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FREUD
1
Tem como tarefa garantir a saúde, segurança e sanidade da
personalidade. A sua função é enfrentar a necessidade de reduzir a
tensão e aumentar o prazer. Busca controlar ou regular os impulsos
do id, de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos
imediatas e mais realistas.
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lidar com algumas questões relativas à mente humana, a psicanálise
abriu novas perspectivas e encontrou novas respostas para o
entendimento da consciência humana. Mesmo assim, o homem sente
anseios por desvendar este "mistério" que ele próprio desconhece
que é a sua própria consciência.
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Essa primeira descrição representa uma tentativa que reduz o
funcionamento do aparelho psíquico a um sistema mecânico de
neurônios. Como uma máquina mental.
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ocorre no pré-consciente, bem como no inconsciente, o consciente
não marca nenhuma excitação. A censura que separa o consciente do
pré-consciente é simplesmente “funcional”, deixa passar os
elementos psíquicos pré-conscientes que interessam à consciência
num dado momento.
Teorias de Freud
Concepção de Psiquismo
1ª Tópica
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Subconsciente: Corresponde à zona do psiquismo que se situa entre
o consciente e o inconsciente constituída por conteúdos que podem
ser trazidos à consciencia. Por exemplo, lembranças como " o nome
da primeira professora" ou "o primeiro filme que se viu".
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2ª Tópica
Id (infra-eu):
7
Rege-se pelo princípio do prazer, que tem como objetivo a
realização, a satisfação imediata dos desejos e pulsões. Grande
parte destes desejos são de natureza sexual.
É o reservatório da libido.
Ego (eu):
É lógico e racional.
Superego (supereu):
Estádios de Desenvolvimemnto
A sexualidade é auto-erótica.
A sexualidade é auto-erótica.
Há um reforço do ego.
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Surge o Complexo de Édipo, que consiste na atracção da
criança pelo progenitor do sexo oposto e agressividade para
com o progenitor do mesmo sexo. É com este, que surge como
modelo, que ela se vai identificar.
Estádio Genital:
11
O prazer sexual envolve todo o corpo integrando todas a zonas
erógenas.
MÉLANIE KLEIN
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parte projetado como medos paranóides, parte dele funde-se com a
libido, dando lugar a tendências masoquistas.
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internos que são a base para o crescimento do ego. Anteriormente
objetos no ambiente, tais como a mãe, são reconhecidos como tal,
determinados aspectos, como o seio, são tratados como objetos.
Assim, um estágio transicional nas relações de objeto é relações de
objetos parciais.
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projeção de impulsos sádicos é feita passa a ser vista como um
perseguidor que deve ser controlado. Tentativas de controlar o
perseguidor percebido então se tornam um veículo para a atuação de
sadismo contra o perseguidor imaginado.
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interferir na percepção acurada e conduzir à negação da realidade.
Na posição depressiva, a libido predomina sobre a agressão, o bebê
reconhece que sua mãe tanto gratifica como frustra e ele se torna
ciente de sua própria agressão voltada em direção a ela. O
reconhecimento da mãe como uma pessoa integral torna a criança
vulnerável à perda, especialmente perda causada pela agressão da
criança. O mecanismo da idealização evolui durante o período
depressivo na idealização do objeto bom (mãe) como uma defesa
contra a agressão da criança em direção a ela e sua culpa
acompanhante. Este tipo de idealização conduz a uma super
dependência sobre outros. Os maus aspectos de pessoas necessárias
são negados, levando a um empobrecimento tanto da experiência de
realidade como da testagem de realidade. A posição depressiva
também mobiliza defesas maníacas, cuja principal característica é a
negação de realidades psíquicas dolorosas. Sentimentos ambivalentes
e dependência de outros são negados; objetos são onipotentemente
controlados e tratados com desprezo, de modo que a sua perda não
dá lugar à dor ou à culpa.
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sobre ódio na posição depressiva resulta na internalização de objetos
principalmente bons no superego. Estes objetos bons neutralizam os
objetos internos maus, mas mesmo sob circunstâncias ideais
predominantemente bons objetos de superego são contaminados
pelos objetos maus. O superego, portanto, tem qualidades
persecutórias (derivadas de introjetos persecutórios) e exigentes
(derivados dos aspectos exigentes dos pais bons idealizados).
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experiência de um seio bom. Agressão excessiva em meninas pode
dar lugar a fantasias inconscientes de roubar a mãe do amor, do
pênis e dos bebês do pai e pode estimular medos de retaliação
materna. Em meninas, os desejos orais e genitais pelo pênis do pai
combinam com inveja do pênis desenvolvendo-se como um derivativo
da inveja do seio interior. Deste modo, a inveja do pênis deriva de
sadismo oral e não é uma inveja primária dos genitais masculinos ou
um aspecto primário da sexualidade feminina.
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MECANISMOS DE RESOLUÇÃO DO TRABALHAR. Normalmente, os
mecanismos de reparação, aumentados pela testagem de realidade,
aceitação de ambivalência, gratidão e luto capacitam a criança a
resolver o período depressivo. A reparação, o antecedente da
sublimação, é um esforço saudável para reduzir culpa em relação a
ter atacado o objeto bom tentando reparar o dano, expressando amor
e gratidão e assim, preservando-o. A criança chora, corre para a
mãe, joga seus braços ao redor dela e diz "desculpa".
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pessoas com transtorno de personalidade esquizoide são
emocionalmente superficiais e intolerantes de culpa, tendem a
experimentar os outros como hostis e retraem-se de relações de
objeto.
A partir da fixação, na posição depressiva vem o luto patológico
(depressão) ou o desenvolvimento excessivo de defesas maníacas. O
luto patológico resulta da destruição fantasiada por ataque sádico de
objetos internos e externos bons. Os objetos internos maus que
permanecem funcionam como um superego sádico primitivo
evocando culpa excessiva e estimulando o sentimento de que todos
os objetos bons estão mortos e que o mundo não tem amor. O
superego sádico é cruel, exige perfeição e opõe-se aos instintos.
Tentativas são feitas para idealizar objetos externos como um meio
de autopreservação; deste modo, quaisquer reprovações são feitas
contra o eu, ao invés de aos outros. O suicídio pode incorporar a
noção de que o objeto externo bom pode ser preservado apenas por
meio da destruição do self mau.
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profundamente quanto possível e envolvem material tanto de
transferência (você deseja me aniquilar) como de não transferência
(você desejou eliminar o seio mau da sua mãe). A mesma técnica é
usada com todos os pacientes, focalizando sobre fantasias
inconscientes que representam o conteúdo e as operações defensivas
nos níveis mais primitivos da mente. A técnica foi usada até mesmo
com crianças com menos de 6 anos de idade, usando seu brinquedo
livre como a base para a interpretação em sessões de 50 minutos
cinco dias por semana. Para Klein, o brinquedo livre de uma criança
era análogo as livre associações de um adulto. Suas visões
opuseram-se às de Anna Freud, a outra analista infantil dominante do
dia que sustentava que a análise do complexo de Édipo de crianças
pré-latência não é possível, já que ela pode interferir com
relacionamentos parentais; a análise desta criança é em grande parte
uma experiência educacional para a criança; que uma neurose de
transferência não pode ser efetuada devido à atividade dos pais na
vida diária da criança; e que o analista deveria fazer todo o esforço
para obter a confiança da criança. Klein sustentou que uma neurose
de transferência pode ser efetuada e então resolvida por
interpretação. Ao invés de tentar obter favor com a criança, Klein
imediatamente interpretava transferências negativas (você quer se
ver livre de mim) e verificou que fazer isso aliviava a ansiedade ao
invés de intensificá-la.
21
LACAN
● o desenvolvimento do tema;
22
Por meio de uma leitura de Saussure, concebeu a noção de estrutura
como um sistema de elementos covariante e definiu o “inconsciente
estruturado como uma linguagem”. Mesmo utilizando-se de
instrumentos relacionados à linguística, ele não deixou de seguir um
caminho que o distanciasse dela. Assim, em oposição à teoria do
signo, desenvolveu uma prioridade ao significante. Quando se referiu
à pura diferença que existia no sistema linguageiro, não a manteve
implicada a uma oposição primária de um elemento a outro; ele
supôs, de início, a presença de um conjunto finito de elementos em
seu sistema, os significantes, e que, para que este sistema tivesse
consistência, um de seus elementos deveria ser excluído do conjunto.
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da psicanálise, nem sempre se manteve da mesma maneira. Suas
ideias se transformavam e ele chegou mesmo a afirmar que seu
ensino só poderia ser esclarecido “numa volta sobre si mesmo”,
evocando um enunciado que dizia respeito traçado do oito interior da
fita de Moebius. Um objeto que revelava uma estrutura muito mais
apropriada do que a antiga esfera para responder pelo que se propõe
ao sujeito como dentro e fora.
Logo cedo, em seu ensino, para dar conta desta noção de buraco que
a intuição e mesmo a doxa não podem resolver, Lacan enuncia
durante o seminário da Identificação (Sem. IX) “uma era dos
pressentimentos”, para introduzir o campo da topologia na
psicanálise. De início, por meio dos objetos de superfície - o toro, a
fita de Moebius, o cross-cap e a garrafa de Klein – e, posteriormente,
com a cadeia borromeana.
A topologia, que chegou a ser definida por Lacan como “um dizer
matemático”, vinha sustentar o lugar do real, que se presentificava
na interface entre o discurso analítico e o discurso das ciências.
Todavia, para não confundir o real da psicanálise com aquele das
ciências, ele não parou de afirmar que o lugar de onde falava era a
partir de sua prática clínica que se fundamentava nos efeitos
causados pelo real.
O ESPAÇO E A GEOMETRIA
24
Desde a origem dos tempos que o humano tratou de produzir
conhecimentos sobre o que lhe acontecia, relacionando-os aos
objetos que faziam parte de sua existência. Estes objetos à medida
que iam sendo apreendidos por seus tamanhos, suas formas ou
mesmo pelas diferentes posições que ocupavam no espaço, produzia-
se um conhecimento em torno deles, fornecendo variadas
significações ao mundo das percepções. A partir daí, inventaram-se
instrumentos que passavam a auxiliar certas necessidades do
humano, como medir as distâncias, delimitar os espaços e mesmo
levantar áreas de proteção.
Talvez se possa considerar que uma das obras que mais tenha
influenciado o pensamento humano em torno destas questões tenha
sido aquela escrita por Euclides de Alexandria. Ainda hoje, quando se
quer fazer qualquer comentário sobre o mundo físico ou do espaço
onde o humano habita e se movimenta, levando-se em conta as
noções de medida (as distâncias, o comprimento, os ângulos...) se
está sempre fazendo alusão a esta contribuição de Euclides.
25
A geometria euclidiana, portanto, desde que mantenha algumas
características bem definidas, vem se constituir, de um ponto de vista
imaginário, na melhor referência para dar conta de nosso espaço
comum. Nesse espaço euclidiano, quando se quer saber se dois
corpos são iguais, ou como é mais adequado falar, equivalentes, vai
depender de que se possa fazer coincidir as medidas de um objeto
com aquelas do outro no qual ele se transforma por meio de
movimentos rígidos de rotação e de translação, ou mesmo numa
combinação dos dois. Esta referência alude aos corpos rígidos, estes
que não sofrem qualquer modificação de suas propriedades métricas
(tamanho, forma, ângulos...) quando se movimentam no espaço. Por
isso mesmo, o estudo destas propriedades que permanecem
constantes quando estes corpos rígidos se deslocam em nosso espaço
cotidiano vem definir o que se nomeia de geometria plana ou
euclidiana.
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que as propriedades métricas e projetivas ficam inteiramente
suprimidas, só se levando em conta uma relação de continuidade
entre o objeto inicial e o final. Assim, para que dois objetos ou duas
figuras sejam considerados equivalentes, não importam seus
tamanhos ou formas, mas a condição de que esta transformação seja
realizada por meio de uma deformação contínua de um objeto ao
outro. Neste caso, os pontos vizinhos que existem num determinado
objeto, mantêm as mesmas relações de vizinhança depois da
transformação ter sido realizada. Não importa que sejam retas,
ângulos, curvas, circunferências... o que é preciso considerar, é que
exista uma continuidade do espaço ou que a transformação seja
contínua.
27
aberto, configurando o que se pode chamar de um espaço exterior,
onde passa a existir uma série infinita de elementos, de pontos ou de
números; um espaço que tende a convergir em direção ao limite do
corte, sem jamais conseguir alcançá-lo.
Lacan, por sua vez, quando retornou a Freud, acrescentou sua parte.
Mesmo que ele tenha levado em consideração que a topologia poderia
definir, de uma maneira rigorosa, o estudo do espaço a partir das
relações de vizinhança, dos limites e das propriedades que
permanecem inalteradas nos objetos quando situados num espaço de
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n dimensões, ele procurou estabelecer algo que fosse próprio ao
“sujeito como tal”.
LACAN E A TOPOLOGIA
Esta condição tem servido a Lacan para fundar a estrutura, para dar
lugar ao nascimento do sujeito e ainda dialetizar as relações entre a
demanda e o desejo. Assim, o sujeito quando dá uma volta completa
pela superfície do Toro integra neste único percurso as propriedades
das duas outras voltas que o constitui: a do círculo pleno e a do
círculo vazio. Nesta volta a mais, que em sua forma simplificada
corresponde ao traçado do oito interior de uma fita de Moebius, passa
a ter uma propriedade equivalente à própria estrutura do sujeito que
passa a se constituir numa condição impossível a ser subjetivada.
30
Mais tarde, com a topologia da cadeia borromeana, Lacan procurou
realizar efeitos de mostração do real, tratando de escrever aquilo que
do real ex-siste, na experiência analítica. A Topologia vinha conceber
um novo espaço para a psicanálise, subvertendo também a noção dos
limites e das quantidades.
31
Se Lacan, na leitura inicial que fez com o simbólico do imaginário dos
textos de Freud, concebeu o campo da linguagem como um sistema
de elementos covariantes e que matemizou pela relação [S1 - S2], a
partir da lógica matemática e da teoria dos conjuntos, ele foi buscar o
axioma do par ordenado para redefinir a noção de estrutura.
32
Esta incompletude que passa a existir no Outro, Lacan também vai
tratá-la por meio de um axioma. Se anteriormente essa condição da
incompletude do Saber inconsciente pôde ser definida a partir da falta
de um significante, agora esse buraco que existe no Outro tem uma
consistência do real e passa a ser chamado de pequeno (a). Dito de
outra maneira, esse buraco que existe no lugar do “outro significante”
toma a forma de pequeno (a), é em-forma de pequeno (a). Esta
condição, portanto, sugere que o Saber inconsciente, que se
matemiza nesta conexão S1 S2, passa a conter também esta
mesma incompletude em sua estrutura. Existe, assim, uma
impossibilidade lógica deste Saber ser “todo” apreendido, já que o
Outro não é completo, nem identificável a um UM.
escrita de uma outra maneira: {S1, S2} {S1}, {S1 {S1 {S1
... a}}}.
33
presença de uma superfície real para sustentar o discurso analítico. A
respeito desta questão, ainda é interessante observar o comentário
feito por Deleuze, para tratar do significante, da emergência do
objeto e do sujeito, quando cita Lewis Carroll: “… a superfície plana é
o caráter de um discurso”. Assim, na psicanálise, o significante
precisa de uma superfície real para se inscrever, ou melhor, numa
dimensão real do corpo onde vem deixar sua marca.
Neste caso, mesmo que não exista outro signo do sujeito que o signo
de sua abolição como sujeito, Lacan não se intimida em indicar
lugares onde ele possa se ancorar. Para isso, propôs diversas
escrituras que determinaram um estatuto lógico e, mais tarde,
topológico do objeto (a), passando a manter uma reciprocidade total
do sujeito com o próprio objeto (a): o sujeito é o a-bjeto.
34
revela que na ex-sistência do sujeito não se trata só de uma condição
espacial, mas que também se deveria incluir o tempo.
35
Mas e o que é o “nó borromeano?” Ou como venho me utilizando, o
que é a “cadeia borromeana?” O que é que levou Lacan a se
interessar pela topologia borromeana? Que importância ela adquiriu
na psicanálise?
36
XV, como um brasão de três famílias italianas de Milão, sendo uma
delas a dos Buono Romeo. Tratava-se de uma estrutura formada por
três anéis, em que cada um deles passava a corresponder a uma das
famílias. Eles estavam entrelaçados de tal forma que se qualquer um
deles fosse rompido, os outros dois também se soltariam. Eles
representavam, portanto, um pacto de indissolubilidade entre as três
famílias, onde se qualquer uma delas rompesse com o acordo, a
união das três estaria automaticamente desfeita.
Todavia, seu uso deve ser tomado para a psicanálise com alguma
prudência, pois como Lacan chegou a afirmar, essa estrutura
37
borromeana rompe com nossas categorias habituais do pensamento.
Assim, “os nós são a coisa para que o espírito é o mais rebelde [...]
19
meter-se na prática dos nós é romper com a inibição”.
38
Para realizar esta passagem, de sua condição abstrata para uma
apresentação como superfície, a cadeia borromeana deveria sofrer
dois tipos de operação. Uma primeira, em que lhe fosse retirada a
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espessura; em seguida, uma segunda operação em que se
estabelece uma convenção que vai delimitar os arcos e os
cruzamentos que a constitui, observando-se uma ordem em cada
arco. Estas duas operações, a perda de espessura e a convenção que
determina o trajeto dos arcos e seus cruzamentos, retiram a cadeia
borromeana da categoria de uma ilustração, de um modelo ou
mesmo de uma teoria, como Lacan chegou a afirmar, convertendo-a
numa escritura que passava a se sustentar numa consistência do
real.
39
Além destas considerações feitas sobre a cadeia borromeana, quando
ela é planificada e adquire o estatuto de uma escritura, através de
sua ortografia mínima com os três anéis, pode-se identificar uma
outra propriedade topológica e invariante de sua estrutura que vai
corresponder ao seu número de buracos.
40
Além destes quatro buracos que foram
identificados nessa escritura mínima da cadeia
borromeana com três anéis, pode-se ainda
encontrar mais três buracos nas interseções
das consistências do RSI. Um deles que
aparece na interseção entre o simbólico e o
42
Aqui, por extensão, a cadeia borromeana vai também realizar através
dessa noção de consistência uma garantia de que os objetos do
mundo estarão sempre sustentados juntos, mantidos numa condição
tal que podem, inclusive, fazer imagem. Diferentes imagens, que
embora não sejam muito evidentes, servem para que o sujeito possa
24
se situar nelas. Assim, desde quando a presença destas imagens
remete também à noção de superfície, isso lhe permitiu inferir que a
cadeia borromeana além de uma consistência do real, tem também
uma consistência do imaginário.
43
sistência e o real são colocados numa categoria comum, numa
27
equivalência com o ab-sens, com o sexo e o gozo.
Dito de outra maneira, a ex-sistência é, “no final das contas esse fora
que não é um não-dentro [...] é esse em volta do que se evapora
28
uma substância” e que está além do sentido, como um limite
infranqueável que vem impedir, na psicanálise, a noção de uma
totalidade e de um mundo esférico para o sujeito. Uma condição que
possibilitou à Lacan abrir os anéis da cadeia borromeana, passando a
escrevê-la também com retas infinitas.
44
consistência determina uma espécie de “gel imaginário” que tem sido
29
identificado por Lacan como a escritura da psicose paranóica.
45
partida para escrevê-la. É uma estrutura mais simples, formada por
traços, por traços unários e que foi nomeada de trisquel.
Nesse buraco do trisquel, ele colocou uma outra noção que já havia
33
identificado desde o seminário sobre a Identificação e que nomeou
34
de “turbilhão”. Naquela ocasião, tratava-se de uma noção que se
sustentava num ponto central que era colocado além do nó
imaginário do fantasma fundamental por onde deveria sair o objeto
(a). Aqui, agora, a “noção de turbilhão” vem se constituir num lugar
que além de reter o objeto (a) passa a adquirir o estatuto do
recalque primário, onde o inconsciente “tem a propriedade de ser
35
aspirado”.
46
agora ele vai também ser inserido nestas diferentes dimensões do
tempo.
37
No seminário Encore, e no ano seguinte, com Les non-dupes
errent, Lacan retorna a seu escrito sobre o Tempo Lógico…, voltando
sua atenção para as relações entre o objeto (a) e o tempo. Ele vai
afirmar que a função da pressa [hâte] é a função desse pequeno (a),
pequeno a-pressado [h(â)te] e ainda considerar que a cadeia
borromeana é um avanço do tempo lógico, à medida que pode
38
realizar de uma só vez superfície e tempo. Lacan vai afirmar ainda
que esse escrito não é “uma pequena adivinhação (…), pois quando
olhado mais de perto, vê-se que cada um dos sujeitos não intervém
por ser Um-entre-outros, senão por ser, com respeito aos outros
dois, aquilo que é a causa de seus pensamentos… precisamente… o
minúsculo que ele é sob o olhar dos outros, o objeto (a), eles são
dois mais (a) [e] vocês sabem que usei estas funções para tentar
representar o inadequado da relação do Um ao Outro. [...] À medida
39
que… os outros dois são tomados como Um mais a...”.
47
determinar os tempos anteriores: o tempo de compreender e o
instante de ver. A partir daí, portanto, será o próprio sujeito que irá
construindo a percepção que vai tendo em suas diferentes realidades.
Para fazer frente ao SABER que existe no real, o sujeito se utiliza das
dimansões do simbólico e do imaginário, relançando-as num discurso
a partir do qual poderá realizar distintas fixções do real. O sujeito
quando se realiza, o faz de uma maneira sempre singular,
representado pelo significante S1 (l’essaim), o enxame, que lhe
assegura uma unidade de copula com o Saber inconsciente. Um tipo
48
de Saber que embora seja inventado pelo sujeito, não lhe dá
41
qualquer garantia de identidade de seu ser de sujeito. .
49
fazer bordas desse buraco que o causa. Ele é intimado a inventar o
próprio Saber inconsciente, a escrever suas respostas sobre a vida e
a morte, sobre o sexo, sobre o gozo e, sobretudo em relação àquilo
que vem se constituir como esse “enigma do UM”, que é a própria
noção de estrutura.
50
Nos sucessivos encontros faltosos com o Saber do real, o sujeito é
impelido a usar de sua arte, de um artifício para que possa fazer algo
que estabeleça limites a um suposto gozo do Outro, desse Outro que
nem mesmo existe. Cada vez em ato, à medida que vai fazendo seu
artesanato... inventa o Saber inconsciente que fibra o real,
possibilitando-lhe construir estas diferentes fixções que passam a
fazer parte de sua ex-sistência. O sujeito vai inventando à medida
que vai dizendo ou fazendo, que pode vir dar no mesmo, desde
quando dizer é fazer. Lacan chegou a afirmar ainda que o que você
faz, sabe o que você é.
PERLS
51
permanentes. Kurt Goldstein não acreditava na possibilidade de
entender estes indivíduos dentro de um ponto de vista que
valorizasse apenas as mudanças no ambiente (dados socioculturais
ou geográficos), nem apenas os aspectos meramente físicos de suas
doenças (lesões cerebrais). O que ele verificara é que a personalidade
total destes indivíduos mudava em função das lesões sofridas, não
podendo esta mudança ser entendida apenas como meros reflexos
fisicalistas destas lesões.
52
global da Gestalt Terapia. Os conceitos básicos desta abordagem, já
citados acima, apoiam-se totalmente na visão organísmica de Kurt
Goldstein.
53
método holístico, nenhum tipo de experiência deve ser excluída, ao
se estudar os seres vivos - toda e qualquer forma de experiência é
válida para o entendimento global do funcionamento deste ser.
54
ansiedade no organismo e que os comportamentos desordenados
resultantes são comportamentos desarmônicos, tanto do ponto de
vista do organismo, quanto do meio ambiente. No homem isto levava
há um fenômeno descrito por Goldstein, principalmente nos casos de
indivíduos lesionados cerebralmente, em que o sujeito evitava, de
todos os modos possíveis, expor-se às situações onde fosse
necessária a execução de ações que não estivesse apto a executar.
Goldstein apontava como uma consequência, do descrito acima, uma
tendência destes pacientes em buscar comportamentos padronizados
de ordem, uma tendência em evitar experiências que pudessem gerar
qualquer sensação de vazio, de desordenação.
55
não propiciam a mudança. Conforme citação de Kurt Goldstein: “ The
environment of on organism is by no means something definite and
static but is continuosly forming commensurably with the
development of the organism and its activity.” (p. 85)
56
rejeição e fuga do mesmo. Quanto à continuidade do sistema é
ameaçada pelo contato com o meio, a retirada do contato é uma
tentativa de adaptação do organismo. Esta noção de fuga, de
resistência, como respostas também de equilibração, é claramente
levada para o campo conceitual da Gestalt terapia.
Goldstein trouxe importantes contribuições para as teorias dos
instintos e dos reflexos. Ele destacou que os reflexos também
deveriam ser estudados e explicados dentro de uma visão holística –
que assim como qualquer outra reação do organismo eles deveriam
ser entendidos como uma resposta do organismo de modo global. Ele
mostrou que um reflexo não sofria modificações relativas apenas ao
estado geral do organismo, premissa esta já aceita na teoria dos
reflexos vigentes, mas sim que desde o início as reações do
organismo estão condicionadas pelo campo muito mais além do que o
do arco-reflexo. Goldstein opunha-se, radicalmente, a visão que
defendia que as perfomances do organismo seriam uma mera
composição de reflexos. Até mesmo as ações instintivas também só
poderiam ser compreendidas do ponto de vista holístico, ou seja,
como referentes ao organismo como um todo e de acordo com as
diversidades de cada situação.
57
muito inovadoras sobre o conceito de drives*. Ele questionou o
pensamento vigente que pregava que o objetivo primeiro dos drives
(impulsos) seria o de descarregar o organismo de algum excesso de
tensão. Na realidade, Goldstein acreditava que esta tendência à
descarga de tensão como a prioridade do organismo é uma expressão
de desarranjo, de mau funcionamento do mesmo.
Podemos dizer que a Gestalt terapia foi construída sobre esta crença,
de que a lei que governa o funcionamento do ser humano é a da
busca da auto-atualização, salvo condições de extrema anormalidade.
Fritz Perls iria pregar, na teoria da abordagem gestáltica, que os
indivíduos se auto-atualizariam dando prioridade para a execução de
ações que visassem a satisfação das necessidades emergentes como
figuras. Sendo alguma necessidade satisfeita, esta deixaria de ser
figural e outra necessidade emergeria. As complicações surgiriam,
neste processo de auto-atualização, quando não houvesse a
possibilidade de satisfação de uma necessidade básica. Se um
indivíduo é forçado a conviver com uma situação de restrição por
muito tempo, o seu modo de funcionamento é afetado e este passa a
se comportar de um outro modo não harmônico. Portanto o
funcionamento não harmônico é o resultante de situações de limite,
onde se forma um padrão de adaptação emergencial.
58
Goldstein já tinha dito que a noção de drives (impulsos) deveria ser
substituída pela idéia de que o organismo é dotado de
potencialidades que são capacidades da natureza do organismo de
lidar com o meio de modo a estar sempre buscando a
autoatualização. Isto que Goldstein nomeou de capacidades naturais
do organismo, potencialidades, ele afirmou que as mesmas não são
guiadas pela consciência (apesar de ser influenciadas por esta) pois,
mesmo em pacientes que apresentavam distúrbios da consciência,
haviam mecanismos de autorregulação organísmica presentes.
Goldstein dizia também que estas potencialidades também não são
biologicamente determinadas, mas sim só podem ser entendidas de
modo holístico. Uma destas potencialidades apresenta-se como uma
tendência do indivíduo de completar ações incompletas, ou seja, em
finalizar situações inacabadas. Na Gestalt terapia diz-se que uma
necessidade impossível de ser satisfeita leva a formação de uma
situação inacabada, de uma gestalt aberta. Que a busca do indivíduo
é completar suas situações inacabadas levando ao fechamento de
gestalten.
59
subjetiva mas que interfere, holisticamente, no todo da experiência
do indivíduo (física, motor, psicológica, intelectiva, etc.).
60
das situações e de mau funcionamento, portanto, do mecanismo
holístico natural da auto-regulação organísmica.
61
Goldstein descrevia três padrões diferentes do comportamento do
indivíduo – o que ele nomeava performance estaria relacionado ao
comportamento consciente, as atitudes que estariam ligadas aos
estados internos nos quais ele incluía os sentimentos, humores e
afetos e os processos fisiológicos que se relacionariam aos eventos
somáticos. A estes três aspectos do comportamento corresponderiam
os conceitos tão conhecidos de mente, alma e corpo. Goldstein
destacava que é fundamental entender que esta distinção é artificial,
é um artifício para se compreender aspectos isolados do
comportamento total do indivíduo. Algumas vezes estes modos do
comportamento poderiam aparecer como entidades de fato isoladas,
mas seria um fenômeno compreensível pela lei de figura-fundo, a
qual possibilitaria explicar que haja, temporariamente, um destaque
para um dos campos da experiência mas estando os outros aspectos
do comportamento compondo o fundo da realidade global do homem.
Sendo assim, o pensamento só pode se dar de modo conjunto com
uma experiência emocional em um ser que experimenta um estado
de corporeidade. Esta visão de Kurt Goldstein trouxe uma nova
possibilidade para o entendimento do dito inconsciente – àquilo que
não está presente na consciência em um determinado momento
compõe um fundo também constituinte do todo do ser global. Esta
noção de consciente e inconsciente como possibilidades
intercambiáveis do comportamento do homem se manifestar,
também foi adotada pela teoria da gestalt terapia.
62
que ela desenvolva comportamentos desarmônicos diante dos
impedimentos do meio. Este padrão de funcionamento baseado em
comportamentos desarmônicos também é uma das características do
modo do funcionamento neurótico que Fritz Perls descreveu na teoria
da personalidade da gestalt terapia.
63
comportamentos que visam atingir uma auto-organização do sistema
(organismo), uma “boa” gestalt. No entanto, o que pode do
organismo em buscar os comportamentos mais adequados, para cada
situação ser considerado uma “boa” gestalt em um momento
determinado, pode deixar de ser diante de alguma modificação do
campo que aconteça no organismo. Isto quer dizer que conceitos
como o de estabilidade e adequação organísmica são muito relativos
e sempre dependentes das condições momentâneas do sistema.
Diante do que foi argumentado acima, fica evidente que para a teoria
organísmica de Kurt Goldstein, o que se considera como equilíbrio em
um sistema é sempre visto de modo dinâmico. Goldstein dizia – em
se considerando a personalidade humana enquanto um sistema em
equilíbrio dinâmico, que: “The better centered and integrated a
personality is, the more definite and stable are these “Gestalten”.”
(p.291) As leis da pregnância e da busca de fechamento estudadas
pelo gestaltismo são consideradas por Goldstein para compreender
esta tendência do organismo pela “boa” gestalt.
64
topográfica foi adotado por Kurt Goldstein. No conceito de
autoatualização de Goldstein ele considerava a noção de equilíbrio
dinâmico topográfica do gestaltismo enquanto um processo de busca
de equalização, por parte do organismo, entre tensão e relaxamento.
As forças que atuam sobre o organismo não podem ser consideradas
enquanto forças internas ou externas, mas sim como forças sempre
contextualizadas no campo interacional. Goldstein destacou que a
complexidade do comportamento humano está no fato de que este é,
ao mesmo tempo que holisticamente guiado, também apto a exercer
uma ação voluntária pela capacidade de abstração do homem. Este
modo de funcionamento do homem que tem o poder da abstração lhe
dota da possibilidade de assumir respostas isoladas, não
holisticamente guiadas, dependendo de circunstancias específicas.
65
outras formas de se considerar estes conceitos que não as até então
utilizadas pelo pensamento atomista/causalista, mas sim coerentes
com o pensamento holístico. Grande parte dos estudos na área
biológica trataram da questão da normalidade de um ponto de vista
da apresentação de comportamentos constantes, padrões constantes
de conduta, que fossem estatisticamente coerentes com aquilo que se
adequasse ao modo de funcionamento da espécie humana, de um
modo geral. Goldstein abre a discussão apontando que o pensamento
estatístico não se propõe a tratar da individualidade de cada pessoa
considerada. Para se expandir este questionamento sobre o que seria
anormalidade devemos ter em conta outra discussão, o que seria
então anormalidade ou doença. Goldstein parte do ponto de visto de
Karl Jasper que defendia que a doença é muito mais um conceito de
valor, atrelado ao julgamento sócio cultural, do que propriamente de
um julgamento médico. Goldstein concorda com esta perspectiva e
defende que, holisticamente pensando, é muito mais importante se
tratar do fenômeno do que é estar doente do que da doença
propriamente dita. Goldstein, já defendia que para se considerar um
padrão de normalidade deve-se ter em consideração o indivíduo, por
si próprio, como sua medida. Então, dentre deste critério holístico
organísmico, o que é pertinente para se considerar que alguém está
doente? Goldstein apontou:
66
sujeito é submetido, sempre alterará o seu modo de funcionamento e
sua maneira de lidar com seus potenciais naturais autorregulativos.
Goldstein considerava perigo, risco, ameaça, tanto àquilo que diz
respeito aos distúrbios objetivos, quanto às experiências subjetivas.
Para que haja uma reabilitação deste estar doente é imprescindível
que um novo modo de funcionamento, individual, surja permitindo
uma adequação as restrições experimentadas. Então, o bem estar se
apresenta como um novo modo harmônico de funcionamento, dado
que o antes experimentado já não é mais viável. Deste modo,
podemos pensar que a possibilidade de mudar surge como uma
habilidade do indivíduo de restaurar seu bem estar. Apenas em
condições patológicas é que a tendência em tentar preservar um
estado inalterado de comportamento se manifesta. É importante
ressaltar que quando Goldstein fala da mudança no organismo, ele
considera que qualquer mudança nesta unidade é consoante com um
mudança que também ocorre no meio. A necessidade de um olhar
individual sobre as alterações apresentadas por uma pessoa doente
não significa a defesa de um olhar individualista pois, este sujeito, é
um ser social que manifesta uma doença não desvinculadamente de
sua experiência global.
1. FUNDAMENTOS
A PSICOLOGIA DA GESTALT
68
A Escola de Psicologia, que desenvolveu estas observações é
chamada Escola Gestáltica . Gestalt é uma palavra alemã para a qual
não há tradução equivalente em outra língua. Uma gestalt é uma
forma, uma configuração, o modo particular de organização das
partes individuais que entram em composição. A premissa básica da
Psicologia da Gestalt é que a natureza humana é organizada em
partes ou todos, que é vivenciado pelo indivíduo nestes termos, e que
só pode ser entendida como uma função das partes ou todos dos
quais é feita.
HOMEOSTASE:
69
A DOUTRINA HOLÍSTICA:
LIMITE DE CONTATO:
70
Há pessoas que literalmente não vêem o que não querem ver, não
ouvem o que não querem ouvir, não sentem o que não querem sentir
– tudo isso para acabar com o que consideram perigoso – os objetos
ou situações que, para eles, tem catéxis negativas. A aniquilação
mágica é uma fuga parcial, um substituto para fuga real.
Catéxis é a força, energia, impulso que nos leva a realizar algo, pode
ser positiva se nos aproximar de algo, ou negativa se nos afasta ou
protege de algum perigo.
2. MECANISMOS NEURÓTICOS:
71
O indivíduo tem que mudar constantemente se quiser sobreviver.
Quando ele se torna incapaz de alterar suas técnicas de manipulação
e interação, é que surge a neurose. O homem parece nascer com um
sentido de equilíbrio social e psicológico tão acurado quanto seu
sentido de equilíbrio físico.
72
Os distúrbios neuróticos surgem da incapacidade do indivíduo
encontrar e manter o equilíbrio adequado entre ele e o resto do
mundo e todos têm em comum o fato de que na neurose o social e os
limites do meio sejam sentidos como se estendendo demais sobre o
indivíduo.
INTROJEÇÃO:
PROJEÇÃO:
73
responsável pelo o que se origina na própria pessoa. Na projeção,
pois, deslocamos a barreira entre nós e o resto do mundo
exageradamente a nosso favor de modo que nos seja possível negar
e não aceitar as partes de nossa personalidade que consideramos
difíceis, ofensivas ou sem atrativos.
CONFLUÊNCIA:
RETROFLEXÃO:
74
mecanismos de introjeção, projeção, retroflexão ou confluência, seu
sinal característico é a desintegração da personalidade e a falta de
coordenação entre pensamento e ação.
75
Bem, que necessita o paciente de nós? Ele não pode conseguir pôr si
só, nem pôr intermédio do seu meio ambiente. Uma vez que não foi
bem sucedido, vem até nós frustrado e sem ter adquirido uma
satisfação completa. Não chega, porém, de mãos vazias. Traz consigo
seus meios de manipulação, seus meios de mobilizar e usar o meio
para que faça a tarefa que lhe compete.
76
As resistências são tão valiosas para nós quanto foram para os
aliados os movimentos da resistência durante a segunda guerra
mundial. O neurótico, como todo todo mundo, está ajustado para
viver manipulando seu meio. De qualquer modo, o paciente não
pensa em sua resistência como resistência, geralmente a vivência
como ajuda; quer ajudar, pois o que ele receia é a rejeição, a não
aprovação e finalmente, a alta pôr parte do terapeuta. Trata-se
freqüentemente de um conceito complemente errôneo de si próprio,
em que cada característica representa exatamente o oposto de sua
realidade. Este auto-conceito não pode dar ao paciente qualquer tipo
de apoio; ao contrário, se ocupa em resmungar, se desaprovar,
esmagando toda auto-expressão genuína.
77
Na terapia, se o apoio ambiental que o paciente espera de nós não
estiver aparecendo, se não lhe damos as respostas a que ele se julga
com direito, se não apreciamos suas boas intenções, admirarmos seu
conhecimento psicológico, se não nos congratularmos com ele devido
a seus progressos, receberemos a cateis negativa de sua frustração.
Mas a terapia gestáltica também lhe dá constantemente muito do que
quer atenção , atenção exclusiva e não o censuramos por suas
resistências , deste modo, a terapia começa com um certo equilíbrio
entre frustração e satisfação.
78
medida em que é relacionado com a ação, e podemos usar a atuação
enquanto relacionada com o fantasiar.
O que é ativo na terapia não é o que foi; ao contrário, é algo que não
foi – um déficit ou algo que faltou. Ela progride pela satisfação e
integração na formação do si mesmo. Em vez de especular sobre ele,
pedimos a nossos pacientes que o vivam mais extensiva e
intensivamente, para descobrir o paradoxo. Tem que admitir
sensações, emoções, bem como gestos. Ele só pode interpretar o
sonho e chegar a uma solução de paradoxo pela re-identificação,
particularmente com os aspectos perturbadores do sonho, não
assumindo a responsabilidade por nossas próprias esperanças e
desejos.
O objetivo da terapia então, deve ser lhe dar meios para que possa
resolver seus problemas atuais e qualquer outro problema que surja
amanhã ou no próximo ano. Este instrumento é a auto-estima.
79
para re-experenciar seus problemas e traumas – que são situação
inacabadas no presente- aqui e agora.
5. DESCASCANDO A CEBOLA:
80
Consequentemente, ele não pode se expressar. Mesmo este modo de
expressão rudimentar e um tanto simples é um grande passo à
frente.
Necessita apenas olhar. Mesmo isto não é tão fácil, pois olhar e ver
exige que o terapeuta esteja completamente imparcial e sem a priori.
Uma vez que o contato sempre ocorre na superfície, é na superfície
81
que o terapeuta deve ver. Mas não no enganamos a respeito – esta
superfície é bem mais ampla e mais significativa do que admitirá o
terapeuta ortodoxo.
82
você faz esta pergunta?” se destina a devolver o paciente a seus
próprios recursos. Mas como queremos trazer à tona a estrutura da
pergunta do paciente, sua pressa; e possivelmente podemos alcançar
o si mesmo no processo. E assim nossa técnica é pedir ao paciente
que converta suas perguntas em proposições ou afirmações.
83
Um problema na terapia gestáltica é que o paciente se ajusta a
nossas técnicas. Pode, então, começar a manipular o terapeuta com
experiências fabricadas e irrelevantes, só para agrada-lo e, ao
mesmo tempo, evitar lidar com suas reais dificuldades. Neste caso a
técnica deve mudar do vivenciar para o representar, e o terapeuta
tem que lidar com a atitude de “vamos fazer de conta” do paciente.
84
psicodramaticamente, para falar com o terapeuta como se ele fosse a
mulher, filhos ou o que lhe fosse desagradável.
85
Para ser capaz de fugir para o vazio fértil devem ser obtidas duas
condições. A pessoa deve ser capaz de permanecer com sua própria
técnica de interrompe-la. Então pode entrar no vazio fértil, que é um
estado um tanto semelhante a um transe, mas ao contrário deste
vem acompanhado de um estado de completa conscientização. O que
acontece no vazio fértil é uma experiência esquizofrênica em
miniatura. A experiência do vazio fértil não é nem objetiva nem
subjetiva. Nem é introspecção. Simplesmente é. É dar-se conta sem
especulação sobre a coisa que se percebe.
86
deve atingir seus “sentidos”. Deve aprender a ver o que há, e não o
que imagina que exista. Deve para de alucinar, transferindo e
projetando. Deve parar de retrofletir e de se interromper. Deve
liberar suas faculdades semânticas. Deve entender-se e aos outros, e
parar de torcer e distorcer os significados através das lentes
desfocadas da introjeção, preconceitos e convicções. Então adquirirá
liberdade de ação, transcendendo os limites de sua natureza
específica e aprendendo a lidar com cada nova situação como uma
situação nova, e a lidar com ela usando todo seu potencial.
87
paciente se dá conta, parcialmente, se suas necessidades e pode,
pelo menos parcialmente, expressa-las.
8. A GESTALT EM AÇÃO:
88
Não temos que cavar a maneira de Freud , no inconsciente mais
profundo. Temos que nos dar conta do óbvio. Se compreendermos o
óbvio , tudo está lá , cada neurótico é uma pessoa que não vê o
óbvio. Assim o que estamos tentando fazer na terapia Gestáltica é
compreender a palavra agora, o presente , a dar-se conta e ver o que
aconteceu no agora. E conhecer o agora o levará a qualquer lugar, de
quatro semanas a vinte anos.
9. CONSCIENTIZAR-SE:
89
lo no foco da experiência, e faze-lo entender aquele exato momento e
descobrir o que é que está provocando a fuga. Há um processo de
auto decepção muito complicado envolvido.
SKINNER
90
Para Freud a Personalidade era uma estrutura interna ordenada em
EGO, ID e SUPEREGO, organizada como um sistema que permite
manter a saúde mental equilibrando forças inconscientes entre o ID
(regido pelo principio do Prazer) e o superego (a Lei interiorizada
adquirida com a resolução do Complexo de Édipo) com a mediação do
EGO.
91
Essa nova definição entre a relação do Ambiente, história de vida e
Cultura se propõe a mudar o paradigma de personalidade mentalista
para um paradigma Behaviorista, em que o Inconsciente é ignorado
dando lugar a definição de Níveis de Seleção (Filogenéticos,
Ontogenéticos e Culturais) como determinantes para a formação da
personalidade e não mais como um Eu interno inconsciente, mas
como um conjunto de comportamentos que podem ser previstos e
controlados.
92
Ambas as teorias divergem quanto as causas, pois o Budismo
considera os fatores Motivacionais e Éticos e Skinner permanece
focado no comportamento em si entendendo e buscando causas no
determinismo ambiental e nas consequências que essas mesmas
respostas provocavam no ambiente aumentando ou diminuindo a
frequência que uma determinada resposta aconteceria.
Atualmente há uma boa discussão sobre Fatores Motivacionais e
Éticos dentro da Análise do Comportamento.
Alias uma das mais “novas” técnicas utilizadas pela ACT, DBT e FAP é
uma adaptação de técnicas budistas de meditação chamada
“Minfullness”, e está substituindo alguns dos procedimentos há muito
utilizados pelas Terapias Cognitivas Comportamentais para lidar com
Comportamentos de Fuga/esquiva. Apesar do mind (mente) no nome
da técnica, que deixa os Behavioristas mais ortodoxos de cabelos em
pé, ela não tem nada de mentalista.
93
2. Conceitos Básicos de AC – Parte 1 – Behaviorismo. O
Behaviorismo teve sua origem em 1913, com a publicação do
artigo “A psicologia como um behaviorista a vê”, de autoria de
Watson; artigo este em que Watson criticava, dentre outras
coisas, o uso da introspecção como método investigativo da
Psicologia. De acordo com Watson, este método não era
confiável porque estava muito sujeito aos [...]...
Behaviorismo
94
behaviorismo clássico que durou, mais ou menos, até 1930.
Tipos de Reforços
95
pressão da barra. Ele só aparece quando o rato pressionar a barra e
se for suspenso, dar-se-á a extinção do operante. O rato também
pode discriminar: só recebe alimento quando a barra é pressionada e
uma lâmpada acende; quando pressiona no escuro, não. Por
discriminação, só pressionará com a lâmpada acesa.
96
reação tenderá a desaparecer.
ROGERS
97
face ao seu meio e ao seu inconsciente. Para Rogers, o
desenvolvimento pessoal e a construção do Ser dependem
inteiramente da própria pessoa. O homem constrói ativamente a sua
existência e é capaz de auto-regular a sua estrutura interna em
função dos seus objetivos
Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/2040487-
teoria-da-personalidade-carl-rogers/#ixzz3qEZAKgmu
1. INTRODUÇÃO
98
A segunda razão apontada pesa mais do que a primeira. Com efeito,
foi possível no decurso de treze anos observar directamente os
efeitos da impregnação deste modelo na vida das pessoas. Quer
porque se tratou de mudanças ocorridas nas suas vidas no decurso
da formação que fizeram em psicoterapia, quer porque nos foi
possível observar a melhoria da qualidade de vida de pessoas que
solicitaram ajuda para as suas dificuldades pessoais ou familiares, em
contexto de consulta clínica ou de intervenção comunitária, a
convicção da eficácia deste modelo acabou por arraigar-se ao longo
do tempo.
99
da psicoterapia, da educação, da liderança, da intervenção nos
grupos, nas organizações, na família, em grupos de risco, etc.
100
correções necessárias para as ações futuras.
101
A via para a maturação cognitiva e afetiva consiste, de acordo com a
Abordagem Centrada na Pessoa, em desfazer este tipo de alienação
no funcionamento do ser humano. Quer dizer, consiste em refazer a
estrutura valorativa do sujeito, permitindo-lhe a reconstrução do ego,
em função da sua própria experiência.
4. A COMUNICAÇÃO AUTÊNTICA
102
5. AS ATITUDES INTERPESSOAIS (OU DE COMUNICAÇÃO)
Na maioria dos casos, esta atitude traduz uma reação de defesa por
parte do facilitador relativa a tudo o que possa ser estranho ao seu
103
sistema de referência. O utilizador desta atitude procura substituir-se
ao interlocutor mediante a imposição de um modelo, mostrando-lhe o
que deve fazer ou pensar. Acaba por ser uma forma de controle do
comportamento do interlocutor.
Por parte do participante pode sentir que tem uma solução, amparo
ou proteção. Caso aceite a sugestão como boa, pode mais tarde vir a
culpar seu autor por ela se ter revelado desajustada ao seu problema.
104
autoridade, dependência e reforço da dependência, tendência à
contestação, redução da capacidade de comunicação.
105
Assim sendo, o participante poderá pôr fim à sua comunicação ou
responder com uma explicação defensiva, sem que isto traga uma
mais valia em termos de comunicação eficaz ou de aprofundamento
do assunto.
Mas é uma atitude que, quando não adequada, pode ser sentida
como um interrogatório e suscitar assim uma reação de defesa à
curiosidade manifestada.
106
É uma tentativa de o facilitador se colocar no lugar do interlocutor
para melhor o compreender, como se fosse esse outro, sem no
entanto perder a sua condição ou deixar de ser quem é.
107
Consiste em dizer de outra forma o que foi expresso pelo outro. Na
reformulação, e de um modo geral, o facilitador repega o que foi dito,
ou não dito, pelo interlocutor e devolve-lhe de uma forma mais
concisa, ordenada e explícita.
108
reformulação empática pode igualmente ser aplicada a outros fins
que não a psicoterapia. É o caso de grupos de formação profissional,
educação formal, grupos de casais, reuniões comunitárias, grupos de
desenvolvimento, etc.
Segundo Rogers(1970a,p.221)
109
Rogers era a de fundar uma abordagem psicológica; para isso,
logicamente, era necessário que se elaborassem teorias.
110
termo técnica na abordagem. Rogers o contestava, dizendo tratarem-
se de atitudes, e não técnicas. Contudo, a confusão parece de ordem
semântica.
Parece que, para Rogers, essa segunda definição de técnica era a que
lhe convinha, por isso, talvez, utilizava a palavra atitude para se
referir ao comportamento humano, e não técnica. Segundo Kinget
(1977b, p.9)
111
o que já dissemos, de que estas três atitudes não se centram nem
somente no terapeuta, nem somente no cliente, mas, principalmente,
na relação dos dois.
112
Convém lembrar que Rogers utilizava o termo atitudes para designar
o fato de não era algo que poderia ser praticado sem qualquer
sinceridade e fora do contexto de uma relação terapêutica específica
com cada indivíduo. Portanto, não se trata ações pré-fabricadas para
determinadas situações, mas de atitudes vividas e experienciadas no
momento de uma específica relação, tendo estas atitudes um total
imbricamento entre si, sendo uma totalmente dependente uma da
outra.
113
desencadeada pelo organismo, esta poderá até nem ser
experimentada, ou, na melhor das hipóteses, negada, pois, segundo
a imagem que o indivíduo tem de si mesmo, ele não é alguém que
experimente este tipo de sentimento. Para Rogers (1978b, p.197), as
religiões e a família vêm a ser as grandes causadoras de distúrbios
psicológicos, com noções como pecado ou o filho ideal. Segundo
Rogers (1992, p.566)
Uma vez em terapia, o sujeito pode ser quem ele é, sem medo de
sofrer qualquer exigência de valores por parte do terapeuta. Para
Rogers (1974, p.47) o terapeuta "estimula a livre expressão de
sentimentos em relação com o problema. Em certa medida essa
liberdade é provocada pela atitude amigável, interessada e receptiva
do conselheiro".
114
resposta para esta questão é negativa, uma vez que se tratam de
atitudes e, como tal, é um modo de concepção de ser humano.
Portanto, o terapeuta não age de forma artificial, com o mero uso de
suas atitudes na clinica, mas na vida de um modo geral, em todas as
relações interpessoais.
Por que se dar uma liberdade tão grande de expressão para o cliente?
Será que esta pessoa não poderia, por exemplo, ter reações
agressivas, ou coisa parecida, para com o terapeuta? A resposta para
esta pergunta encontra-se no que Rogers (1978b, p.194) considerava
o único postulado básico da ACP: a Tendência Atualizante. Mas que
tendência é essa?
117
se passa no seu íntimo, como a centopéia se tornaria consciente de
todas as suas pernas". Uma avaliação organísmica da experiência não
se daria em um patamar intelectual, não seria exatamente fazer
escolhas a partir de deliberações, mas ser este próprio processo de
escolhas, de ser um eterno devir.
119
1.2. O Modelo de Trabalho com Grupos
Rogers (1978, p. 13) relata que seu trabalho com grupos era algo
paralelo à aplicação práticas das idéias de Kurt Lewin, em 1947. Não
podemos, contudo, esquecer-nos de que um pensador não pode fugir
das influências que culturais presentes em seu meio. No caso de
Rogers, como americano que era, e conhecedor do trabalho de Lewin,
parece bastante coerente se falar em uma ressonância do trabalho de
120
Kurt Lewin no do criador da ACP, pois, segundo Rogers (1978, p.14)
"os alicerces conceptuais de todo este movimento [dos grupos]
foram, por um lado, inicialmente, o pensamento lewiniano e a
psicologia gestaltista e, por outro, a terapia centrada no cliente".
Rogers (1978, p.14) estabelece uma diferença inicial entre seu estilo
de trabalho com grupos e o dos grupos de Bethel (como eram
conhecidos os grupos de Kurt Lewin e seus colaboradores), afirmando
que os grupos de encontro que desenvolveu "tinham [...] uma
orientação experiencial e terapêutica maior do que a dos grupos
originados em Bethel". Contudo, segundo o mesmo Rogers (1978,
p.14) "esta orientação para o crescimento pessoal e terapêutico
fundiu-se com o processo do treino de capacidades em relações
humanas e ambas em conjunto formam o núcleo do movimento que
se espalha hoje rapidamente [...]".
122
Os grupos de encontro poderiam, então, ser considerados como um
modo de amenizar características existentes em relações, ou seja,
fazer com que as pessoas gratuitamente passem a se relacionar
melhor? A resposta para Rogers não parece ser positiva, pois
segundo o mesmo (1978a, p.136)
123
Abordagem Centrada e que cabe a nós o desenvolvimento infinito do
modelo iniciado por este psicólogo americano, pois a ciência nunca
pode deixar de ser compreendida como um sistema aberto, sempre
com teses prontas para serem refutadas por outras teses que,
provavelmente, também o serão.
124
assistente social de orientação "rankiana", com quem, segundo o
mesmo (1978, p.202), aprendeu bastante. Rogers (1978, p.202)
enfatiza, contudo, que não foi a teoria, mas a terapia de Otto Rank
que o atraiu. Rogers (1973, p.39) afirma que, apesar da dificuldade
de enumeração das influências recebidas por sua abordagem
psicológica, ela tem como "ponto de partida importante" (Rogers,
1973, p.39) a relação terapêutica de Otto Rank, além de críticas
feitas por dissidentes da Psicanálise. Pois Rogers (1973, p.40) afirma
que "a actual* análise freudiana que ganhou suficiente confiança para
criticar os modos terapêuticos de Freud e aperfeiçoá-los é outra
fonte".
125
como e não com o porquê do desajuste psicológico, podemos ver a
noção de todo presente no modo de concepção teórico-prática da
ACP, pois é o modo como o mundo fenomenal se apresenta para o
cliente que é enfatizado, e não os elementos que o levaram a
percebem uma determinada situação de uma maneira "distorcida" da
"realidade".
127
Amatuzzi (1994, p.58) coloca que
128
ocidental [...]" (Fonseca no prelo, p.5). Nietzsche afirmava
(diferentemente de Sócrates) o valor dos sentidos, do corpo, a
afirmação da vida e do vivido, indo contra o azedume da vida e o
conceito de culpa pregados pela religião de sua época.
Além do que, Otto Rank, segundo Fonseca (no prelo, p.10), "[...] foi
profundamente influenciado pelas perspectivas de F. Nietzsche e
buscou integrar estas perspectivas como fundamento de seu sistema
de psicoterapia[...]" e, como sabemos, Rogers teve, na relação
terapêutica de Otto Rank uma grande influência no inicio de seu
trabalho. Portanto, mesmo que "por tabela", Rogers possivelmente
recebeu a influência do pensamento nietzscheano em seu trabalho,
através de Otto Rank.
129
Reich também teve uma contribuição, quando trouxe o corpo para
psicologia e, segundo Fonseca (no prelo, p.10), foi "[...] um dos
primeiros a sustentar a perspectiva de uma auto-regulação
organísmica [...]". Reich, inclusive, segundo Fonseca (no prelo, p.9)
influenciou Kurt Goldstein, que, por isso, "valorizou
fundamentalmente estas capacidades de auto-regulação e de auto-
atualização do organismo humano como fundamentos [...] de sua
psicologia organísmica [...]".
Kurt Goldstein, médico que estudou psicologia, foi uma outra grande
influência ao trabalho de Rogers. Segundo Fonseca (no prelo, p.8)
"[...] de um eminente neuropsiquiatra e pesquisador, Goldstein
morreu estudando fenomenologia e existencialismo [...]". Goldstein é
um grande alicerce para a psicologia organísmica, e teve seu trabalho
baseado na Psicologia da Gestalt, pois segundo Fonseca (no prelo,
p.9)
130
James também influenciou o pensamento de Carl Rogers,
principalmente em seus primórdios, quando a coleta de dados
estatísticos e a tentativa de tornar a Abordagem Centrada na Pessoa
eram preocupações constantes (preocupações estas que foram cada
vez mais diminuindo na obra de Rogers). Segundo Leitão (1986,
p.80) "[...] um aspecto a ser salientado na história da vida de Rogers
é sua formação experimentalista, que o levou a pesquisar
longamente seus pressupostos teóricos [...]". Talvez, isso responda
um pouco acerca da questão sobre o enquadramento da Tendência
Atualizante em uma matriz Funcionalista e Organicista.
131
Há, ainda, a influência de dos psicólogos fenomenológico-existenciais
europeus, como Ludwig Binswanger, M. Boss e E. Minkovski, que
foram impulsionados pela idéias de Heidegger * e romperam com a
Psicanálise.
Vê-se, portanto, a partir do que foi dito neste tópico, que muitas são
as influências recebidas pela Abordagem Centrada na Pessoa, fato
que abre espaço para bastantes pesquisas e uma verdadeira
arqueologia acerca da história desta abordagem Psicológica. Aliás,
Rogers (1974, p.39) já apontava para este fato ao afirmar que a
Abordagem Centrada na Pessoa "[...] tem suas raízes em fontes
muito diversas. Seria muito difícil indicá-las todas [...]".
132
em particular, com posições manifestadas, textualmente, acerca da
Teoria Comportamental e da Psicanálise.
Como Rogers via ciência? Será que ele a concebia como um sistema
aberto, ou imaginava produzir uma verdade e que todas as outras
abordagens de Psicologia não tinham nada a contribuir? Tentemos
responder estas questões.
Fica claro, então, que, para Rogers, a ciência nada mais é do que um
grande número de hipóteses testáveis, e não uma produção de
dogmas, de verdades absolutas, onde um grande guru carrega
consigo a verdade. Aliás, Rogers se esquivava de uma posição de
Guru. Em Evans (1979, p. 118) Rogers diz que "[...] quando se
encontra a pessoa que é a chave de tudo, a ‘resposta’, ‘esse é meu
guru’, etc., essa é a hora de afastá-lo desta posição [...]".
133
em discordar de mim, que são pessoas independentes [...]" (Evans,
1979, p.118).
135
Ainda a respeito da manipulação, podemos pensar: onde entra a ACP
na questão relativa ao controle do comportamento humano? Será
que ela também não direciona, não controla? A resposta de Rogers a
este respeito é que a sua abordagem direciona, sim, mas no sentido
de uma autonomia. Diz ele (1970a, p.319): "[...] Estabelecemos,
através de um controle exterior, condições que, segundo as nossas
previsões, serão acompanhadas por um controle interior do indivíduo
sobre si próprio nos seus esforços para atingir os objetivos que
interiormente escolheu [...]". Rogers (1970a, p.319) continua,
afirmando, mais adiante, que "[...] essas condições estabelecidas por
nós [psicólogos que trabalhamos com a ACP] prevêem um
comportamento que é essencialmente ‘livre’ [...]".
136
A posição de Rogers era, claramente em oposição ao Behaviorismo.
Que fique claro que se tratava de uma questão científica, ou melhor,
filosófica, segundo Rogers (1977c, p.36), que acabou "[...]
percebendo que a diferença básica entre as posições comportamental
e humanística em relação aos seres humanos reside numa opção
filosófica* [...]".
137
Rogers comparava, portanto, a psicanálise a uma religião. Ou
melhor, os psicanalistas como religiosos, pois acusar a psicanálise em
se tratando de seu criador de ortodoxa pode ter, a meu ver (e não
sou um grande estudioso de psicanálise, admito), no mínimo, duas
respostas.
138
Para Rogers, a confiança no Homem era a base para o
desenvolvimento de sua abordagem, uma vez que, como já
dissemos, é a tendência atualizante, que leva a uma crença na
benignidade humana, pois se for proporcionado um clima de
liberdade, o ser humano saberá reagir de forma sábia, sem instintos
destrutivos ou algo do tipo (pelo menos, esta é a proposta da ACP).
139
avassaladora de palavras escritas sobre palavras, se incutir nos
leitores a idéia de que a pagina impressa é tudo, então terá
fracassado lamentavelmente. E, se sofrer a degradação definitiva de
tornar-se conhecimento de sala de aula- no qual as palavras mortas
de um autor são dissecadas e despejadas na mente de estudantes
passivos, de tal maneira que indivíduos vivos carreguem consigo as
partes mortas e dissecadas do que já foram pensamentos e
experiências vivas, sem ao menos a consciência de que algum dia já
foram vivas- melhor seria que este livro jamais houvesse sido escrito
[...]".
140
Os trabalhos da Psicologia Comunitária usam recursos desenvolvidos
nos de Grupos de Encontro, juntamente com os Círculos de Cultura
de Paulo Freire, o que os profissionais de Psicologia comunitária
chamam de "Círculos de Encontro".
MASLOW
141
Teoria
4. as necessidades de estima;
5. a necessidade de auto-realização.
As necessidades básicas
142
Além disso, há necessidade de ter atividades, de descansar, dormir,
livrar-se de substâncias tóxicas ou inúteis (CO2, suor, urina, fezes),
de evitar dor e de fazer sexo. Uma coleção de necessidades bastante
grande!
Olhando pelo lado negativo, você vai passar a se preocupar não mais
com sua fome e sua sede, mas com seus medos e ansiedades. Esse
grupo de necessidades se manifesta no desejo de ter um lar seguro,
um emprego, um plano de saúde, um plano de aposentadoria, e
assim por diante.
143
4. As necessidades de estima. Em seguida, começamos a desejar
um pouco de auto-estima. Maslow percebeu duas versões das
necessidades de estima: uma inferior e uma superior. A inferior é o
desejo de ter o respeito dos outros, a necessidade de status, fama,
glória, reconhecimento, atenção, reputação, apreciação, dignidade e
mesmo dominância. A versão superior envolve a necessidade de
auto-respeito, incluindo sentimentos como confiança, competência,
capacidade de realização, mestria, independência e liberdade. Note
que essa é uma forma "superior" porque, diferente do respeito que os
outros têm por você, uma vez que você tenha auto-respeito, este é
muito mais difícil de perder.
144
simplesmente estendeu o princípio da homeostase para as
necessidades de segurança, pertencimento e estima.
145
Maslow sugeria que se perguntasse às pessoas sobre sua "filosofia do
futuro" – ou seja, como seria a vida ideal ou o mundo ideal para elas.
Pelas respostas, pode-se obter informações importantes sobre quais
necessidades elas tinham ou não suprido.
Auto-realização
É por isso que o último nível é um pouco diferente. Maslow usou uma
variedade de termos para se referir a este nível. Ele o chamou de B-
146
Needs (Being Needs, ou Necessidades de Ser), ou ainda "motivação
para o crescimento", ou ainda "auto-realização". As pessoas que
atingem esse nível foram chamadas por Maslow de "auto-
realizadoras".
As pessoas auto-realizadoras
Vamos pensar um pouco na teoria até este ponto. Se você quer ser
realmente uma pessoa auto-realizadora, você precisa suprir suas
necessidades inferiores, pelo menos até certo nível. Isso faz sentido:
se você tem fome, você vai se virar para conseguir comida; se você
não se sente seguro, estará constantemente em alerta; se você está
isolado e sem amor, você vai tentar satisfazer essa necessidade; se
você tem uma baixa auto-estima, vai se tornar defensivo ou tentar
compensar de alguma forma. Ou seja, quando suas necessidades
inferiores não são satisfeitas, você não consegue se dedicar
totalmente ao desenvolvimento de seus potenciais.
147
Surge então a questão: o que exatamente Maslow chama de auto-
realização? Para responder a isso, precisamos dar uma olhada nas
pessoas que ele chamava de auto-realizadoras. Felizmente, Maslow
fez isso para nós, usando um método qualitativo denominado análise
biográfica.
148
Os auto-realizadores também têm um modo diferente de se
relacionar com os outros. Primeiramente, eles apreciam a solidão e
se sentem confortáveis em estar sozinhos. E eles apreciam relações
pessoais profundas com alguns poucos amigos próximos e
membros da família, mais do que relações superficiais com muitas
pessoas.
149
fraternidade para com a raça humana. Significa interesse social,
compaixão, humanidade. Essa qualidade era acompanhada de um
forte senso ético, que tinha uma conotação espiritual, mas
raramente ligado a religiões convencionais.
150
como por exemplo, as diferenças entre espiritual e físico, ou entre
egoísmo e o altruísmo, ou entre o masculino e o feminino.
Metanecessidades e metapatologias
Desejados Indesejados
Verdade Desonestidade
Morte ou mecanização da
Vitalidade
vida
Singularidade Uniformidade
Descuido, inconsistência ou
Perfeição e necessidade
acidente
Complexidade
Simplicidade
desnecessária
Auto-suficiência Dependência
151
À primeira vista, pode parecer que todo mundo obviamente precisa
disso. Mas pense: se você vive em dificuldades econômicas ou em
meio a uma guerra, se você vive numa favela, você se preocupa mais
com esses valores, ou em como conseguir comida ou um teto para
passar a noite? De fato, Maslow acredita que muito do que está
errado no mundo é devido ao fato de muito poucas pessoas estarem
interessadas nesses valores – não porque sejam más pessoas, mas
porque elas nem sequer conseguiram atender suas necessidades
básicas.
152
Estudiosos da obra de Maslow posteriormente refizeram a clássica
pirâmide, que passou então a ter oito camadas:
153
do que nas necessidades e interesses humanos, indo além do
humanismo, da identidade, da individuação e quejandos. [...] Esses
novos avanços podem muito bem oferecer uma satisfação tangível,
usável e efetiva do "idealismo frustrado" de muita gente entregue a
um profundo desespero, especialmente os jovens. Essas Psicologias
comportam a promessa de desenvolvimento de uma filosofia de vida,
de um substituto da religião, de um sistema de valores e de um
programa de vida cuja falta essas pessoas estão sentindo. Sem o
transcendente e o transpessoal ficamos doentes, violentos e niilistas,
ou então vazios de esperança e apáticos. Necessitamos de algo
"maior do que somos", que seja respeitado por nós próprios e a que
nos entreguemos num novo sentido, naturalista, empírico, não-
eclesiástico [...]
Principais influenciadores
Linha do Tempo
154
1908 No dia 1 de abril, nasce Abraham Harold Maslow,
no Brooklyn, Nova Iorque (EUA).
155
1968 Maslow é eleito presidente da Associação de
Psicologia Americana.
- AUTO-ATUALIZAÇÃO –
156
análise das vidas, valores e atitudes das pessoas que considerava
mais saudáveis e criativas. Aqueles que
7. vigor de apreço;
157
Oito modos pelos quais o individuo se auto-atualiza
(comportamentos que levam à auto-atualização):
158
interiores e ansiedade e mais capazes de usar nossas energias de
modo construtivo.
159
Como as superiores são menos importantes para a
sobrevivência real, sua satisfação pode ser postergada, não
produzindo nenhuma crise. Já o fracasso em satisfazer uma
necessidade inferior pode produzir déficit ou privação no
individuo.
160
Crescimento psicológico
161
Adler cria alguns conceitos muito importantes para a psicologia da
personalidade:
162
Todas as funções do homem seguem a direção da luta pela
superioridade, que é inata, é um princípio dinâmico preponderante –
uma luta pela plena realização de si mesmo.
163
É esse interesse social inato que motiva o homem a subordinar o
interesse pessoal ao bem-estar comum.
Esse objetivo final pode ser uma ficção, isto é, um ideal impossível de
realizar-se mas que é, não obstante, um estímulo real para o esforço
humano e para a explanação última de sua conduta. Adler acreditava,
contudo, que a pessoa podia libertar-se da influência dessas ficções e
enfrentar a realidade quando necessário, o que o neurótico é incapaz
de fazer.
Conclusão
164
veemência, Adler levantou sua voz contra os males da
superproteção; pois, para ele, esse é o maior castigo que se pode
impor à uma criança.
165
um 'todo' separado e indivisível); ela desempenha um papel
primordial no desenvolvimento psicológico.
Inconsciente pessoal
166
própria e podem atuar de modo intenso no controle dos pensamentos
e comportamentos.
Inconsciente coletivo
167
O homem herda tais imagens do passado ancestral, que inclui todos
os antecessores humanos, pré-humanos e animais. Estas imagens
étnicas não são herdadas no sentido de uma pessoa se lembrar delas
conscientemente, ou de ter visões com as dos antepassados. São
antes predisposições ou potencialidades no experimentar e no
responder ao mundo tal como os antepassados.
168
Os arquétipos não são representações plenamente desenvolvidas na
mente; assemelham-se mais a um negativo a espera de ser revelado
pela experiência. Uma imagem primordial só é determinada quanto
ao conteúdo depois que se tornou preenchida pelo material da
experiência consciente.
169
O papel da persona na personalidade tanto pode ser benéfica como
prejudicial quando um indivíduo se deixa enlear demais ou se
preocupa excessivamente com o papel que está desempenhando e
seu ego começa a se identificar unicamente com tal papel, os demais
aspectos de sua personalidade são postos de lado; este indivíduo se
torna alheio à sua natureza e vive em permanente estado de tensão
devido ao conflito entre a persona super desenvolvida e as partes
subdesenvolvidas de sua personalidade (inflação = identificação do
ego com a persona).
Anima e animus
Sombra
Eu ou self
172
do self a pessoa fica motivada a aumentar a consciência, a
percepção, a compreensão e o rumo da própria vida.
173
Se fosse um sistema fechado, a psique poderia alcançar um estado
de perfeito equilíbrio porque não estaria sujeita a interferências
externas; nesse caso ela poderia ser comparada a um poço que
secasse por falta de água fresca.
175
PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA
PRINCÍPIO DA ENTROPIA
176
energia pode levar a uma forte e duradoura síntese dos valores ou
estrutura que dificilmente será dissolvida.
PROGRESSÃO E REGRESSÃO
177
processo contínuo, pois o ambiente e as experiências se modificam
continuamente. Por conseguinte, a progressão nunca chega a se fazer
de modo completo.
178
se afirma a princípio indiretamente sobre o comportamento
consciente.
CANALIZAÇÃO DA ENERGIA
179
A fonte natural de energia está nos instintos; esta energia segue seu
próprio curso ou gradiente, mas não canaliza nenhum trabalho; ela
precisa ser encaminhada a novos canais para que se faça um
trabalho. A transformação da energia é efetuada graças à sua
canalização a um análogo do objeto do instinto. Esse análogo recebe
o nome de símbolo. O símbolo, embora se assemelhe ao original não
é idêntico a ele. Canalizando a energia dos instintos para seus
respectivos símbolos científicos, o homem é capaz de moldar o
mundo.
O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
INDIVIDUAÇÃO
180
ideias e esquadrinha mais profundamente o significado dos
fenômenos objetivos.
TRANSCENDÊNCIA E INTEGRAÇÃO
181
A individuação e a integração são etapas distintas que caminham pari
pasu, de modo que a diferenciação e a unificação são processos
coexistentes no desenvolvimento da personalidade. Todo ato
consciente vem exprimir os dois lados da natureza humana. Em lugar
de oposição ou separação, há uma mistura harmoniosa.
O papel dos pais – de acordo com Jung, a criança não possui uma
identidade distinta nos primeiros anos de vida: o que ocorre em sua
psique reflexo do que ocorre na psique dos pais. Portanto, a psique
infantil está sujeita a refletir todos os distúrbios psíquicos dos pais.
182
Os professores estão em condições de identificar as desarmonias da
personalidade das crianças e de ajudá-las a fortalecer os elementos
mais fracos. Entretanto, a função primordial do professor é
reconhecer a individualidade de cada um de seus alunos e favorecer o
desenvolvimento equilibrado de tal individualidade.
REGRESSÃO
183
diversões como a bebida, o jogo, as brigas e a sensualidade, com as
quais elas nada aprendem.
ESTÁGIOS DA VIDA
184
As tarefas com as quais se defronta neste estágio tem mais a ver
com os valores extrovertidos: ele precisa criar o próprio lugar no
mundo; por isto, será da maior importância o fortalecimento da
vontade.
TIPOS PSICOLÓGICOS
185
Na extroversão a libido é canalizada para as representações do
mundo exterior objetivo e aplicada a percepções, pensamentos e
sentimentos referentes a objetos, pessoas e animais, assim como às
outras circunstâncias e condições ambientais. Na introversão, a libido
flui para estruturas e processos psíquicos subjetivos. A extroversão é
uma atitude objetiva; a introversão é uma atitude subjetiva.
186
Tão importante quanto as atitudes são as funções psicológicas. São
elas: pensamento, sentimento, sensação e intuição. O pensamento
consiste em associar ideias umas às outras para chegar a um
conceito geral ou à solução de um problema. Trata-se de uma função
intelectual que procura compreender as coisas.
TIPOS DE INDIVÍDUOS
189
Mas também podem dar a impressão de possuir uma harmonia
interior, uma tranquilidade e auto-suficiência. Parecem muitas vezes
ao demais dotadas de um misterioso poder ou carisma.
190
INTUITIVO INTROVERTIDO – o artista é um dos representantes desse
tipo que inclui também os sonhadores, profetas, visionários e
excêntricos. Para os amigos é um enigma, para ele próprio é um
gênio incompreendido.
Grande parte do conflito que e estabelece entre pais e filhos pode ser
atribuído à incompatibilidade dos tipos de caráter.
191
e obsessões. Essas patologias decorrem da repressão muito severa,
resultando geralmente de pressões ambientais exageradas.
SÍMBOLOS E SONHOS
192
Sei que os seguidores de ambas as escolas (Freud e Adler) me
consideram, sem mais, no caminho errado, mas a história e os
pensadores imparciais me darão razão. Não posso deixar de criticar
as duas escolas por interpretarem as pessoas demasiadamente pelo
lado patológico e por seus defeitos. Exemplo convincente disso é a
impossibilidade de Freud de entender a vivência religiosa
BEHAVIORISMO ( Skinner)
Bases Teóricas
194
Tendo em vista seus aprimoramentos da teoria freudiana é
considerado um neopsicanalista;
195
Como se dá o desenvolvimento?
196
e desconfiança. A confiança é uma atitude psicológica saudável, mas
a desconfiança é necessária à proteção;
Em termos ideais, em cada uma das fases, o ego deverá buscar uma
atitude positiva ou bem adaptada, mas será sempre equilibrado em
alguma parte da atitude negativa. Só assim a crise poderá ser
considerada resolvida de modo satisfatório.
As forças básicas
197
Idade jovem 18-35 anos Intimidade x Amor
adulta isolamento
Adulto 35-55 anos Preocupação Carinho
com as
próximas
gerações x
estagnação
Maturidade e 55 em diante Integridade x Sabedoria
velhice desespero
198
A esperança é a crença de que nossos desejos serão satisfeitos;
envolve um sentimento persistente de confiança de que vamos
sobreviver aos revezes.
199
A cç, mais desenvolvida, consegue fazer mais coisas por conta
própria e expressa um forte desejo de tomar a iniciativa em várias
atitudes;
A reação dos pais, em caso negativo, pode produzir uma inibição das
demonstrações de iniciativa ou permanentes sensações de culpa
voltadas para o self durante toda a vida.
200
As atitudes de pais e professores também aqui são determinantes,
pois as crianças acham que estão desenvolvendo e utilizando suas
habilidades;
201
Para Erikson, a adolescência é um hiato entre a infância e a idade
adulta;
Nesses casos parecem não saber quem são ou qual é o seu lugar e o
que querem se tornar, podendo afastá-las do curso comum da vida
(educação, trabalho e casamento)
202
É um momento onde as emoções podem ser demonstradas
abertamente e sem medo;
203
Essas atitudes regem a forma como avaliamos nossa vida como um
todo. Se olhamos a vida com sentimento de realização e satisfação
acreditando que lidamos de maneira adequada com vitórias e falhas
pode-se dizer que temos integridade do ego.
Fraquezas Básicas
204
O mau desenvolvimento
205
Estagnação
Maturidade e 55 em diante Integridade Presunção Neurose
velhice x Desdém s
Desespero Psicoses
Nada na natureza nos impede neste processo, nem temos que sofrer
inevitavelmente com conflitos, neuroses, ansiedade, devido a forças
biológicas instintivas;
Não usou testes psicológicos, mas vários deles foram criados a partir
de suas formulações:
206
Escala de Desenvolvimento do Ego, Questionário do Processo de
Identidade do Ego e a Escala de Preocupação com as Próximas
Gerações.
Não usou testes psicológicos, mas vários deles foram criados a partir
de suas formulações: Escala de Desenvolvimento do Ego,
Questionário do Processo de Identidade do Ego e a Escala de
Preocupação com as próximas Gerações. Desenvolveu um número
significativo de pesquisas;
207
Na Teoria Psicossocial do Desenvolvimento, a pessoa evolui em
oito estádios. Os primeiros quatro estádios decorrem no período de
bebé e da infância, e os últimos três durante a idade adulta e a
velhice, sendo que o outro estádio se verifica na adolescência.
208
- 5º estádio: identidade vs difusão/confusão;
209
i