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República Federativa do Brasil

Presidente:FemandoHenriqueCardoso
Ministro da Agricultura,do Abastecimentoe da RefonnaAgrária:
JoséEduardode AndradeVieira

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -EMBRAPA


Presidente: Alberto Duque Portugal
Diretores: Elza Angela Battaggia Brito da Cunha
José Roberto Rodrigues Peres
Dante Daniel Giacomelli Scolari

Centro Nacional de Pesquisade Solos -CNPS


ChefeGeral:Antônio RarnalhoFilho
ChefeAdjunto Técnico:HumbertoGonçalvesdos Santos
ChefeAdjunto de Apoio: SérgioRenatoFrancoFagundes

~
~
..-
~
da Agricultura, do Abastecimento e da Refo~ Agrária-MAARA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA
-Nacional de Pesquisade Solos-CNPS

SISTEMA DE AVALIAÇÃO

DA APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS

A. Ramalho Filho
K. J. Beek

3 ~ edição
revista

Rio de Janeiro
1995

.
Copyright @ 1995. EMBRAPA

11edição: 1978
21 edição: 1983
31 edição: 1995

Tiragemdestaedição:2.000exemplares

EMBRAPA-CNPS
RuaJardimBotânico, 1024
22460-000 Rio de Janeiro,RJ
Tel: (021) 274-4999
Telex: (021) 23824
Fax: (021)274-5291

ISBN 85-85864-01-X

CIP-Brasil. Catalogação-na-publicação
CentroNacionalde Pesquisade Solosda EMBRAPA.
RamallioFillio, Antônio.
Sistemade avaliação da aptidãoagrícola das terras/
A. RamalhoFillio, K. J. Beek.-3. ed.rev. -Rio de Janeiro:
EMBRAPA-CNPS,1994.
viii + 65 p.

1. Terra-Aptidão Agrícola. 2- Terra-Uso. 3. Solo-


Uso. I. Beek,K. J. 11. EMBRAPA. Centro Nacionalde
Pesquisade Solos(Rio de Janeiro,RJ). 111.Título.

CDD 631.47
sUMÁRIO

APRESENTAÇÃO v

RESUMO , , vii

ABSTRACT viii
1 INTRODUÇÃO 1
2 EVOLUÇÃO DA METODOLOGIA 2
2.1 Antecedentes 2
2.2 Modificaçõesintroduzidas 3
2.2.1 Aumentodasalternativasde utilizaçãodasterras. 4
2.2.2 Mapaúnico pararepresentação dos diferentestipos de
utilizaçãodasterrasnos diversosniveis de manejo 5
2.2.3 Convençõesadicionais 5
3 METODOLOGIA 5
3.1 Critériosbásicos 5
3.2 Níveis de manejoconsiderados 6
3.2.1 Nível de manejoA (primitivo) 7
3.2.2 Nível de manejoB (pouco desenvolvido) 7
3.2.3 Nível de manejoC (desenvolvido) 7
3.3 Grupos,subgrupose classesde aptidãoagrícoladasterras 8
3.3.1 Grupode aptidãoagrícola 9
3.3.2 Subgrupode aptidãoagrícola 11
3.3.3 Cla~sede aptidãoagrícola 12
3.4 Representação
cartográfica 16
3.4.1 Simbolização , 16
3.4.2 Convençãoemcores 16
3.4.3 Convençõesadicionais , 21
3.5 Condiçõesagrícolasdasterras 23

111
.1 Fatores de limitação 24
3.5.1.1 Deficiência de fertilidade , 24
3.5.1.1.1 Graus de limitação por deficiência de

fertilidade , 25
3.5.1.2 Deficiência de água 26
3.5.1.2.1 Graus de limitação por deficiência de

água 27
3.5~1.3 Excesso de água ou deficiência de oxigênio 29

3.5.1.3.1 Graus de limitação por excesso de água 30

3.5.1.4 Suscetibilidade à erosão 31


3.5.1.4.1 Graus de limitação por suscetibilidade

à erosão 32
3.5.1.5 Impedimentos à mecanização 33

3.5.1.5.1 Graus de limitação por impedimentos

3.6
3.7 Avaliação
Viabilidade das de classes
melhoramento de aptidão à mecanização das agrícola condições das agrícolas terras (Matching) das terras ...
33
34
36
4 ANEXOS 3.7.1
3.7.2
3.7.3
3.7.5
3.7.4 ...' Melhoramento
Melhoramento ".".'.".'...'.'.'.""."'.'.'.".'.'."" da
do
da
dos deficiência
suscetibilidade
excesso impedimentos de de
água fertilidadeà à
água erosão
mecanização (sem irrigação) 37
42
43
44
45
47
Anexo 1 -DiterenClaçao dos grupos e subgrupos de aptlC1àO agríCOla

das terras de acordo com os níveis de manejo A, B e C .. 49

56 REFERÊNCIAS
APÊNDICE
Anexo 2 -Secção BIBLIOGRÁFICAS
de mapa da aptidão agrícola das terras

57

Classificação de níveis de exigência das terras para a aplicação de

insumos e de possibilidades de mecanização

IV

3.5
APRESENTAÇÃO

A Secretaria Nacional de PlanejamentoAgrícola (SUPLAN) promoveu, em estreita


colaboraçãocom o entãoServiço Nacionalde Levantamentoe Conservaçãode Solos (atual
Centro Nacional de Pesquisade Solos -CNPS), da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária(EMBRAPA), o desenvolvimentodo sistemade avaliaçãoda aptidãoagrícola
das terras, com base no método à época utilizado pela EMBRAPA para interpretar
levantamentode solos.

o método publicado pela primeira vez em 1978, pela SUPLAN em parceria com a
EMBRAPA, representouumanova fasena evoluçãodasclassificaçõestécnicas,e tem sido,
portanto,suscetívela modificaçõese aperfeiçoamentos
indicados,naturalmente,pela prática
de suaaplicaçãoe pelo desenvolvimentotecnológico.Estaformulaçãometodológicaoficial
da EMBRAPA, que continua sendo utilizada em trabalhos de interpretação de
levantamentos,objetiva uma avaliação mais abrangentedas potencialidadesdos solos
brasileiros.

o esforço, que se materializou com a primeira edição deste documento,não teria sido
viabilizado sema cooperaçãoda FAO e a colaboraçãode profissionaisde diversasoutras
entidades,notadamentedostécnicosda Divisão de Pedologiado ProjetoRADAMBRASIL e
dos técnicosda SUPLAN, Nilce ConceiçãoLeonardoe ChyozoRirano, que contribuíram
consideravelmente
parao desenvolvimentodo métodoe suaaplicação.

Considerandoa gr;mde demandapor parte de usuáriosdas mais variadasáreastécnico-


científicase de ensino,tomou-senecessáriaa publicaçãode nova ediçãodo método.

v
Confiantena aberturade maiorespossibilidadesde aproveitamentodasinformaçõesgeradas
pelos levantamentosde recursos de solos, pretende-seque esta terceira edição possa
constituir-seem mais uma efetiva contribuiçãopara o acréscimode conhecimentostécnico-
científicose suamelhorutilização em prol do atendimentodasnecessidades
de melhoriadas
condiçõesdo setoragrícolado país.

Espera-se,portanto,que estemétodo de avaliaçãodo potencialdas terras continue sendo


avaliado pelos pesquisadorese demais usuários, através de críticas e sugestõesque
contribuamparao seucontinuoaprimoramento.

Antônio RamalhoFilho

Chefedo CNPS

'"""
"""'
,

VI ,
~
RESUMO

Este documentotrata do aprimoramentode um sistemametodológico,para serutilizado na


avaliaçãoda aptidãodas terras em trabalhosde interpretaçãode levantamentode solos. A
necessidade
de conhecera disponibilidadedasterrasparao planejamentoagrícolaregionale
nacional levou a SUPLAN, com a colaboração da EMBRAPA, a promover o
desenvolvimentodo presentemétodo.Na primeira versão,tomou-secomo baseo método
utilizado pelo SNLCS,o qual foi ampliadoa fim de que a aptidãoagrícoladasterraspossa
ser avaliadapara um número maior de alternativasde utilização como lavouras,pastagem
plantada,silvicultura e/ou pastagemnatural e preservaçãoda flora e fauna. Embora este
método apresenteflexibilidade, especialmenteno que se refere à adoçãode um ou mais
níveis de manejo, seusaspectosforam tratadosde forma abrangente,tendo em vista sua
aplicaçãopara diferentesáreascom diversi&des fisico-biológicase variaçõesdo potencial
econômico dentro do país. Basicamente,a aptidão das terras é definida através da
comparaçãode suascondiçõesagrícolas com os níveis estipuladospara cada classe,de
acordo com os três níveis de manejo considerados.Foram tomados como base,para a
avaliação das condições agrícolas das terras, os fatores de limitação: deficiência de
fertilidade,deficiênciade água,excessode água,suscetibilidadeà erosãoe impedimentosà
mecanização.Comoproduto [mal, um único mapadeveindicar o comportamentodasterras
diagnosticadas,
emtrês níveisoperacionais,paraos diversostipos de utilizaçãoindicados.

VII
ABSTRACT

This docwnentdealswith the improvementof a methodologicalsystemfor evaluatingland


to be used in soil survey interpretation.The need of knowing the availability of soils for
agricultura!planning at regionaland nationallevelsinducedSUPLANto work togetherwith
EMBRAPA, to realize the developmentof the presentmethodologicalsystem.Its first
version was used by SNLCS, which ~s enlargedso that agricultural suitability of soils
might be evaluatedfor a greaternwnber of alternativesof use as crops, artificial pasture,
forestry and/or grazing, woodland and wildlife. AlthOUghthis method presentsa high
flexibility, especiallyin regardto the adoptionof one or more levels of management,it was
consideredin an encompassing
manner,taking into accountits applicationto difIerent areas
with physical-biologicaldiversities and variations of the economic potential within the
country. Basically, land suitability is defmed throUgh comparison of its agricultural
conditions with the thresholdsattributed for each class, according to three management
levels considered.In order to rating the agricultural conditions of lands, the following
limiting factors were taken as basi~: deficiency of fertility, deficiency of water, excessof
water, susceptibilityto erosionand use for agriculturalmachinery.As final product, a single
lIlap mustindicatethe soil behaviourin threeoperationallevelsfor difIerentindicateduses.

VIII
1 INTRODUÇÃO

A interpretaçãode levantamentode solosé urnatarefada maisalta relevânciaparautilização


racionaldesserecursonatural,na agriculturae em outros setoresque utilizam o solo como
elementointegrantede suasatividades.Assim, podem ser realizadasinterpretaçõespara
atividadesagrícolas,classificando-seas terras de acordo com sua aptidão para diversas
culturas, sob diferentescondiçõesde manejo e viabilidade de melhoramento,atravésde
novastecnologiase, também,para outros fins, tais como: geotécnica,engenhariasanitária,
engenhariarodoviária e ferroviária,etc. Ainda no campodaspossibilidadesde interpretação
de levantamentosde solos, podem ser consideradasas necessidadesde fertilizantes e
corretivos,possibilitandoa avaliaçãoda demandapotencialdessesinsurnosem fwlção da
áreacultivadado país.

Todas essas interpretaçõessão elaboradascom base em classificaçõestécnicas, com


finalidadesbem definidasque retratamo nível tecnológicodo momentoem que são feitas.
Por isso, tanto a metodologiacomo asclassificaçõesem que sãobaseadasas interpretações
podem ser substituídas e atualizadasà medida que os conhecimentoscientíficos e
tecnológicosevoluem. Entretanto,os levantamentosde solos, baseadosem classificações
naturais, são de caráter bem mais duradouro,servindo de base a novas interpretações
fundamentadas
nos resultadosmaisatuaisda pesquisa.

A necessidadede ampliar as indicaçõesde opções de uso das terras para pastagense


exploraçãoflorestal, bemcomo indicaçõesde áreasque devem serpreservadas,conduziuà
modificação do sistemade interpretaçãoda aptidão agrícola anteriormenteutilizado. Por
iniciativa da SUPLAN, juntamente com a EMBRAPA atravésdo SNLCS (atual Centro
Nacionalde Pesquisade Solos),foi publicadaa primeira ediçãodestedocumento.De fato, o
planejamentoagrícolanecessitade informaçõesmais diversificadassobreas possibilidades
de uso das terras, para alicerçá-lo em bases amplas, no nível dos conhecimento~
tecnológicosjá atingidosno país.
Assim, os gruposde aptidãoagrícolaadmitidospor estemétodopossibilitama avaliaçãoda
aptidão agrícola das terras,não só para lavouras,mas tambémpara pastagemplantada,
silvicultura e pastagemnatural,indicandoaindaasáreasparaessestipos de utilização.

2 EVOLUÇÃO DA METODOLOGIA

2. Antecedentes

o trabalhode Bennemaet aI. (19641),divulgadopela Divisão de Pedologiae Fertilidadedo


Solo (DPFS),do Ministério da Agricultura,pode serconsideradoum marco na evoluçãodos
trabalhossistemáticossobreinterpretaçãode levantamentos
de solosdo pais.

A avaliaçãoda aptidãoagrícoladasterras,naquelesistema,é feita seg\mdoquatro classes,


indicadas para lavouras de ciclos curto e longo, em vários sistemasde manejo; fato
inovador,por procuraratenderàscondiçõesdospaísesde agriculturamenosdesenvolvida.

Com algumasmodificações,essesistemafoi utilizado, pouco depois, por aquelamesma


entidade,em convênio com a USAID e a FAO, na interpretaçãodo mapaesquemáticodos
solosdasregiõesNorte, Meio-Norte e Centro-Oestedo Brasil, sobtrês sistemasde manejo:
primitivo, semidesenvolvidoe desenvolvido(EMBRAPA, 1975b). Outros trabalhosforam
executados,seguindoa mesmaorientação.

A DPFS, em convênio com o Instituto Brasileiro de ReformaAgrária (ffiRA), elaboroua


interpretaçãopara uso agrícola dos solos da zona de Iguaterni, Mato Grosso, sob dois
sistemasde manejo: primitivo e desenvolvido(Brasil, 1970). Em seguida,interpretouo
levantamentodos solos do sul do Estado de Mato Grosso, o qual constitui um dos
documentosmais importantes na trajetória da evolução da metodologia em questão
(DepartamentoNacionalde PesquisaAgropecuária,1971).

Em 1967, o título foi modificado para "Um Sistemade Classificaçãoda Aptidão de Uso da Terra para
Levantamentosde Reconhecimento de Solos".

2
A partir daí, foram realizadostrabalhos similares, com a inclusão de novos elementos
interpretativossobreváriasregiõesdo Estadodo Paraná,por aquelamesmaentidade(atual
Centro Nacional de Pesquisa de Solos da EMBRAPA), em convênio com a
Superintendênciade Desenvolvimentoda Região Sul (SUDESUL) e o governo do Estado
do Paraná(EMBRAPA, 1975a),e por Ramalhoetal. (1978).

Utilizando aquelemesmo sistema,foram realizadosoutros trabalhos de interpretaçãode


levantamentode solosdos estadosdo Nordeste,pelo SNLCSe pela SUDENE(Jacomineet
alo 1976).

o método aquiexpostofoi elaboradosobos auspíciosda SUPLAN, em face da necessidade


de se ter um estudobásico sobreos recursosnaturaisdisponíveisno país. Nessesentido,
como parte do programa de assessoriatécnica da FAO, um elenco de sugestõesfoi
apresentadonos documentoselaboradospor Beek & Goedert (1973) e Beek (1975),
servindode diretrizno desen~olvimento
do presentetrabalho.

Embora utilizando uma simbolização distinta, o Projeto RADAMBRASIL adotou na


interpretação dos levantamentosde solos, a partir de seu relatório n2 12, a linha
metodológicaaquiapresentada
(DepartamentoNacionalda ProduçãoMineral, 1976).

Cumpre esclarecerque essasnotas metodológicasforam apresentadaspara discussãoa


equipestécnicasde vários órgãos,antesde seremdivulgadas.No entanto,continuamem
evolução,sendopassíveisde alteraçõesfuturas,advindasde novaspesquisas.

2.2 Modificações introduzidas

A SUPLAN, em cumprimento às metas do Sistema Nacional de Planejamento Agrícola,


estabeleceu um programa no qual incluía a avaliação da aptidão agrícola das terras, como
um meio de conhecer sua disponibilidade para diferentes tipos de utilização (Pereira et alo
1975). Nesse sentido, contando com a assistência técnica da FAO e a colaboração de
outras entidades técnicas, foi desenvolvido este método, com base no sistema elaborado e

3
adotadopelo SNLCS. Importantesmodificaçõese complementaçõesforam introduzidas,
comosepodeobservara seguir.

2.2.1 Aumento das alternativas de utilização das terras

Uma das modificações feitas, para melhor atender aos objetivos a que se propõe, foi a de
incluir maior número de alternativas na classificação, mediante a introdução de outras
categorias, o que possibilita uma avaliação da aptidão agricola das terras para lavouras e
para outros tipos de utilização menos intensivos.

o método que vinha sendo utilizado para a interpretação de levantamento de solos no Brasil
reconhecia quatro classes, definidas para culturas de ciclos curto e longo, tomando-se como
referência espéciesclimaticamente adaptadasa cada região.

A possibilidade de melhoramentoou remoção de limitações do solo, com relação às


condiçõesnaturais,é tambémlevada em conta nesseconceito de classe,em fwlção dos
níveisde manejoconsiderados.

Como o método se restringia a indicar a aptidão agrícola das terras apenas para lavouras,
havia wna maior preocupação em distinguir, em cada unidade de mapeamento de solo, as
condições de aptidão para culturas de ciclo curto e de ciclo longo, as quais variam segundo
os níveis de manejo considerados.

o método aqui apresentado admite seis grupos de aptidão para avaliar as condições
agrícolas de cada unidade de mapeamento de solo, não só para lavouras, como para
pastagem plantada e natural e silvicultura, devendo as áreas inaptas ser indicadas para a
preservação da flora e da fauna. Em outras palavras, as terras consideradas inaptas para
lavouras, no sistema que lhe serviu de base, são analisadas de acordo com os fatores básicos
linlitantes e classificadas, segundo sua aptidão, para usos menos intensivos.

As melhores terras são indicadas basicamente para culturas de ciclo curto, ficando implícito
que com esta aptidão elas são também recomendadas para culturas de ciclo longo.

4
Os casos de exceção serão mostrados no mapa de aptidão através de convenções adicionais.
Esta ênfase, dada às culturas de ciclo curto, pode ser explicada pela maior demanda, tanto
em escala nacional como mundial, de alimentos provenientes deste grupo, bem como por
serem suasespécies normalmente mais exigentes com referência às condições agrícolas das

terras.

2.2.2 Mapa único para representaçãodos diferentes tipos de utilização das terras nos
diversos níveis de manejo
Dada a importância do mapeamento da aptidão agrícola das terras para o país, e a
possibilidade de wn mapa ser manuseado por técnicos de várias especialidades, bem como a
redução dos custos relativos a sua representação cartográfica, convencionou-se apresentar a

aptidão agrícola das terras em três níveis de manejo, nwn único mapa.

Essa visualização conjWlta foi pennitida através de wn sistema de símbolos (algarismos e


letras) e cores, que possibilita não só a representação da classificação da aptidão agrícola de
cada unidade de solo, nos três níveis de manejo considerados, como sua distribuição

espacial.

2.2.3 Convençõesadicionais

Além da simbologia da classificação referente aos grupos, subgrupos e classesde aptidão, de

acordo com níveis de manejo defrnidos, este método admitiu algwnas convenções especiais,
que deverão indicar, através de superposição, as terras que apresentam algwnas
características diferenciais, ou seja, condições para outras possibilidades de utilização ou

impedimentoa certosusos.

3 METODOLOGIA

3.1 Critérios básicos

o método de interpretação de levantamentos de solos, objetivo deste estudo, segue


orientações contidas no "Soil survey manual" (Estados Unidos, 1951) e na metodologia da
FAO (1976), as quais recomendam que a avaliação da aptidão agrícola das terras seja

5
baseada em resultados de levantamentos sistemáticos, realizados com o suporte dos vários
atributos das terras: solo, clima, vegetação, geomorfologia, etc.

Como a classificação da aptidão agrícola2 das terras é wn processo interpretativo, seu


caráter é efêmero, podendo sofrer variações com a evolução tecnológica. Portanto, está em
função da tecnologia vigente na época de sua realização.

A classificação da aptidão das terras, como tem sido empregada,não é precisamente um guia
para obtenção do máximo beneficio das terras, e sim uma orientação de como devem ser
utilizados seus recursos no planejamento regional e nacional.

o ternlo terra está sendoconsideradono seumais amplo sentido,incluindo todas as suas


relaçõesambientais.

o método em questão procura atender, embora subjetivamente, a uma relação


custo/benefíciofavorável. Deve refletir uma realidade que representea média da
possibilidadedos agricultores,numa tendênciaeconômicade longo prazo, sem perder de
vista o nível tecnológicoa seradotado.

Trata-se de um método apropriado para avaliar a aptidão agricola de grandes extensões de


terras, devendo sofrer reajustamentos no caso de ser aplicado individualmente a pequenas
glebas de agricultores.

3.2 Níveis de manejo considerados

Tendo em vista práticas agricolas ao alcance da maioria dos agricultores, Áum contexto
específico, técnico, social e econômico, são considerados três niveis de manejo, visando
diagnosticar o comportamento das terras em diferentes níveis tecnológicos. Sua indicação

2 O termo agrícola, conformeestáexpresso, inclui todasas formas de utilização agronômicadasterras.

6
é feita atravésdas letras A, B e C, as quais podemaparecerna sirnbologiada classificação
escritasde diferentesformas, segundoas classesde aptidão que apresentemas terras, em
cadaum dosniveis adotados.

3.2.1 Nível de manejo A (primitivo)

Baseadoem práticasagrícolasque refletem um baixo nível técnico-cultural. Praticamente


não há aplicaçãode capital para manejo,melhoramentoe conservaçãodas condiçõesdas
terrase daslavouras. As práticasagrícolasdependemfimdamentalmente
do trabalho braçal,
podendoserutilizada algumatraçãoanimalcomimplementosagrícolassimples.

3.2.2 Nível de manejo B (pouco desenvolvido)

Baseadoem práticasagrícolasque refletemum nível tecnológicomédio. Caracteriza-se


pela
modestaaplicaçãode capital e de resultadosde pesquisaspara manejo, melhoramentoe
conservaçãodas condiçõesdas terras e das lavouras. As práticasagrícolasneste nível de
manejo incluem caiagem e adubação com NPK, tratamentos fitossanítários simples,
mecanízação com base na tração animal ou na tração motorizada, apenas para
desbravamento
e preparoinícial do solo.

3.2.3 Nível de manejo C (desenvolvido)

Baseadoem práticasagrícolasque refletemum alto nível tecnológico. Caracteriza-sepela


aplicaçãointensiva de capital e de resultadosde pesquisaspara manejo,melhoramentoe
conservaçãodascondiçõesdasterrase daslavouras. A motomecanização
estápresentenas
diversasfasesda operaçãoagrícola.

Os níveisB e C envolvemmelhoramentos
tecnológicosemdiferentesmodalidades,contudo
não levam em contaa irrigação,na avaliaçãoda aptidão agrícoladas terras. Apenas são
assinaladas,com convenção especial no mapa, as áreas com irrigação instalada ou

programada.
No caso da pastagemplantadae da silvicultura, está prevista uma modestaaplicaçãode
fertilizantes, defensivose corretivos, que correspondeao nível de manejo B. Para a
pastagemnatural,estáimplícita uma utilização semmelhoramentostecnológicos,condição
que caracterizao nível de manejoA.

As terrasconsideradaspassíveisde melhoramentoparcial ou total, mediantea aplicaçãode


fertilizantes e corretivos, ou o empregode técnicas como drenagem,controle à erosão,
proteçãocontra inundações,remoçãode pedras,etc., são classificadasde acordo com as
limitaçõespersistentes,
tendo em vista os níveis de manejoconsiderados.No casodo nível
de manejoA, a classificaçãoé feita de acordo com as condiçõesnaturaisda terra, uma vez
que estenível não prevêtécnicasde melhoramento.

3.3 Grupos, subgrupos e classesde aptidão agrícola das terras

Um aspectoimportanteno desenvolvimentodestemétodoé o fato de poder ser apresentado,


em wn só mapa, a classificaçãoda aptidão agrícola das terras para diversos tipos de
utilização,sobos três níveisde manejoconsiderados.

principaisvantagensde apresentação
dos resultados,emum só mapa,sãoas seguintes:

.visualização conjuntada aptidãodasterraspara os diversostipos de utilização e níveis


de manejo considerados,o que facilita o planejamentoespacialem nível estadualou
regional;
possibilidadesde apresentaçãodas áreas aptas a um deternlinadotipo de utilização
adaptadoàs condições físicas, de acordo com diferentes níveis de manejo, sem a
necessidade
de se superpordiversosmapasde aptidão;

.considerável reduçãodoscustosde impressão.

Não obstanteas grandesvantagensque estemétodooferece,surgemalgumasdesvantagens


relacionadas, principalmente, com a complexidade da apresentaçãoconjunta dos

8
~.;;.-
As
resultados.Toma-se b~mmais fácil para o usuário,interessadoem conhecer~ aptidão das
terraspara um determinadotipo de utilização,ver os resultadosemum mapaespecífico,que
serefira apenasa esseaspecto.

A representaçãocartográficados resultadosda classificaçãoda aptidão agrícola das terras


num só mapa,emboramais complexa,combinaas vantagensdo sistemade capacidadede
uso norte-american()(K1ingebiel& Montgomery, 1961) com as do sistemautilizado pelo
SNLCS (Bennema et aI. 1964). O sistemanorte-americanoadotou apenasum IÚvel de
manejotecnologicamenteelevadopara diversostipos de utilização,enquantoque o sistema
do SNLCS reconhecediferentesIÚveisde manejo,emboraconsidereapenasa aptidão das
terrasparalavouras.

Para facilitar a montagemdo mapaúnico de aptidão agrícoladas terras -mapa de aptidão


das terras para fms múltiplos -foi organizada moa estrutura que reconhecegrupos,
subgrupose classesde aptidãoagrícola.

Ao mais alto nível de classificaçãosituam-se seis grupos de aptidão, essencialmente


comparáveisasoito classesde capacidadede uso do sistemanorte-americano.

3.3.1 Grupo de aptidão agrícola

Trata-semais de wn artificio cartográfico,que identifica no mapao tipo de utilização mais


intensivodasterras,ou seja,suamelhoraptidão.

Os grupos 1,2 e 3, alémda identificaçãode lavourascomotipo de utilização,desempenham


a função de representar,no subgrupo,as melhoresclassesde aptidão das terras indicadas
para lavouras,conformeos níveisde manejo. Os grupos4, 5 e 6 apenasidentificamtipos de
utilização (pastagemplantada,silvicultura e/oupastagemnaturale preservaçãoda flora e da
faunarespectivamente),
independenteda classede aptidão.

A representaçãodos grupos é feita com algarismosde I a 6, em escalasdecrescentes,

9
segundoas possibilidadesde utilização das terras. As limitações,que afetamos diversos c
tipos de utilização, aumentamdo grupo 1 para o grupo 6, diminuindo, conseqüentemente, ("_/

as alternativasde uso e a intensidadecom que as terras podem ser utilizadas, conforme C


demonstraa Figura 1.

""'I

",...

1'""'1

""""'\

"""'

""""
FIGURA 1. Alternativas de utilização das terras de acordo com os grupos de aptidão "'"""
agrícola.
~
'"""
Observa-sena Figura 1 que os três primeiros grupos são aptospara lavouras;o grupo 4 é
""""'\
indicado,basicamente,para pastagemplantada;o grupo 5 para silvicultura e/ou pastagem
'""'
natural; enquantoo grupo 6, reunindo terras sem aptidão agrícola, não apresentaoutra
""'
alternativasenãoa preservaçãoda natureza.
,

,-"
"""'"
,~
'.

10 k-
"~,""'~
'"
Para atenderàs variaçõesque se verificam dentro do grupo, adotou-sea categoria de
subgrupode aptidãoagricola.

3.3.2 Subgrupo de aptidão agrícola

É o resultadoconjuntoda avaliaçãoda classede aptidãorelacionadacom o nível de manejo,


indicandoo tipo de utilizaçãodasterras.

No exemplo 1(a)bC, o algarismo 1, indicativo do grupo, representaa melhor classede


aptidãodos componentesdo subgrupo,uma vez que as terras pertencemà classede aptidão
boa,no nível de manejoC (grupo 1), classede aptidãoregular,no nível de manejoB (grupo
2) e classede aptidãorestrita,no nível de manejoA (grupo 3) (ver Figura 1 e Tabela2).

Em certos casos,o subgruporefere-sesomentea um nível de manejo,relacionadoa uma


única classede aptidãoagrícola.

Observa-seque, enquantohá urnagrandecorrelaçãoentre a classede capacidadede uso do


sistema norte-americanoe o conceito de grupo aqui introduzido, existem diferenças
fundamentaisquanto ao segundonível de classificação. O subgruporefere-seà aptidão
agrícoladasterrasparaos tipos de utilização adaptados,
ao passoque a subclassedo sistema
norte-americanodiz respeitoao tipos de limitação que determinama classe. Estacategoria
não foi incluída neste sistema de classificação para não tornar muito complexa a
simbolização, bem como pela falta de espaço nos mapas interpretativos para sua

representação.

No casodestemétodo,poderiamserindicadasas subclasses
dasclassesde aptidãoagrícola
(regular,restrita e eventualmenteinapta),especificando-se
os seguintesfatoresde limitação
maissignificativosdasterras(Tabela1).

11
TABELA 1. Fatores de limitação das terras.
"'-'
Símbolo Fatorde limitação

f Deficiênciade fertilidade

h Deficiênciade água

o Excessode águaou deficiênciade oxigênio

e Suscetibilidadeà erosão

m Impedimentosà mecanização

Na medida em que o nível de estudo exigisse,e em função de maiores conhecimentos,


outros fatores de limitação poderiam ser introduzidos, como clima, salinídade,risco de
inundação,profundidadeefetivado solo etc.

3.3.3 Classede aptidão agrícola

Uma última categoria constitui-se na tônica da avaliação da aptidão agrícola das terras neste
método. São as classesde aptidão denominadas boa, regular, restrita e inapta, para cada tipo
de utilização indicado.

As classes expressam a aptidão agrícola das terras para wn detenninado tipo de utilização,
com wn nível de manejo definido, dentro do subgrupo de aptidão. Refletem o grau de
intensidade com que as limitações afetam as terras. São definidas em termos de graus,
referentes aos fatores. limitantes mais significativos. Esses fatores, que podem ser
considerados subclasses,definem as condições agrícolas das terras. Os tipos de utilização
em pauta são lavouras, pastagemplantada, silvicultura e pastagemnatural.

Com base no boletim da FAO (1976), as classesforam assim definidas:

.classe boa -terras sem limitações significativaspara a produção sustentadade um

12

-:...
detenninadotipo de utilização,observandoas condiçõesdo manejo considerado. Há
um mínimo de restrições que não reduzem a produtividade ou os beneficios
expressivamente
e não aumentamos insumosacimade um nível aceitável.

classe regular -terras que apresentam limitações moderadas para a produção sustentada
de um determinado tipo de utilização, observando as condições do manejo considerado.
As limitações reduzem a produtividade ou os beneficios, elevando a necessidade de
insumos, de forma a aumentar as vantagens globais a serem obtidas do uso. Ainda que
atrativas, essas vantagens são sensivelmente inferiores àquelas auferidas das terras de

classe boa.

classe restrita -terras que apresentam limitações fortes para a produção sustentada de
wn determinado tipo de utilização, observando as condições do manejo considerado.
Essas limitações reduzem a produtividade ou os beneficios, ou então awnentam os
inswnos necessários, de tal maneira que os custos só seriam justificados marginalmente.

.classe inapta -terras que apresentam condições que parecem excluir a produção
sustentada do tipo de utilização em questão. Ao contrário das demais, esta classe não é
representada por símbolos. Sua interpretação é feita pela ausência das letras no tipo de

utilização considerado.

Dos graus de limitação atribuídos a cada wna das unidades das terras, resulta a classificação
de sua aptidão agrícola. As letras indicativas das classes de aptidão, de acordo com os
níveis de manejo, podem aparecer nos subgrupos em maiúsculas, minúsculas ou minúsculas
entre parênteses, com indicação de diferentes tipos de utilização, conforme pode ser

observado na Tabela 2.

A ausênciade letras representativasdas classesde aptidão agrícola,na simbolizaçãodos


subgrupos,indica não haver aptidão para uso mais intensivo. Essa situaçãonão exclui,
necessariamente,
o uso da terra comum tipo de utilizaçãomenosintensivo.

13
TABELA 2. Simbologia correspondenteàs classesde aptidão agrícola das terras.

Tipo de utilização

Classede Lavoura Pastagem Silvicultura Pastagem


plantada natural
aptidãoagrícola Nível de manejo Nível de Nível de Nível de
A B C manejoB manejoB manejo A

Boa A B C p s N
Regular a b c p
Restrita (a) (b) (c) (P) (s) (n)
Inapta

As terras consideradasin~ptaspara lavourastêm suaspossibilidadesanalisadaspara usos


menos intensivos(pastagemplantada,silvicultura ou pastagemnatural). No entanto,as
terrasclassificadasconio inaptasparaos diversostipos de utilizaçãoconsideradossão,como
alternativa,indicadaspara a preservaçãoda flora e da fauna,recreaçãoou algum outro tipo
de usonão-agrícola.Trata-sede terras ou paisagens
pertencentesao grupo 6, nasquaisdeve
ser estabelecidaou mantida uma coberturavegetal, não só por razões ecológicas,mas
tambémparaproteçãode áreascontíguasagricultáveis.

o enquadramento
das terras em classesde aptidãoresulta da interaçãode suascondições
agrícolas,do nível de manejoconsideradoe dasexigênciasdosdiversostipos de utilização.

As terrasde wna classede aptidãosãosimilaresquantoao grau,masnão quantoao tipo de


limitação ao uso agrícola. Cadaclasseinclui diferentestipos de solo, muitos requerendo
tratamentodistinto (Brinkman& Smyth,1973).

Com o objetivo de esclarecera classificaçãoda aptidãoagrícoladasterras,são fornecidos,


na Tabela3, exemplosilustrativosde suasimbolização.

14

-
TABELA 3. Simbolizaçãoda aptidão agrícola das terras.

Subgrupo Caracterização

Terraspertencentesà classede aptidãoboa paralavourasnosníveis


de manejoA, B e C

Terraspertencentes à classede aptidãoboa paralavourasnosníveis


de manejoA e B, e regularno nível C

IbC Terraspertencentesà classede aptidãoboa paralavourasno nível


de manejoC, regularno nível B e inaptano nível A

2ab(c) Terraspertencentesà classede aptidãoregularparalavourasnosníveis


de manejoA e B, e restritano nível C

Terraspertencentesà classede aptidãoregularparalavourasno nível


de manejoC, restritano nível B e inaptano nível A

3(ab) Terraspertencentesà classede aptidãorestritaparalavourasnos níveis


de manejoA e B, e inaptano nível C

Terraspertencentes à classede aptidãorestritaparalavourasnos níveis


de manejoB e C, e inapta np nível A

4P Terraspertencentesà classede aptidãoboapara pastagemplantada

Terraspertencentes
à classede aptidãorestritapara pastagemplantada

5Sn Terraspertencentesà classede aptidãoboa parasilvicultura e à classe


regularpara pastagemnatural

Terraspertencentes à classede aptidãoregularparasilvicultura e à classe


restritapara pastagemnatural

5n Terraspertencentesà classede aptidãoregularpara pastagemnaturale à


classeinaptaparasilvicultura

6 Terrassemaptidãoparauso agrícola

(;omo pôde serobservadonos exemplosapresentados


na Tabela3, os gruposde aptidão 1,2
e 3 identificamterrasondea lavouraé o tipo de utilizaçãomaisintensivo.

l'
Nota-se, também, que o grupo de aptidão 4 é constituido de terras em que o tipo de
utilização mais intensivo é a pastagemplantada, enquanto que o grupo 5 engloba subgrupos
que identificam terras nas quais os tipos mais intensivos são silvicultura e/ou pastagem
natural. O grupo 6 refere-se a terras inaptas para qualquer um dos tipos de utilização
mencionados, a não ser em casos especiais.

3.4 Representaçãocartográfica
3.4.1 Simbolização

Como ficou exposto na Tabela 3, os algarismos de 1 a 5, que nonnalmente aparecem nos


mapas de aptidão das terras, representam os grupos de aptidão agrícola que identificam os
tipos de utilização indicados para as terras: lavouras, pastagem plantada, silvicultura e
pastagemnatural.

As terras que não prestam para nenhwn dessesusos constituem o grupo 6, o qual deve ser
mais bem estudado por órgãos específicos, que poderão decidir pela sua melhor destinação.

Essesmesmosalgarismosdão wna visão,no mapa,da ocorrênciadas melhoresclassesde


aptidão dentro do subgrupo. Portanto,identificam o tipo de utilização mais intensivo
permitido pelasterras.

As letras A, B ou C, que acompanham os algarismos referentes aos três primeiros grupos,


expressam a aptidão das terras para lavouras em pelo menos um dos níveis de manejo
considerados. Conforme as classes de aptidão boa, regular ou restrita, essas letras podem
ser maiúsculas, minúsculas ou minúsculas entre parênteses. Para os grupos 4 e 5, que se
referem aos outros tipos de utilização menos intensivos, a indicação da aptidão é feita de
modo similar, com letras maiúsculas, minúsculas e minúsculas entre parênteses, utilizando-

seasletrasP,SeN.

3.4.2 Convençãoem cores

Com o fim de se obter wna rápida visualizaçãoda distribuição espacial dos grupos,

lb
subgrupose classesde aptidãoagrícoladas terras,foi utilizado wn sistemade representação
cartográficabaseadoem 6 cores, decompostasem 26 tonalidades.Para cada grupo foi
convencionadawna cor básica(ver Tabela4 e Anexo 1).

TABELA 4. Convençãoem coresna representaçãocartográfica.

Grupo Cor

Verde

2 Marrom

3 Laranja

4 Amarelo

5 Rosa

6 Cinzento

o Anexo 1 mostra as convençõesem cores, com as tonalidadescorrespondentesaos


diferentessubgruposde aptidão agrícola. As cores procuram distinguir os subgruposde
aptidãoagrícoladasterrassegillldoas diversasclassesde aptidãoagrícola. As tonalidades,
dentrode cadacor, pela suagradação,identificamdiferentespossibilidadesde utilizaçãodas
terras,baseadasemsuascondiçõesagrícolas.

Apresenta-se,no Anexo 2, wna secção de mapa, para demonstrar a eficiência da


comunicaçãovisuale a viabilidadede representação
cartográficado métodoempauta.

A diferenciaçãode grupose subgruposde aptidãoagrícola em estudosreferentesa regiões


mais desenvolvidas,ou no caso de áreasprogramadaspara projetos de desenvolvimento
agrícola, com aplicação de tecnologia compatível com os níveis de manejo B e C, é
mostradana Tabela5. Portanto,trata-sede áreasou regiõesnasquaisnão mais sejustifica a
adoçãodo nível de manejoA (semmelhoramentodascondiçõesnaturaisdasterras).

7
TABELA 5. Diferenciação dos grupos e subgrupos de aptidão agrícola das terras de
acordo com os níveis de manejo B e C.

Grupo Caracterização Subgrupo

Terrascomaptidãoboa paralavourasde lBC


ciclo curto e/ou longo nos níveis de
manejoB e/ouC lBc, lB(c), lB
lbC, l(b)C, lC

Terras com aptidão regular para 2bc


lavourasde ciclo curto e/ou longo nos
níveis de manejoB e/ouC 2b(c),2b
2(b)c,2c

Terras com aptidão restrita para 3(bc)


3 lavourasde ciclo curto e/ou longo nos 3(b)
níveisde manejoB e/ouC
3(c)

Terras com aptidão boa, regular ou 4P


4 restritapara pastagemplantada
4p
4(P)

Terras com aptidão boa, regular ou 58


5 restritaparasilvicultura
5s
5(s)

6 Terrassemaptidãoparauso agrícola 6

Nos casosde conveniênciade exclusãodo nível de manejoA, nos trabalhosde interpretação


~
de levantamento de solos, deveráser utilizado o esquemade representação
cartográfica
da Tabela5.

A seleçãode cores, na diferenciaçãodos grupose subgruposde aptidãoagrícoladasterras,


---
deveráser feita obedecendourna equivalênciada Tabela5 como Anexo I, de acordo com
'""""
o esquemaapresentado
na Tabela6.

18

~
TABELA 6. Padronizaçãode cores por subgrupose níveis de manejo.

Subgrupo
Cor Nível de manejo Nível de manejo
BeC A,BeC
lBC lABC
lBc, lB(c), lB lAB
lbC, l(b)C, lC lBC
2bc 2abc
Marrom 2b(c),2b 2ab
2(b)c,2c 2bc

3(bc) 3(abc)
Laranja 3(b) 3(ab)
3(c) 3(bc)
4P 4P

4p 4p
4 (p) 4(P)
5S 58
5s 5s
5(s) 5(s)
Cinzento 6 6

Quando houver ocôrrência de pastagem natural em terras, onde a pastagem for o melhor tipo
de utilização indicado, em função da avaliação da aptidão agrícola, sua representação
cartográfica deverá ser feita por uma convenção especial.

A composição de cores para a impressão de mapas de aptidão agrícola das terras, com base
na tricromia TROL, está representadana Tabela 7.

1~
Amarelo
TABELA 7. Composiçãode cores para a impressãode mapasde aptidão agrícola das
terras segundoa tricromia TROL.
Cor
Subgrupode aptidão

IABC
IABc, IAB(c), IAB
laBC, l(a)BC, IBC o
IAbc, IAb(c), IA(c),IAb, IA(b), IA o
laBc, laB(c), l(a)Bc, l(a)B(c), laB, IBc,
I (a)B, IB(c), IB 7 o 3
labC, l(a)bC, l(ab)C, IbC, l(b)C, IC x o
2abc x x 5
2ab(c),2ab x 7 3
2(a)bc,2bc x 5 3
2a(bc),2a(b),2a x 3 1
2(a)b(c),2(a)b,2b(c), 2b 5 3
2(ab)c,2(b)c,2c 3 3

3(abc) x x o
3(ab) 5 5 o
3(bc) 5 3 o
3(a) x 3 o
3(b) 7 o
3(c) 3 o
4P x o o
4p 5 o o
4(P) o o
58N, 58n, 58(n), 58 o 7 1
5sN, 5sn, 5s(n),5s o x O
5(S)N,5(s)n,5(sn), 5(s) o 5 O
5N, 5n, 5(n) o O

6 1

-
--
--
20 ,
-
3.4.3 Convençõesadicionais
Estáevidenteque o uso indicadopara as terrasé o mais adequado,do ponto de vista de
suas qualidades. No entanto, em face de certas característicasespeciaisdessasmesmas
terras, ou do conjunto ambiental,podem existir outras possibilidadesde utilização ou, ao
contrário,impedimentoa certosusos.

Basicamente,terras aptaspara culturasde ciclo curto o são tambémpara culturasde ciclo


longo, que são consideradasmenosexigentes.Mas há casosde solos muito rasos, ou de
terras localizadasem áreas inundáveis,ou sujeitasa freqüentesinundações,ou ainda de
condiçõesclimáticas desfavoráveisque constituemexceção.Essasáreassão indicadasno
mapa de aptidão agrícola com convençõesespeciais,conforme pode ser observadona
Figura2.

Em outras situações, por condições edáficas ou climáticas, existem possibilidadesde


utilização de interessedo planejamentoagrícola,mas que fogemaos critérios estabelecidos
na classificaçãoda aptidão agrícola das terras. Há casos,por exemplo, em que terras do
grupo de aptidão I, 2 e 3 permitemdois cultivos por ano. Tambémdeve ser consideradaa
aptidão das terras para culturas especiais,com exigênciasambientaisque diferem dos
critérios estabelecidospara as classesde aptidão boa, regular ou restrita, das culturas
diversificadas.É o casoda Ü"uticulturade clima temperado,do algodãoarbóreo,do sisal, do
caju, do arroz de inundaçãoe dajuta.

As legendasda Figura 2 apresentam


convençõesespecíficasparaos diversoscasos,a fim de
que essasáreassejamprontamentelocalizadasnos mapasde interpretação.
Deve-seconsideraraindaque unidadesde mapeamento,
formadaspor associações
de terras,
requeremna sua avaliação um tratamento distinto do atribuído às unidades simples.
Constituídasde um ou mais componentes,que podem pertencera diferentesclassesde
aptidãoagrícola,sãorepresentadas
no mapade acordo coma aptidãocorrespondente
ao seu
componentedominante.Porém, a presençade outros componentes,ainda que em menor
extensão, seja de classificação superior ou inferior a do dominante, é respeitada,

21
Terras aptaspara culturas de ciclo curto e inaptaspara culturasde ciclo longo. Não
indicadaspara silvicultura

Terras aptaspara culturasde ciclo longo e inaptaspara culturasde ciclo curto

[J Terras com aptidãopara culturasespeciaisde ciclo longo

~
rt7il
Terras com irrigação instaladaou prevista

Terras não indicadas para silvicultura


I!..!.!J

U Terras aptaspara arroz de Inundaçãoe Inaptaspara a maioria das culturas de ciclos


curto e longo. Não indicadaspara silvicultura

2"abc Aspasno algarismoindicativo do grupo representamterras com aptidãopara dois


cultivos por ano

~ Traço contínuo sobo símbolo indica haver na associação de terras componentes,


em menor proporção,com aptidãosuperiorà representadano mapa

~~~ Traço interrompido sobo símbolo indica haver na associaçãode terras componentes,
em menor proporção,com aptidãoinferior à representadano mapa

2aI1ç. Traço contínuosobretraço interrompido, sobo símbolo, indica haver na associação


de terras componentes,em menor proporção, com aptidão superior e inferior,
respectiVamente,
à representadano mapa

~~~ Traço interrompidosobre traço contínuo, sobo símbolo, indica haver na associação
de terras componentes,em menor proporção, com aptidão inferior e superior,
respectivamente,à representadano mapa

Limite entre gruposde aptidãoagrícola

Limite entre subgruposde aptidãoagrícola

FIGURA 2. Convenção adicional para a representaçãocartográfica da aptidão


agrícola das terras.
'"""'

'"""'
'""'
22

-
uma vez que, em estudosrealizadosem escalaspequenas,podemrepresentarmilhares de
hectares.A colocaçãode traço contínuo, ou de um traço interrompido sob o símbolo
representativoda classificação,indica essescasos.

3.5 Condiçõesagrícolasdas terras

Para a análisedas condiçõesagrícolasdas terras,toma-sehipoteticamentecomo referência


um solo que não apresenteproblemasde fertilidade,deficiênciade águae oxigênio,não seja
suscetívelà erosãoe nem ofereçaimpedimentosà mecanização.

Como nonnalmente as condições das terras fogem a um ou vários dessesaspectos,


estabeleceram-se
diferentesgrausde limitaçãodessavariação.

Os cinco fatores tomados,tradicionalmente,para avaliar as condiçõesagrícolasdas terras,


foram tambémaqui considerados:

.deficiência de fertilidade
.deficiência de água
.excesso de águaou deficiênciade oxigênio
.suscetibilidade à erosão
.impedimentos à mecanização

Além das características inerentes ao solo, implícitas nessescinco fatores, tais como textW"a,
estrutura, profundidade efetiva, capacidade de permuta de cátions, saturação de bases, teor
de matéria orgânica, pH, etc. outros fatores ecológicos, como temperatura, umidade,
pluviosidade, luminosidade, topografia, cobertura vegetal, etc., são considerados na
avaliação da aptidão agrícola. Em fase posterior, quando numa análise de adequação do uso
das terras, deverão ser considerados fatores stcio-econômicos.

De modo geral, a avaliaçãodas condiçõesagrícolasdas terras é feita em relaçãoa vários


fatores,muito emboraalgunsdelesatuemde forma mais detenninante,como a declividade,

23
pedregosidadeou profimdidade,que por sijá restringemcertostipos de utilização, mesmo
comtecnologiaavançada.

3.5.1 Fatores de limitação

3.5.1.1 Deficiência de fertilidade

A fertilidade está na dependência,principalmente, da disponibilidade de macro e


micronutrientes,incluindo também a presençaou ausênciade certas substânciastóxicas
solúveis, como o aluminio e o manganês,que diminuem á disponibilidade de alguns
minerais importantespara as plantas,bem como a presençaou ausênciade sais solúveis,
especialmente
o sódio.

o índice de fertilidade é avaliado atravésda saturaçãode bases (V%), saturaçãocom


alwnínio (100 Al/Al+8), somade bases trocáveis(8), capacidadede troca de cátions(T),
relaçãoC/N, fósforo assimilável,saturaçãocom sódio, condutividadeelétrica e pH. Esses
dadossãoobtidosquandoda análisedosperfis do solo.

.
Outras indicaçõesda fertilidade natural poderão ser obtidas através de observaçõesda
profi.mdidadeefetiva do solo3, condições de drenàgem,atividade biológica, tipo de
vegetação,uso da terra, qualidadeda pastagem,comportamentodas cUlturas,rendinlentos,
etc., as quaisdeverãoauxiliar na determinaçãodo graude limitação dascondiçõesagrícolas
dasterras.

Na avaliação deste fator, são admitidos os seguintesgraus de limitação: nulo, ligeiro,


moderado,forte e muito forte. No nível de manejo A (semmelhoramentodas condições
naturais das terras), em que este fator se reveste da maior importância, os graus de
limitação nulo e ligeiro apareciam grupados, uma vez que, em muitos casos, as

3 Para culturas temporárias tem sido considerada a média dos valores que ocorrem nas camadas de solo
exploradas pelas raÍzes (80 %).

24
infonnações eram insuficientes para sua análise em separado.Neste método, foram
tentativamenteseparados.

3.5.1.1.: Graus de limitação por deficiência de fertilidade

nulo (N) -terras que possuemelevadasreservasde nutrientespara as plantas,sem


apresentartoxidez por saissolúveis,sódio trocável ou outros elementosprejudiciais ao
desenvolvimentodas plantas.Praticamente não respondemà adubação,e apresentam
ótimos rendimentosdurantemuitos anos(supostamente
mais de 20 anos),mesmosendo
de culturasmaisexigentes.

Solospertencentes
a estegrauapresentam,
ao longo do perfil, mais de 80% de saturação
de bases;somade basesacimade 6 meq/IOOgde solo; e sãolivres de a1wníniotrocável
+++
(AI ) na camadaarável.A condutividadeelétricaé menorque 4 mmhos/cma 25 oCo

ligeiro (L) -terras com boa reservade nutrientespara as plantas,sem a presençade


toxidez por excessode saissolúveisou sódio trocável,devendoapresentarsaturaçãode
bases(V%) maior que 50%, saturaçãode alwnínio menorque 30% e soma de bases
trocáveis(S) sempreacimade 3 meq por 100 g de T.F.S.A. (Terra Fina Secaao Ar). A
condutividadeelétricado extratode saturaçãodeveser menorque 4 mmhos/crna 25 °c,
e a saturaçãocomsódio inferior a 6%.

As terras com essascaracterísticastêm capacidadede manter boas colheitasdurante


vários anos(supostamente
maisde 10 anos),compequenaexigênciade fertilizantespara
mantero seuestadonutricional.

.moderado (M) -terras com limitada reserva de nutrientes para as plantas, referente a um
ou mais elementos, podendo conter sais tóxicos capazes de afetar certas culturas. A
condutividade elétrica no solo pode situar-se entre 4 e 8 mmhos/cm a
25 °C, e a saturação com sódio entre 8 e 20%.

25
Durante os primeiros anos de utilização agrícola, essas terras pennitem bons
rendimentos, verificando-se posteriormente (supostamente depois de 5 anos) um rápido
declínio na produtividade. Toma-se necessária a aplicação de fertilizantes e corretivos
após as primeiras safras.

forte (F) -terras com reservas muito limitadas de um ou mais elementos nutrientes, ou
contendo sais tóxicos em quantidades tais que permitem apenas o desenvolvimento de
plantas com tolerância. Normalmente, caracterizam-se pela baixa soma de bases
trocáveis (8), podéndo estar a condutividade elétrica quase sempre entre 8 e 15
mmhos/cm a 25 °C e a saturação com sódio acima de 15%.

Essas características refletem-se nos baixos rendinlentos da maioría das culturas e


pastagens desde o início da exploração agrícola, devendo essa deficiência ser corrigida
na fase inicial de sua utilização.

.muito forte (MF) -terras mal providas de nutrientes,com remotaspossibilidadesde


seremexploradascom quaisquertipos de utilização agrícola. Podemocorrer, nessas
terras,grandesquantidadesde sais solúveis,chegandoaté a formar desertossalinos.
Apenas plantas com muita tolerância conseguemadaptar-sea essasáreas. Podem
incluir terras em que a condutividadeelétrica é maior que 15 rnrnhos/cma 25 °C,
compreendendo
solossalinos,sódicose tiomórficos.

3.5.1.2 Deficiência de água

É definida pela quantidade de água annazenada no solo, possível de ser aproveitada pelas
plantas, a qual estâ na dependência de condições climáticas (especialmente precipitação e
evapotranspiração) e condições edáficas (capacidade de retenção de água). A capacidade de
annazenamento de água disponível, por sua vez, é decorrente de características inerentes ao
solo, como textura, tipo de argila, teor de matéria orgânica, quantidade de sais e
profundidade efetiva.

26
Além dos fatores mencionados, a duração do período de estiagem, distribuição anual da
precipitação, características da vegetação natural e comportamento das culturas são também
utilizados para determinar os graus de limitação por deficiência de água.

É preciso considerar que, na maior parte do país, os dados sobre evapotranspiração,


disponibilidade de água dos solos e, muitas vezes, de precipitação são muito escassospara
poderem servir exclusivamente como base para determinação dos graus de limitação por
deficiência de água. Em face do exposto, utilizam-se os diversos tipos de vegetação e seus
diferentes graus de deciduidade para suprir a carência de dados sobre o regime hídrico das
terras. Presume-se que o fato da vegetação tropical perder ou não suas folhas está
diretamente relacionado com as condições hídricas das terras. Vale notar que nem sempre a
deficiência de água para a vegetação natural equivale a das culturas.

Observações do comportamento das culturas existentes na área e infonnações de técnicos e


agricultores também constituem elementos valiosos na atribuição de graus de limitação por
deficiência hídrica das terras.

Convémesclarecerque a irrigação não está sendo çonsideradana avaliaçãoda aptidão


agrícola feita por este método, razão por que a deficiência de água afeta igualmentea
utilizaçãodos solos sobos diferentesníveis de manejo.

3.5.1.2.1 Graus de limitação por deficiência de água

.nulo (N) -terras em que não há falta de águapara o desenvolvimentodas culturas,em


nenhumaépocado ano.

Terras com boa drenagem interna ou livres de estação seca, bem como aquelas com
lençol freático elevado, típicas de várzeas, devem estar incluídas neste grau de limitação.

A vegetação natural é nonnalmente de floresta perenifólia, campos hidrófilos e


higrófilos, e campossubtropicaissempreúmidos. Em algumasáreas,dependendoda

27
temperatura, umidade relativa e distribuição das chuvas, há possibilidade de dois cultivos
emum ano.

nulo/ligeiro (N/L) -terras ainda não sujeitas à deficiência de água durante um período
de I a 2 meses, limitando o desenvolvimento de culturas mais sensíveis, principalmente
as de ciclo vegetativo longo.

A vegetaçãononnalmenteé constituídade floresta subperenifólia(1m=>+O),cerrado


subperenifólioe algunscampos.

As terras pertencentes a este grau de limitação podem ser subdivididas conforme a


ocorrência de veranicos, durante a época úmida, o que facilita a interpretação sobre a
possibilidade de dois cultivos por anó.

ligeiro (L) -terras em que ocorre uma deficiê:ncia de água pouco acentuada, durante um
período de 3 a 5 meses por ano, o que eliminará as possibilidades de grande parte das
culturas de ciclo longo, e reduzirá significativamente as possibilidades de dois cultivos
de ciclo curto, anualmente. Não está prevista, em áreas com este grau de limitação,
irregularidade durante o período de chuvas.

As fonnaçõesvegetais,que nonnalmentese relacionama este grau, são o cerradoe a


floresta subcaducifólia(1m = > + O < -10), bem como a floresta caducifólia em solos
com altacapacidadede retençãode água.

moderado (M) -terras nas quais ocorre uma acentuada deficiência de água, durante um
longo período, nonnalmente 4 a 6 meses. As precipitações oscilam de 700 a 1.000 mm
por ano, com irregularidade em sua distribuição, e predominam altas temperaturas.

A vegetaçãoque ocupa as áreasdessasterras é nonnalmentede floresta caducifólia


(1m = > -10 < -20), transição de floresta de cerrado para a caatinga e caatinga

28 .-
hipoxerófila, ou seja, de caráter seco menos acentuado. Terras com estação seca menos
marcante, porém com baixa disponibilidade de água, pertencem a este grau.

As possibilidades de desenvolvimento de culturas de ciclo longo, não adaptadas à falta


de água, são bastante afetadas, e as de ciclo curto dependem muito da distribuição das
chuvas na sua estação de ocorrência.

.forte (F) -terras comuma forte deficiênciade águaduranteum períodoseco,que oscila


de 7 a 9 meses.A precipitaçãoestá compreendidaentre 500 e 700 mm por ano, com
muitairregularidadeemsuadistribuiçãoe comaltastemperaturas.

A vegetação é tipicamente de caatinga hipoxerófila (1m = > -20 < -30), ou de outras

espécies de caráter seco muito acentuado, equivalente a do sertão do rio São Francisco.
Terras com estação seca menos pronunciada, porém com baixa disponibilidade de água
para as culturas, estão incluídas neste grau, bem como aquelas que apresentam alta
concentração de sais solúveis capaz de elevar o ponto de murchamento. Nesta categoria
está implícita a eliminação de quaisquer possibilidades de desenvolvimento de culturas
de ciclo longo não adaptadasà falta de água.

muito forte (MF) -colTesponde a uma severa deficiência de água, que pode durar mais
de 9 meses, com uma precipitação normalmente abaixo de 500 mm, baixo índice lúdrico
(1m = > -30) e alta temperatura. A vegetação relacionada a este grau é a caatínga

hiperxerófila.

3.5.1.3 Excessode água ou deficiência de oxigênio

Nonnalmente está relacionado com a classe de drenagem natural do solo, que por sua vez é
resultante da interação de vários fatores (precipitação, evapotranspiração, relevo local e
propriedades do solo). Estão incluídos na análise desse aspecto os riscos, a freqüência e a
duração das inundações a que pode estar sujeita a área.

Observaçõesda estrutura,penneabilidadedo solo e a presençae profundidade de wn

29
horizonte menos penneável(pan, plintita, etc.) são importantespara o reconhecimento
dessesproblemas.

o fator limitante -excesso de água ou deficiência de oxigênio -tem grande importância na


avaliação da aptidão agrícola das terras, na medida em que pode envolver áreas ribeirinhas
de alto potencial agrícola. Áreas com sérios problemas de drenagem podem ser assinaladas
no mapa de aptidão, por apresentaremaptidão para algumas culturas adaptadas,embora não

se prestem para cultura em geral.

3.5.1.3.1 Graus de limitação por excessode água

nulo (N) -terras que não apresentam problemas de aeração ao sistema radicular da
maioria das culturas durante todo o ano. São classificadas como bem e excessivamente

drenadas.

ligeiro (L) -terras que apresentam certa deficiência de aeração às culturas sensíveis ao
excesso de água durante a estação chuvosa. São em geral moderadamente drenadas.

moderado (M) -terras nas quais a maioria das culturas sensíveis não se desenvolve
satisfatoriamente, em decorrência da deficiência de aeração durante a estação chuvosa.
São consideradas imperfeitamente drenadas e sujeitas a riscos ocasionais de inundação.

forte (F) -terras que apresentamsérias deficiências de aeração,só pennitindo o


desenvolvimentode culturas adaptadas.Demanda intensos trabalhos de drenagem
artificial que envolvemobras ainda viáveis em nivel de agricultor. São consideradas,
normalmente,mal drenadas,muito mal drenadase sujeitas a inundaçõesfreqüentes,
prejudiciaisà maioriadasculturas.

muito forte (MF) -terras que apresentam praticamente as mesmas condIções de

drenagem do grau anterior, porém os trabalhos de melhoramento compreendem grandes

JU
obras de engenharia, em nível de projetos, fora do alcance do agricultor,
individualmente.

3.5.1.4 Suscetibilidadeà erosão

Diz respeito ao desgaste que a superficie do solo poderá sofrer, quando submetida a
qualquer uso, sem medidas conservacionistas. Está na dependência das condições climáticas
(especialmente do regime pluviométrico), das condições do solo (textura, estrutura,
permeabilidade, prpfundidade, capacidade de retenção de água, presença ou ausência de
camada compacta e pedregosidade), das condições do relevo (declividade, extensão da

pendente e microrrelevo) e da cobertura vegetal.

Neste trabalho está sendo proposto a modificação e inclusão de novos graus de limitação por
suscetibilidade à erosão, em função de novas classes de relevo adotadas, conforme mostra a

Tabela 8.

TABELA 8. Graus de limitàção por suscetibilidadeà erosão.

Nível de declive Graude limitação

o a 3% Plano/praticamente
plano

3 a 8% Suaveondulado

8 a 13% Moderadamente
ondulado

13 a 20% Ondulado

20 a 45% Forte ondulado

45 a 100% Montanhoso

de 100% Escarpado

31

Acima
3.5.1.4.1 Graus de limitação por suscetibilidadeà erosão

.nulo (N) -terras não suscetíveisà erosão.Geralmenteocorremem solosde relevo plano


ou quaseplano (O a 3% de declive),e com boa permeabilidade.Quandocultivadaspor
10 a 20 anos podem apresentarerosão ligeira, que pode ser controlada com práticas
simplesde manejo.

.ligeiro (L) -terras que apresentam


poucasuscetibilidadeà erosão. Geralmente,possuem
boas propriedadesfisicas, variando os declives de 3 a 8%. Quando utilizadas com
lavouras,por um períodode 10 a 20 anos,mostramnormalmenteuma perdade 25% ou
mais do horizontesuperficial.Práticasconservacionistas
simplespodemprevenircontra
essetipo de erosão.
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.moderado (M) -terras que apresentammoderadasuscetibilidadeà erosão.Seurelevo é


normalmenteondulado,com declive de 8 a 13%. Essesníveis de declive podemvariar
para mais de 13%,quandoas condiçõesfisicas forem muito favoráveis,ou para menos
de 8%, quandomuito desfavoráveis,como é o caso de solos com horizonte B, com
mudança textural abrupta. Se utilizadas fora dos princípios conservacionistas,essas
terras podem apresentarsulcos e voçorocas,requerendopráticas de controle à erosão
desdeo início de suautilizaçãoagrícola.

.forte (F) -terras que apresentamforte suscetibilidadeà erosão. Ocorrem em relevo


onduladoa forte ondulado,com declive normalmentede 13 a 20%, os quais podemser
maiores ou menores,dependendode suas condiçõesfisicas. Na maioria dos casosa
prevençãoà erosãodependede práticasintensivasde controle.

.muito forte (MF) -terras comsuscetibilidademaior que a do grau forte, tendoo seuuso
agrícolamuito restrito. Ocorrememrelevo forte ondulado,comdeclivesentre 20 e 45%.
Na maioria dos casoso controleà erosãoé dispendioso,podendoserantieconômica.

32
.extremamente forte (EF) -terras que apresentamseverasuscetibilidadeà erosão.Não
são recomendáveispara o uso agrícola, sob pena de seremtotalmente erodidas em
poucosanos.Trata-sede terras ou paisagenscom declivessuperioresa 45%, nas quais
deve serestabelecida
umacoberturavegetalde preservaçãoambiental.

3.5.1.5 Impedimentos à mecanização

Como o próprio nomeindica, refere-seàs condiçõesapresentadas


pelasterraspara o uso de
máquinas e implementos agrícolas. A extensãoe forma das pendentescondições de
drenagem,profundidade,textura,tipo de argila, pedregosidadee rochosidadesuperficial
condicionamo uso ou não de mecanização.
Essefator é relevanteno nivel de manejoC, ou
seja,o mais avançado,no qualestáprevistoo uso de máquinase implementosagrícolasnas
diversasfasesda operaçãoagrícola.

Consideraram-se,na avaliação dos fatores limitantes, cinco graus de limitação -nulo,


ligeiro, moderado,forte e muito forte -passíveis de sereminterpolados,conformepode-se
observarnos quadros-guiade avaliaçãoda aptidãoagrícoladasterrasconstantesdasTabelas
9, 10e 11.

3.5.1.5. Graus de limitação por impedimentosà mecanização

nulo (N) -terras que pennitem,em qualquerépocado ano,o empregode todosos tipos
de máquinase implementosagrícolasordinariamenteutilizados. São, geralmente,de
topografiaplana e praticamenteplana, com declividade inferior a 3%, e não oferecem
impedimentosrçlevantesà mecanização.O rendimentodo trator (númerode horas de
trabalhousadasefetivamente)é superiora 90%

ligeiro (L) -terras que pennitem,durantequasetodo o ano, o empregoda maioria das


máquinasagricolas. São quasesemprede relevo suaveondulado,com declivesde 3 a
8%, profundasa moderadamente
profundas,podendoocorrer em áreasde relevo mais

33
suave, apresentando,no entanto,outras limitações (textura muito arenosa ou muito
argilosa,restriçãode drenagem,pequenaprofundidade,pedregosidade,
sulcosde erosão,
etc.). O rendimentodo tratorvaria de 75 a 90%.

moderado (M) -ten-as que não pennitem o emprego de máquinasordinariamente


utilizadasdurantetodo o ano.Essasten-asapresentam
relevo moderadamente
onduladoa
ondulado,com declividadede 8 a 20%, ou topografiamais suaveno casode ocon-ência
de outros impedimentosà mecanização(pedregosidade,rochosidade,profundidade
exígua,textura muito arenosaou muito argilosado tipo 2:1, grandessulcosde erosão,
drenagemimperfeita,etc.).O rendimentodo tratornonnalmentevaria de 50 a 75%.

forte (F) -terras que pennitemapenas,em quasesuatotalidade,o uso de implementos


de tração animalou máquinasespeciais.Caracterizam-se
pelosdeclivesacentuados(20 a
45%), emrelevo forte ondulado.Sulcose voçorocaspodemconstituirimpedimentosao
uso de máquinas,bem como pedregosidade,rochosidade,pequenaprofundidade,má
drenagem,etc. O rendimentodo tratoré inferior a 50%.

.muito forte (MF) -terras que não pennitem o uso de maquinaria,sendo dificil até
mesmo o uso de implementosde tração animal. Nonnalmente, são de topografia
montanhosa,com declivessuperioresa 45% e com impedimentosmuito fortes devido à
pedregosidade,
rochosidade,profundidadeou aoSproblemasdedrenagem.

Convémenfatizarque uma detenninadaárea,do ponto de vista de mecanização,


para ser de
iml?°rtânciaagrícola, deve ter dimensõesmínimas de utilização capazesde propiciar um
bomrendimentoao trator.

3.6 Avaliação das classesde aptidão agrícola das terras (Matching)

A av.aliaçãodas classesde aptidão agrícola das terras e, por conseguinte,dos grupos e


subgruposé feita atravésdo estudocomparativoentre os grausde limitação atribuídosàs

34
terrase os estipuladosnos quadros-guiadasTabelas9, 10 e 11, elaboradospara atenderàs
regiõesde clima subtropical, tropical-úmidoe semi-árido.

Os quadros-guiade avaliaçãoda aptidão agrícola das terras, tambémconhecidoscomo


quadrosde conversão,constituemwna orientação geral para a classificaçãoda aptidão
agrícoladas terras,em função de seusgrausde limitação estaremrelacionadosaos fatores
limitantes,paraos níveisde manejoA, B e C.

Nos referidos quadros-guia,constamos graus de limitação máximos que as terras podem


apresentar,com relação a cinco fatores,para pertencerema cada uma das categoriasde
classificaçãoda aptidãoagricoladasterras.

Assim, a classe de aptidão agrícola das telTas,de acordo com os diferentes IÚveis de manejo,
é obtida em fw1ção do grau limitativo mais forte, referente a qualquer um dos fatores que
influenciam a sua utilização agrícola: deficiência de fertilidade, deficiência de água, excesso
de água, deficiência de oxigênio, suscetibilidade à erosão e impedimentos à mecamzação.

Nestaavaliação,visa-sediagnosticaro comportamentodas terraspara lavouras,nos niveis


de manejoA, B e C, para pastagemplantadae silvicultura, no nivel de manejo B, e para
pastagemnatural,no nivel de manejoA.

A adoção dos cinco fatores límitantes mencionadostem por finalidade representaras


condiçõesagrícolasdas terras,no que concemeàs suaspropriedadesfisicas e químicas,e
suasrelaçõescomo ambiente.

Os quadros-guia,constantesdas Tabelas 9, 10 e 11, devem ser utilizados para uma


orientaçãogeral, em face de a avaliação variar de acordo com peculiaridadeslocais,
qualidadee diversidadedos dados,assimcomo como nível de detalhedo estudo.

A classificaçãoda aptidão agrícola das terras deve ser feita em conjunto com as
informaçõessobre viabilidade de melhoramentodos graus de limitação das condições

35
agrícolasdasterras,apresentadas
na seção3.7

Os exemplosapresentadosna Tabela 12 visam facilitar a compreensãodo processode


avaliaçãoda aptidãoagrícoladasterras.

3.7 Viabilidade de melhoramento das condiçõesagrícolas das terras

A viabilidade de melhoramentodas condições agrícolas das terras em suas condições


naturais, mediante a adoção dos níveis de manejo B e C, é expressapor algarismos
sublinhados,que acompanhamas letras representativasdos graus de limitação estipulados
nos quadros-guiadasTabelas9, 10e 11.

Os grausde limitação são atribuídosàs terras em condiçõesnaturais e, também,após o


empregode práticas de melhoramentocompatíveiscom os níveis de manejo B e C. Da
mesmaforma,nos quadros-guía,
estãoas classesde aptidão,de acordo com a viabilidade ou
não de melhoramentoda limitação. A irrigação não está incluída entre as práticas de
melhoramentoprevistaspara os níveis de manejoB e C. Consideram-sequatro classesde
melhoramentosdascondiçõesagrícolasdasterras:

classe1 -~lhoramento viável com práticas simples e pequenoempregode capital.


Essaspráticassãosuficientespara atingir o grauindicadonos quadros-guia(ver Tabelas

9,lOell);

.classe 2 -melhoramento viável com práticas intensivas e mais sofisticadas, e


considerávelaplicação de capital. Esta classe ainda é consideradaeconomicamente

compensadora;

classe 3 -melhoramento viável somentecom práticas de grande vulto, aplicadasa


projetosde larga escala,que estãonormalmentealémdaspossibilidadesindividuais dos

agricultores;
classe 4 -sem viabilidade técnica ou econômicade melhoramento.A ausênciade

36

-
algarismosublinhado,acompanhando
a letra representativado grau de limitação, indica
não haverpossibilidadede melhoramentodaquelefator limitativo.

3.7.1 Melhoramento da deficiência de fertilidade

o fator deficiênciade fertilidadetoma-sedecisivono IÚvelde manejoA, uma vez que o uso


da terra estána dependênciada fertilidadenatural.Os grausde linfttaçãoatribuídosàsterras
sãopassíveisde melhoramentosomentenosIÚveisde manejoB e C.

o melhoramentoda fertilidade naturalde muitos solos que possuemcondiçõesfisicas, em


geral propíciasàs plantas,é fator decisivo no desenvolvimentoagrícola.De modo geral,a
aplicaçãode fertilizantese corretivosé uma técnicapouco difundida,e as quantidadessão
insuficientes. Portanto, seu emprego deve ser incentivado,bem como outras técnicas
adequadasao aumentoda produtividade.

Terras com alta fertilidade natural e boas propriedadesfísicas exigem, eventualmente,


pequenasquantidadesde fertilizantes para a manutençãoda produção. A viabilidade de
melhoramentopertenceà classe1.

Terras com fertilidade natural baixa exigem quantidadesmaiores de fertilizantes e


corretivos,bem como alto nível de conhecimentotécníco. A viabilidade de melhoramento
pertenceà classe2.

Quanto maior for a deficiência,mais intensivasserão as práticas que envolvem grande


conhecimentotécnico e disponibilidadede insumos, para melhorarum solo muito carente
até a condiçãode classede aptidãoboa e regular. Implica, portanto,uso de práticasde classe

2.

Exemplosde práticasempregadas
nasclasses1 e 2, para o melhoramentode fertilidade,são
apresentados
na Tabela13.

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TABELA 13. Práticas para o melhoramento da fertilidade.

ClasseI Classe2

Adubaçãoverde AdubaçãocomNPK + micronutrientes

Incorporaçãode esterco Adubação


foliar

Aplicaçãode tortasdiversas Dessalinização


Correçãodo solo (calagematé Combinaçãodaspráticasacima
2t/ha) com "mulching"

AdubaçãocomNPK (até 200 Correçãodo solo (calagemcommais de


kg/ha) 2t/ha)

Rotaçãode culturas

3.7.2 Melhoramento da deficiência de água (sem irrigação)

AlgW1S
fatoreslimitantesnão sãoviáveisde melhoramento,como é o casoda deficiênciade
água, wna vez que não está implícita a irrigação em nenhwn dos níveis de manejo
considerados.Basicamente,os graus de limitação expressamas diferençasde umidade
predominantesnas diversas situaçõesclimáticas. No entanto,são preconizadasalgwnas
práticasde manejo,que favorecema umidadedisponíveldasterras,tais como:

reduçãoda perdade águada chuva,atravésda manutençãodo solo com coberturamorta


(mulching)provenientede restosvegetais,plantio em faixas ou construçãode cordões,
terraçose covas,práticasqueasseguramsuamáximainfiltração
incorporaçãodosrestosvegetaisao solo
ajustamentodos cultivos à épocadaschuvas
terraçosde baseestreita(semgradientee semsaídade água)
seleçãode culturasadaptadasà falta de ágÚa

--
-
42

~
.faixas de retençãopennanente
.plantio direto

3.7.3 Melhoramento do excessode água

o excessode águaé passívelde melhoramento,mediantea adoçãode práticascompatíveis


comos níveis de manejoB e C.

Vários fatores indicam a viabilidade de minorar ou não a limitação pelo excesso de água,
tais como drenagem interna do solo, condições climáticas, topografia do terreno e exigência

das culturas.

Embora no nível de manejo C (desenvolvido)estejam previstaspráticas complexasde


drenagem,essasrequeremestudosmais profundos de engenhariade solos e águas,não
abordadosno presentetrabalho.

A classe de melhoramento I diz respeito a trabalhos simples de drenagem, a fim de remover


o excesso de água prejudicial ao sistema radicular das culturas. A construção de valas
constitui uma prática acessível, que apresenta bons resultados. No entanto, deve ser bem
planejada para não causar ressecamentoexcessivo das terras, e evitar a erosão em áreas mais

declivosas.

A classede melhoramento2 é específicapara terras que exigem trabalhosintensivosde


drenagempararemovero excessode água.

A classe de melhoramento 3, normalmente,foge às possibilidades individuais dos


agricultores, por tratar-se de práticas típicas de grandes projetos de desenvolvimento

integrado.

43
3.7.4 Melhoramento da suscetibilidadeà erosão

A suscetibilidade à erosão usualmente tem sua ação controlada mediante práticas pertinentes
aos níveis de manejo B e C, desde que seja mantido o processo de conservação.

Uma área pode tomar-se permanentementeinadequada para agricultura, por ação da erosã(),
se chegar a provocar o carreamento da camada superficial do solo e, sobretudo, o
dissecamento do terreno. A conservação do solo, no sentido mais amplo, é essencial à
manutenção da fertilidade e da disponibilidade de água, pois faz parte do conjunto de
práticas necessáriasà manutenção dos nutrientes e da umidade do solo.

Na classe1 de viabilidade de melhoramento,incluem-seas terrasnas quais a erosãopode


serfacilmenteevitadaou controlada,atravésdasseguintespráticasde manejo:

.preparo reduzidodo solo


.enleiramento de restosculturaisem nível
.cultivo em faixa
.cultivo em contorno
.pastoreio controlado(piquetes,saleirose disposiçãode aguadasem nível)
.cordão de retenção(nos terraços)
.capinas emfaixasalternadas
.cordões de pedra
.áreas de pousio emfaixa
.faixas de retençãopermanente
.cobertura morta (mulching)
.adubação verde

Para a classe 2 de viabilidade de melhoramento, incluem-se terras nas quais a erosão


somente pode ser evitada ou controlada, mediante a adoção de práticas intensivas, incluindo

obras de engenharia, tais como:

44
.terraceamento (em nível ou com gradiente)
.terraços empatamar
.canais escoadouros
.banquetas individuais

.escarificação/subsolagem
.diques
.faixas de retençãopermanente
.interceptadores (obstáculos)
.estruturas especiais(paliçadas,bueiros,etc.)
.controle de voçorocas
.plantio direto

Algwnas práticas importantespara o melhoramentodas condiçõesagrícolasdo solo são


comunspara as classesI e 2: uso da terra de acordo com a aptidão agrícola,vegetaçãode
proteçãoe adequadaimplantaçãode estradase carreadores.

3.7.5 Melhoramento dos impedimentosà mecanização

,.- o impedimentoà mecanizaçãosomenteé consideradorelevanteno nível de manejoC. Os


grausde limitação atribuídosàs terras,em condiçõesnaturais,têm por termo de referênciao
empregode máquínasmotorizadasnasdiversasfasesda operaçãoagricola.
~

A maiorparte dos obstáculosà mecanizaçãotem caráterpermanente,ou apresentatão dificil


~ remoçãoque se toma economicamenteinviável o seumelhoramento.No entanto,algumas
práticas,ainda que dispendiosas,poderão ser realizadasem beneficio do rendimentodas
- máquinas, como é o caso da construçãode estradas,drenagem,remoção de pedras,
sistematização
do terrenoe direçãodo trabalhoda máquinaemnível.

I'"""

4~

~
4 ANEXOS

47
ANEXOl

Diferenciação dos grupos e subgrupos de aptidão das terras


de acordo com os níveis de manejo A, B e C

49
ANEXO 2

Secçãode mapa da aptidão agrícola das terras

53
5 REFERÊNCIAS BffiLIOGRÁFICAS

BEEK, K.J. Recursosnaturais e estudosperspectivosa longo prazo: notasmetodológicas.


Brasília: SUPLAN, 1975.Mimeografado.

BEEK, K.J.; GOEDERT, W.J. Recursos naturais (terras) e desenvolvimento agrícola.


Brasília : PNUD/FAO/BRA-71-553, 1973. 2 anexos.

BENNEMA, J.; BEEK, K.J.; CAMARGO, M.N. Um sistemade classificaçãode capacidade


de uso da terra para levantamento de reconhecimento de solos. Rio de Janeiro:
Ministério da AgricuItura/FAO, 1964.5üp.Mirneografado.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Escritório de Pesquisae Experimentação.Equipe de


Pedologiae Fertilidadedo Solo. I. Levantamento e reconhecimentodos solosda zona de
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BRINKMAN, R.; SMYTH, A.]. (Ed.). Land evaluation for rural purposes:summaryof an
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(Brasil). Levantamento de recursos naturais: folha SC.19; Rio Branco: geologia,
geomorfologia,pedologia,vegetação,uso potencialdaterra. Rio de Janeiro,1976.v.12.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Divisão de Pesquisa


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solos do nordeste do Estado do Paraná: interpretação do levantamento de reconhecimento
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57
EMBRAPA. Centro de PesquisasPedológicas (Rio de Janeiro,RJ). Mapa esquemáticodos
solos das regiõesNorte, Meio-Norte e Centro-Oeste do Brasil: texto explicativo. Rio de
Janeiro,1975b.(EMBRAPA-CPP. Boletim Técnico, 17).

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United StatesDepartmentof Agriculture, 1961.21p. (USDA Agriculture Randbook,210).

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recursosde terra no Brasil. Brasília : SUPLAN, 1975.106p.Versãopreliminar.

RAMALHO FILHO, A.; PEREIRA, E.G.; BEEK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão
agrícola das terras. Brasília: SUPLAN/EMBRAPA-SNLCS, 1978.7Op.

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6 APÊNDICE

Classificaçãode níveis de exigênciadas terras para a


aplicaçãode insumos e de possibilidadesde mecanização

59
CLASSIFICAÇÃO DE NÍVEIS DE EXIGÊNCIA DAS TERRAS PARA A
APLICAÇÃO DE INSUMOS E DE POSSmILmADES DE MECANIZAÇÃO

Visando atendera wn aspectoimportantede planejamentoagrícola,esteapêndiceconstitui


wn dos segmentosda avaliação da aptidão agrícola das terras. Propõe-sea fornecer
subsídiospara a classificaçãode níveis de exigência das terras quanto à aplicação de
inswnos, como fertilizantes e corretivos, de práticas conservacionístase quanto às
possibilidadesde mecanízação.

Preliminannente, foram estabelecidosníveis para cada wna das modalidades acima


mencionadas.Esses níveis estão relacionados com as terras, com base nas condições
naturais,devendosercompatíveiscoma classificaçãode suaaptidãoagrícola.

Níveis de aplicação de insumos

Os níveis de aplicaçãode inswnos, com referênciaà aplicaçãode fertilizantese corretivos,


estão correlacionadoscom os níveis de manejo B e C, definidos na metodologia da
classificaçãoda aptidãoagrícoladasterras.Foramadmitidosos seguintesníveis:

.FI -baixo -inclui terras com exigênciasmínimasde fertilizantes para manutençãode


seu estado nutricional. Para pertencera este nível as terras devem apresentaras
seguintescaracterísticas
químicas:

capacidadede troca de cátions(T) acimade 8 meq/l OOgde solo


saturaçãode bases(V) maior que 50%, excetopara solos com valor T menorque 3
meq/lOOg
somade bases(8) acimade 4 meq/l OOg
alumínio trocável(AI) abaixode 0,3 meq/IOOg
cálcio + magnésio(Ca+++ Mg) maiorque 3 meq/lOOg

61

1
potássio(K) acimade 135ppm
fósforo (P) acimade 3Oppm
saturaçãocomsódio(Nal abaixode 10%

condutividade elétrica (C.E.) abaixo de 4 mmhos/cm a 2sOC

F2 -médio. inclui teITas com moderada exigência de fertilizantes e baixa necessidade


de calagem para manutenção e coITeçãode seu estado nutricional. Neste nível, as terras
devem apresentaralgumas das seguintescaracterísticas químicas:

-capacidade de troca de cátions(T) acimade 8 meq/l00g de solo


-saturação de bases(V) entre50 e 35%
-soma de bases(8) abaixode 4 meq/l00g
-alwnínio trocável(AI) entre0,3 e 1,5meq/l00g
-cálcio + magnésio(Ca+++ Mgj abaixode 3 meq/l00g
-potássio (K) entre45 e 135ppm
-fósforo (P) entre 10e 30 ppm
-saturação comsódio (Na) entre 10e 20%
-condutividade elétrica(C.E.)entre4 e 8 mmhoslcma 2sOC

F3 -alto -inclui terras com altas exigênciasde fertilizantes e moderadasde calagem


para manutençãoe correçãode seuestadonutricional. As terras pertencentesa este
nível devemapresentar
algumasdas seguintescaracterísticas
químicas:

-capacidade de troca de cátions (T) entre 4 e 6 meq/1 OOgde solo

-saturação de bases (V) abaixo de 35%


-soma de bases (S) abaixo de 3 meq/IOOg
-alumínio trocável (AI) entre 1,5 e 4 meq/IOOg
-cálcio + magnésio (Ca+++ Mg*) abaixo de 2 meq/IOOg

-potássio (K) abaixo de 45 ppm

62
fósforo (P) abaixo de 10 ppm

saturação com sódio (Nal entre 20 e 50%

condutividade elétrica (C.E.) entre 8 e 15 mmhos/cm a 2SOC

F4 -muito alto -terras com alta exigência de fertilizantes e cal agem para manutenção e
correção do seu estado nutricional. Este nivel inclui terras com algumas das seguintes
características químicas:

-capacidade de troca de cátions(T) abaixode 4 meq/l OOgde solo


-saturação de bases(V) abaixo 35%
-soma de bases(8) abaixode 3 meq/l00g
-alumínio trocável(Al) acimade 4 meq/l00g
-cálcio + magnésio(Ca+++ Mg*) abaixode 2 meq/l00g
-potássio (K) abaixode 45 ppm
-fósforo (P) abaixode 10 ppm
-saturação comsódio (Na) acimade 50%
-condutividade elétrica(C.E.)acimade 15 mmhoslcma 25°C

2 Práticas conservacionistas

Os níveis de exigência, quanto ao emprego de práticas conservacionístas, baseiam-se nas


condições naturais das terras para serem utilizadas sob os níveis de manejo B e C. Foram
admitidos os seguintesníveis:

Cl -baixo -telTas com limitação nula a ligeira quanto à erosão, necessitando de


medidas simples para a sua conservação mediante o emprego de práticas culturais e de
manejo. São consideradas as seguintes práticas:

aração mínima (mínimo preparo do solo)

63
-rotação de culturas
-culturas em faixas

-cultivo em contorno

-pastoreio controlado

.C2 -médio -terras comlimitaçãoligeira a moderadaquantoà suscetibilidadeà erosão,


as quais necessitampara suaconservaçãode medidasintensivas,incluindo práticasde
engenhariade solos e de água.Para estenível estãoprevistas~ seguintespráticas:

terraçoscombaselarga
terraçoscombaseestreita(cordões)
terraçoscomcanaislargos

diques

C3 -alto -terras com limitação moderada a forte quanto à erosão, necessitando para sua
conservação do emprego de medidas muito intensivas e complexas, incluindo práticas
onerosas de engenharia de solos e águas. Pertencem a este nível as seguintes práticas
conservacionístas:

-terraços emnível
-terraços empatamar
-banquetas individuais
-interceptadores (obstáculos)
-controle de voçorocas

.C4 -muito alto -terras comlimitação forte a muito forte quantoà erosão, necessitando
para a suaconservaçãode práticase técnicaseconomiqamente
pouco viáveis, que não
justificam a suaaplicação.São terras para as quais não devem ser dispensadostratos

64
culturais periódicos. NonIlalmente, são indicadas com restrição para pastagemou
silvicultura e, emcasosmaisdesfavoráveis,
parapreservaçãoda flora e da fauna.

3 Níveis de possibilidadesde mecanizaçãodas terras

Os níveis atribUídos para avaliar as possibilidades de utilização de máquinas e implementos


agrícolas baseiam-se nas restrições que as terras apresentam para serem utilizadas sob o
nível de manejo C. .Foram admitidos os seguintes níveis:

.Ml -alto -terras praticamente sem limitação quanto ao uso de máquinas e implementos
agrícolas, nas quais a declividade não ultrapassa a 3%. O rendimento efetivo do trator
deve ser acima de 90%.

M2 -médio -terras com limitação ligeira a moderadaquanto ao uso de máquinase


implementos agrícolas. A declividade situa-se, normalmente,entre 3 e 8%, e o
rendimento esperadodo trator deveestarentre 70 e 90%.

.M3 -baixo -terras com limitação moderada a forte quanto ao uso de máquinas e
implementos agrícolas ordinariamente utilizados. O declive está, normalmente, entre 8 e
20%, e o rendimento do trator situa-se entre 50 e 70%.

M4 -muito baixo -terras com impedimentos muito fortes quanto à mecanização. Os


declives ultrapassam a 20%, e o rendimento apresentadopelo trator estábaixo de 50%.

65

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