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Manual de Treinamento de Combate a Incêndio

Capítulo 1: Conceitos Iniciais

Fogo: reação química com desprendimento de luz e calor.


Incêndio: fogo que foge ao controle do homem, com tendência de se alastrar e destruir.

Triângulo do fogo: Comburente + Combustível + Calor


Combustível: queima em contato com o O2 e na presença de certas condições ideais de
temperatura.
 Sólido: maioria se transforma em vapor (madeira, papel, plástico), que ao serem
liberados reagem com o O2 e pegam o fogo. Outros sólidos como o ferro, a
parafina, cobre, bronze, primeiro transformam-se em líquidos, depois em gases,
para então queimarem;
 Líquido: os líquidos inflamáveis como gasolina, óleos, álcool, ácidos, etc,
assumem a forma do recipiente que os contêm. Os líquidos derivados do
petróleo, como gasolina, óleo diesel e graxas (hidrocarbonetos), têm pouca
solubilidade (não podem ser combatidos somente com água); ao contrário do
álcool e da acetona, que com sua grande solubilidade podem ser diluídos até um
ponto em que a mistura não seja inflamável.
Obs: alguns líquidos podem liberar vapores a uma temperatura abaixo de 20º,
sendo classificados com voláteis. E quanto mais volátil o líquido inflamável,
maior a possibilidade de fogo ou explosão em temperaturas normais no meio
ambiente.
 Gasoso: não tem volume definido, buscando ocupar rapidamente todo o
recipiente em que está contido (ex: espaços confinados, tanques e
compartimentos de carga).

Comburente: elemento que se combina com o combustível para que ocorra a


combustão (normalmente O2).
Calor: temperatura necessária para que ocorra reação entre o combustível e o
comburente produzindo fogo. Principais fontes > chama, atrito, centelhas, etc.

Pontos de Temperatura

Ponto de fulgor: temperatura em que um material começa a liberar vapores que se


incendeiam se houver uma fonte externa de calor. Porém, as chamas não se mantêm,
devido à pequena quantidade de vapores.
Ponto de combustão: temperatura em que os gases desprendidos do material, ao
entrarem em contato com uma fonte externa de calor, iniciam a combustão e continuam
a queimar sem o auxílio daquela fonte.
Ponto de ignição: ponto no qual o combustível, exposto ao ar, entra em combustão sem
que haja presença da fonte externa de calor.

Obs: Reação em Cadeia (Quadrilátero do fogo) > formada durante a combustão, forma
produtos intermediários instáveis, prontos a se combinarem com outros elementos,
gerando novos produtos estáveis. Os produtos instáveis irão transmitir a energia gerada
pela reação que por sua vez liberará bastante calor, mantendo a sustentação e
propagação do fogo. Portanto, se quebrarmos a reação em cadeia, o fogo será extinto.

Classes de Incêndio: princípio, pequeno, médio, grande e extraordinário (natureza ou


bombardeios)
Classe A (SÓLIDOS INFLAMÁVEIS): madeira, papel, plástico. Queimam em
superfície e profundidade, deixando cinzas após a queima. Ideal - água
Classe B (LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS): gasolina, querosene e álcool. Queimam
apenas na superfície. Ideal - espuma
Classe C (MATERIAIS ELÉTRICOS ENERGIZADOS): caso desligada a fonte
alimentadora de energia elétrica dos aparelhos, podem ser combatidos como classe A.
Entretanto, deve-se tomar cuidado com aparelhos que acumulam energia elétrica, pois
mesmo após desligados continuam energizados. Ideal – CO2
CLASSE D (METAIS INFLAMÁVEIS): queimam nas condições ideais de
temperatura e na presença do oxigênio. Ligas metálicas combustíveis, as quais
necessitam de um agente extintor específico para a sua extinção. Alguns metais mesmo
até sem a presença do O2, por apresenta-lo na sua composição interna. Ideal – Pó
químico especial.

Fases do Incêndio:
Inicial: eclosão das chamas.
Intermediária: desenvolvimento pleno do incêndio, originando focos secundários.
Final: risco de explosão. O2 cai abaixo de 13% e caso haja abertura brusca de porta de
acesso ou escotilha, pode provocar uma reação súbita com “línguas” de fogo ou até
mesmo uma explosão.

Capítulo 2: Sistemas de Detecção de Incêndios e Alarmes

Detectores de Fumaça, Calor e Chama: permitem que princípios de incêndios sejam


informados, por intermédio de um sinal de alarme. Não acionam nenhum sistema
automático, mas indicam a existência e o local do sinistro. O sistema Consilium
monitora os detectores de fumaça óptico, calor e chama instalados a bordo. O sistema
Safetec SDS-48 detecta a presença de fumaça nos porões de carga. A condição de cada
detector é monitorada continuamente pelos painéis de controle instalados no passadiço,
estação de disparo remoto do CO2 e CCM.

Sistema de Detecção de Fumaça dos Porões de Carga: Safetec SDS-48


Sistema de monitoramento por detecção de fumaça dos porões de carga. A cabine
instalada no CO2 recebe informações de 11 sensores de fumaça que ficam acoplados
aos exaustores que sugam o ar dos porões de carga. Caso seja detectada fumaça no ar
que vem dos porões, a cabine alarma, os painéis de monitoração do passadiço também,
indicando o local da ocorrência.

Sistema Consilium: realiza monitoramento de todo o navio exceto os porões de carga.


O painel de controle fica no passadiço e as repetidoras no compartimento do CO2 e
CCM. Funciona através de sensores manuais, ópticos, chama e calor.

Painel de Controle de Alarme de Incêndio: controla os detectores de fumaça e ponto


de chamada manual. Possuem numeração e serve de endereço para rápida identificação
e local do sinistro.

Painel de Controle do Sistema de Névoa da Praça de Máquinas: monitora os


detectores de chama e ponto de chamada manual para disparo do sistema de sprinkler
(tq. de água doce).
Alarmes de Incêndio: acionados automaticamente quando inicia-se um incêndio,
alarmando apenas nos painéis de monitoração, e após constatado incêndio real, o alarme
de incêndio toca para toda a tripulação.
Também há pontos de chamada manual, as caixas azuis acionam o sistema de névoa
(water mist system) para locais específicos da Praça de Máquinas como o MCP, MCA,
purificadores, caldeiras, etc. O toque já indica a parte do navio onde se localiza o
incêndio

Alarme de Acionamento do CO2: indica que o CO2 foi acionado para aquele
compartimento. Ao ouvi-lo, deve-se abandonar o compartimento, pois o CO2 atuará
abafando o fogo, sendo necessário ficar totalmente isolado do meio externo. Para isso,
corta-se a sua ventilação e extração, então as chamas de apagarão por abafamento.
Obs: existem alarmes no passadiço, ccm e acomodações.

Capítulo 3: Métodos de Extinção de Incêndios

 Isolamento: retirada do combustível (muito inviável);


 Abafamento: retirada do comburente (O2);
 Resfriamento: diminuir a temperatura até que fique abaixo do ponto de
inflamação, onde a combustão não pode continuar;
 Interrupção da Reação em Cadeia: reação com agentes extintores (compostos
halogenados ou sais de metais alcalinos)

Sistemas Fixos de Combate a Incêndio:

 Rede de Incêndio: sistema de canalização que se estende por todo o navio e é


destinado a alimentar as tomadas de incêndio e sistemas de borrifo. Existem 2
bombas de incêndio e serviços gerais, localizadas na Praça de máquinas e que
podem ser acionadas no local, no passadiço e na estação de disparo remoto do
CO2. Há uma bomba de incêndio de emergência no compartimento do bow
thrusther, cujo acionamento se faz no passadiço, estação de incêndio e no local.
Há uma bomba para o sistema de sprinklers dos porões de carga também
localizada no compartimento do bow, e que pode ser acionada do passadiço, ccm
e no local;
 Tomadas de Incêndio: são destinadas as mangueiras de 1 ½”;
 Sistema de Borrifo: há um sistema de borrifo destinado a proteger o porão 1
(porão originalmente destinado a transportar cargas perigosas no Bardi). Para
utilizar basta conectar as mangueiras de 3m (conexão de 2 ½”) na tomada e em
seguida na conexão do tampão do porão e ligar a bomba de sprinkler;
 Sistema de Sprinkler no Paiol de Tintas: em caso de incêndio, certificar de que
todos tenham se retirado do local, fechar todas as aberturas e desligar a
ventilação. Abrir a válvula na entrada do compartimento e ligar a bomba de
incêndio.
 Sistema Fixo de Dióxido de Carbono (CO2): Utiliza 225 garrafas de CO2, cuja
capacidade permite encher o compartimento com o gás e extinguir o incêndio
por abafamento. Porém, requer os seguintes cuidados > evacuação de todo
pessoal do compartimento; parada do sistema de ventilação e exaustão com
acionamento de alarme; desligamento de diversos equipamentos e isolamento
total do compartimento com fechamentos dos acessórios, que permitem a
comunicação do local com a atmosfera, evitando a perda do CO2.
Obs: o sistema fixo de CO2 só deve ser utilizado quando o incêndio for considerado
fora de controle.
Os compartimentos que podem utilizar esse sistema são a praça de máquinas, sala
de purificadores, porões de carga, caixa de ar de lavagem e coifa da cozinha. Os 3
primeiros pertencem ao sistema fixo de CO2 e os outros 2 são considerados sistemas
independentes de CO2.
O acionamento a distância (Praça de Máquinas, sala de purificadores e porões) é
feito por meio de garrafas de 1kg de CO2 conectadas as válvulas piloto localizadas
em cabines na Estação de incêndio, Praça de Máquinas e Estação de disparo Remoto
do CO2. Ao abrir a cabine o alarme dispara, uma das ampolas abrirá a válvula POD
para a passagem do gás. Enquanto a segunda ampola disparará os cilindros
acionadores, que por sua vez acionarão os cilindros escravos, os quais lançarão o
CO2 nos compartimentos.
Obs: caso este sistema apresente falha, há o disparo de emergência de dentro do
Compartimento do CO2, onde deverá abrir a válvula POD manualmente e abrir cada
garrafa separadamente.

 Dampers corta fogo da Praça de Máquinas e Válvulas de Fechamento de Óleo


Combustível: localizados no fire station.

Procedimentos no Disparo de CO2 nas diversas situações

Incêndio na Praça de Máquinas (Disparo Remoto):


1) Desligar suprimentos de combustível;
2) Fechar todos os acessos;
3) Abrir a porta da caixa de disparo remoto. A sirene da praça de máquinas soará;
4) Abrir a válvula do cilindro piloto;
5) Abrir a primeira válvula de descarga para a abertura da válvula POD;
6) Abrir a segunda válvula de descarga para os 225 cilindros destinados à praça de
máquinas que abrirão simultaneamente, neste momento o CO2 irá descarregar.
Confirmar se a válvula POD e as válvulas das garrafas estão se abrindo, se não siga a
operação de emergência.
OPERAÇÃO DE EMERGÊNCIA: abrir a válvula POD manualmente e abrir cada
garrafa separadamente.

Incêndio nos Porões de Carga (Disparo Remoto):


1) Identificar o porão em emergência no painel detector de fumaça;
2) Certificar-se de que todos tenham abandonado o porão;
3) Desligar a ventilação, fechar as escotilhas e demais aberturas;
4) Parar o MCP e o suprimento de combustível;
5) Na Estação de Disparto Remoto do CO2 abra a válvula do cilindro piloto e verifique
se a pressão está acima de 20kg/cm². Caso não esteja, abra a válvula de outro cilindro
piloto;
6) Na Cabine de Controle da Válvula do porão desejado, abra a primeira válvula
esférica (abertura da válvula POD), em seguida escolher entre as 4 seguintes válvulas
esféricas que correspondem ao percentual de carga dentro do porão;
g) Confirmar se a válvula POD e as garrafas estão se abrindo, se não, seguir a operação
de emergência (abrir garrafas de acordo com o percentual de caga do porão – quadro
fixado no local).

Incêndio no Caixão de Ar de Lavagem


1) Abrir a porta da cabine;
2) Parar o MCP;
3) Abrir a válvula esférica;
4) Abrir a válvula do cilindro;
- Após descarga:
1) Aguardar tempo suficiente para o CO2 extinguir o incêndio;
2) Não abrir o compartimento até que todas as precauções sejam tomadas para certificar
que o incêndio foi extinto;
3) Após a extinção do incêndio, ventilar o compartimento;
4) Somente após a atmosfera apresentar 21% de oxigênio, pessoas podem entrar no
compartimento utilizando o aparelho de respiração autônoma

Incêndio na Cozinha:
1) Parar todas as ventilações da cozinha;
2) Fechar todos o dampers;
3) Abrir a porta da cabine e abrir completamente a válvula do cilindro de 6,8 kg.

Equipamentos de Combate a Incêndio

Conexão Internacional: utilizada para fazer conexão entre a rede de incêndio de bordo e
de terra, caso o navio necessite de um suprimento extra, uma vez que as redes de terra
são de diâmetros diferentes das utilizadas nas embarcações. 2 Localizadas nas saídas da
superestrutura do convés superior, BB e BE.

Extintores: existem 76 a bordo e 12 sobressalentes no CAVINC. O que temos em maior


quantidade é o de Pó Químico (38).
 Pó Químico Seco: pó a base de bicarbonato de sódio, o qual é impulsionado para
fora por meio de gás propelente (nitrogênio). É indicado para classes “B” e “C”,
pois não conduz eletricidade e apaga o fogo por abafamento, sendo que o pó não
se dispersa como acontece com o CO2, sendo mais eficiente na extinção;
 Dióxido de Carbono (CO2): cilindro de aço bastante resistente para armazenar o
CO2 sob pressão. 68% do gás encontra-se na forma líquida dentro do cilindro, e
seu funcionamento consiste apenas na retirada do pino de segurança e
acionamento do gatilho. É indicado para incêndios de classe “C”, pois não
conduz eletricidade e apaga por abafamento, podendo também ser usado para
classe “B”. Neste caso, o jato de CO2 deve ser espalhado sobre as chamas
formando uma cortina de gás, impedindo o contato do material combustível com
o oxigênio do ar;
 Espuma mecânica: possui densidade baixa, flutua sobre líquidos inflamáveis
contornando obstáculos, deixando um lençol compacto que impede a passagem
de gases aquecidos, isolando o combustível do contato com o ar. Há 2 tipos de
espuma, a proteica e sintética, sendo a primeira prejudicial em contato com a
pele, necessitando de uso de roupa de proteção. Pode ser aplicado em incêndios
classe “A” e “B”. Localização na praça de máquinas > 1 espuma sintética 135l
próximo à caldeira, 2 espuma sintética 45l nas plataformas superior e inferior, e
3 espuma proteica 20l (dentro de 1 caixa) na plataforma superior, inferior e no
convés A;
 Manta corta-chamas (fire blacket): na cozinha para caso de incêndio no
fogão/chapa.

Obs: Não apagar incêndio com vazamento de combustíveis (Classe B), com mangueiras
de água, pois ela irá espalhar esses líquidos, levando o incêndio para outros lugares.
Também não serve para Classe C, pois a água conduz eletricidade, criando risco de
choques mortais.
Obs2: Para classe D é recomendável extintores químicos especiais, pois a água e o CO2
reagem com os metais e não sobrevivem para abafar as chamas.
Obs3: A água é mais eficiente para incêndios classe A (Sólidos inflamáveis).

Capítulo 4: EPI’s de Combate ao Incêndio

Roupa Protetora:
 Roupa Básica: macacão, botas de segurança, luvas e capacete. Os tripulantes que
possuírem VHF devem portá-lo;
 Roupa de Bombeiro: confeccionadas em fibra de vidro com superfície
aluminizada (diminui absorção do calor). Uma vez molhada, deverá ser mantida
assim para evitar o calor. Existem 2 conjuntos a bordo, um no fire station e outro
no paiol do mestre. Possuem as seguintes peças > calça, blusa, capacete com
capuz, luvas, botas de borracha, lanterna anti-explosiva, machadinha e cabo de
segurança.

Aparelhos de Respiração Autônoma: equipamento de uso individual no combate ao


incêndio, capaz de suprir a necessidade de ar do usuário, em locais com falta de
oxigênio ou ambientes contaminados com gases tóxicos. A bordo existem 4 aparelhos
completos (1 no CAVINC, 2 Fire Station e 1 Paiol do Mestre). 8 spares. Cada cilindro
tem capacidade para 1500l de ar (pressão 300bar). Obs: lembrar de verificar a pressão
dos cilindros antes de exercícios e sempre levar cilindros sobressalentes caso haja algum
imprevisto.

Modo de Utilização
1) Colocar cilindro nas costas, mantendo as alças fixas ao corpo;
2) Colocar máscara no rosto, prendendo as presilhas e verificando se a vedação está
boa;
3) Abrir válvula do cilindro;
4) Entrar na área do sinistro somente quando estiver certo de que o ar está fluindo de
maneira segura e a máscara está bem vedada;
5) Quando faltar 5 minutos para esgotar ar do cilindro, soará um apito, indicando que a
pessoa deve se retirar do local. Obs: lembrar qual o cálculo para saber quanto tempo a
pessoa ficará respirando com o cilindro antes de esgotar.
6) Após a retirada para um local seguro, efetuar a troca de cilindros (bombeiro pode se
apoiar na parede ou ficar de 4 para que o cilindro seja trocado sem precisar retirar todo
o aparelho das costas).

Máscara de Escape de Emergência (E.E.B.D): utilizada apenas para o escape de


pessoal em locais enfumaçados, não devendo ser empregada nas fainas de combate ao
incêndio. Seu tempo de utilização é de 15 minutos (varia). A bordo existem 12, sendo 1
no passadiço, 2 CAVINC, 8 Praça de máquinas e 1 fire station. Obs: a cada 5 anos deve
ser realizado um teste hidrostático.

Modo de Utilização
1) Passar a alça por trás do pescoço, mantendo a bolsa com o cilindro junto ao corpo;
2) Abrir a bolsa, retirar a máscara. A válvula se abre e o ar começa a fluir;
3) Vestir a máscara e evacuar o local.
Capítulo 5: Treinamento de Combate a Incêndio a Bordo

Ações Iniciais ao Soar o Alarme de Incêndio


1) Identificar o local do incêndio;
2) Distinguir o tipo de material combustível que está alimentando o incêndio;
3) Avaliar a proporção do incêndio;
4) Conhecer os outros materiais combustíveis existentes nas proximidades do incêndio;
5) Cortar a ventilação e extração na área do incêndio e fechar as válvulas de
interceptação de redes do seu interior;
6) Desligar os circuitos elétricos das áreas que, porventura, venham a ser alagadas ou
expostas a vazamentos de gases inflamáveis;
7) Evacuar o local e as áreas próximas ao incêndio;
8) Selecionar os métodos mais adequados para controlar e extinguir o incêndio.

Ações de Combate a Incêndio: a equipe de combate a incêndio, na ocorrência de um


sinistro deve assim proceder...
1) Identificar o combustível que está queimando, verificando a classe de incêndio;
2) Retirar os materiais e equipamentos próximos ao foco;
3) Proteger os compartimentos vizinhos, isolando-os;
4) Promover resfriamento com neblina nas anteparas metálicas dos compartimentos
vizinhos;
5) Selecionar as tomadas de incêndio e efetuar as manobras necessárias à sua
pressurização;
6) Concentrar o material a ser utilizado;
7) Conectar as mangueiras às tomadas de incêndio;
8) Manter sob controle os alagamentos;
9) Após a extinção definitiva do incêndio, manter o local sob vigilância e lavar todo o
equipamento com água doce.

Principais Situações

Incêndio na Superestrutura
Deve-se evitar a sua propagação fechando todas as ventilações do compartimento
incendiado e inspecionar os compartimentos vizinhos, pois as anteparas metálicas são
boas propagadoras de calor e o revestimento de suas tintas é facilmente inflamável.
Portanto, as anteparas vizinhas devem ser resfriadas com neblina e deve-se afastar delas
qualquer material combustível existente.
Todos os circuitos elétricos da área e vizinhança devem ser desalimentados para
proteger as equipes de choques e evitar novos focos de incêndio por curto-circuito. A
iluminação nos acessos ao local deve ser mantida, se não for possível, manter somente a
iluminação de emergência.
Para entrar no compartimento do incêndio o grupo deve estar protegido por neblina de
baixa velocidade. A porta de acesso deve ser resfriada e em seguida abrir uma fresta
para escape de gases sob pressão. O vão deverá ser coberto com um movimento circular
de neblina de alta velocidade.
Obs: nunca investir simultaneamente num compartimento por lados opostos. A pressão
gerada no meio do compartimento tenderá a escapar por um dos acessos, podendo
cercar em chamas um dos grupos. Se possível, aliviar a pressão no lado oposto pela
abertura controlada de outra porta ou qualquer outro meio de acesso (descompressão).
Em incêndios classe A, logo que as chamas baixarem por efeito da neblina, o jato sólido
deve ser utilizado. Materiais como colchões e travesseiros deverão ser mergulhados em
água ao final da faina.
Incêndio na Praça de Máquinas
Início de incêndio - Ao empregar espuma mecânica, o jato deve ser apontado para uma
antepara adjacente ao local das chamas, podendo ser empregada a neblina de alta ou
baixa velocidade.
Caso as chamas tomarem grande vulto, o incêndio pode tornar-se incontrolável. Caberá
ao Chefe de Máquinas decidir pela utilização do sistema fixo de CO2, uma vez que esse
tipo de incêndio causará comprometimento do funcionamento de vários equipamentos
essenciais.

Incêndio no Convés
Combatido de preferência a favor do vento (Oficial que estiver no passadiço deve
manobrar para que o incêndio seja combatido da melhor forma, no caso, para que a
fumaça vá em direção de mar). Em caso de incêndio classe B, o grupo deverá se manter
na periferia do fogo, evitando penetrar rapidamente no centro da área, onde poderá ficar
cercado pelas chamas.
Quando for necessário atacar o fogo contra o vento, devem ser empregadas 3 linhas de
mangueiras em conjunto. As 3 linhas devem avançar juntas (2 laterais e 1 central),
empregando neblina de alta velocidade, efetuando o resfriamento horizontal, cabendo a
linha central o ataque ao foco do incêndio.

Incêndio em Porão de Carga


Combate direto com recursos de extinção por água. Caso não seja possível atingir o
foco do incêndio ou existam cargas perigosas que entrem em combustão quando em
contato com a água, o CO2 deve ser utilizado, para alagar o porão incendiado. Deve-se
parar todas as ventilações e fechar todos os acessos ao porão. Antes de efetuar o
disparo, certificar-se da ausência de pessoas no local. O disparo só poderá ser feito de
dentro do compartimento. Só adentrar o local novamente após o completo resfriamento
e total extinção das chamas.

Incêndio em Porão de Carga Perigosa


Inclusive para incêndios no convés imediatamente acima do porão de carga perigosa,
deverá ser utilizada a rede de incêndio, com resfriamento através do sistema de borrifo e
com 2 linhas de mangueira atuando nas anteparas. Caso o combate seja ineficaz, deverá
ser usado o sistema fixo de CO2.

Capítulo 6: Organização de Combate a Incêndio a Bordo

Plano de Segurança e Combate a Incêndio: plano que contém todo o material de


combate a incêndio e sua localização a bordo. Existem diversos distribuídos pelo navio:
saídas das superestruturas BB e BE, convés B e passadiço.

Meios de Comunicação Interna de Segurança:


 Telefones auto-excitáveis: utilizados em casos de emergência (incêndio).
Existem 11 a bordo nos seguintes locais > passadiço, ccm, camarote CMT,
camarote Chefe de máquinas, próximo ao MCP, máquina do leme, gerador de
emergência, bow thruster, estação de abastecimento de combustível, fire station
e compartimento do CO2.
 UHF Portátil;
 Fonoclama.
Capítulo 7: Prevenção de Incêndios a Bordo

Procedimentos de Segurança Pessoal

Fumo
 Somente nos locais permitidos;
 Não levar consigo fósforos ou isqueiros em locais impróprios ou quando em
operações de risco de incêndio;
 Nunca fumar deitado

Equipamentos Elétricos Portáteis


Lanternas devem ser à prova de explosão. Em atmosferas inflamáveis não podem ser
utilizados rádios portáteis, calculadoras, gravadores e outros equipamentos eletrônicos.

Trabalho a quente
Antes de executar qualquer trabalho a quente, tratamento de ferrugem, etc. A área a ser
tratada deve ser examinada pelo oficial responsável para verificar se o trabalho pode ser
executado de forma segura.

Ligação navio-terra
Mangotes ou braços de carregamento devem ser equipados com um flange isolante ou
mangote não-condutor, que assegure descontinuidade elétrica entre o navio e o terminal.
Devem ser utilizados fios terra para descarregar a eletricidade estática acumulada
durante as operações de carga ou descarga.

Eletricidade Estática
Pode ser produzida por qualquer material, ficando acumulada nele e podendo ser
descarregada, causando centelhas capazes de inflamar, por exemplo, gases originados
de diversas cargas. Deve-se evitar a sua formação aterrando sempre os equipamentos de
bordo, bastando para isso que eles estejam em contato direto com a estrutura do navio.

Centrais de Acionamento Elétrico


Locais onde ficam os quadros elétricos de acionamento de diversos sistemas de combate
a incêndio. Os principais são o Quadro Elétrico Principal (Q.E.P), localizado no CCM e
o Quadro Elétrico de Emergência (Q.E.E), localizado no compartimento do Gerador de
Emergência.

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