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GOIÂNIA, 2019
No capítulo “Educação para quê”, Adorno e Becker discutem os caminhos da
educação e por onde orientar. Uma das primeiras discussões nesse capítulo é sobre
um modelo de educação, se questiona sobre um modelo ideal e ambos percebem
que pensar em um modelo ideal de educação pode ser perigoso, pois estaríamos
colocando todos dentro de uma mesma forma. Se colocarmos todos os jovens nessa
forma estaríamos anulando, todo um contexto histórico social que deve ser
respeitado, levando em conta que a população de cada lugar se encontra em um
contexto diferente. Becker também faz uma crítica sobre a juventude, dizendo que
eles tem preferido modelos ideais de educação, sendo que ao escolher um modelo
ideal, já pronto, o desenvolvimento de uma consciência crítica fica prejudicada, pois
se baseando nos modelos ideais, não se pensa, apenas se coloca em prática aquilo
que é proposto. Uma forma de combater esse pensamento é o esclarecimento da
consciência.
Para Adorno a barbárie não é todo e qualquer ato de violência feito por um
cidadão ou um grupo de pessoas. Se a violência praticada por essas pessoas for em
buscar de condições mais dignas para a sobrevivência humana, esse ato não é uma
barbárie. O ato de violência considerado como barbárie são os atos contra a vida a
humana. Se usa como exemplo uma rebelião de estudantes, onde eles depredam o
patrimônio público, isso não é uma barbárie pois não é um atentado contra a vida, o
patrimônio público pode ser reposto. Mas se nessa mesma rebelião, a ação da
polícia contra os manifestantes sobre o uso da força, é caracterizado como barbárie,
pois se torna um atentado contra a vida humana, os direitos dos cidadãos e é uma
forma repressão.
Adorno fala sobre a falência da cultura. Nesse ponto ele afirma que a cultura
não conseguiu cumprir suas promessas, e em vez de unir os homens os dividiu.
Uma das maiores divisões foi entre o trabalho intelectual e o físico. Essa divisão
social pode dar uma aparência que dentro de uma mesma cultura exista pessoas
que são mais evoluída que outras, com isso causando desentendimentos. Uma
forma de acontecer uma desbarbarização na sociedade é fazer com que os
indivíduos sintam vergonha do mal que fez ao outro indivíduo.
Para além dessa modificação do sistema de ensino, Adorno diz, que talvez a
única forma de uma efetivação concreta da emancipação, seja partir de pessoas que
querem seguir esse caminho de emancipação, e elas orientem todas as suas forças
para superar as barreiras da alienação. Despertando a consciência e mostrando
como a alienação dos homens é ilusória.
No fim do texto Adorno ainda diz que mesmo que uma pessoa seja educada
de uma forma extremamente orientada para a emancipação, pode acontecer de no
fim ela não conseguir isso, pois a sociedade mantem o homem não-emancipado, e
com isso faz uma grande pressão e resistência em quem vai contra a opinião dessa
sociedade alienada.