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Assim como pela interpretação velhaca da

teoria exposta por Charles Darwin surgiu o


darwinismo social, que imperialistas e nazistas
utilizaram para justificar suas carnificinas,
também da Relatividade Geral de Albert Einstein
derivou o relativismo, o qual, ao contrário do
darwinismo social, ainda é amplamente aceito.
Jamais Einstein afirmou que tudo é relativo, devo
dizer; sua teoria diz respeito a coisas da Física,
não às relações humanas, nem às verdades em
geral. Neste artigo pretendo refutar logicamente
algumas ideias relativistas. Sinto-me, no entanto,
na obrigação de fazer anteceder a análise o
estabelecimento dos conceitos mais importantes
de que tratarei: o de verdade absoluta e o de
relativo. Digo eu que verdade absoluta significa
verdade irrefutável, e verdade relativa é a que
pode ser verdadeira sob um aspecto mas falsa sob
outro.
Uma expressão que mora na boca dos
relativistas é a “tudo é relativo”, assertiva cuja
invalidade até mesmo uma criança logra
demonstrar. Se tudo é relativo, esta verdade
mesmo é relativa e não absoluta; se ela é relativa,
então de fato nem tudo é relativo e existem
verdades absolutas. Logo, essa afirmação é
autocontraditória. Proposição semelhante é a
“não há verdade absoluta”. Esta também se
contradiz em si mesma, pois afirmar não haver
verdade absoluta é tentar emitir uma verdade
desse teor. Como A não pode ser igual a B e
diferente de B ao mesmo tempo, assim como uma
afirmação não pode ser verdadeira e falsa ao
mesmo tempo, pelos termos do Princípio da Não
Contradição, logo essa assertiva está logicamente
errada. Pode-se recorrer ao argumento de que
somente essa proposição é verdadeiramente
absoluta, e as outras não. Porém, além de isso já
admitir a priori a veracidade do princípio da não
contradição, o que já garante sua implosão
suicida, também deve-se lembrar de que essa
proposição não é autoevidente e, por isso, precisa
ser justificada por meio de argumentos, os quais
devem ser verdadeiros em absoluto, coisa cuja
existência a própria afirmação nega. Devem ser
verdades absolutas porque, se forem transitórias,
poderão mudar, fazendo com que mude também
a verdade deduzida delas. Se uma verdade pode
mudar, isto é, passar a ser reconhecida como
mentira, então não é absoluta. Portanto, verdades
absolutas existem.
Admoesto, caso este pensamento tenha
acometido a mente de um leitor, a que não é
logicamente possível negar o princípio da não
contradição. A tentativa de fazê-lo levaria à
autodestruição do argumento. Dizer que tal
princípio é falso significa considerar que ele não é
verdadeiro e que, se ele é falso, não pode ser
verdadeiro, ou seja, sua negação implica sua
admissão. Afirmar que o princípio não pode ser
falso e verdadeiro ao mesmo tempo é reivindicar
sua validade. É, portanto, uma impossibilidade
lógica negá-lo.
Um pessimismo ferrenho talvez não seja
suficiente para supor a existência de quem, sem
pejo, afirme que o que é lógico para uns pode não
o ser para outros, sugerindo uma variedade de
lógicas, o polilogismo que tanto amaram os
nazistas e que os socialistas ainda usam para
defender ideias inimigas da verdade. Confesso
não saber o que tal afirmação tenta significar.
Quando se diz existirem várias lógicas
excludentes entre si, não sei se está-se
legitimando todas ou as negando. Mas em
qualquer caso se estará incorrendo numa
assertiva autorrefutável. Se se nega a validade de
qualquer lógica, então também é negada a da
lógica que levou a essa afirmação, o que não
respeita o princípio da não contradição. Se, por
outro lado, legitima-se todas as lógicas, então se
está validando outrossim aquela lógica que nega
a validade de todas as outras; isso é
autocontraditório e está, portanto, errado. A
argumentação deste parágrafo talvez seja inútil,
porque em verdade não acredito que quem
afirma haver várias lógicas esteja, de fato,
querendo dizer exatamente isso mesmo. Penso eu
que, falando isso, o sujeito quer dizer que existem
inúmeras perspectivas sobre tal e tal assunto, o
que é verdade, mas as perspectivas jamais devem
expressar verdades contraditórias. Se um grupo
de cientistas diz que está ocorrendo aquecimento
global e outro o nega, certamente um desses
grupos está equivocado – neste caso é o primeiro.
Assim, dou meu perdão àqueles que
inocentemente fizeram tão mal formulada
afirmação segundo a qual há muitas lógicas.
O rebento de feições mais hórridas do
pensamento relativista é o relativismo moral,
segundo o qual não existe a moral certa, apenas
os costumes de cada povo, que ninguém pode
julgar. Para os islâmicos pode ser moral apedrejar
uma adúltera, sem problema algum – é a cultura
deles. Respeitemos a cultura desses
animais. Infelizmente, devido à confusão feita
sobre o conceito de relatividade, oriundo da
Física, surgiu o tenebroso relativismo; assim a
moral sofreu, decaiu, e decaiu e sofreu a
humanidade por causa disso. Digo aqui moral,
mas o que me importa não é esta, mas sim a
Ética. Definindo com pouca precisão esses
conceitos, moral seria o conjunto de regras do
comportamento preferível; Ética seria o conjunto
de regras do comportamento preferível em
relação a outro indivíduo. Só faz sentido falar em
Ética num ambiente em que há dois indivíduos
ou mais. Numa ilha deserta de um só habitante,
não há Ética, mas pode haver moral. Caso seu
morador considere que colher frutas amarelas
seja algo mau, então ele acabou de inventar uma
regra moral própria. A Ética é universal; a moral,
particular.
Há algum argumento lógico para provar que
moral existe? Sim, Stefan Molyneux provou que
moral existe e que a Ética libertária é superior a
todas as outras. Exporei aqui o argumento lógico
com que Molyneux principia sua demonstração.
A simplicidade da ideia torna-a ainda mais bela:
tentar negar que comportamento preferível existe
é demonstrar preferência pela verdade sobre o
engano e, logo, significa admitir que argumentar
em favor da verdade é o comportamento
preferível; assim, sua negação levaria
forçosamente a uma contradição performativa.
Moral existe – mas atenhamo-nos à sua
irmã, mais lúcida e formosa: a Ética.

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