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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

UNIVASF

Colegiado de Engenharia Elétrica


CENEL

Introdução à Análise de Sistema


de Energia Elétrica
Prof. Dr. Adeon Pinto
Sistemas Elétricos I

Sistemas Elétricos I – Prof. Adeon Pinto 2019


Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Sistemas Elétricos de Potência

Inicialmente, vale destacar que até os anos 50, a maioria dos sistemas
elétricos funcionava de maneira isolada, ou seja, uma unidade geradora era
conectada diretamente à um carga. A partir desta referida data, os sistemas
elétricos começaram a serem interconectados, com isso vieram os benefícios,
mas como consequências também sugiram os novos desafios.

O planejamento da operação, o aperfeiçoamento e a expansão de um sistema


elétrico de potência exigem as seguintes análises:
 Estudos de fluxo de carga;
 Cálculos de curtos-circuitos;
 Estudos de estabilidade;
 Estudos de transitórios eletromagnéticos;
 Estudos de fluxos harmônicos.

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Todos estes tipos de estudos mencionados anteriormente podem ser realizados


através de simulações digitais, pois é extremamente importante antever o
comportamento de um sistema elétrico antes mesmo de realizar as alterações
pretendidas.

Dentro desse contexto, cabe ao engenheiro eletricista capacitado e habilitado


para trabalhar em uma concessionária de energia conhecer os métodos
disponíveis para que possa realizar as análises anteriormente mencionadas. Vale
destacar também que para cada tipo de estudo, os componentes elétricos como
geradores, motores, transformadores, etc. devem ser modelados
adequadamente, visto que os resultados almejados estão diretamente
relacionados com o grau de detalhes incorporados aos modelos.

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP
Diagrama Unifilar
Por questões de simplificações nos cálculos, a maioria dos estudos é
realizado pressupondo-se que o sistema elétrico é trifásico balanceado, ou seja:
 As três fases do sistema são idênticas, isto é, as linhas de transmissão são
transpostas, os transformadores são simétricos, etc.;

 As cargas, nas três fases, são idênticas em conformidade com a Figura 1.1.

Figura 1.1 – circuito trifásico equilibrado, sendo um gerador suprindo uma carga

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Nessas condições, o sistema poderá ser também estudado por intermédio do


circuito monofásico equivalente, conforme apresentado pela Figura 1.2.

Figura 1.2 – circuito trifásico equilibrado, sendo um gerador suprindo uma carga

Este diagrama apresentado na Figura 1.2, resultada da simplificação de um


circuito trifásico em um circuito monofásico equivalente denomina-se diagrama
unifilar.
Neste momento, é oportuno mencionar que as cargas conectadas em delta ()
podem ser representadas pelo seu circuito equivalente em estrela (), através da
transformação .
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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Representação dos Elementos do Sistema Elétrico de Potência (SEP)


a) Linhas Aéreas de Transmissão
As linhas de transmissão de um sistema elétrico de potência podem ser
representadas, pelo menos, por três categorias diferentes, dependendo do seu
comprimento e do nível de tensão.
a1) Linhas Curtas
Para este tipo de linhas adota-se que o seu comprimento seja inferior a 80 km
de comprimento. Diante disso, a capacitância paralela para a terra é pequena,
podendo ser desprezada para a maioria dos estudos. Assim a Figura 1.3
representa o circuito equivalente de uma linha de transmissão curta.

Figura 1.3 – Circuito ilustrativo de uma linha curta

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

a2) Linhas Médias


Normalmente, o comprimento desse tipo de linha de transmissão se situa
entre 80 a 250 km de comprimento. Estas linhas são representadas, usualmente,
por duas maneiras distintas, que são os tipos T-nominal e -nominal. Conforme
ilustrados pela Figura 1.4.

Figura 1.4 – Circuitos ilustrativos de uma linha média

Vale ressaltar que o circuito  é mais utilizado, uma vez que a localização da
capacitância no meio do trecho no tipo T-nominal acrescenta um nó ao sistema,
fato que não ocorre com o modelo .

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a3) Linhas Longas


O comprimento para este tipo de classificação de linha de transmissão é
acima de 250 km. Mesmo que os modelos  ou T não representem precisamente
os fenômenos elétricos, mas a maioria dos programas computacionais adota o
modelo  para linhas longas. Nestas circunstâncias, para manter-se a precisão, é
uma prática comum, adotar o circuito -equivalente, o qual está ilustrado na
Figura 1.5.

Figura 1.5 – Circuitos ilustrativos de uma linha longa


Sendo os parâmetros dados pelas equações (1.1) a (1.3), sendo o fc
denominado de fator de correção.  ZY 
tgh 
senh ZY  2 
Z  Z  fc
'
(1.1) Z Z
' (1.2) Y  Y
'
(1.3)
ZY ZY
2
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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

b) Cabos

As capacitâncias dos cabos, para um mesmo comprimento de condutor, são


maiores do que aqueles das linhas aéreas. Assim, exceto para estudo de curto-
circuito, mesmo um cabo curto pode ter sua representação efetuada através do
modelo .

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

c) Máquinas Síncronas
Antes de adentrarmos na representação das máquinas síncronas, devemos
fazer alguns apontamentos, a saber:

a) Quando ocorre um falta num Sistema Elétrico de Potência (SEP), a corrente


que circula é função de alguns parâmetros tais como:
 Das forças eletromotrizes internas das máquinas presentes no sistema;
 Das impedâncias das máquinas;
 Das impedâncias entre as máquinas síncronas e o ponto da falta, as quais
incluem aos transformadores e linhas de transmissão.

b) A corrente que percorre uma máquina síncrona após a falta é dividida em três
etapas em função do período de tempo decorrido. Tem-se aquela que circula
imediatamente após a falta, alguns ciclos após e aquela que persiste até que a
falta seja eliminada, esta última é, normalmente, denominada de corrente de
regime permanente. Vale ressaltar que todas apresentam valores diferentes e
decrescentes.
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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Diante do exposto, vamos também relembrar alguns conceitos extremante


relevante para a compreensão do comportamento de uma máquina síncrona, cujo
é foco central deste tópico.

Se aplicarmos um sinal de tensão senoidal dado v  t   V sen  ωt+α  V a um circuito m

RL conforme ilustrado na Figura 1.6, podemos obter a expressão que descreve


este evento pela equação (1.4).

Figura 1.6 – Circuito RL na presença de um sinal senoidal

di(t)
v  t   Vm sen  ωt+α   R  i  t   L  (1.4)
dt

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP
Sendo a solução da equação anterior é dada pela equação (1.5).
Vm  R
 t 
it   sen  ωt+α  θ   e L
sen  α  θ   (1.5)
Z  

Sendo:

Z= R 2 +  ωL 
2

 ωL 
θ = ângulo do fator de potência dado por: θ=arc tg  
 R 

Vm
sen  ωt+α  θ  = Componente alternada da corrente
Z

Vm  LR t
e sen  α  θ  = componente contínua da corrente que decresce com o tempo. Este decréscimo, também conhecido por atenuação.
Z

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α  θ=0

Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

O fenômeno da presença da componente contínua surge sempre que um


circuito RL estiver na presença de uma variação brusca de corrente. Assim na
presença de uma falta como é o caso de um curto-circuito esta componente
surgirá. Nota-se que o valor dessa componente depende também do instante  da
energização do circuito e do fator de potência do circuito através do ângulo do
mesmo.
Na Figura 1.7 está ilustrado um caso ideal  α  θ=0 , ou seja, a corrente é dada por
it 
V
sen  ωt 
m , consequentemente, a componente contínua da corrente inexistirá.
Z

Figura 1.7 – Corrente nos primeiros ciclos após a energização para α  θ=0

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP
No entanto, para a situação bastante desfavorável de α  θ=  90º, a componente
contínua da corrente tem seu valor máximo inicial. A corrente total será:
V   t
R
it  m  sen  ωt+α  θ   e 
L
esta condição está ilustrada na Figura 1.8.
Z  

Figura 1.8 – Corrente nos primeiros ciclos após a energização para α  θ=  90º

Diante de tudo que foi exposto anteriormente, a componente contínua pode


V
ter qualquer valor desde zero (0) até Z e dependendo do valor instantâneo da
m

tensão quando o circuito é fechado e do fator de potência do circuito.

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Corrente de curto circuito e reatâncias das máquinas síncronas


A Figura 1.7 apresentada anteriormente representa a resposta de um circuito
RL comum, na condição ideal, com total ausência da componente contínua. Por
outro lado, se o circuito elétrico não possui apenas uma reatância indutiva
estática, mas também uma máquina síncrona, a corrente será do tipo daquela
ilustrada na figura 1.9, isto sem considerar o efeito da componente contínua.

Figura 1.9 – Corrente em uma máquina síncrona em curto, sem componente contínua

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

As justificativas pelo comportamento da corrente são:

 No instante do curto-circuito, o fluxo no entreferro é muito grande;

 Após alguns ciclos do surgimento do curto, há uma redução do fluxo causada


pela força eletromotriz da corrente da armadura, denominada de reação de
armadura.

Caso haja o efeito da componente contínua da corrente a figura anterior


adquire o formato da Figura 1.10.

Figura 1.10 – Corrente em uma máquina síncrona em curto, com componente contínua
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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Os cálculos de curto circuito em um sistema de potência são efetuados


considerando-se um dos três possíveis períodos:

a) Período subtransitório: quando se representa as máquinas síncronas por


suas reatâncias subtransitórias,  X . Em geral, este período compreende os
''
d

dois (2) primeiros ciclos após o distúrbio.

b) Período transitório: quando se representa as máquinas síncronas por suas


reatâncias transitórias,  X . Este período se situa entre o final do segundo (2o)
'
d

e o final do quinto (5o) ciclo.

c) Período de regime permanente: quando se representa as máquinas síncronas


por suas reatâncias síncronas,  X . Este período se inicia a partir do final do
d

quinto (5o) ciclo.

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Transformador de potência

Os transformadores podem ser divididos em três grandes grupos, a saber:

 Transformadores de dois enrolamentos;

 Autotransformadores;

 Transformadores de três enrolamentos.

a) Transformador de dois enrolamentos

As figuras 1.11 e 1.12 ilustram um transformador ideal de dois enrolamentos e


o circuito equivalente de um transformador, respectivamente.

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP
núcleo ferromagnético
fluxo magnético

I2

I1
E1 N1 N2 E2 ZC

Figura 1.11 – Transformador ideal de dois enrolamentos

N2
I'2 = I2
R1 X1 N1 R2 X2

Im
I1 I2
I rp I

E1 Rp Xm N1 N2 E2 ZC


Figura 1.12 – Circuito equivalente de um transformador

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Na sequência, a Figura 1.13 representa o circuito equivalente de um


transformador de dois enrolamentos, quando a relação de espiras NN é de N1 . 1

Z1 Z2
 
Im
I1 I2
1:N

E1 Zm L1 L2 E2

 

Figura 1.13 – Circuito equivalente de um transformador

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

A Figura 1.14 ilustra o mesmo circuito anterior, porém com todas as


reatâncias refletidas ao primário.
Z2
Z'2 
Z1 N2
 
I1 Im I'2

E2
E1 Zm E '2 
N

 
Figura 1.14 – Circuito equivalente de um transformador com as reatâncias refletidas ao primário

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Finalmente, como a impedância do ramo magnetizante é muito maior que a


soma das reatâncias do primário e do secundário  Z >>Z +Z  , em estudo de curto- m 1 2

circuito a mesma pode ser retirada, como ilustrada na Figura 1.15.


Z2
ZT =Z1 +Z'2  Z1 
N2
 
IT

E2
E1 E '2 
N

 
Figura 1.15 – Circuito equivalente de um transformador sem a impedância de magnetização

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Normalmente, em estudo de grandes sistemas, utilizamos a representação


através de diagramas unifilares, diante disso, é usual fazer uso da simbologia de
transformadores conforme ilustrada na Figura 1.16.

Figura 1.16 – Representação unifilar de transformador de dois enrolamentos

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

b) Transformador de três enrolamentos

De maneira análoga ao transformador de dois enrolamentos, podemos


representar o transformador de três enrolamentos através de uma simbologia
unifilar, conforme ilustrado na Figura 1.17.

Figura 1.17 – Representações unifilares de transformador de três enrolamentos

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Além disso, temos também o circuito equivalente para o transformador de três


enrolamentos de acordo com a Figura 1.18.
Z2
Z'2 
N 22

Z1 I'2

Z3
I1 Im I3' Z3' 
N 32 E2
E '2 
 N2
E1 Zm
E3
E 3' 
N3

 

Figura 1.19 – Circuito equivalente de um transformador de três enrolamentos simplificado

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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Modelo de Carga

A representação da carga depende muito do tipo de estudo realizado. A Carga


pode ser representada por:

 Potência constante;
 Corrente constante;
 Impedância constante.

É importante que se conheça a variação das potências ativa e reativa com a


variação da tensão.

Para uma barra típica, a carga é composta de:


 Motores de indução (50 a 70%);
 Aquecimento e iluminação (20ª 30%);
 Motores síncronos (5 a 10%).
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Capítulo 1: Introdução à análise de SEP

Embora seja exato considerar as características PV e QV de cada tipo de


carga para simulação de fluxo de carga e estabilidade, mas o tratamento
estatístico é muito complicado.

Para os cálculos envolvidos existem três tipos de se representar a carga:

 Representação da carga para fluxo de potência;

 Representação da carga para estudo de estabilidade;

 Representação da carga para estudo de curto-circuito.

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Representação da carga para fluxo de potência
A Figura 1.20 mostra a representação da carga como potência ativa e reativa
constantes.

Barra k

PL  jQL

Figura 1.20 – Representação da carga com potência constante para estudo de fluxo de potência

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Representação da carga para estudo de estabilidade
Neste caso, a atenção não é com a dinâmica da carga, mas sim com a
dinâmica do sistema. Por esta razão a carga é representada por impedância
constante como mostra a Figura 1.21.

Barra k

Figura 1.21 – Representação da carga para estudo de estabilidade com impedância constante.

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Representação da carga para estudo de curto-circuito
Cargas estáticas e pequenas máquinas são desprezadas. Somente as
máquinas de grande porte contribuem para o curto, logo, apenas estas máquinas
são consideradas.

Representação da carga pelo modelo ZIP


Neste modelo, parte da carga é representada por impedância constante, parte
da carga é representada por corrente constante e parte da carga é representada
por potência constante.
Carga  Zcte  I cte  Pcte

 
P  pz  V 2  pi  V  p p  Pnominal  
Q  qz  V 2  qi  V  q p  Qnominal
pz  pi  p p  1, 0 qz  qi  q p  1, 0

pz é a parcela da carga representada como Z constante; qz é a parcela da carga representada como Z constante;
pi é a parcela da carga representada como I constante; qi é a parcela da carga representada como I constante;
p p é a parcela da carga representada como P constante; q p é a parcela da carga representada como P constante;

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FIM
da Apresentação

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