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Probabilidade. Uma pretensão que deva ser admitida nesta forma tão especial de tutela
deve ter uma probabilidade intensa res, é dizer, uma elevada possibilidade de ser acolhida.
Por outro deve ser infungível, é dizer, insubstituível, sem possibilidade de que possa ser
substituída por uma reparação patrimonial, por exemplo. Se não se tiver em conta esses
requisitos, o uso de esta forma de tutela poderá converter-se em indiscriminado
Dos efeitos da tutela antecipada. Estes serão conservados enquanto não revista,
reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o referido art.
304, em seu § 2º. (art. 304, § 3º).
Desarquivamento dos autos. Neste tocante, qualquer das partes poderá requerê-lo, e
isso se fará nos autos em que foi concedida a tutela satisfativa, para que se venha a instruir
a petição inicial da ação a que se refere o (art. 304, § 2º), e assim, torna-se prevento o juízo
em que a tutela antecipada foi concedida. (art. 304, § 4º).
Da decisão que concede a tutela antecipada. Esta não fará coisa julgada, mas a
estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou
invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
(art. 304, § 6º). O CPC não permite a formação de coisa julgada e, razão da estabilização
da tutela provisória, mas ao contrário do que sugere o texto, parece que a estabilização não
pode resultar simplesmente da não interposição de recurso contra a liminar concessiva do
provimento antecipatório, mas também do não oferecimento de contestação dentro do prazo
referido. Não recorrendo da liminar, o réu, citado, se defende, o direito à tutela jurisdicional
efetiva, e as garantias do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, incisos XXXV e LV da CF)
lhe asseguram a possibilidade de que a revogação seja determinada, caso acolhida a sua
defesa.
Da Coisa Julgada Provisória. Aqui vale destacar o que uma parcela da doutrina
estrangeira vem apontando, descrevendo que a coisa julgada provisória implicará na
imutabilidade e irreversibilidade da decisão antecipatória até a oportunidade de produzir-se
o pronunciamento da sentença definitiva, já que eventualmente poderá confirmar o
resultado na decisão outorgou força de coisa julgada material ou formal, em seu caso.
Postula-se assim por uma nova categoria de coisa julgada.
Da urgência que deve ser contemporânea. Ela passa a ideia de que o autor possa
sumarizar formalmente e materialmente o processo com sua estabilização. Lida a
autonomização da tutela antecipada sistematicamente, a urgência que justifica o pedido de
tutela antecipada antecedente não difere do perigo na demora capaz de justificar qualquer
espécie de tutela provisória.
Paradoxalidade. Quando o julgador recebe uma ação que contém uma tutela de urgência
satisfativa, este enfrenta uma delicada disjuntiva. Pois, por um lado deve proteger o direito
de um devido processo (ou, de um processo justo) do demandado, como bem se sabe, até
o limite de sua inafectabilidade, pois, por outro lado deve optar por uma atuação imediata e
irreversível da jurisdição. A situação é sem sombra de dúvidas muito complexa, não
obstante, a alternativa.