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concepção de natureza
1
(MARX, 2011, p. 397)
2
(MARX, 2011, p. 397)
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3
(MARX, 2011, p. 397)
4
(MARX, 2011, p. 396)
4 Marx e as comunidades originárias: a concepção de natureza
simples fato da comunidade não existir como algo separado e distinto da ação
mútua e coletiva de seus membros. O “indivíduo isolado desvencilhou-se tão
pouco do cordão umbilical da tribo ou da comunidade quanto uma abelha da
colmeia”5 .
Somente assim Marx pode afirmar que o indivíduo “reproduz-se diretamente
com base na natureza”. O que quer dizer unicamente que ”sua atividade produtiva
e sua participação na produção são dependentes de uma determinada forma
do trabalho e do produto, e sua relação com os outros é determinada da
mesma forma”6 . Antes de seguir seus passos em conformidade com leis naturais,
regularidades abstratas que lhe são impostas desde fora, o que determina as
atividades dos indivíduos no interior do corpo comunal são as formas particulares
oriundas da natureza exterior e dos demais membros da comunidade. Os atributos
específicos oriundos de cada um dos polos da relação, quer sejam dos indivíduos
entre si, quer sejam dos indivíduos com a natureza, determinam-o de forma
absolutamente diversa em cada caso, em cada contexto, em cada cenário, em
cada momento.
Nada de efetivamente universal se expressa, portanto, na dupla unidade
imediata que caracteriza a condição originária dos homens. As relações sociais –
sempre diretas, cristalistas e transparentes – não produzem algo de substancial-
mente distinto de seus pressupostos, apenas os repõem e os reafirmam tal como
são em sua diversidade e mutabilidade naturais. Daí que, se por um lado, os
indivíduos se apresentam, nesse contexto, como mais completos, como indivíduos
plenos e não cindidos socialmente pela diferença, por outro lado, permanecem
como “acessório de um conglomerado humano determinado e limitado”’7 . Isto
“porque não elaborou ainda a plenitude de suas relações e não as pôs diante de
si como poderes e relações sociais independentes dele”8 . A natureza é apropriada
pelos indivíduos apenas superficialmente, tomada unicamente em suas manifes-
tações imediatas e perceptíveis. Por isso, as comunidades humanas seguem seu
curso em continuidade direta com a natureza.
Quando dizemos que tais conceitos: valor de uso, trabalho concreto, unidade
homem-natureza e homem-comunidade dentre outras perspectivas possíveis,
apresentam-se nestas formulações conceituais como significando algo apenas
para nós, em comparação com a sociedade capitalista, isto não significa que
sejam mera construção subjetiva. Tratam-se, de fato, de determinações objetivas.
Alguém objetará que os valores de uso, produto do trabalho concreto dos
5
(MARX, 2013, p. 409)
6
(MARX, 2011, p. 105)
7
(MARX, 2011, p. 39)
8
(MARX, 2011, p. 110)
5
9
(MARX, 2011, p. 401)
6 Marx e as comunidades originárias: a concepção de natureza
10
(MURACHCO, 1996, p. 34). Um exemplo elucidativo dessa diferenciação são os termos noema e
noésis. O último designa o ato de pensar, enquanto o segundo remete a realização ou conteúdo
deste ato: o pensamento.
11
(NADDAF, 2005, p. 15)
12
(CORDERO, 2011, p. 9-10)
7
13
(HERÓDOTO, 1992, p. 358-61)
8 Marx e as comunidades originárias: a concepção de natureza
14
(TOCANE, 1978, p. 9)
9
15
(MARX, 2013, p. 172)
16
(MARX, 2013, p. 183)
17
(MARX, 2013, p. 183)
Referências