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INSTITUTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA DE GOIÁS – IFITEG

LUCAS CARVALHO MACHADO

COMENTÁRIO DO TEXTO “EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO” DE


THEODOR W. ADORNO

GOIÂNIA, 2019
No capítulo “Educação para quê”, Adorno e Becker discutem os caminhos da
educação e por onde orientar. Uma das primeiras discussões nesse capítulo é sobre
um modelo de educação, se questiona sobre um modelo ideal e ambos percebem
que pensar em um modelo ideal de educação pode ser perigoso, pois estaríamos
colocando todos dentro de uma mesma forma. Se colocarmos todos os jovens nessa
forma estaríamos anulando, todo um contexto histórico social que deve ser
respeitado, levando em conta que a população de cada lugar se encontra em um
contexto diferente. Becker também faz uma crítica sobre a juventude, dizendo que
eles tem preferido modelos ideais de educação, sendo que ao escolher um modelo
ideal, já pronto, o desenvolvimento de uma consciência crítica fica prejudicada, pois
se baseando nos modelos ideais, não se pensa, apenas se coloca em prática aquilo
que é proposto. Uma forma de combater esse pensamento é o esclarecimento da
consciência.

Com o esclarecimento da consciência se consegue chegar a emancipação


na educação, porém essa mesma emancipação se torna difícil de se conseguir pois
a alienação está ligada nas estruturas sociais. O homem perdeu sua capacidade de
experiência, por isso preferem ter algo já estruturado. Para os jovens é mais cômodo
evitar experiências próprias e novas, pois isso pode se tornar pesado, por isso aderir
a algum modelo antigo, dá a eles mais segurança.

Um dos grandes responsáveis para a formação da sociedade é o próprio


estado, pois aos governantes cabem a função de decidir que tipo de cidadão querem
formar para o seu país. Um dos grandes erros do estado é não formar a população
para se tornarem emancipados, o governo de certa forma anula a individualidade do
cidadão e o forma para uma função na sociedade. Para o governo essa forma é
melhor, pois uma população alienada é melhor para ser conduzida do que uma
população emancipada e que pode atacar seu governo dentro dos seus direitos
legais.

No segundo capítulo se trata da educação contra a barbárie. Adorno faz uma


descrição simples desse conceito no início do capítulo, para ele a barbárie é uma
forma de agressividade, um ódio primitivo, um impulso de destruição que uma
pessoa pode ter. Para a superação da barbárie na educação, Adorno leva em conta
as condições psicológicas e o momento social em que uma sociedade está
passando.

Para Adorno a barbárie não é todo e qualquer ato de violência feito por um
cidadão ou um grupo de pessoas. Se a violência praticada por essas pessoas for em
buscar de condições mais dignas para a sobrevivência humana, esse ato não é uma
barbárie. O ato de violência considerado como barbárie são os atos contra a vida a
humana. Se usa como exemplo uma rebelião de estudantes, onde eles depredam o
patrimônio público, isso não é uma barbárie pois não é um atentado contra a vida, o
patrimônio público pode ser reposto. Mas se nessa mesma rebelião, a ação da
polícia contra os manifestantes sobre o uso da força, é caracterizado como barbárie,
pois se torna um atentado contra a vida humana, os direitos dos cidadãos e é uma
forma repressão.

Entre Adorno e Becker também surge a discussão sobre o ensino


competitivo nas escolas. A competição nas escolas se torna algo eficiente para
aumentar o desempenho do aluno, porém em nada ajuda no senso de coletividade.
Como modelo de educação eles citam o modelo Inglês, onde as crianças são
educadas no modelo Fair Play (jogo justo), onde a competitividade exagerada se
torna algo desumano, o que se caracteriza como barbárie. Becker em um parágrafo
diz que o mais importante para uma escola seria dotar as pessoas para um
relacionamento com as coisas, e quando a competição entra nesse meio, essa
relação com as coisas se perturba.

Adorno fala sobre a falência da cultura. Nesse ponto ele afirma que a cultura
não conseguiu cumprir suas promessas, e em vez de unir os homens os dividiu.
Uma das maiores divisões foi entre o trabalho intelectual e o físico. Essa divisão
social pode dar uma aparência que dentro de uma mesma cultura exista pessoas
que são mais evoluída que outras, com isso causando desentendimentos. Uma
forma de acontecer uma desbarbarização na sociedade é fazer com que os
indivíduos sintam vergonha do mal que fez ao outro indivíduo.

No terceiro capítulo se fala sobre a educação e a emancipação. Logo no


início do capítulo Becker afirma que não somos educados para sermos
emancipados, ele diz isso levando em consideração a situação educacional da
Alemanha, ao qual as escolas são divididas em três, entre os que são altamente
dotados, os medianos e os que são “desprovidos” de talento. Por causa dessa
divisão, os que são mais dotados possuem um talento maior que os outros, assim se
pode concluir que os talentos podem ser dados pela educação, e não são inatos.
Essa forma de educação mostra um falso conceito de talento. Um passo à ser dado
para uma emancipação seria, a extinção dessa forma de educação. Um ponto
primordial para a emancipação, seria a liberdade social, tendo em vista essa divisão
já no início do ensino, se pode dizer que não existe uma liberdade social.

A figura da autoridade possui uma função importante para o aprendizado e a


uma descoberta de identidade de uma pessoa, porem o rompimento com essa
autoridade também é necessário. Uma criança vai desenvolver sua personalidade
basicamente na personalidade do pai, porem algumas características de seu pai,
não será representada nessa criança, por ela não concordar. Porém ela só estará
“liberta” dessas características negativas a partir de um processo de esclarecimento.

Uma solução para a emancipação nas escolas seria uma reforma no


sistema, deixando de lado os cânones estabelecidos e no lugar desses cânones,
oferecer disciplinas diversificadas. E o aluno participaria na administração estudantil,
e organizando sua própria forma de estudos, dessa forma a motivação do aluno não
seria unicamente os estudos, mas ver tudo o que acontece na escola e o resultado
de suas opiniões.

Para além dessa modificação do sistema de ensino, Adorno diz, que talvez a
única forma de uma efetivação concreta da emancipação, seja partir de pessoas que
querem seguir esse caminho de emancipação, e elas orientem todas as suas forças
para superar as barreiras da alienação. Despertando a consciência e mostrando
como a alienação dos homens é ilusória.

No fim do texto Adorno ainda diz que mesmo que uma pessoa seja educada
de uma forma extremamente orientada para a emancipação, pode acontecer de no
fim ela não conseguir isso, pois a sociedade mantem o homem não-emancipado, e
com isso faz uma grande pressão e resistência em quem vai contra a opinião dessa
sociedade alienada.

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