (TDC) é dispositivo para reconhecer eventos e fornecer uma representação
digital do tempo em que eles ocorreram. Já em eletrônica, os TDC’s são dispositivos
28

comumente usados para medir um intervalo de tempo em convertê-lo em uma saída


digital.
Em Kalisz (2004), estes conversores são utilizados em aplicações distintas, tais
como um intervalo de tempo entre dois pulsos de sinal que precisa ser determinado. A
medição é iniciada e interrompida quando a borda ascendente ou descendente de um
pulso de sinal cruza um limite. Estes requisitos são cumpridos em muitos experimentos
físicos, como medições de tempo de voo e vida útil em física atômica e de alta energia,
experimentos que envolvem pesquisa de alcance e eletrônica envolvendo testes de
circuitos integrados e transferência de dados em alta velocidade.
A medição precisa entre dois intervalos de tempo entre dois eventos com uma
resolução de tempo muito baixo é um desafio bastante comum na medição para
instrumentação, que de acordo com Jovanóvic e Stojcev (2009), podem ser utilizados em
diversos sistemas como: analisador lógico, instrumentação nuclear, sistema embarcado,
controle industrial, dispositivos médicos e aviação.
De acordo com Dudeck et al. (2000), um TDC é um dois mais importantes
circuitos instalados nos exemplos anteriores. Um TDC de alta resolução é utilizado
principalmente em áreas de aplicação que exigem uma precisão melhor que 10ps, no
caso de deste trabalho o TDC 1000 possui resolução de 50ps e o TDC 7200 de 55ps com
desvio padrão de 35ps.
Segundo Jovanóvic e Stojcev (2009), a medição do intervalo de tempo realizada
pelo TDC é decomposta em dois passos; o primeiro conhecido como medição de intervalo
de tempo curto, que é caracterizado por uma resolução de temporização baixa, entre
10ps e 500ps. Já o segundo é caracterizado como tempo longo, com uma resolução de
tempo mais ruim, entre 3us até 100 segundos.

2.3.1 TDC ANALÓGICO BASEADO NA INTEGRAÇÃO ATUAL

Christiansen (1995) e Jovanovic e Stojcev (2009) dizem que o TDC analógico de


alta resolução consiste em uma fonte de corrente constante usada para carregar um
capacitor, cuja voltagem é amostrada quando ocorre um pulso de disparo. Um ADC então
converte a tensão analógica em um valor digital. Conversores analógicos de tempo para
voltagem podem fornecer resolução de 10ps em uma faixa dinâmica de 1:50 - 1: 1000,
29

mas eles tendem a ser não-lineares e são difíceis de estabilizar. Uma boa maneira de
estabilizá-los é usar a conversão de inclinação dupla, que infelizmente também é lenta e
limita a taxa de medição e aumenta o tempo morto, em algumas aplicações como, por
exemplo, detectores de partículas de tempo de voo usados, localizadores de alcance a
laser e analisadores de lógica.

2.3.2 PRECISÃO DO TDC

Para Kalisz et al. (1994), a medição de precisão dos intervalos de tempo é crucial
em diversas áreas da pesquisa e indústria. Sistemas de alcance a laser utilizam os TDC’s
para medir a distância entre objetos medindo o TOF do pulso de luz do laser da fonte para
o alvo e para trás. Os equipamentos de laser de precisão deste tipo são comuns em
pesquisas espaciais, assim como em aplicações de geodésia e aviação. Os mínimos
deslocamentos de algumas regiões da terá podem ser descobertos dessa maneira e
assim prever possíveis terremotos. No desenvolvimento e fabricação de circuitos
integrados de alta velocidade, o tempo de precisão é usado para medir os parâmetros
dinâmicos.

2.3.3 TIME INTERVALS

Medições precisas de Intervalos de Tempo, em inglês Time Intervals (TI) entre


dois ou mais eventos físicos são frequentemente necessários em muitas aplicações na
ciência e na indústria. Na Figura 7 é mostrado um caso simples, onde um intervalo de
tempo T é medido entre as bordas de dois pulsos elétricos aplicados às entradas START
e STOP de um medidor de estado de tempo conhecido como TIM, em inglês Time Interval
Meter.
30

Discriminador
Detector de tempo
START

Display
T
TIM 15 ps
Eventos Físicos

Detector Discriminador STOP


de tempo

Figura 6. Princípio de medição do TI


Fonte: Kalisz (2003). Adaptado

De acordo com Kalisz (2003), os pulsos podem ser gerados por pelos
discriminadores de tempo usados para extrair informações de tempo dos pulsos recebidos
pelos detectores eventos físicos como flashes de luz. A discriminação de tempo envolve
o uso de método avançados e circuito eletrônicos para produzir os pulsos com precisão
relativa aos eventos relacionados. A definição de pontos no eixo do tempo para medir o TI
entre eles se torna uma questão desafiadora, difícil de resolver em aplicações que exigem
a mais alta precisão.
Da mesma forma o que o TDC, o TIM realiza uma conversão de um intervalo de
tempo T em números binários. Com isto, o TIM também pode ser chamado de TDC.

2.4 MICROCONTROLADOR TDC 1000

O TDC 1000 é um front-end analógico ultrassônico que pode ser integrado a vários
sistemas de medição usando ultrassom, tais como: identificação de fluidos, medição do
nível de fluido e também é útil em áreas médicas e automotivas. Este circuito integrado
(IC) é usado para medir o tempo de voo da amostra, levando do transdutor transmissor
para o receptor. No processo de medição, o Microcontroller Unit (MCU) envia um sinal de
start para o TDC 7200, que envia um sinal de trigger para o TDC 1000.
Os principais blocos de funcionamento do TDC 1000 são os canais de transmissão
(TX) e recepção (RX) de dados. O transmissor pode suportar configurações flexíveis para
31

a utilização de vários transdutores ultrassônicos; por outro lado o receptor fornece blocos
configuráveis com uma ampla gama de configurações para condicionamento de sinais em
várias aplicações. O sinal de recepção consiste em um amplificador de baixo ruído ou
LNA, da sigla em inglês para Low Noise AmplifierI, um amplificador de ganho
programável, do inglês Programmable Gain Amplifier (PGA) e dois comparadores zerado
para qualificação do eco e geração do pulso de STOP.
O TDC 1000 possui 3 modos e operação: Modo 0, Modo 1 e Modo 2. Cada um
deles é destinado a uma ou mais aplicações, como por exemplo, medição de vazão em
fluidos, medição de nível de recipiente, detecção de proximidade, medição de distância e
diversas outras aplicações onde é obrigatória a medição do tempo de voo (ToF). Um ciclo
de medição é iniciado quando o pino TRIGGER, mostrado na Figura 7, é ativado quando
há um sinal de disparo no mesmo. Com ativação do sinal de trigger, um pulso de saída é
gerado pelo pino START. Este sinal gerado é utilizado como referência para iniciar a
medição do tempo de voo. O transmissor gera pulsos programáveis de transmissão (TX)
e sincronia com a borda de subida do pulso de inicialização (START) para enviar o pulso
de excitação do cristal do transdutor ultrassônico e assim gerar a onda ultrassônica
através do meio. O transdutor ultrassônico receptor detecta que a onda ultrassônica
percorreu o meio e gera sinais de STOP, como visto na Figura 8. Se a onda de ultrassom
é recebida diretamente ou de um reflexo irá depender da configuração do sistema
montado.
32

RX1 1 28 TX1
RX2 2 27 TX2
VCOM 3 26 GND
NAOUT 4 25 CLKIN
PGAIN 5 24 VDD
GOUT 6 23 VDD

OMPIN 7 TDC 22 VIO


RTD1
RTD2
8
9
1000 21 SDO
20 SDI
RREF 10 19 CSB
CHSEL 11 18 SCLK

ERRB 12 17 RESET

START 13 16 TRIGGER
STOP 14 15 EN

Figura 7. Microcontrolador TDC 1000


Fonte: Autor

TRIGGER
Tempo de voo

START

STOP
Figura 8. Demonstração do tempo de voo de uma onda ultrassônica
Fonte: Autor

Os sinais de STOP são usados por um conversor TDC externo, que funciona como
um cronômetro com bastante precisão. O sistema precisa incluir um TDC para medir o
ToF com base no intervalo entre os pulsos START e STOP. Em algumas aplicações com
requisitos de precisão médio alcance (intervalo de nanossecundos).
O microcontrolador pode ser usado para medir a duração do tempo de voo. Em
aplicações com requisitos de alta precisão, em faixas que variam na casa de
33

picossegundos, é necessária a utilização de outro conversor de tempo para digital para


que a medição do ToF seja feita corretamente.
Em cada aplicação, o TDC 1000 deve ser configurado por uma interface SPI em
um dos três modos de operação disponíveis. Além disso, o dispositivo deve ser
programado para os vários parâmetros das aplicações específicas. O funcionamento
interno do circuito integrado TDC 1000 pode ser visto Diagrama de Blocos a seguir.

Figura 9. Diagrama de Blocos do funcionamento eletrônico interno do circuito integrado TDC 1000
Fonte: Texas Instruments

2.4.1 MODO DE OPERAÇÃO 0

O Modo 0 está destinado a aplicações como medições de nível e identificação de


fluidos. O TDC 100 associa cada transdutor aos canais TX e RX. Neste modo, o TDC
1000 realiza apenas uma medição de tempo de voo depois de receber um sinal de
acionamento e retorna ao sleep quando a medição for concluída.
34

2.4.2 MODO DE OPERAÇÃO 1

No Modo 1, o TDC 1000 associa cada transdutor a um único canal de RX/TX e


neste modo realiza apenas uma medição de ToF (uma única direção) e retorna ao modo
sleep quando a medição está completa.

2.4.3 MODO DE OPERAÇÃO 2

O Modo 2 é destinado às aplicações de medição de fluxo de água. Neste modo,


as configurações dos canais são semelhantes ao Modo 1. Nesta configuração, o TDC
1000 fará somente uma medição de tempo de voo e entrar em um estado conhecido com
ready aguardando o próximo sinal de trigger.

2.4.4 PRECISÃO NA GERAÇÃO DE SINAIS DE STOP

O LNA no front-end do TDC 1000 limita o ruído diferenciado pela entrada e


garante precisão de tempo para os pulsos de STOP gerado. O LNA é um amplificador
inversor projetado para um ganho de malha fechada de 20 dB com auxílio de um
capacitor de entrada externo ou resistor, e pode ser programado para duas configurações
de realimentação, como mostrado nas Figuras 10 e 11.

Figura 10. Circuito LNA com resistores na entrada.


Fonte: Texas Instruments
35

Figura 11. Circuito LNA com capacitores na entrada.


Fonte: Texas Instruments

2.4.5 APLICAÇÕES E IMPLEMENTAÇÕES

Segundo o fabricante, o TDC 1000 é um front-end analógico para aplicações de


sensoriamento ultrassônico. O dispositivo é normalmente usado para a condução e
detecção de transdutores ultrassônicos para realizar medições precisas de ToF. A
detecção ultrassônica de tempo de voo permite medições de nível de fluido, identificação
ou concentração de fluido e sensoriamento de proximidade/distância. A seguir é possível
visualizar o diagrama de funcionamento de sistema de medição de nível e identificação de
fluidos no Modo 1.

TX2/ RX1 Rref

TX1/RX2 B TX2
TX1 START
RX1
TDC PORTA
STOP OU
RX2 1000
TRIGGER

ERRB
RESET
EN

SPI

osc

MCU

Figura 12. Diagrama de aplicação para medição de nível


Fonte: Texas Instruments. (Adaptado)
36

Em aplicações de sensoriamento de nível de fluido, o tempo de voo da amostra é


calculado. As ondas geradas pelo transdutor B viajam através do fluido, normalmente do
fundo, como mostrado na Figura 12, até a superfície do fluido. A descontinuidade entre o
fluido e o ar gera uma onda que será refletida de volta ao transdutor B. No inicio de um
ciclo de medição, o transdutor é conectado a um canal de transmissão do AFE( Analog
front-end ) e o burst de transmissão excita o transdutor e gera a onda de ultrassom.
Sincronizado com o burst do TX, um pulso de START é gerado pelo TDC 1000
para assim iniciar um ciclo de medição. Com o fim da transmissão e dependendo da
configuração do dispositivo, o transdutor é conectado a um canal de recepção do AFE.
Quando um sinal de eco válido é recebido, o TDC 1000 gera um sinal de STOP, desta
forma os tempos entre os sinais de START e STOP são comparados para determinar o
ToF. O nível do fluido é calculado utilizando (2.6) e a relação entre recepção e
transmissão de ondas pode ser vistos na Figura 13.
𝑛 = 𝑇𝑜𝐹 ∗ 𝐶 (2.6)
Onde 𝑛 equivale ao nível do fluido.

TRIGGER

START

TX1

Sinal de eco
recebido

RX2

STOP

Figura 13. Relação entre recepção e transmissão de pulsos na medição de nível


Fonte: Autor

Em identificação de fluidos, o TDC 1000 pode ser utilizado para medir o tempo de
voo para uma distância conhecida para que seja possível calcular a velocidade do som no
37

fluido. Esta aplicação utiliza o mesmo circuito da Figura 12, todavia com o transdutor
conectado a um canal diferente, neste caso é utilizado o transdutor A. Com a distância e o
tempo de voo conhecidos será possível calcular a velocidade do som no meio e o fluido
poderá ser identificado. Após a medição e do ToF e com uma distância fixa, pode-se
determinar a velocidade do som a partir de (2.7).
𝑑 (2.7)
𝐶𝑚𝑒𝑖𝑜 = 𝑇𝑜𝐹

Neste trabalho foi utilizado o Modo 2 para definir a partir do fluxo da água se há
contaminação por cloro na água presente no corpo de prova, método que será explicado
no decorrer desta pesquisa.

2.5 MICROCONTROLADOR TDC 7200

O TDC 7200 também é um conversor de tempo para digital que pode ser aplicado
em diversas medições de detecção ultrassônica como: medidor de vazão de água,
medidor de vazão de gás e medidor e fluxo de calor. Quando aliado ao TDC 1000, passa
a fazer parte da placa de sistema embarcado desenvolvida pela empresa Texas
Instruments que é a principal ferramenta eletrônica deste trabalho.
Este microcontrolador é um circuito integrado (CI) normalmente utilizado para
medir o tempo entre um evento único (borda do sinal de START) e múltiplos eventos
subsequentes (borda dos sinais de STOP). Neste caso o “evento” entre as bordas dos
sinais de START e STOP é o tempo de voo da onda. O CI tem uma base de tempo
interna que é usada para medir o tempo com acurácia na ordem de pico segundos. Esta
acurácia faz com que o TDC 7200 seja ideal para a aplicação deste trabalho, uma vez
que baixas concentrações de cloro podem ser praticamente imperceptíveis e assim
causando poucas variações no ToF.
38

Figura 14. Diagrama de funcionamento do TDC 7200


Fonte: Texas Instruments

Para utilizar o método de tempo de voo, são necessários dois conceitos de tempo
de voo: o superior e o inferior e a diferença entre os dois consiste no valor de tempo de
voo proporcional ao fluxo.
Os sistemas de medição de vazão ultrassônicos baseiam-se no principio de que
as ondas sonoras em fluidos em movimento tendem a viajar mais rápido na direção do
fluxo, a conhecida jusante, e mais devagar na direção oposta do fluxo, a montante. Neste
caso, o sistema necessita de ao menos dois transdutores ultrassônicos, onde o primeiro
atua como transmissor durante a montante e como receptor na jusante, já o segundo tem
o funcionamento inverso, receptor na montante e transmissor na jusante. O medidor de
vazão ultrassônico opera alternando ciclos de transmissão e recepção entre o par de
transdutores e medindo com precisão o tempo em ambas as direções.
O tempo de voo jusante pode ser calculado utilizando (2.8) e o montante por (2.9).
𝑑 (2.8)
𝑡𝐵𝐴 = 𝐶−𝑣
𝑑 (2.9)
𝑡𝐴𝐵 = 𝐶+𝑣

Onde 𝑡𝐵𝐴 é o tempo de voo do transdutor B até o transdutor A e 𝑡𝐴𝐵 entre A e B.


Para calcular-se a velocidade do fluxo do fluido é necessário calcular a diferença
entre os dois ToF’s , utilizando (2.10).
39

Δ𝑇𝑜𝐹 = 𝑡𝐵𝐴 − 𝑡𝐴𝐵 (2.10)

Após o cálculo do ToF, a velocidade do fluxo do fluido no corpo de prova é


definida por (2.11).

𝛥𝑇𝑜𝐹∗𝐶 2 (2.11)
𝑣= 𝑑

2.6 CLORO

O cloro é obtido por meio da eletrólise (decomposição de substâncias por


eletricidade) da solução de cloreto de sódio (sal comum) e água. Sua forma inicial é de
gás, mas após ser comprimida a baixa temperatura, transforma-se em um líquido claro de
cor âmbar. E é nesta forma que chega às estações de tratamento de água e às indústrias,
que o utilizam como matéria-prima para o branqueamento de celulose, fabricação de PVC
e de produtos para o tratamento de piscinas. O cloro é também utilizado como matéria-
prima na produção de cloreto de Hidrogênio, ácido clorídrico, dicloroetano e hipoclorito de
sódio.
A etapa de desinfecção da água na maioria das vezes a assegura a eliminação ou
a inativação de diversos organismos orgânicos, sendo bastante comum o emprego do
cloro e outros desinfetantes para desinfeção.
Destaca-se que com o atual crescimento da população mundial a água é cada
vez mais necessária, o que acaba aumentando o seu consumo paralelamente ao
crescimento da poluição de diversos mananciais devido tanto a contaminação por agentes
químicos, quanto pelos biológicos e o desperdício deste recurso que segundo Azevedo
Neto (2011) acaba deixando a água impropria para consumo.
Outro ponto importante é que homem está constantemente exposto aos
contaminantes de origem química que, com certa facilidade podem ocorrer na água
natural em conformidade com Tominaga (2009). Segundo Wang (2014), estima-se que
por volta de 4 bilhões de metros cúbicos de contaminantes, provenientes de efluentes
industriais, compostos químicos, inclusive a combinação com compostos químicos
podendo intensificar ou diminuir a toxicidade a seres humanos e outros organismos vivos.
No entanto, o tratamento da água o cloro é o agente amplamente utilizada em um
de seus diversos compostos, elimina por completo ou inativa os organismos que causam
40

doenças, uma vez que esta ação dá-se à temperatura ambiente e em tempo normalmente
curto. A utilização de cloro na descontaminação costuma ser simples e exige
equipamentos de baixo custo.
Neste cenário e contaminação da água diversos métodos são desenvolvidos com
o objetivo de melhorar cada vez mais a água para o consumo humano. Apesar dos
esforços para a descontaminação da água ainda é comum a utilização de diversos
agentes químicos clorificados que em grandes quantidades tornam-se nocivos à saúde
humana, de acordo com a pesquisa desenvolvida por D’agula (2000).
Quando o cloro entra em contato com água, forma íons hidrogênio e cloreto, além
de ácido hipocloroso, que por sua vez dissocia-se formando íons hidrogênio e hipoclorito,
conforme reação mostrada a seguir.

𝐶𝑙2 + 𝐻2 𝑂 ⇄ 𝐻𝑂𝐶𝑙 + 𝑂𝐶𝑙 − (2.12)


𝐻𝑂𝐶𝑙 ⇄ 𝐻 + + 𝑂𝐶𝑙 −

Os principais responsáveis pela oxidação da matéria orgânica indesejada são o


ácido hipocloroso e o íon hipoclorito e a adição de suas concentrações gera o conhecido
cloro residual, que variável de acordo com a temperatura e pH da água que de acordo
com Brasil (2006) são de grande importância para inibição do crescimento de culturas de
bactérias. De acordo com Silva et al. (2008) quando adicionado em grandes quantidades,
o cloro utilizado para proteger a água é o responsável por contaminá-la quando reage
com substâncias orgânicas presentes no meio, gerando os THM, que são moléculas de
gás metano tri substituídas por halogênios. Diversos THM são utilizados em indústrias
como solventes ou muitas vezes fluidos refrigerantes. Essas moléculas também são
conhecidas poluentes ambientais e muitas são consideradas cancerígenas como o
clorofórmio e o bromodiclorometano, respectivamente nas Figuras 15 e 16.
41

Figura 15. Molécula de Clorofórmio Figura 16. Molécula Bromodiclorometano


Fonte: Procurar Fonte: Procurar

[procurar essas fontes]


Os processos mais comuns que não geram o THM são aqueles que utilizam o cloro
combinado, as conhecidas cloraminas, dióxido de cloro, além de ozonização e utilização
de radiação ultravioleta, contudo de acordo com a World Health Organization (2017) e
com Bull (2013), seus efeitos sobre a saúde humana ainda não são completamente
conhecidos.

2.6.1 TRIALOMETANOS

No início dos anos 1970, Ballar (2014) diz que foi descoberto que o clorofórmio e
o bromodiclorometano eram produzidos na cloração da água. A informação de que estes
trialometanos foram de grande importância com a conclusão do bioensaio sobre a
carcinogenicidade do clorofórmio realizado pelo National Cancer Institute.
Os THM são conhecidos como subprodutos de desinfecção, uma vez que são
resultado da reação entre o cloro ou o bromo com a matéria orgânica presente na água
que está sendo tratada. Governos de diversos países controlam a quantidade destes
elementos na água, todavia muitas vezes a maioria não é monitorada. Em muitos casos,
Aiking et al. (2014) diz que é possível a absorção dessas substâncias através da pele de
nadadores ou pessoas que costumam nadar constantemente em ambientes com grandes
quantidades de cloro.
No sentido mostrado, os contaminantes químicos destacam-se daqueles de
caráter infeccioso ou parasitário uma vez que são prejudiciais à saúde humana, devido à
exposição prolongada, distinguindo-se daqueles com propriedades tóxicas cumulativas,
tais como metais pesados e agentes carcinogênicos.
Estudos experimentais propostos por Bloemen (2013) indicaram que a exposição
ao CF por inalação, durante o banho por cerca de 8 minutos pode ser até 6 vezes maior
42

do que pela ingestão da mesma água por um período e 24 horas. Segundo Young (2017),
a água de piscina clorada é outra fonte de exposição aos THM.

2.6.2 ASPECTOS TOXICOLÓGICOS

Os THM normalmente são encontrados juntos na água tratada e soma das


concentrações destes compostos, conhecidas como trialometanos totais, e tem sido
utilizada na legislação de diversos países para o controle da água de abastecimento
público. A exposição humana ocorre não somente pela ingestão da água de
abastecimento clorada. Quando esta água é utilizada em afazeres domésticos, as
pessoas também ficam expostas durante lavagem de carros, roupas e banho, segundo
Young (2017) isto ocorre em virtude da alta volatilidade que apresentam e predominância
em sua lipossolubilidade.

2.7 ESPECTROSCOPIA POR IMPEDÂNCIA ELÉTRICA

Bertemes-Filho e Dutra (2014) exemplifica o método conhecido como


Espectroscopia por Impedância Elétrica (EIE), que envolve a injeção de uma corrente
elétrica constante e diferentes frequências e medição das tensões resultantes. Em
Bertemes-Filho (2002), a impedância de transferência é calculada e ajustada para um
modelo apropriado e os parâmetros são extraídos para descrever as propriedades físicas
do tecido.
A condutividade elétrica da água é uma medida que determina quão bem a água
pode conduzir corrente elétrica e a partir dela é possível realizar medições indiretas para
a detecção de sólidos inorgânicos dissolvidos nela, tais como o cloro, magnésio, cálcio,
sulfato, sódio, ferro e alumínio. Quando algumas dessas substâncias estão presentes na
água aumentam a condutividade da mesma. Substâncias orgânicas como álcool, óleo e
açúcar não conduzem corrente elétrica muito bem e de acordo com Murdochm e
O’Laughlin (1991), logo, tem uma baixa condutividade na água.
O método desenvolvido por Bertemes-Filho e Dutra (2014) tem como objetivo
detectar uma relação matemática entre a o espectro de impedância elétrica da água e a
concentração de cloro existente presente no fluido. Para isto é utilizado uma sonda
tetrapolar juntamente com um analisador de espectros, atuando em uma faixa de 10 kHz
43

a 10 MHz, como mostrado na Figura 17. A sonda mostrada é constituída de eletrodos de


ouro igualmente espaçados na ponta.

Figura 17. Diagrama da sonda tetrapolar, onde 𝒅𝒆 é o diâmetro do eletrodo e 𝒅𝒑 o diâmetro externo da
sonda.
Fonte: Bertemes-Filho (2002) e Bertemes-Filho (2013).

Os eletrodos da sonda ficam imersos em uma solução padrão de hipoclorito de


sódio (NaOCl) diluído em água. A sonda deve ficar conectada a um módulo conhecido
como Biatron, como mostrado na Figura 18, que é responsável por captar os sinais da
sonda e enviá-los para o computador, que possui a interface do processamento do
Biatron, e onde serão salvas todas as informações enviadas para posterior análise.
44

Figura 18. Diagrama do sistema de medição, mostrando a ligação da sonda com o computador.
Fonte: Bertemes-Filho e Dutra (2014)

O método desenvolvido por Bertemes-Filho e Dutra (2014) foi a bibliografia


utilizada para fins de comparação de resultados deste trabalho.
2.8 ANÁLISE DE ÁGUA POR REAGENTE COLORIMÉTRICO

Soares et al. (2016) utilizaram o método colorimétrico DPD para determinar a


presença de cloro livre na água em amostras de água tratada, utilizando este reagente em
forma de pó e pastilhas com o objetivo de determinar qual a melhor combinação para o
monitoramento de água no alcance de melhores resultados, ademais para verificação de
possíveis interferências na turbidez , pH, condutividade elétrica e fluoreto.
Para realização das medições foram coletadas aleatoriamente 40 amostras de
água em diferentes pontos da cidade de Goiás, como mostrado na Figura 19.
45

Figura 19: Área de estudo contendo os setores onde se coletou as amostras de água.
Fonte: Soares et al. (2016)

As medições foram realizadas utilizando um comparador visual,

[dar uma ligação entre este e o próximo capítulo]


46

Capítulo 3

3. Metodologia [mudar este nome para


Métodos Utilizados]
3.1 MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE ÁGUA

Inicialmente, para se medir o nível de água a partir da placa TCD1000-


TCD7200EVM de acordo com a Figura 19 em utilizou-se um recipiente padrão fornecido
pelo [definir a sigla]SENAI-AM no qual há um sensor ultrassônico localizado em sua
base, como mostra a Figura 20.
47

Figura 20. Placa de desenvolvimento TDC1000-TDC7200EVM.


Fonte:Autor

Figura 21: Recipente padrão para medições Figura 22: Recipiente padrão para medições
Fonte: Autor Fonte: Autor

O sensor ultrassônico é ligado na placa TCD1000-TCD7200EVM no pino TX1 ou


no pino TX2. Feita a ligação, a placa é conectada ao computador pelo cabo de dados da
mesma e somente após este procedimento o software TCD1000_7200_EVM deve ser
inicializado.
Iniciado o software, sua página inicial está conforme a Figura 22, e os tempos TOF
AVG VALUE e TOF STDEV [explicar que parâmetros ou variáveis são essas, os bits,
entre outros. Se puderem ser em uma tabela, melhor ainda]devem estar em 0, visto
que não nenhuma variação de nível de água ainda. Verificados os tempos, muda-se para
a tela do TCD1000, que pode ser vista localizada no canto superior esquerdo, como
mostrado na Figura 22.
48

Figura 23. Tela inicial do software TDC1000_TDC7200_EVM


Fonte:Autor

Para medição do nível de água, configura-se o modo de operação no bit


TOF_MEAS_MODE do registrador CONFIG2 (0x02). Feito isto, outro registro importante é
o CONFIG (0x00), nos bits NUM_TX e NUM_RX, respectivamente os bits de recepção e
transmissão de dados do sensor ultrassônico, os mesmos contém quantidade de pulsos e
stops no sistema e podem ser vistos na Figura 23. Os valores desses bits são setados de
acordo com o sistema, porque não há valores padrão para fazer as medições, logo, os
valores para setá-los foram escolhidos empiricamente. Além disso, deve-se ativar o modo
“Continuous trigger”, para quando for feita a análise do osciloscópio a placa continue
funcionando continuamente, conforme a Figura 24 a seguir. [aumentar o
dimensionamento dessas figuras, para ficarem mais legíveis esses valores]
49

Figura 24. Configuração dos registradores do TDC1000


Fonte: Autor

Feitas as alterações necessárias, é necessário ir ao ícone “Tank Level” para


acompanhar a variação do nível da água no recipiente padrão e no virtual, que
inicialmente deve estar em 0 como mostrado na Figura 25, uma vez que ainda não há
água no recipiente.
50

Figura 25. Medida de tempo de voo para nível.


Fonte:Autor.

Figura 26. Nível do reservatório virtual


Fonte: Autor.
51

Na tela “Tank Level”, observa-se a barra que diz “Speed of Sound (m/s)”, que é a
velocidade do som em m/s no meio aquoso, nela deve ser inserido o valor 1480 para que
os cálculos de tempo sejam corretos.
Conforme visto na Figura 25, o nível do reservatório está em 0, logo, enquanto a
água é colocada no reservatório padrão, o reservatório virtual deve acompanhar a
variação do nível de água. Para validar a medição, utilizam-se duas formas diferentes: a
medição de nível de água no reservatório com uma régua e pelo tempo em que a onda
sonora é transmitida e recebida pelo sensor. Em caso de medição incorreta, pode-se
alterar o valor dos bits nos registradores CONFIG0, CONFIG1, CONFIG2, CONFIG3,
CONFIG4. Para visualizar as ondas no osciloscópio, os pinos START (J4), STOP (J3) e
COMP_IN (J7) destacados na Figura 26 e avalia-se a variação de tempo (TOF) entre o
START (primeiro pico de onda quadrada) e o STOP (segundo pico de onda quadrada) e
verifica-se a diferença corresponde ao TDC AVG VALUE na Figura 24. Para validar os
valores fornecidos pelo software, calcula-se o nível do tanque utilizando (3.1).

Figura 27: Representação

𝑡 (3.1)
𝑑= 𝑣
2

Estando o sistema validado corretamente, salva-se a configuração do mesmo no


item “SAVE CONFIG”, no canto inferior direito, como visto na Figura 23.
52

3.2 MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE FLUXO DE ÁGUA

Para medição de fluxo, altera-se o registrador CONFIG2 (0x02) no bit


TOF_MEAS_MODE para o modo de operação 2, conforme mostrado anteriormente na
Figura 23.
Similar à medição de nível, determina-se o valor dos registradores empiricamente,
visto que da mesma forma, cada sistema tem sua particularidade e não existem valores
padrão.
Os transdutores ultrassônicos estão ligados a um cano do tipo DN20 que foram
ligados aos pinos TX1 e TX2 da placa TCD1000-TCD7200EVM como visto na Figura 26.
Igualmente à medição de nível, deve-se validar a medição de fluxo calcula-se o tempo
entre o START e o STOP.

Figura 28. Conexão dos transdutores à placa.


Fonte: Autor

Feita a montagem corretamente e validados todos os dados, criou-se o sistema a


seguir onde pode ser visto todo o sistema de aquisição de dados de fluxo de água, o cano
com os transdutores ultrassônicos que fazem a detecção de alteração do fluxo de água, o
que pode ser visto na Figura 27.

3.2.1 PROPOSTA DE SISTEMA ULTRASSÔNICO PARA MEDIÇÃO DE CLORO NA


ÁGUA
53

Este tópico descreve o sistema criado incluindo peças eletrônicas, por exemplo,
como os conversores de tempo para digital funcionam no sistema e como provar se os
resultados obtidos estão corretos. O conceito proposto pelo sistema pode ser expandido
para identificar e caracterizar outros líquidos como fluidos hidráulicos ou leite.
O TDC 1000 está conectado a dois transdutores ultrassônicos. O MCU está
conectado aos TDCs via SPI. Durante o período de medição, o MCU energizará os TDCs
e os inicializará através do SPI. O processo de medição do tempo de voo é feito no TDC
1000 e no TDC 7200 sem interferência do MCU. Depois de concluir o processo, os dados
de medição são armazenados no TDC 7200. O MCU procurará os dados por SPI e
desconectará o chip do TDC para economizar energia. No sistema montado, o MCU envia
os dados para o PC, que processará o cálculo. O MCU entra no modo de baixa energia e
repete todo o processo após um intervalo de um segundo. O diagrama de blocos do
sistema proposto é mostrado na Figura 28 e o setup do sistema na Figura 29.

FLUXO
d

Rref

B TX1/RX2 A TX2/RX1

TX2 START
TX1 STOP
RX1
TDC TDC
TRIGGER 7200
RX2 1000
TRIGGER

ERRB
RESET
EN

SPI

osc

SPI
AQUISIÇÃO MCU ENABLE
DE DADOS INT

Figura 29. Diagrama de blocos para medição do front end.


Fonte: Autor.
54

Figura 30. Setup do sistema


Fonte: Autor.

Na chegada do sinal recebido, o TDC 1000 amplifica o sinal e o envia ao


comparador que irá gerar um sinal de parada e com isso, o TDC 7200 obterá o tempo de
voo da amostra.
Quando o sinal de partida é gerado pelo TDC 1000, o TDC 7200 começa a medir o
tempo de voo usando um clock externo de 8 MHz. Este CI tem 13 registros cada um com
24 bits apenas para registrar as informações de tempo. Segundo o fabricante, quando a
onda ultrassônica viaja através do meio, um registro chamado “Clock count 1” é
responsável por contar o número do ciclo do clock até que o primeiro sinal de parada seja
recebido. Outro registrador, “Time 1”, tem que medir o tempo entre o pulso de início e a
borda de subida do clock de 8 MHz. Similarmente ao “Time 1”, existe outro registro
chamado “Time 2”, que tem que medir o tempo entre o pulso de parada até a borda do
clock de 8 MHz.
Utilizando as informações do “Count 1”, “Time 1” e “Time 2”, será possível calcular
o tempo de voo a partir do pulso de início e do pulso de parada, ou seja, é possível
calcular o TOF da amostra.
Após a análise dos dados, é utilizado o software TDC1000_7200, que mostrará o
TOF da onda que percorreu todo o corpo de prova com o fluido. Com isso, é possível
determinar a potencial contaminação da água, já que a TOF da água potável será
presumidamente diferente da TOF da água contaminada por cloro. Para validar os dados
55

TOF recebidos pelo transdutor e analisados pelo TDC 1000-TDC 7200 EVM, deve-se usar
(2.13) para encontrar as medidas corretas para o tempo de voo de acordo com a
velocidade do som.
A equação (2.13) está usando o parâmetro “d” que é a distância entre os refletores,
como mostrado na Figura 30, ou seja, a distância afetará o sistema porque quanto maior
a distância, maior o tempo de voo. As medições foram feitas usando um tubo DN20, que
possui dois transdutores acoplados internamente. O tubo possui dois espelhos internos,
que podem ser vistos na Figura 31, em corte, que têm a função de refletir as ondas
geradas pelos transdutores e enviá-los de uma vez para outra e depois para a outra,
dando assim maior estabilidade ao sistema, já que a distância entre os transdutores é
fixa. A representação do cano DN20 com os transdutores acoplados está na Figura 32 e o
passo a passo do funcionamento do sistema de detecção de cloro é mostrado no
fluxograma da Figura 33.

Flow d

Transducer A Transducer B

Figura 31. Cano DN20 com os transdutores ultrassônicos acoplados.


Fonte: Autor.

Figura 32. Cano DN20 representado em corte.


Fonte: Autor.
56

Figura 33: Representação dos transdutores acoplados ao cano DN20


Fonte: Autor

Início

Medição do ToF
da água limpa

Contaminar a
amostra com cloro

Analisar resultado
do ToF

ToF incrementou?

Figura 34. Passo a passo do método de detecção ultrassônica.


Fonte: Autor

O método inicia-se com a primeira medição da amostra de água limpa, onde o ToF
da mesma é analisado. Analisado o ToF da amostra, é necessário fazer outras medições,
57

com outras amostras de água e por fim verificar a repetitividade da mesma. Caso haja
variações em grandes escalas, é possível que tenha ocorrido algum problema com os
transdutores ou até mesmo com a placa. [referenciar a figura 33 aqui. As figuras
devem ser referenciadas antes de aparecerem]
[por que usar o labview? E para quê? Explicar com mais detalhes. Ele não
pode cair de para-quedas.]

Figura 35. Aba extra criada em Labview para determinação de contaminação


Fonte: Autor.

Na Figura 33 é mostrada a aba extra criada em Labview para mostrar se existe a


contaminação na água ou não, que é mostrada pela sinalização dos LED’s no canto
superior direito, além de determinar a concentração aproximada de cloro na água.
Com o fim das medições da água limpa, inicia-se a contaminação de todas as
amostras de água por pequenas quantidades de cloro, que sejam perceptíveis ou não
pelos transdutores. Com isto, analisa-se o tempo de voo a fim de verificar se houve
alguma variação do tempo de voo para mais, caso não haja o incremento, deve-se fazer
uma nova análise da mesma amostra de água.
58

Capítulo 4

4. Resultados e Discussões
A detecção ultrassônica que utiliza técnica de medição de TOF pode ser utilizada
para detectar níveis de pureza/contaminação e/ou diferenciar materiais, utilizando um
método não invasivo. No caso deste projeto, o TOF foi o responsável por demonstrar
como a velocidade do som variou de acordo com o meio. Foram feitas diversas medições,
como mostrado na Tabela 1, utilizando:

 Água Mineral
 Hipoclorito de Sódio diluído a 2,55%
 Água Sanitária
 Lauril
 Sal

A escolha destes líquidos deve-se ao fato de que constantemente ou são


contaminados ou são os agentes contaminadores, no caso da água sanitária e do
hipoclorito de sódio. Foram feitas medidas de TOF em 100 ml de cada um destes
elementos separadamente e após isto foram feitas misturas para fins de análises do TOF,
caso houvesse alteração, utilizando o recipiente da Figura 20.
Em um material homogêneo, sendo ele gás, líquido ou sólido, a velocidade do som
é bem definida, no caso da água está por volta de 1480 m/s. Com esta informação, é
possível detectar a presença de algum tipo de contaminação no meio em que se esta
sendo feito medição do TOF, visto que a velocidade do som pode diminuir ou aumentar
dependendo do TOF, assim sendo, variando o tempo em que a onda ultrassônica gerada
pelo transdutor vai até a superfície do recipiente e volta até o mesmo.
59

Tabela 1: Medições de Time of Flight em diferentes fluidos e misturas

Fluidos TOF (𝝁𝒔) TOF (𝝁𝒔) TOF (𝝁𝒔) TOF (𝝁𝒔) TOF (𝝁𝒔)

Água Mineral 94,5 94 93,4 93,5 94

Hipoclorito de Sódio 42,2 42,3 42,3 42,1 42,1

Água Sanitária 109,6 111,6 110,6 111,5 110,8

Lauril 44,2 44,2 44,2 44,3 44,3

Água Mineral+ Água 42,3 42,1 42,1 42,1 42,3


Sanitária
Água Mineral+ Hipoclorito de 42 43,1 43,1 43,1 42,9
Sódio
Água+Sal 113,4 115,8 115,8 114,6 113

Fonte: Autor
Realizadas as medições é possível compreender que alguns fluidos tiveram
grandes variações, uma vez que o recipiente padrão tinha as dimensões de 65x71x80 o
que de acordo com a equação (3.1), obtém-se 42 microssegundos, que é o valor que será
padronizado nas medições, ou seja, todos os tempos de voo devem estar em volta dele.

4.1 MEDIÇÕES COM CLORO

Este item mostra os resultados obtidos, portanto é mostrado como o tempo de voo
da amostra funciona quando há contaminação do cloro sobre ele, além de gerar equações
para determinar a concentração de cloro e o tempo de voo da amostra. Vários testes
foram realizados inicialmente para verificar como o cloro afeta cada TOF das amostras de
água contaminada, já que algumas vezes o tempo de voo das amostras pode ser muito
similar, como mostrado na Tabela 2. Os testes foram feitos com água filtrada e água
fervida, usando as concentrações de 0,1, 0,15, 0,2 e 0,25 ml de água sanitária diluída,
equivalente a 2,5, 3,75, 5,0 e 6,25 mg de cloro. A equivalência da concentração foi feita
utilizando a equação (4.1), de acordo com o mostrado pela National Fundation of Health
(2014).
𝑆𝑁 = 0,025 ∗ 𝑄 (4.1)

Onde SN=Concentração de cloro na água sanitária em gramas e Q=Quantidade de


água sanitária em mililitros.
60

Tabela 2: Tempos de voo em diferentes concentrações de cloro

Fluidos TOF TOF TOF TOF TOF TOF TOF TOF TOF TOF
(𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔) (𝝁𝒔)

Água 63,892 63,928 63,889 63,892 63,890 63,897 63,851 63,847 63,927 63,898
limpa
+0,1 ml 64,395 64,418 64,422 64,407 64,398 64,372 64,439 64,452 64,398 64,427

+0,15 ml 64,915 64,896 64,919 64,932 64,909 64,914 64,919 64,932 64,937 64,934

0,20 ml 64,955 64,947 64,953 64,965 64,956 64,965 64,968 64,962 64,968 64,947

0,25 ml 65,341 65,342 65,326 65,336 65,344 65,346 65,331 65,337 65,334 65,336

Fonte: Autor
Como não há distúrbio interno a não ser quando a amostra de água é colocada
dentro do tubo, o sistema permanece estável, com poucas variações de TOF. De acordo
com a Tabela 2, a variação da TOF entre água com água sanitária e água potável foi de
aproximadamente 1,4 microssegundo, o que para o microcontrolador é uma variação alta,
considerando sua resolução que é de cerca de 77 picossegundos. Mesmo com a baixa
quantidade de cloro na água, considerando cálculos estequiométricos, como, por
exemplo, a equivalência de 0,1 mL a 2,5 mg de cloro, é possível observar uma mudança
considerável na TOF, embora a medição seja ligeiramente superior à estabelecida pelo
Ministério da Saúde.
A fim de melhorar a precisão do sistema, os mesmos fluidos foram avaliados em
um intervalo de tempo de três dias, a fim de verificar se houve algum tipo de reação
tardia, como, por exemplo, a evaporação do gás cloro e alteração do pH da água. As
amostras de água limpa e a mistura de água com 0,2 ml de água sanitária foram
escolhidas. O resultado foi o esperado, uma vez que com as constantes mudanças de
temperatura e manuseio das amostras, a repetitividade apresentou um erro de 12%.
Com o passar dos minutos, a velocidade do som geralmente apresenta variações
muito grandes devido à instabilidade da água, que sofre com variáveis externas como a
temperatura ambiente e também com variáveis internas como o pH.
A água contaminada por cloro apresenta um aumento constante do TOF devido à
reação química que ocorre, que tem como subproduto o gás cloro, que é prejudicial à
saúde humana se houver exposição constante. Note que quanto mais a quantidade de
cloro na amostra aumenta, mais lenta é a velocidade do som, ou seja, maior o TOF entre
61

os transdutores. Devido às pequenas quantidades de cloro presentes na água sanitária e


por fatores de escala, foi necessário normalizar os valores de concentração de cloro,
variando de 2,5 a 6,25 mg e com a normalização dos valores agora variando de 4 a 20. O
cálculo de equivalência das escalas pode ser visto em (4.2).
𝐶𝐶𝑁 = 4,27 ∗ [𝐶𝑙] − 6,67 (4.2)

Onde CCN= Concentração de cloro normalizada

Figura 36: Tempo de voo da água contaminada versus concentração de cloro.


Fonte: Autor

A mistura de água potável com água sanitária após três dias, mostrou uma
variação de cerca de 1,1 microssegundos de diferença em relação à água potável. Isso
ocorre devido às propriedades físicas da água utilizada, pois sua densidade é
aproximadamente 3,4% superior à densidade da água, o que certamente influenciou na
diminuição da velocidade do som, diminuindo o TOF da amostra, além do possível
vazamento de gás cloro após este período de tempo, o que pode ter influenciado a
diminuição do TOF também.
A Figura 30 mostra a variação do tempo de voo de cada amostra de água sanitária
misturada com água. Nota-se que o aumento na quantidade de água sanitária, o tempo
de voo aumenta linearmente, tendendo a valores mais altos com cada adição de água
sanitária. Analisando o gráfico da Figura 30, a concentração de cloro na água pode ser
calculada utilizando a equação (4.3).
62

𝑇𝑜𝐹−67,752 (4.4)
𝑒 0,8693 +6,67
[𝐶𝑙] =
4,27

Observa-se que a relação entre a concentração de cloro na água e o tempo de voo


mantém uma variação aproximadamente linear. No ambiente Matlab, a equação da linha
mais próxima da curva de medição foi obtida, como mostrado na equação (4.5).

𝑇𝑜𝐹 = 0,8693 ∗ ln(4,27 ∗ [𝐶𝑙] − 6,67) + 62,752 (4.5)

A Tabela 3 mostra os dados estimados de concentração de cloro para cada


concentração, considerando os últimos dados de cada tempo de medição de voo de
acordo com a Tabela 2, utilizando a equação (4.4).

Tabela 3: Concentração de cloro estimada de acordo com as medições do tempo de voo.

Concentração (mg /50 ml H2O) ToF (𝝁𝒔) Concentração Erro


estimada (mg)
2,50 64,407 3,13 25,3%

3,75 64,932 4,43 18,3%

5,00 64,965 4,5 9,0%

6,25 65,336 6,14 1,8%


Fonte: Autor

De acordo com os dados da Tabela 3, é possível observar que em quantidades


menores de cloro, em torno de 2,5 mg, o erro apresentado é maior devido à baixa
concentração de cloro, que é comprovada matematicamente por (4.4).
O sistema respondeu ao que foi proposto, já que foi possível detectar a presença
de 2,5 mg de cloro na água, embora haja um erro significativo, cerca de 25%, fato
relevante, uma vez que grande parte dos sistemas atuais não identificar a diferença entre
a amostra com água potável e água em que foi adicionado cloro.
Com o aumento da concentração de cloro, é possível notar que o erro tem
diminuído cada vez mais, mostrando uma clara tendência de decaimento sempre que a
concentração de cloro na amostra aumenta.
63

Capítulo 5

5. Conclusão
[aquele texto é do fim do cap 4, não 5.
Colocar aqui de fato as suas conclusões,
apresentando desde o problema até sua
solução e resultados satisfatórios,
apresentando, inclusive, se os objetivos
foram alcançados ou não. se não foram
alcançados, explicar os motivos.]

O sistema de detecção de cloro na água mostrou-se satisfatório e extremamente


rápido, mas fatores externos, como temperatura e pressão do ambiente, além do pH da
água utilizada, devem ser considerados. Conclui-se que a ultrassonografia pode ser uma
ferramenta importante para a detecção rápida da concentração de cloro na água de
beber, sem a aplicação de agentes químicos ou outros tipos de análise.
Essa pesquisa gerou um artigo científico aceito para publicação no evento.....,
intitulado...... [citar evento e nome do artigo]
Como trabalhos futuros a essa pesquisa, sugerimos melhorar o método de
detecção de cloro por ultrassom para verificar a concentração de cloro em qualquer
solução aquosa, como água da torneira e soluções fisiológicas.
[veja que eu mudei esse final. Acrescentei um parágrafo e tirei que mais
pesquisas devem ser feitas. Acrescentei seu artigo, que é um importante passo.]
64

[considerar as referências no sumário também]

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