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Biblioterapia

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A biblioterapia pode ser conceituada como a prescrição de materiais de leitura com
função terapêutica. A prática biblioterapêutica pode ser utilizada como um importante
instrumento no restabelecimento psíquico de indivíduos com transtornos emocionais. Ela
admite a possibilidade de terapia por meio da leitura, contemplando não apenas a leitura
de histórias, mas também os comentários adicionais a ela, e propõe práticas de leitura que
proporcionem a interpretação do texto. Se define também como o processo entre a
personalidade, a realidade e os problemas do leitor, com a identificação com um
personagem ou uma história. Essa identificação causa uma relação entre a literatura e o
leitor, que incorpora traços dessas histórias para o seu mundo. Isso permite ao leitor,
conhecer suas emoções, conhecer emoções parecidas e ajudá-lo a superar seus
problemas pessoais. É um processo que começa com a análise de problema. Identificar
por qual dificuldade o leitor está passando e pensar nas leituras que poderiam ajudá-los a
enfrentá-los. Esse passo geralmente é realizado por médicos e psicólogos. Depois vem a
escolha do livro que e tarefa para os bibliotecários. Vários fatores influenciam nessa
escolha como os gostos pessoais de cada um, o gral de escolaridade, a faixa etária entre
outros. Por último vem o diálogo sobre a leitura; uma conversa entre o leitor e um
profissional para a interpretação o texto. Essa etapa pode ser tanto individual, como em
grupo.
A biblioterapia exige o acompanhamento terapêutico, seja de um bibliotecário com
formação terapêutica, ou de psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras, ou mesmo de um
bibliotecário com apoio destes profissionais.
A leitura, através da biblioterapia, proporciona uma melhoria na qualidade de vida das
pessoas. É também muita usada em hospitais, principalmente naqueles pacientes que
precisam passar longos períodos internados. Nesses casos, a leitura funciona tanto como
uma atividade de lazer, para aliviar a tensão do ambiente, quanto uma forma de
conhecimento e atualização. O processo biblioterapêutico pode ser útil também, na
reabilitação de detentos e jovens infratores; nos orfanatos ajudando crianças a superarem
possíveis traumas pós-abandono, e em várias outras realidades sociais.
A fundação, no Brasil, da Sociedade Brasileira de Biblioterapia Clínica pretende formar
profissionais específicos para que possam exercer a função, com conhecimento de
diversas áreas ligadas ao tema. Busca também, desenvolver pesquisas e ações voltadas
para este tema, agregando conceitos das áreas médicas e educacionais. [1]

"A constatação que a leitura melhora alguns problemas é clinica. Ou seja, foi percebida
nos pacientes, sem que houvesse uma ideia exata de como isso ocorria. O hábito de ler
ajuda na atividade cerebral: lentifica as ondas cerebrais induzindo a um estado de mais
relaxamento e estimula a memória; além da influência do conteúdo da leitura"

Biblioterapia - "Não somente o ato de ler é Biblioterapia é um termo criado


benéfico, mas os conteúdos também são por médicos norte-americanos
importantes para os resultados esperados. A durante a Segunda Guerra
prática da biblioterapia está em escolher Mundial. Nessa época psiquiatras
conteúdos, tipos de texto, tamanho e ritmo de que acompanhavam as tropas
leitura, adequados, para o resultado esperado. americanas notaram que os
Por exemplo, a leitura adequada para insônia é soldados feridos, que tinham
mais lenta e repetitiva. Não é adequado propor acesso à leitura, e liam muito
um texto excitante de um romance para isso. durante sua recuperação no
Por outro lado, muitas ficções romanceadas hospital, tinham uma evolução
podem ajudar na elaboração de conflitos melhor, em diferentes tipos de
pessoais, e por isso estão indicadas em problemas de saúde, comparados
diferentes problemas psiquiátricos. Alguns àqueles que ficavam sem nada
psicóticos, como portadores de esquizofrenia, para fazer.
têm uma excelente adaptação a poesias e
outros textos altamente simbólicos"

Baseados nessa observação, esses psiquiatras conseguiram um incentivo para dar acesso à
leitura a todos os pacientes, ao mesmo tempo que começaram a investigar o efeito da leitura
em alguns problemas psiquiátricos. Na sua investigação, soldados, que tinham um problema
comum nas guerras, chamado estresse pós-traumático, também se beneficiaram da leitura de
livros. Isso popularizou esse tratamento entre médicos militares.

Hoje em dia a VA (Veterans Administration) entidade que cuida da saúde dos militares norte-
americanos possui um extenso manual de biblioterapia, com indicação para várias doenças
psiquiátricas, além de disponibilizar biblioterapêutas para seus pacientes. No material da VA há
indicação de uso da leitura específica para tratar depressão, ansiedade, distúrbio bipolar,
transtorno obsessivo compulsivo, esquizofrenia, dependência química, programas de bem-
estar, prevenção de várias doenças, distúrbios sexuais, e obviamente, em estresse pós-
traumático.

Não só na experiência do VA, mas também em outros centros de pesquisa e universidades do


mundo, o emprego da biblioterapia em psicologia e psiquiatria tem sido crescente. Entretanto,
num segmento, o da a psicologia e psiquiatria infantil, essa técnica se revelou especialmente
eficiente. Um dos pioneiros nessa área foi o psicólogo austríaco radicado nos Estados Unidos,
Bruno Bettelheim, diretor por muitos anos do Instituto Sonia-Shankman para crianças
psicóticas em Chicago. Ele descobriu o poder de histórias, mitos e jogos infantis sob o estado
psicológico das crianças, e utilizava exclusivamente esses recursos no tratamento de seus
pequenos pacientes, com resultados extraordinários.

Bettelheim costumava selecionar um grupo de mitos e histórias, conforme o histórico das


crianças, que ia contando, até descobrir qual tinha mais impacto. Em geral os pacientes
sinalizavam que gostariam de ouvir novamente a história que mais se encaixava em sua
problemática – e então revisitando muitas vezes a mesma história e trabalhando seu conteúdo
simbólico, Bettelheim conseguia que essas crianças elaborassem seus conflitos. Hoje em dia,
quase todos terapeutas de crianças trabalham com essas técnicas em virtude do sucesso
relatado por psicólogos e psiquiatras em todo mundo. Bruno Bettelheim nunca usou o termo
biblioterapia, mas a sua técnica, sem dúvida está dentro desse conceito.

Por que ler traz bem-estar mental?

Os estudos recentes mostram que o tipo de simbolização (e imaginação) que as pessoas


fazem quando leem um livro é muito diferente daquela gerada por um filme ou outro método
audiovisual. A pessoa constrói as imagens livremente em sua imaginação de acordo com seu
universo conceitual. Dessa forma, ela adapta o imaginário da leitura, às suas vivências, e pode
elaborá-las de forma mais eficiente, que nas experiências com recursos que possuem imagem,
como o cinema. Também a leitura permite que a pessoa releia certas partes do conteúdo
diversas vezes, quando há uma motivação, o que não ocorre em outros tipos de mídia. Isso
reforça a importância da leitura, e o porquê da sua não substituição total por outras formas de
acesso a informação e ao conhecimento.

Biblioterapia tem sido proposta para o tratamento de vários outros problemas de saúde além
das doenças psiquiátricas. Uma das áreas onde há um forte benefício para o emprego da
leitura é nos distúrbios do sono. Numa época onde os meios eletrônicos se expandem cada
vez mais, e há indícios que essa expansão possa ter relação com o aumento dos casos de
insônia e distúrbios do sono, resgatar a importância da leitura para regularizar o ritmo do sono
é um avanço.

Leitura à noite pode ajudar a combater insônia

Talvez a primeira referência do uso da leitura no tratamento de insônia seja a lenda das mil e
uma noites. Nela a princesa Xerazade, estaria condenada a morrer, porque o Rei Persa Xariar
mandava decapitar todas esposas na noite seguinte às núpcias temendo uma traição. Ela
escapa da morte contando histórias que fazem o rei dormir. Ansiando para saber o final de
cada história, e agradecido por ela ter resolvido sua dificuldade de dormir, ele poupa a vida da
princesa dia após dia contabilizando mil e uma noites, até que ele desiste da execução. Hoje
em dia muitos especialistas em sono têm recomendado aos portadores de insônia para evitar
televisão e computador no final do dia, trocando pelas páginas de um bom livro. As evidências
são que ler a noite ajuda a reduzir a atividade cerebral, o que auxilia a conciliar o sono.

Há ainda referências de que a leitura habitual auxilia a minimizar o distúrbio de memória do


idoso, conhecido pela sigla ARMI (age related memory impairment). Durante a leitura há um
estímulo específico no cérebro que ajuda na formação de sinapses numa estrutura cerebral
chamada corpo caloso. Em geral quanto mais conexões através do corpo caloso, mais
conexões de memória a pessoa tem, auxiliando esse processo. Outra forma que a leitura ajuda
na memória é melhorando a qualidade do sono, já que a memória transitória se transforma em
definitiva nesse período.

Para ter alguns benefícios da leitura, basta começar a ler um bom livro todos os dias. Mas
quando se trata de um tratamento com biblioterapia, a estratégia é mais complexa, e exige uma
participação fundamental do terapeuta. No tratamento o terapeuta escolhe os livros que o
paciente vai ler – que ele conhece o conteúdo – para, em seguida, conversar sobre os
conteúdos lidos. O paciente pode receber uma recomendação de reler o texto, em situações
específicas. Ele pode também ser estimulado a escrever ou desenhar sobre os conteúdos
lidos. As vezes o biblioterapeuta pode ler os conteúdos para o paciente.

Não somente o ato de ler é benéfico, mas os conteúdos também são importantes para os
resultados esperados. A prática da biblioterapia está em escolher conteúdos, tipos de texto,
tamanho e ritmo de leitura, adequados, para o resultado esperado. Por exemplo, a leitura
adequada para insônia é mais lenta e repetitiva. Não é adequado propor um texto excitante de
um romance para isso. Por outro lado, muitas ficções romanceadas podem ajudar na
elaboração de conflitos pessoais, e por isso estão indicadas em diferentes problemas
psiquiátricos. Alguns psicóticos, como portadores de esquizofrenia, têm uma excelente
adaptação a poesias e outros textos altamente simbólicos.

No Brasil a biblioterapia ainda é muito incipiente. Alguns pesquisadores têm se interessado,


mas a sua pratica é limitada pela falta de terapeutas treinados. Esperamos que em breve seja
possível contar com mais essa ajuda para a saúde. Enquanto ela não vem, a solução é
começar logo a ler um bom livro.

Biblioterapia pode ser mais eficaz que Antidepressivo


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Livros de autoajuda na área médica vendem horrores por uma razão muito
simples: eles funcionam.
Jornal Folha de São Paulo - por Hélio Schwartsman

Num trabalho publicado em 2004 no periódico “Psychological Medicine”, Peter den Boer
e seus colegas da Universidade de Gronigen, na Holanda, compararam vários estudos que
avaliaram a eficácia de livros de autoajuda (biblioterapia) em casos clínicos de ansiedade
e depressão.

Concluíram que a biblioterapia é significativamente mais eficaz do que placebos ou


inclusão em lista de espera para terapia, e praticamente tão eficaz quanto tratamentos
curtos ministrados por um profissional. Ainda mais interessante, ela se mostrou
medianamente mais eficaz do que o uso de antidepressivos.

Esses resultados estão em linha com o que foi apurado em outras metanálises feitas
principalmente nos anos 90, e também com as conclusões de uma força-tarefa que a
Associação Psicológica Americana (APA) montou em fins dos anos 80.

Antes, porém, de trocar seu psiquiatra (R$ 400 a sessão) e seu Prozac (R$ 145 a caixa
com 28 cápsulas) por um livro (R$ 19,90 o exemplar de “Como Curar a Depressão”, Ed.
Sextante), convém fazer algumas ponderações sobre esses achados.

Parte do efeito positivo da biblioterapia pode dever-se a um viés de seleção. Deprimidos


que buscam ativamente uma mudança de comportamento — ou seja, aqueles que
compram os livros— são melhores candidatos à cura do que os pacientes que sucumbiram
à apatia.

Outro problema é que os estudos de eficácia normalmente avaliam obras de boa


qualidade, escritas por profissionais gabaritados. Essa, evidentemente, não é a regra num
mercado que lança milhares de títulos por ano.

E, como os remédios, livros errados envolvem alguns riscos. Num trabalho publicado em
2008 em “Professional Psychology”, Richard Redding e colegas avaliaram 50 obras
relativas a transtornos de ansiedade, depressão e trauma de alta vendagem nos EUA.

Como era de esperar, a qualidade e os problemas variam muito. Há desde aqueles livros
que apenas esquecem de avisar que o tratamento pode falhar (50% dos títulos) até os que
dão conselhos capazes de provocar efeitos adversos (18%).

A boa notícia é que, prestando atenção a alguns poucos itens, como se o autor é um
profissional de saúde mental e se tem títulos acadêmicos, é possível fugir das piores
arapucas. Em princípio, essa regra deve valer também para o Brasil.

Ressalvas à parte, a literatura médica de autoajuda é um fenômeno que deveria ser


olhado com mais carinho por profissionais e autoridades. Ela tende a funcionar ao menos
em alguns casos, permite atingir grandes populações, e apresenta a melhor relação
custo-beneficio.

Doentes depressivos "aviam" receitas na


biblioteca
No Reino Unido, a prescrição de livros em vez de fármacos para tratar a
depressão está a tornar-se cada vez mais comum. Além de "low-cost", o
método, já conhecido como "Biblioterapia", não acarreta efeitos secundários
Texto de Liliana Pinho JPN • 13/01/2014 - 18:24
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AA

Há uma nova terapia para depressão no Reino Unido e, a melhor parte, é que além de "low-cost"
não apresenta efeitos secundários. É chamada de "Biblioterapia" e faz jus ao nome: em vez de
fármacos, são prescritos livros. Isso mesmo: livros. É que, de acordo com alguns especialistas, além
de fomentar a empatia, a leitura pode ajudar os pacientes a superar as suas fragilidades
emocionais.

O método, chamado de "Books on Prescription", começou a ser utilizado oficialmente em Junho,


pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), e foi agora divulgado por Leah Price,
investigadora e professora da Universidade de Harvard, no jornal "The Boston Globe". "Se o
psicólogo ou psiquiatra diagnostica o paciente com depressão leve ou moderada, uma das opções é
passar-lhe uma receita com um dos livros aconselhados", explica a investigadora.

E sendo uma prescrição — e não apenas uma recomendação — há que seguir as indicações do
médico rigorosamente, depois de "aviar" a receita na biblioteca. Até porque não existem efeitos
secundários: "Ao contrário dos fármacos, ler um livro não acarreta efeitos secundários como o
ganho de peso, a diminuição do desejo sexual ou as náuseas", sublinha Price.

100 mil requisições em três meses


Os livros são "seleccionados com base no conteúdo e no âmbito de programas de leitura
desenhados para facilitar a recuperação de pacientes que sofram de doenças mentais ou distúrbios
emocionais" e esta "parece ser uma solução vantajosa" — e "low-cost", já que os livros acabam por
sair mais baratos do que os fármacos, ou até a custo zero, no caso das requisições.

"Ler melhora a saúde mental e é difícil pensar na existência de malefícios quando se fala de um
programa como este", defende a investigadora. Por isso mesmo, tem cativado cada vez mais
adeptos. Ainda que não existam, para já, números oficiais sobre a sua verdadeira eficácia, a
investigadora adianta que, só nos primeiros três meses do programa, foram feitas mais de 100 mil
requisições dos livros de auto-ajuda recomendados.

Esta, porém, não é a primeira vez que o Serviço Nacional de Saúde britânico aposta neste tipo de
programas, numa forma de reconhecimento da importância dos livros. Uma outra iniciativa,
denominada "The Reader Organisation", por exemplo, reúne pessoas desempregadas, reclusos,
idosos ou apenas solitários para que, todos juntos, leiam poemas e livros de ficção em voz alta.

A "Biblioterapia" foi desenvolvia com base numa investigação do psiquiatra Neil Frude, em 2003,
que concluía precisamente que os livros tinham potencial para se assumir como substitutos dos anti-
depressivos. Ao acompanhar o percurso dos seus pacientes, Frude rapidamente percebeu que
estes compensavam a frustração da espera pelos primeiros efeitos dos fármacos — que podia durar
anos — com a leitura, como forma de entretenimento.

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