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8 / Borboletas da Serra do Japi:

diversidade, hábitats, recursos


alimentares e variação temporal

Keith S. Brown-Jr.

Borboletas (Lepidoptera: Rhopalocera) são insetos diurnos, muitas vezes com


cores vivas, fáceis de reconhecer. Não prejudicam o homem, pelo menos na fase
adulta, e são muito diversificadas nos trópicos americanos (Figura 8.1). Contrastam
com a maioria das mariposas (Lepidoptera: Heterocera) e outros animais, em geral
pouco coloridos, furtivos, noturnos, exceto as aves. Multifacetadas “jóias da na­
tureza", as borboletas são transformadas pelo homem em símbolos de liberdade,
leveza, luz, alegria, harmonia simétrica, renovação e renascimento. Em uma das
mais antigas alegorias da Ressurreição, a lagarta que come folhas transforma-se
numa crisálida imóvel, que dá origem a um adulto alado que só bebe néctar. Na
ciência, as borboletas são usadas em estudos de ecologia de populações, inclusive
dispersão e migração (são fáceis de marcar nas asas): na genética da seleção natural,
baseada em variação e adaptação e em fatores e processos básicos como: alimen­
tação, predação, parasitismo, competição e defesa (substâncias tóxicas, camuflagem
e mimetismo) (veja Del Claro & Vasconcellos-Neto 1992). No Brasil, as borboletas
têm importância em pesquisas sobre biogeografia e interações inseto/planta e são
usadas como indicadoras em levantamentos, determinação de prioridades, plane­
jamento e administração de reservas naturais, pois são fáceis de encontrar e avaliar.
O visitante atento que caminha pelas veredas da Serra do Japi, ao longo dos
riachos ou espigões, ficará encantado pela diversidade e abundância de borboletas.
Nestes 10.000 hectares de vegetação variada (Figura 8.2), ocorrem mais de 800
espécies de todos os tamanhos e cores, especialmente vistas nos meses de verão e
outono, quando se juntam em lugares úmidos no chão ou nas flores de Eupatorium,
Mikania, Vernonia e Euphorbia. Este número de espécies (com 652 já registradas)
não é grande para um lugar neotropical (700 a 1.100 é usual), mas é excepcional
para uma região alta (a maioria acima de 800 m), perto do Trópico de Capricórnio.
Muitas espécies comuns em toda a região neotropical nunca foram registradas no
Japi, ou apenas aparecem ocasionalmente nos hábitats secundários, abaixo de 800 m
de altitude. Outras, nativas de diferentes regiões, inclusive Amazônia e os Andes,
mas muito raras no interior de São Paulo, são freqüentes no Japi, produzindo uma
mistura extraordinária na comunidade de borboletas presente. Neste Capítulo é
discutida a composição dinâmica desta comunidade, com sugestão de algumas das
razões da sua exuberância e variação.

Ciclos anuais de borboletas na Serra do Japi

A face norte da Serra do Japi (Figura 8.2) é especialmente propícia à observação


das borboletas, pois é coberta de vegetação muito heterogênea, recebe sol o ano
todo, possui muitos caminhos, clareiras e córregos e tem uma topografia variada,
produzindo grande variação de microclima. A diversidade de flores e outras plantas,
que servem de alimento para os adultos e as lagartas, oferece condições de sustento
a qualquer espécie de borboleta que possa colonizar essa ilha rica em vegetação
natural. De fato, já apareceram no Japi, especialmente nos meses de janeiro a maio,
muitas espécies antes desconhecidas no estado de São Paulo, ou normalmente
restritas à planície costeira, à região dos cerrados, à mata de tipo amazônica do alto
rio Paraguai, ou aos Andes (Figura 8.1). No inverno quase todas essas espécies
desaparecem, possivelmente emigrando com ajuda dos ventos predominantes do
sul. Permanecem em atividade poucos adultos das espécies residentes, vistos apenas
nos dias mais quentes e na base da Serra, enquanto ovos, lagartas e crisálidas da
maioria das espécies hibernam em estado de metabolismo muito reduzido (dia-
pausa). No verão seguinte podem surgir ou imigrar outras espécies, não presentes
no ano anterior, enquanto muitas borboletas comuns em outros anos podem estar
ausentes ou serem raras, Esta instabilidade da comunidade, dentro do ano e entre
anos, é típica 3e~regíões com grandes perturbações naturais ou antrópicas em
diversas escalas de tempo, com acentuadas flutuações sazonais de disponibilidade
de recursos (Morellato 1992), com uma estação favorável, quente e úmida, com
grande abundância de alimento vegetal ou animal, e outra desfavorável, fria e seca,
com pouco alimento disponível. A perturbação e a instabilidade do Japi dão uma
impressão semelhante às do Pantanal M ato-Grossense (Brown 1986), conhecido
pela sua vida silvestre abundante e vistosa em parte do ano, variável e migrante em
outras estações, com poucas espécies raras ou endêmicas (restritas apenas à região).
Um ciclo típico anual de borboletas (Figura 8.3) começa com os primeiros dias
de temperatura elevada em setembro, eventualmente acompanhada de chuvas
pesadas (veja Pinto 1992), que leva à rebrotação de muitas plantas (Morellato 1992)
importantes na alimentação de adultos e larvas de borboletas. Da diapausa hibernal
das pupas nascem muitos adultos de Papilionidae e Pieridae; após o acasalamento,
as fêmeas colocam seus ovos nos brotos novos das árvores hospedeiras (Lauraceae,
Annonaceae, Rutaceae, Piperaceae, Leguminosae). À medida que a temperatura
continua subindo e as chuvas se tomam regulares (outubro a dezembro), as plantas
começam a crescer com muito vigor, fornecendo amplo alimento para a segunda
geração das espécies nessas famílias e à primeira geração de espécies de Nymphali-
dae, Lycaenidae e Hesperiidae (muitas delas imigrantes de regiões mais quentes,
talvez trazidas pelos ventos predominantes do noroeste). Com o calor contínuo e as
chuvas fortes do verão, os Papilionidae e Pieridae são superados pela explosão
populacional de muitos Nymphalidae e Hesperiidae. Começam a aumentar, então,
os parasitas e predadores dos estágios juvenis, e até abril é difícil encontrar, entre
as milhares de lagartas presentes, uma que não esteja parasitada. Isto deve repre­
sentar o fator principal de mortalidade nessas superpopulações do outono, embora
também sejam comuns os predadores invertebrados (aranhas, formigas, vespas,
louva-a-deus) e vertebrados (aves, lagartixas, pequenos mamíferos) que também
atacam os adultos. As lagartas dos Lycaenidae, muitas vezes protegidas e defendidas
pelas formigas às quais oferecem uma solução açucarada, escapam em parte dessa
devastação, dando os picos populacionais de adultos no fim do outono. Mas entre
a pressão dos inimigos, a senescência das plantas-hospedeiras com a seca e o
advento do frio intenso de junho e julho, as populações são levadas a uma queda
abrupta, assim terminando um ciclo anual de atividade (Figura 8.3).
Estudos regulares realizados entre 1984 e 1991 (mais de 150 dias e 1.000 horas
de observações intensivas de campo) mostraram a relativa constância desse ciclo
anual na Serra do Japi, com dependência acentuada do ambiente físico, especial­
mente chuva e calor. O ciclo pode iniciar-se logo no começo de setembro (como em
1986), mas se a chuva for pouca pode ser atrasado até o início de outubro (1987 e
1988), ou até ficar muito fraco antes do fim do ano (1989). Com calor e chuva
prolongados para maio e junho, o pico de freqüência de adultos pode estender-se
até julho (1989 e 1990). Assim, a Figura 8.3 indica apenas uma média de diversos
anos, qual seja de maior atividade entre 15 de setembro e 30 de maio.
Nas legendas das Figuras 8.4 a 8.17 encontra-se a lista das espécies registradas
no Japi, junto com as preferências de hábitat e alimento de cada espécie, suas
particularidades de comportamento e mimetismo, e suas distribuições, bem como
referências bibliográficas. Mais de 60% do total das espécies (404 das 652) per-
tehiem às famílias Lycaenidae e Hesperiidae, pequenas borboletas não integral­
mente ilustradas nas Figuras 8.11, 8.12 e 8.15 a 8.17, e ainda incompletamente
amostradas nessa lista (Figura 8.1). Em uma caminhada pela Serra, uma pessoa
perceptiva pode encontrar várias espécies dessas duas famílias ainda não registradas
na lista.
As ilustrações representam a face (dorsal ou ventral) mais útil na identificação
das espécies, para facilitar a colocação do nome, no campo ou em fotografias (as
fotos são facilmente obtidas para a maioria das espécies, e representam uma
recordação muito mais agradável que espécimes mortos ou quebrados; recomendo
deixar as borboletas da Serra vivas, para agradar a todos os visitantes). As borboletas
podem ser melhor observadas, fotografadas ou estudadas próximas às suas fontes
de alimento (néctar de flores para algumas, areia úmida de beira de riacho, líquidos
fermentados ou excrementos para outras), em locais específicos escolhidos e defen­
didos por machos à espera de fêmeas (especialmente topos de morros), ou próximas
às suas plantas-hospedeiras. Especialmente interessantes e importantes para a
ciência são os estudos e a identificação dessas plantas, geralmente específicas para
cada grupo, e a descrição das fases juvenis das espécies do Japi.1

A importância da preservação da Serra do Japi


A preservação cuidadosa e completa da flora e da fauna da Serra do Japi tem
grande importância para toda a região do Planalto Paulista, hoje quase totalmente
ocupado pelo homem e pelas suas atividades, com a vegetação natural reduzida a
fragmentos pequenos. Aproximadamente dois terços das espécies de borboletas
registradas na Serra são endêmicas à região da Mata Atlântica (sensu A b’Saber
1977, expandida para incluir as florestas com afinidade biológica estreita, dentro da
região dos cerrados), sendo 40% dessas restritas a elevações médias das Serras do
Mar e da Mantiqueira, um domínio biológico de grande antigüidade e importância
na herança genética das florestas neotropicais. Recentemente, muitas dessas
espécies não foram encontradas em outras localidades do interior de São Paulo; no
Japi são encontradas apenas no verão e outono. É freqüente encontrar indivíduos
das espécies do Japi, no fim de cada ciclo anual (Figura 8.3), voando a uma distância L
de 50 a 100 km do Japi, em direção ao interior do Estado, em regiões onde não são
conhecidas populações permanentes delas. Isto sugere que diversas espécies raras
e endêmicas à Mata Atlântica poderiam subsistir em populações pequenas e in­
stáveis, em diversas partes do interior do Estado, em remanescentes de vegetação

1 Algumas referências gerais sobre sistemática, distribuição, ecologia, plantas-hospedeiras,


comportamento e genética de borboletas neotropicais incluem os trabalhos de Barcant (1970),
Lewis (1973), Smart (1975), Sbordoni & Forestiero (1985), e especialmente Otero (1986) e
DeVries (1987). Muitos dos juvenis foram descritos por Miiller em 1886. Essencialmente a mesma
>r
fauna presente na Serra do Japi é listada de forma completa por Zikán & Zikán (1968) para a Serra
do Itatiaia no Rio de Janeiro, e por Ebert (1970) para a região de Poços de Caldas, em Minas Gerais.
natural de tamanho insuficiente para garantir sua preservação permanente. Essas
espécies se utilizam dos recursos abundantes da grande área florestal da Serra do
Japi para suplementar suas populações no verão, onde entretanto não poderiam
permanecer no inverno. Este cenário, caso confirmado, ressalta a necessidade de
preservação perm anente da área verde grande do sistem a Japi-Cantareira, para
o futuro da biota de São Paulo e da M ata A tlântica sazonal, com índice alto de
endemismo em borboletas (Figura 8.1).

HETEROCERA
(MARIPOSAS)
RHOPALO- N Ú M ERO D E E SPÉ C IE S: SERRA DO JA P I
CERA N Ú M ERO D E ESPÉ C IES C A TEG O RIA S BIOGEO G RÁ FICA S
(B O R B O LETA S)
L E P ID O P - G R U PO DE FIG . TODO O A T ^ Í\ íe n d ê - R E G IS- e s p e r a -
BORBOLETAS N* BRASIL TIC A M ,C A S> TRADAS DAS AT LA S\ Dl CE AM AN AS NT
TERA
(28) ( 10 ) •

194 143 (31) (70) .

256 208 (74) (90)

484 (293) 2 — — —

43 (18)

49 (19) 1 — —

306 (151) 6 — —

5 5 (2)

720 350 (155)

1 (0 ) ( 1) • (abaixo: + = 1 de 2 ssp.)

5 ( 0) 4 (5)

54 (22) 28 (30)

21 (7) 5 (7)

49 36 (17) (17)

132 (68) (35) 1 — —

(9) (20)

(19) (14) ■

8 ( 2) (14)
9-
(36) (80) 3 — —
10

166 54 160+ 35+ 18+ í

Figura 8 .1 - Relações filogenéticas entre diversos grupos o núm ero (em parênteses) d e espécies endêm icas a esta
de borboletas, segundo Scott (1985); algum as am bigüi­ região am pla, o núm ero encontrado no Japi, até o fim de
dades na derivação de certos grupos são indicados por 1991, o núm ero total esperado para a Serra do Japi, e as
alternativas em linhas tracejadas. A pós o nom e de cada afinidades biogeográficas das espécies já encontradas,
grupo, está o núm ero da figura onde este grupo aparece usando os códigos: A M = A m azônia, A N = A ndes, AS =
ilustrado e explicado; o núm ero de espécies conhecidas em A m érica do Sul (grande extensão), A T = M ata A tlântica
todo o Brasil e na região estendida na M ata A tlântica som ente, C E = reg ião d o s ce rra d o s, D l = florestas
(incluindo pequenos trechos do Paraguai, do U ruguai e da sem idecíduas do interior, LA = planície litorânea d o su­
A rgentina, e a região dos cerrados e cabeceiras do Brasil deste do Brasil, N T = toda a região neotropical do M éxico
Central acim a de 600 m, onde há florestas isoladas de a A rgentina, SM = Serras do M ar e da M antiqueira.
grande afinidade biológica com as form ações atlânticas),
Figura 8.2 - M apa da região da face norte da Serra do Japi,
m ostrando cam inhos e riachos principais, curvas de nível
de 800 m, 1.100 m e 1.200 m, e principais regiões de
observação e am ostragem de borboletas. Simbologia em­
pregada: lagos, açudes; riachos; estradas
asfaltadas; = = = estradas de te rra ;------ cam inhos, trilhas;
D = represa do D AE; localidades: M = m irante, obser­
vatório; G = torres da rede G lobo (topo - 1.100 m); H =
topos tropicais (cerradão); E = loteam ento da Ermida; S =
escarpa norte; F = floresta tropical (ou m esófila) base —
750 m; M = Parque M orungaba: sítio Bico-de-Papagaic;
C = cam pos altos, no cam inho às torres; T = torres da TV
Cultura; P = Paraíso; B = bolsões de Ithomiinae.
ADULTOS: PAP-PIE NYM -LYC-HES JUVENIS PARASITADOS

t i i r
Jul Ago S et Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Agradecimentos
Aos meus colegas J. Vasconcellos-Neto, J. Marinho-Filho e W. R. Silva que facilitaram o acesso à Serra
do Japi e encorajaram meu trabalho na região, que também foi auxiliado em diversas épocas por J. R. Figura 8.3 - Ciclos anuais (m édios) d e alguns fatores
Trigo, P. C. Moita, R. B. Francini, A. Ruszczyk, G. Brown, E. Brown, R. R. Rodrigues, C. Klitzke e N. físicos e biológicos, relacionados com a abundância de
diversos grupos de borboletas, suas fases juvenis e os seus
Upton. H. F. Leitão-Filho e R. R. Rodrigues ajudaram na localização e identificação de numerosas
parasitóides n a Serra do Japi. A escala vertical inclui a
plantas-hospedeiras do Japi. C. J. Callaghan identificou os Riodininae; R. K. Robbins, os Theclinae; O. faixa de valores entre o m ínim o e o m áxim o para cada
Mielke, muitos Hesperiidae; L. D. Miller, alguns Satyrinae e D. Jenkins, diversos Nymphalinae. I. Sazima, fator, sem especificação de números. Sim bologia em pre­

O. Mielke e £,. S. Otero revisaram o texto, e L. P. C. Morellato demonstrou muita paciência, ao permitir gada: — tem peratura; ........ precipitação;— ..— rebro-
ta ç ã o ;P A P -P IE = P a p ilio n id a e - P ie r id a e ;
que este capítulo fosse completado e introduzido no livro, com diversas fotos coloridas. O CNPq forneceu
N Y M -L Y C -H E S = N ym phalidae-L ycaenidae-H esperii-
uma bolsa de pesquisador entre 1983 e 1992. A todos esses, sou muito grato pela ajuda oferecida. dae. A daptado de Brow n (1991a).
Legenda Geral

Figuras 8.4 a 8.17 - Legenda geral — Espécies de borbo­


letas da Serra do Japi, agrupadas de acordo com a Figura
8.1; veja as relações filogenéticas entre os grupos,nessa
figura.
Após o núm ero de cada exem plar, V indica face ventral
(inferior), sem indicação, é sem pre dorsal ou superior; f
indica sexo fem inino (sem indicação, é macho).
O local de coleta é indicado apenas quando não é a Serra
do Japi. Todos os exem plares ilustrados foram coletados
ou criados pelo autor e encontram -se depositados no M u­
seu de H istória N atural da U nicam p, gavetas de Zoologia,
núm eros 40-52 e 71-72, com os respectivos nom es e
procedências, junto com outros exem plares não ilustrados,
mas referidos para o Japi.
A distribuição total da espécie ou da subespécie ilus­
trada está indicada pelas mesm as letras de código explica­
das na legenda da Figura 8.1; a região AM (A m azônia) é
estendida até o oeste de São Paulo, a planície atlântica (LA)
até as serras, mas sem incluir o interior, e a região serrana
(SM ) até o litoral de SC e RS. Q uando for indicada a
subespécie com sua distribuição, toda a espécie geralm ente
ocupa um a área muito mais am pla, tipicam ente a indicada
com o N T ou AS.
São incluídos com entários sobre abundância, com por­
tamento, mimetismo, e caracteres do sexo ou da face não
ilustrados, quando bastante diferentes.
A planta-hospedeira é indicada para a lagarta (ou lagar­
tas, indicando que são gregárias) quando conhecida; a
maioria dos registros é do Japi m esm o, outros de regiões
próximas.
No final constam os hábitats preferidos pela espécie na
S erra d o Japi, em ordem descrescente de utilização,
seguido por m icrohábitats, pelos seguintes símbolos:
Hábitats:
A = floresta d e altitude, geralm ente acim a de 1.100 m, mas
estendendo-se até 900 m nos vales, cobrindo talvez a
m etade da área florestada da Serra (Figura 8.2).
M = floresta m esófila de encosta, geralm ente entre 800 e
1.000 m.
T = florestas tropicais, tipicam ente ao pé da Serra dos dois
lados, abaixo de 800 m, incluindo tam bém lajedos rocho­
sos com vegetação sem elhante a cerrado ou caatinga,
nativa, testem unhos de clim as diferentes no passado.
S = form ações secundárias e antrópicas: cam pos baldios,
jardins e florestas de eucaliptos ou pinheiros, às vezes com
sub-bosque natural vicejante.
M icrohábitats:
C = cam pos e moitas floridas, geralm ente dentro do hábitat
A ou T.
B = bam buzais densos, tam bém geralm ente no hábitat A,
alguns em M.
D = dossel d a floresta m esófila, seja qual for a altitude.
H = topos d e m orro cercados de floresta de qualquer tipo.
R = hábitats ribeirinhos com solo m ais úm ido, dentro da
floresta.
A breviações de nom es de autores das espécies:

Bdvl. = Boisduval, Burm . = Burm eister, Capr. = Capron-


nier, Chav. = C havannes, Cr. = C ram er, D bldy. = Dou-
bleday, Eschsch. = Eschscholtz, F. = Fabricius, Feld. &
Feld. = Felder & Felder, Fruhst. = Fruhstorfer, G odt =
G odart, G m . = G m elin, H bn. = Hübner, H err.-Sch. =
H errich-Schàffer, H opff. = H opffer, L. = Linné, Latr. =
L atreille, M ab. = M abille, M ab. & Boul. = M abille &
B oullet, M eerb. = M eerburgh, M én. = M énétriés, Prittw.
= Prittwitz, Rothsch. & Jord. = Rothschild & Jordan,
Staud.= Staudinger.
Figura 8.4 - N ymphalidae: M orphinae e Brassolinae (0,35 6, 7f. M orpho aega Hbn., 1819 (SM ). V oa de 3 a 5 m do 16V, 17f. O poptera sym e (Hbn., 1822) (LA). Voa à tarde
x tam anho natural) ' solo, nas horas quentes do dia; eventualm ente desce para em floresta densa, próxim o ao chão, procurando frutos. O
N ym phalidae (Figuras 8.4 a 8.10) incluem todas as borbo­ se alim entarem frutos ferm entados. A fêm ea pode ser azul m acho não tem azul na asa posterior. Lagarta em bambus
letas diurnas ou crepusculares com as pernas anteriores com o o macho* com manchas brancas discais e submargi- e pequenas palm eiras do sub-bosque. MAB
m uito reduzidas em am bos os sexos, deixando som ente nais, ou parcialm ente até totalm ente am arela-forte, com o
quatro para cam inhar. As crisálidas são penduradas pelo a ilustrada, parecendo um Phoebis (Figura 8.13). Lagartas 18fV, 19. D asyophthalm a creusa (H bn., 1812) (LA).
crem aster, na ponta do abdôm en. Fam ília m ais avançada em diferentes bam bus, especialm ente C husquea. AB H abita floresta densa ribeirinha, com um a só geração por
e diversificada (em aspecto, não em espécies) das borbo­ ano, no verão. M achos defendem setores de caminho à
letas, incluindo m uitas espécies com cores brilhantes e 8. M orpho portis. H bn., 1819 (SM ). V ôo e planta- tarde, investindo até contra pessoas e m otocicletas que
com portam ento agressivo, inclusive perante grandes ani­ hospedeira iguais a M. aega\ fêm ea sem elhante ao macho. passam. Lagarta em B actris (palm eirinha espinhosa) e
mais com o os homens. Com um acim a de 1.400 m na Serra da M antiqueira, rara outras pequenas palm eiras. Este gênero é endêm ico ao SE
M orphinae (1-8): Espécies grandes, com coloração irides­ no Japi. AB do B rasil, com três espécies am eaçadas de extinção (não
cente (estrutural, por difração e não-absorção seletiva de Brassolinae (9-29): Espécies de modo geral crepusculares as duas do Japi). MR
luz) no lado superior, som bria no inferior, norm alm ente (há cinco exceções no Japi), os adultos voando ao anoitecer
20V , 21 f. D asyophthalm a rusina (Godt., 1824) (SM).
com dim orfism o sexual acentuado, inclusive no com por­ em locais definidos (territórios de encontro dos sexos) e
Voa velozm ente em cam inhos à tarde, no verão. Lagarta
tamento (as fêm eas são vistas raram ente). M uito usados ao am anhecer procurando alim ento, geralm ente frutos fer­
em bam bus (G ram ineae) e palmeiras. AB
em artesanato (somente m achos). D esaparecem rapida­ m entados no chão (especialm ente A n n o n a cacans —
mente quando há perturbação forte, derrubada, ou redução graviola, goiabas e coquinhos), seiva exsudada de árvores,
22f. E ryphanis polyxena (M eerb., 1775) (Paraopeba-M G)
em tam anho da floresta. Há boas fotografias, inclusive das ou excrem ento de carnívoros. Todas as lagartas com em
(AS). Rara no Japi, com o várias outras espécies bem
fases juvenis, em Otero (1986). Além das cinco espécies m onocotiledôneas, chegando a ser pragas em palm eiras
conhecidas e consideradas com uns, da fauna neotropical.
do gênero M orpho ilustradas aqui, devem ocorrer na Serra (Brassolis) e bananeiras, cana e arroz (C a ligo). O vôo é
M acho com o E. reevesi (abaixo), com violeta mais clara e
do Japi mais duas: M. catenarius athena Otero, totalm ente poderoso e as espécies m aiores chegam a assustar aves
forte. Lagarta em Cyperaceae, M arantaceae e bambus,
branca, com lagartas verm elhas gregárias passando todo o predadoras e gente, sendo entretanto derrubadas e pre-
eventualm ente palmeiras. MR
inverno e prim avera em folhas de Inga\ e M. m enelaus dadas por cães e gatos.
(subespécie im previsível), todo azul com o M. anaxibia, A lém das espécies ilustradas, devem ocorrer no Japi mais 23, 24V , 25f. E ryphanis reevesi D bldy., 1849 (SM).
porém mais escuro com asas mais largas, voando de m anhã duas de O psiphaiies (cassiae e quiteria), uma de Caligo C repuscular, com um em frutos no chão e seiva de árvores,
em lugares m uito úm idos, próxim o ao chão, com lagartas (eurilochus brasiliensis, borboleta brasileira de m aior área m as não em todos os anos. Lagarta em bambus. MABR
em Pterocarpus violaceus (Legum inosae). Tam bém pode alar), e um a ou duas de D ynastor (darius e talvez napo-
26, 27fV. C aligo arisbe H bn., 1820 (SM). Voa à tarde,
aparecer Antirrhea archaea, espécie de vôo crepuscular, leon). P ara m aiores inform ações, ver O tero (1986) e
velozm ente, nas florestas de todas as partes do Japi, no
castanha, com ocelos nas asas, sem elhante a um grande C asagrande (1983).
verão. Lagarta em M arantaceae e Cyperaceae. AM
satiríneo.
9. B rassolis s. sophorae (L., 1758) (AT). Espécie adap­
28. C aligo illioneus (Cr., 1776) (Belo Horizonte-M G)
tada ao am biente urbano, raram ente encontrada na floresta;
(NT). V oa no crepúsculo em cidades, jardins e campos de
visto no Japi som ente nas torres da TV G lobo, grupos de
lavoura de cana ou bananeira e vem freqüentemente em
m achos se perseguindo no crepúsculo. Lagartas em pal­
1. M orpho anaxibia Esper, 1798 (AT). V oa m uito alto, ao frutos. Com um em lugares antrópicos, raro em floresta
meiras, chegando a ser pragas m uito destrutivas em certos
redor do meio-dia; raram ente desce para aproveitar frutos nativa e no Japi. Lagarta em bananeiras, palmeiras, canas-
ou água limpa. A fêm ea, raram ente vista, tem o azul mais anos e am bientes. TM AH
de-açúcar, C yperaceae, M arantaceae, H eliconiaceae e
restrito e possui manchas am arelas na borda escura das 10. llf V . N arope çyllastros (D bldy., 1849) (8, Rio de outras monocotiledôneas. TM SC
asas. O lado ventral é bege-claro. Lagarta em Legum inosae Janeiro) (NT). Raro; atraído facilm ente a frutos e excre­
(Pterocarpus) e também Erythroxylum . MTR 29. C aligo beltrão (Illiger, 1801) (X erém-RJ) (SM). Cre­
m entos. Os m achos defendem territórios ao crepúsculo,
puscular, vindo a frutos. Lagarta em bananeiras, C ype­
inclusive em topos de morro. M RH
2. M orpho hercules D alm an, 1823 (AT). As populações raceae, M arantaceae. Criado com o animal de “pecuária”
do Japi representam a form a richardi, considerada com o 12. C atoblepia am phirhoe (H bn., 1822) (Rio de Janeiro) no sul do País, para uso ornam ental. MAR
espécie por alguns autores. Com o M. anaxibia, voa no (A T). O m acho defende território ao crepúsculo, inclusive
dossel nas horas quentes do dia. A traído raram ente a frutos em topo de morro. Lagarta em pequenas palm eiras. TSH
ferm entados ; sexos parecidos ; lado inferior escuro, com
ocelos. Lagarta em A buta (M enisperm aceae). M D
13. O psiphanes invirae (H bn., 1818)(C am pinas-SP)(A S).
3V, 4F, 5. M orpho achilles achillaena Hbn., 1819 (LA ) e C repuscular, facilm ente atraído a frutos, m uito agressivo.
M .a. paulista Friihst., 1912 (Dl). V oa nas horas quentes, Lagarta em grandes palm eiras, chega a ser praga em
procurando frutos ferm entados, onde pousa para alim en- cidades, m esm o não vivendo em grupos com o B. sopho­
tar-se à tarde, às vezes em grande núm ero de am bos os rae. TS
sexos, que tam bém dorm em em agregações espalhadas,
cada noite no m esm o lugar. Não voa m uito acim a do solo. 14. 15V. B le p o le n isb . batea (Hbn., 1822) (SM ). V oa à
F req ü en ta tam bém os lugares u sados p ara ban h o e tarde, o m acho defendendo áreas de cam po a partir de um
p iq uenique na Serra. L agartas polífagas em L egum ino­ “poleiro” elevado. Lagarta em G ram ineae (a fêm ea pode
sae (especialm ente M achaerium , P terocarpus), tam bém colocar ovos fora da planta-hospedeira. R.B. Francini,
em Erythroxylum e Bignoniaceae. MTR A .V.L. Freitas com . pess.). AC
Fig. 4
F igura 8.5 - N ym phalidae: S atyrinae (0.7 x tam anho 20V, 21V, 22. Yphthim oides castrensis (Schaus, 1902) (?) 49V . Zischkaia fu m a ta (Butler, 1867) (AT). Rara, em
natural). (AT). N os mesm os hábitats que o anterior. Lagarta em floresta úmida. ABH
B orboletas de tam anho pequeno ou m édio, m arrons, com C yperaceae? TM A SH
50, 5 IV . Praepedaliodes phanias (H ew ., 1861) (Dl).
ocelos (padrões de anéis concêntricos) conspícuos nas
2 3V, 24V. Yphthim oides pacta (W eym er, 1911) (CE). C om um em serras e nas m atas sazonais do interior; lagarta
asas. Q uase todas as lagartas alim entam -se de G ram ineae,
O corre em cam pos velhos, sem elhantes a cam po cerrado, em bam bus. TM AB
inclusive bam bus, ou Cyperaceae. A m aioria das espécies
nos setores mais quentes do Japi. Lagarta em gram íneas.
é de difícil identificação, apesar da revisão de Forster 52, 53V , 54, 55fV, 56f, 57, 58f. Eteonú tisiphone (Bdvl.,
SC
(1964), e os nomes usados aqui são provisórios em alguns 1836) (SM ) Residente com um no Japi; a maioria das
casos. A fauna reduzida desta subfam ília, no Japi, é m uito 25fV, 26V . Yphthim oides ochracea (Butler, 1867) (SM). fêm eas im ita Actinote (Figura 9.8). Lagarta em bambus.
surpreendente, considerando sua riqueza no cerrado, nas Campos úmidos e brejos de altitude. Lagarta em Gramineae. AB
florestas sem idecíduas no oeste de São Paulo, e nas flo­ ASCR
restas pluviais da costa. Pelo m enos oito espécies adi­
cionais devem existir no Japi, em hábitats abertos (com 27V , 28fV. Yphthim oides angularis (Butler, 1867) (Dl).
gram íneas) ainda pouco explorados. Som ente vista no cam inho ao norte das torres da TV
C ultura (Figura 8.2). AS

29fV, 30V. -Yphthimoides disaffecta (B utler & Druce,


1874) (?) (AS). C om um em diversos hábitats, mas muito
I. Pierella nereis (Drury, 1782) (LA). V oa na sombra, rara no Japi. Lagarta em G ram ineae. TM SC
rente ao chão, procurando frutos caídos, e pousa no solo
3 IV . Yphthim oides ca. electra (B utler, 1867) (LA).
com asas semi-abertas. Lagarta em Cyperaceae. TM A R
M uito raro em am bientes perturbados. TM S
2V, 3V. Taygetis laches (F., 1793) (= andromeda auctt.) (2 =
32V , 33V , 34V. Yphthim oides sp. ca. angularis (Dl?).
forma de verão, 3 = de inverno) (NT). Comum em ambientes
C om um em hábitats quentes e abertos. TM SC
secundários, mas rara no Japi. Voa ao crepúsculo, buscando
frutos, e pode ser encontrada pousada nestes ao am anhe­ Não foram ainda descritos os gêneros para as próxim as três
cer. Lagarta em G ram ineae e pequenas palm eiras. TM S espécies, que assim são deixadas no gênero coletivo “Eup-
tychia” sensu latu.
4V. Capronnieria abretia (Capr., 1874) (AT). Brejos de
gram íneas, voando baixo entre as hastes. Lagarta em
35, 36V. “E up tych ia ” ernestina (W eym er, 1991) (LA).
Lolium (Gramineae). CR
O corre em floresta densa de altitude, no sub-bosque es­
5V, 6fV. H erm euptychia herm es (F., 1775) (N T). Com um curo. Poderia ser um a Euptychia (sensú strictu), todas as
em cam pos e am bientes abertos. Lagarta em diversas quais se alim entam de m usgos quando lagartas.
Gramineae. SC
37V ,38V . “E uptychia” paeon (G odt., 1823) (= m arm o-
7 , 8V, 9fV. Pharneuptychia pharella (Butler, 1866) (AT). rata) (SM ). Freqüente em florestas, em toda a Serra. A
Ambientes abertos. A o se encontrarem , os m achos estalam lagarta alim enta-se em folhas de bam bus. M AB
com as asas (territoriais?), com o em H am adryas (Figura
39V , 40fV . “E uptychia" pronophila Butler, 1867 (SM).
8.10). Lagarta em gram íneas. TSCH
C om um no alto do Japi, em bam buzais. Lagarta em bam ­
bus. AB
10V. Paryphthim oides phronius (G odt., 1823) (AT).
Com um em am bientes abertos, mas raro no Japi. Lagarta 4 IV , 4 2 V (aberração). S plendeuptychia doxes (Godt.,
em G ram ineae. TSC 1823) (LA). F loresta úm ida com bam bus, escassa. Lagarta
em bam bus (com o todos os m em bros deste gênero).
I I , 12V, 13fV. Paryphthim oides vestigiata (Butler, 1867)
TM A BH
(Dl). Com um na região do Parque M orungaba, ao sul da
Serra, em am bientes bastante úmidos. TR
43, 44V . Splendeuptychia hygina (B utler, 1877) (D l)
14V, 15V . Paryphthim oides poltys (Prittwitz, 1865) (Dl). (Belo H orizonte, M G). Florestas sazonais com bam bus,
Encontrado raram ente no topo tropical, no setor SE do Japi rara no Japi; lagarta em bam bus. MB
(Figura 8.2). Lagarta em gram íneas. TS
45fV , 46V . Forsterinoríia quantius (G odt., 1823) (SM).
16V, 17V. G odartiana m uscosa (Butler, 1870) (LA). C om um no Japi, onde a form a stelligera (com o ponto
Com um em florestas no Japi durante todo o ano. Lagarta branco apical bem evidente na asa posterior, lado inferior)
em Cyperaceae. TM A predom ina. Lagarta em bam bus. AB

18, 19V . M on eu p tych ia so ter (B utler, 1877) (A T). 47 V, 48fV . Forsterinonia necys (G odt., 1823) (SM ). M es­
Com um no Japi em clareiras na floresta. Lagarta em m os hábitats que o anterior, em elevações m aiores. Lagarta
Cyperaceae. TM A SC em G ram ineae e bam bus. ABS
Figura 8.6 - N ym phalidae: C haraxinae (0.55 x tam anho 6V , 7. A rchaeoprepona ch a lcio p e (H bn., 1825) (SM ).
natural). M uito abundante no Japi, em todos os hábitats de flo ­
G rupo pantropical, com afinidades (pelas fases juvenis) resta, inclusive no chão, em areia ou barro enriquecidos
com os Satyrinae e M orphinae. Inclui algum as espécies em sais de nitrogênio. V oa alto, podendo d escer para
m uito belas e procuradas, com o A grias (veja K esselring investir contra outras borboletas, pássaros, pessoas e
1989) na região neotropical (não ocorre no Japi). Uma m o to cic leta s, d efen d e n d o seu te rritó rio onde espera
Prepona m uito bela, P. deiphile, com cores de violeta e fêm eas, que são tratadas de m aneira violenta tam bém ,
amarela, deve ocorrer no Japi e possivelm ente foi vista em quando aparecem . O viposição e lagarta e H ybanthus
fevereiro de 1984. As outras Preponas têm face superior atropurpureus (V iolaceae). M AD RH
muito sem elhante (com o nõ 7) com um a faixa azul trans­
8 V. Prepona laertes (H bn., 1811) (NT). O corre em m uitos
versal, mas faces ventrais m uito variáveis, cam ufladas
hábitats, mas não é com um no Japi. Lagarta em In g a e
com o folhas secas ou troncos. Esta cam uflagem é ainda
outras legum inosas. TM DH
mais aperfeiçoada nas faces ventrais das “A naeas” (sensu
latu), que podem ser violetas ou verm elhas na face dorsal. 9íV . Prepona p ylene proschion (Fruhst., 1915) (SM).
Os adultos se alim entam de excrem ento ou areia enri­ Floresta úmida, rara e dispersa. Lagarta em M yrtaceae
quecida com isso, ou frutos e seivas ferm entados, nunca (Joiville-SC). MD
em flores. Possuem corpo forte e vôo m uito veloz, nem
sempre eficiente (algum as são bastante barulhentas no 10, 1 lf, 12V. Z areíis itys strigosus (G m elin, 1788) (11,
vôo). M achos freqüentam topos de árvores e de morro, B elo H o riz o n te -M G ) (A T ). F lo resta s tra n sicio n ais,
esp eran d o fêm eas recé m -n ascid as chegarem p ara o m esófilas e até secas, com um. Lagarta em Flacourtiaceae
acasalam ento; são m uito territoriais e agressivos, até {Casearia). TM S
perante predadores e coletores. Larvas solitárias, cabeça
13. H ypna clytem nestra huebneri Butler, 1866 (AT). Em
com chifres, bem destacada do tórax, cauda bífida filam en­
muitos hábitats bem claros, até caatinga. Lado inferior com
to sa le m b ra n d o as la g a rta s d e S aty rin ae. L a g artas
m anchas prateadas. M achos pousam ao longo de cam inhos
pequenas descansam em um a extensão da nervura da folha
e investem contra qualquer objeto em m ovim ento, inclu­
onde estão com endo (ou já com eram ) form ada por uma
sive pessoas. Lagarta em C roton (Euphorbiaceae). M TSD
cadeia de pelotas fecais grudadas, hábito m uito com um em
algum as N ym phalinae tam bém . A s lagartas maduras 14. C onsul fa b iu s drurii (Butler, 1873) (AT). O lado
podem enrolar a folha para form ar um tubo, onde descan­ inferior im ita um a folha seca, m uito críptico; o superior
sam e comem; possivelm ente isto confere proteção contra m im etiza Lycorea, Ithom iinae é Heliconiini (Figuras 8.7
parasitóides, que m esm o assim as atacam bastante. V eja e 8.8) m icrossim pátricos, variando em paralelo com estes».
Com stock (1961) e D eV ries (1987) para m aiores infor­ Os m achos com portam -se com o H ypna, mas têm vôo mais
mações. Com observações mais intensivas, usando iscas lento e ondulado, para corresponder ao dos m odelos im-
ferm entadas e descobrindo topos de m orros preferidos, palatáveis, e habita floresta úm ida com o estes. Lagarta em
devem ser registradas mais duas espécies de Prepona e de diversas espécies de P iper (Piperaceae). MT
Archaeoprepona, um a de Siderone, e um a ou duas de
M em phis no Japi. 15. 16f. M em phis m orvus stheno (Prittw ., 1865) (16,
A raras-SP) (D l). C om um em florestas sazonais, mas raro
no Japi. Lado inferior cinza, com o folha morta. Este gênero
e os três anteriores são referidos, em conjunto, com o
IV. Archaeoprepona dem ophon (L., 1758) (Araras-SP) "A naea”. Lagarta em Lauraceae. TM S
(NT). C om um em florestas tropicais e mesófilas, mas rara
17V, 1 8 ,19f. M em phis otrere {Hbn., 1825) (SM ). Comum
no Japi. Facilm ente encontrada sobre frutos. Lagarta em
no Japi. M achos ficam à espera de fêm eas em clareiras e
Lauraceae (O cotea) e A nnonaceae. TM D H
to p o s d e m o rro . L a g a rta em C roton hem ia rg yreu s
2V. Archaeoprepona demophoon antimache (Hbn., 1819) (Euphorbiaceae). AMH
(Campinas-SP) (AT). O lado ventral tem as linhas onduladas, 20V, 2 lf, 22. M em phis ryphea phid ile (G eyer, 1834) (AT).
como nas Preponas (8 e 9). Lagarta em Lauraceae. TM DH Com um em todo o planalto paulista, no chão sobre excre­
m entos ou frutos. No lado ventral, a fêm ea é clara, e o
3V, 4V. Archaeoprepona am phim achus (F., 1775) (4-
m acho claro ou escuro, com o folhas. Lagarto enrola folhas
Araras, SP; form a clara) (NT). Rara no Japi, em floresta
de Croton hem iargyreus. M AR
tropical ou mesófila. Lagarta em Lauraceae. TM DH
2 3 f, 24. M em p h is appias (H bn., 1825) (D l). Muito
5V . Archaeoprepona m éander (Cr., 1775) (Rio de Janeiro)
com um no Japi, inclusive na beira do riacho. Lado inferior
(NT). M uito escassa em floresta tropical. Reconhecida
cinza-claro. Lagarta em C roton hem iargyreus. M AR
pela linha extem a na asa anterior, face ventral, que segue
côncava até o ápice, não dobrada com o em am phim achus. 25. M em phis a. arginussa (G eyer, 1832) (A raras - SP)
Lagarta em Lauraceae. TM DH (Dl). Em floresta, rara no Japi. TM
Figura 8.7 - N ym phalidae: D anainae e Ithom iinae (0.6 x restas ciliares, perturbadas, também em pom ares e jardins, 23. H ypothyris euclea laphria (D bldy., 1847) (LA) e 24.
tamanho natural). não-com um no Japi. Lagarta em Prestonia acutifolia e P. H.e. nina (Haensch, 1905) (AN). M istura típica do interior
Duas subfam ílias m uito aparentadas entre si (Figura 8.1): coalita, eventualmente em Peitastes peltatus e Temnaclenia de São Paulo, com várias com binações de elementos de
am bas dependem de alcalóides pirrolizidínicos para a def­ violacea, todas A pocynaceae: Parsonsieae. TM RD padrão de cor. Lagartas gregárias em Solanum mauritia-
esa dos adultos e síntese dos ferom ônios sexuais (perfumes num. TM
9. A eria o. olena (W eym er, 1875) (AT). Voa baixo, dentro
atraentes) do m acho, difundidos por pincéis de pêlos no Ithom ia (25-31): As três espécies podem ser reconhecidas
da floresta, m u ito com um em flo res, esp ecialm en te
abdôm en (D anainae) ou na costa da asa posterior (Ithom i- pela lista am arela no lado ventral da asa posterior e pela
Trichogonia (Com positae: Eupatorieae) e Borreria (Ru-
inae). Os Danainae são grandes e m uito diversificados na mancha negra em baixo desta no m acho, não presentes nas
Ásia, pouco nas Américas; os Ithom iinae, m enores e quase b ia c e a e ). L a g a rta em P r e s to n ia c o a lita (A pocyna- outras espécies azul-transparentes.
ceae).TM R
restritos à região neotropical. O s Ithom iinae transparentes
25, 26V , 27fV. Ithom ia drym o Hiibner, 1816 (LA). Em
são todos muito parecidos e devem ser identificados pelos 10. M elinaea lu d o vica p a ra iya (Reakirt, 1866) (LA). A ci­
floresta úmida. Lagarta em Aureliana lucida e Athenaea
desenhos de venação, principalm ente da asa posterior, dental no interior do Estado (um registro no Japi, 19/1/85; picta (Solanaceae). TM A
como ilustrada para diversos gêneros embaixo. Veja Ackery outro em Sumaré). V oa alto, dentro d a floresta. Lagarta em
& V ane-W right (1984), Brow n (1979, 1985, 1987), D yssochrom a viridiflora, solanácea hem iepífita, também 28V. Ithom ia a. agnosia H ew itson, 1852 (AS) e 29fV. I.
M ielke & Brown (1979), Trigo (1988) e M otta (1989). rara. TM D a. zikani D 'A lm eida, 1940 (LA). M argens das asas alaran­
Seria esperável a presença ocasional de D anaus (Anosia) jadas na face ventral, m ais claras que das outras duas
eraesim usplexaure, m uito parecido com gilippus, no Japi. 1 lfV . M ethona them isto (H bn., 1818) (AT). Com um em espécies de Ithom ia. Lagarta em Aureliana lucida, A the­
florestas, jardins urbanos, mas raro no Japi. Lagarta em naea picta e Acnistus arborescens (Solanaceae). TMA
Brunfelsia pilo sa e B. uniflora (m anacá, Solanaceae).
TM SD 30V, 31fV. Ithom ia lichyi D ’Alm eida, 1939 (LA). Em
1. Lycorea cleobaea halia (H bn., 1823) (AT) e 2. L.c. floresta úmida; reconhecida pelas escam as negras no fim
pales Felder & Felder, 1862 (AN). Florestas perturbadas 12fV. Placidula euryanassa (Feld. & Feld., 1860) (AT). da célula da asa posterior (linha perpendicular à costa) em
e flores, não-com uns no Japi. Faz parte de um “anel L o c a lm e n te m u ito co m u m . L a g artas g re g á ria s em am bos os sexos (em drym o, som ente na fêm ea, que tem a
m im ético” dos diversos Ithom iinae, H eliconiini (Figura B rugm ansia (= “D atura" auctt.) suaveolens e B. candida m argem interior negra da asa anterior mais estreita que
8.8) e C ônsulfabius (Figura 8.6), além de Pieridae (Figura (Solanaceae), na beira d ’água. TM R D lichyi). Lagarta em Aureliana lucida. TM A
8.13), algum as m ariposas e outros Lepidópteros. Lagarta
13V. Thyridia p sid ii cetoides (R osenberg & Talbot, 1914) 32, 33V , 34f. H yalenna pascua (Schaus, 1902) (SM).
em A pocynaceae (N erium oleander), A sclepiadaceae
(AT). Escassa em floresta perturbada. Participa do anel Espécies próxim as (talvez subespécies) ocorrem nos altos
CA sc le p ia s, G onolobus ro stra tu s), M o ra c e a e (Ficus
m im ético m ülleriano com M ethona, Ituna e Dircenna. A ndes. Com um no alto do Japi, especialm ente no “bolsão”
glabra) e Caricaceae (C arica papaya, m am oeiro), todas
Lagarta em várias espécies de Cyphom andra (Solana­ a 1.100 m no cam inho do DAE às torres (Figura 8.2).
plantas latescentes; a lagarta corta as nervuras da folha
ceae). TM R D Reconhecida pela veia recorrente m uito afastada da costa
antes de com ê-la, para interrom per o fluxo do látex. TM SR
no fim da célula discai da asa anterior (desenho), com esta
14, 15fV. M echanitis polym n ia casabranca (H aensch,
3fV. Ituna i. ilione (Cr., 1775) (SM ). Freqüentem ente vista asa m uito larga e pontuda. Lagarta (idêntica à de D ircenna)
1905) (Dl). G eralm ente abundante no inverno seco nos
no Jap i. S eg u n d o M ü lle r (1 8 7 9 ), fo rm a um “ anel enrola folhas de Solanum cf. schw ackeanum . AC
“ bolsões” (veja Brown & V asconcellos-N eto 1976). L a­
mim ético” com três espécies de Ithom iinae e duas m aripo­
gartas gregárias em diversas espécies perenes de Solanum 35fV. D ircenna dero celtina (Burmeister, 1878) (LA) e 36f.
sas diurnas; ver também Brown (1988). Lagarta em Ficus
(Solanaceae). TM S D.d. rhoeo (Feld. & Feld., 1965) (Dl). Floresta perturbada ou
glabra (M oraceae). M AR
secundária, flores. Lagarta enrola folhas de diversas espécies
16, 17V. M echanitis l. lysimnia (F., 1793) (A T) (17,
4í' D anaus plexippus erippus (C r., 1775) (A T). Esta de Solanum com folhas maiores e poucos espinhos. TMSCD
variedade com um a m ancha adicional cubital na asa ante­
espécie é quase cosm opolita, m igratória em grandes ban­
rior, típica de populações andinas de M . I. elisa ). Pousa 37, 3 8 V. Prittw itzia h. hym enaea (Prittwitz, 1865) (AT) e
dos na A m érica do Norte. A mbientes abertos, sempre
mais alto que M . po lym n ia , na floresta. Lagartas gregárias P.h. centralis (Brow n & M ielke, 1970) (CE). Ambientes
comum. Lagarta em A sclepias curassavica. SC
em diversas espécies anuais, geralm ente m uito espinhosas, marginais e secundários. R econhecida pelos pontos api­
5f, 6V. D anaus (Anosia) g. gilippus (Cr., 1775) (AT). de Solanum . TM A SD cais am arelos na face ventral da asa posterior. Muito
Residente com um no Japi. Lagarta em A. curassavica e abundante no Japi, especialm ente no “bolsão” na represa
18V. O leria aquata (W eym er, 1875) (A T). Um só registro
O xypetalum , e v e n tu a lm e n te o u tra s A sc le p ia d a c e a e . do D AE no fim do invem o, chegando a form ar grandes
no Japi. Lagarta em Solanum sw artzianum (com a face
TM SC dorm itórios coletivos, com alguns membros de outras
inferior da folha branca). TR
espécies locais. Lagarta em Solanum , sect. G em i nata (caa-
Ithom iinae (7-50): A grupam -se em “bolsões” de muitas
19V, 20f. Epityches eupom pe (G eyer, 1832) (SM). Em vurana, laxiflorum e outras). MSCR
espécies, concentradas em áreas pequenas onde a um idade
serras, com um . Separada d e Episcada m unda (45) pela
perm anece m aior durante o inverno seco, ou onde os 39 V. Episcada clausina striposis Haensch, 1909 (LA).
venação da asa posterior (veja desenho). Lagarta com um
recursos estão concentrados, eventualm ente produzidos Alcança o Japi som ente em certos anos. R econhecida pela
em Aureliana lucida (Solanaceae). MA
por altas concentrações de ferom ônios em itidos pelos faixa am arela pós-discal na asa anterior e os pontos apicais
machos, com efeitos trans-específicos. Na lista abaixo (de azuis no lado ventral da asa posterior. Lagartas gregárias
21, 22V. H ypothyris ninonia daeta (Bdvl., 1836) (AT).
Ithomiinae), poderiam aparecer mais duas ou três espécies. em Solanum caavurana e outras espécies da seção Gemi-
Em florestas, hábitats algo sazonais. R econhecida pelo
grande ponto branco no ápice da asa anterior. Lagarta em na ta, costurando ninhos nas folhas. TM S
7. Tithorea harmonia pseudethra (Butler, 1873) (D l) e 8.
T.h. caissara Zikán, 1941 (SM ) (caissara é m uito escassa, Solanum sw artzianum e o u tro s m em b ro s do m esm o 40fV , 41. Episcada carcinia Schaus, 1902 (SM). Floresta
considerada am eaçada). Prefere hábitats ribeirinhos, flo­ gênero. M AR densa, reconhecida pelo ponto branco costal na asa ante-
rior. Lagartas gregárias em Solanum laxiflorum e outros
membros da seção G em inata. AM

4 2 V. Episcada m ontanella Zikán, 1941 (SM ). M ais clara


e transparente que E. philoclea, talvez não distinta especi­
ficamente desta. AC

4 3 ,44fV. Episcada philoclea (H ew ., 1854) (SM ). Floresta


e flores, bem com um. Lagarta em Solanum laxiflorum ,
não-gregária. ADC

45. Episcada m unda (W eym er, 1975) (SM ). M ais escura


que E. philoclea (o m acho parecendo fêm ea desta), com
núm ero diferente de crom ossom os, mas os m esm os hábi­
tos, hábitat, e planta-hospedeira. ADC

4 6 V. Pteronym ia carlia Schaus, 1902 (AT). N ão apresenta


am arelo no corpo ou nas asas, mas tem venação parecida
(em V no fim da célula da asa posterior, veja desenhos)
que Episcada. Lagarta em Solanum caavurana. M AR

47 V. P seudoscada erruca (Hew., 1855). M uito com um no


Japi. Sem cor am arela, célula da asa posterior em veia com
curva sim ples (veja desenhos). Lagarta em C estrum am ic-
lum e outras espécies da tribo C estreae (Solanaceae). MAR

48V . M cclungia s. salonina (H ev., 1855) (D l). Florestas


ciliares, m uito rara no Japi, ao fim do inverno. Lagarta em
várias espécies de Cestrum . TM R

49V . H ypoleria adasa (H ew ., 1854) (LA). Regular no


Japi. Veia recorrente hum eral da asa posterior bífida, não
simples com o em Pseudoscada; o m acho apresenta dois
pincéis de pêlos bem separados, em cada asa posterior.
Lagarta em Cestrum am ictum . TM A

50V. H ypoleria plisthenes D ’A lm eida, 1958 (Belo Hori-


zonte-M G) (D l). Cabeceiras e m atas ciliares; acidental no
Japi (um só registro, 19/IV/85). Lagarta em C estrum de
m ata ciliar (G oiânia).TM R
Figura 8.8 - N ym phalidae: A craeinae e N ym phalinae: 7V , 8f, 9, 10 (aberração). Actinote parapheles Jordan. vibilia) no Japi. Veja Brown & M ielke (1972), Brown
H elico n iin i (0.55 x ta m an h o n atu ral). 1913 (AT). Em floresta, m uito abundante no Japi. Única (1979, 1981, 1988), Benson et a i (1989).
D ois grupos m uito próxim os (Figura 8.1), am bos de espécie com o lado inferior do m acho m uito alaranjado.
e s p é c ie s im p a la tá v e is p o r lib e ra ç ã o de H CN (gás Lagartas em M ikania hatschbachii. M. sericea e M. pilosa. 32. Philaethria w ernickei (Rõber, 1906) (LA). Migra para
cianídrico) quando com prim idos por predadores. São M ASC o Japi todos os anos, chegando a ser muito com um no fim
modelos de “anéis de m im etism o'’ junto com as sub- do outono. Imitada por Siproeta stelenes (Figura 8.9). Voa
l l f V , 12f, 13. A ctinote discrepans D ’A lm eida, 1935 m uito alto, descendo para visitar flores com o bico-de-pa-
famílias da Figura 8.7, ou às vezes outros representando
(SM ). E sparsa em florestas, mas com um no Japi em certos pagaio (Euphorbia pulcherrim a) e M ikania. Dorme soli­
cores e padrões diferentes daquelas. O s dois grupos têm
anos. Lagartas em M ikania hatschbachii. ASC tariam ente em baixo de folhas altas. Lagarta em Passiflora
biologia populacional e distribuição m uito diferentes.
sidaefolia no Japi. prefere P. (A strophea) espécies na
A craeinae (1-31): G rupo predom inantem ente africano, 1 4 ,15fV, 16f. Actinote hyalina Jordan, 1913(= m elanisahs
costa. TM SD
com um único gênero no sul do Brasil, com posto de mais O berthür, 1917) (AT). Com um em florestas. Lagartas em
de vinte espécies sem elhantes, de cores am arelo, alaran­ M ikania m icrantha e M. hirsutissim a. M ASC 33 V, 34. Agraulis vanillae m aculosa (Stichel, 1907) (AT).
jado e negro, às vezes m uito translúcidas. A lim entam -se H ábitats abertos. D orm e em grupo sem idisperso em
17, 18, 19f, 20f, 21f. A ctinote genitrix D ’A lm eida, 1922
de plantas da fam ília Com positae (A steraceae), têm ovos gram íneas. Lagarta alim enta-se de quase todas as espécies
(Dl). Pouco com um , em altitudes m aiores, voando um
e lagartas gregárias (em grupos de até várias centenas de de Passiflora, chegando a ser praga em algum as plantações
pouco após as outras espécies; muito translúcida. Lagartas
indivíduos) e ciclo bivoltino (m enos duas das espécies) de maracujá. SC
em M ikania ac um inata. AM SC
com grande revoadas de adultos em dezem bro e abril. As
35 V, 36. D ione ju n o ju n o (Cr., 1779) (36, Santa Isabel-SP)
lagartas espinhosas, de vida longa (três a onze meses) 22, 23f, 24f. Actinote rhodope D ’Alm eida, 1923 (SM).
(AS). D iversos hábitats, prefere floresta aberta ou sazonal;
m ostram cores m arrom , v erm elh o , am arelo e negro Populações dispersas. Lagartas em M ikania lanuginosa.
rara no Japi. Lagartas gregárias, pragas em muitas espécies
reluzente; as pupas, também espinhosas, são brancas. As ACS
de Passiflora. TM SCH
oviplacas com 100 a 1.000 pequenos ovos am arelos e
25f, 26, 27. Actinote carycina Jordan, 1913 (AT). Em
verm elhos (logo antes de nascerem ) são fáceis de encontrar 37. D ione m. m oneta H bn., 1825 (A raras-SP) (AN). A lta­
clim as frios, áreas perturbadas; possivelm ente um a form a
na face inferior de folhas de Eupatorium e M ikania. As mente migratória, invadindo São Paulo do oeste ao fim do
clim ática da espécie seguinte. Lagartas m uito com uns em
lagartas pequenas (encontradas poucas semanas depois da outono de alguns anos. Lagarta em Passiflora warmingii,
Eupatorium gaudichaudianum . ACS
revoada dos adultos) fazem estragos característicos nas espécie coberta de tricom as glandulosos, fatais a outras
folhas onde se alim entam ; costuram as folhas e as com em 28. A ctinote p. pellenea Hbn., 1821 (Belo H orizonte-M G ) lagartas. ST
deixando som ente as nervuras. O s adultos, de vida curta (AT). M uito com um , polivoltina, mas rara no Japi. Lagar­
38V , 39. D ryadula phaetusa (L., 1758) (NT). Campos e
(4-10 dias) voam alto e lentam ente, passando boa parte do tas em Eupatorium inulaefolium e M ikania m icrantha.
brejos. A fêm ea pode ser mais pálida, até amarela. Grupos
dia em flores decom postas, inclusive de planta hospedeira TM S
dorm em em fileiras, por baixo de folhas de gramíneas.
da larva. A estrutura do corpo é m uito elástica (resistindo
v 29V , 30, 31. Actinote thalia pyrrha (F., 1775) (AT). Lagarta em P assiflora subgênero Plectostem m a (organen-
a ataques por predadores) e as asas têm aspecto oleoso.
Comum ; lagartas em M ikania m icrantha. TM S sis, m isera, suberosa) e P. sidaefolia.
Devem ocorrer mais duas espécies de A ctinote, dos grupos
alalia (4,5) ou m orio (com asa posterior negra) no Japi. 40,4 1 f. D tya s iulia alcionea (Cr., 1779) (AS). Com um em
H eliconiini (32-52): Tribo de N ymphalinae (Figuras 8.9,
Veja Francini (1989) e Brow n e Francini (1990), para 8.10), neotropical (com um gênero, Cethosia, no SE da vários hábitats, mas prefere floresta perturbada. D orm e em
maiores informações. Á sia e A ustrália), m uito diversificadas, quase sem pre grupos espalhados, em arbustos ou na beira da floresta.
servem de m odelos para anéis de m im etism o m iilleriano Lagarta com e a maioria das espécies de Passiflora, mas
(Brow n 1981) com algum batesiano (veja nas Figuras 8.9, prefere as do subgênero Plectostem m a; não chega a ser
1. Actinote m am ita (Burm., 1861) (Joinville-SC) (SM). 8.10, 8.13, 8.14). Os adultos têm vida longa (de 90 a 180 praga, pois é solitária, canibalesca. TMAS
B rejos abertos, rara no Japi. L agartas gregárias em E u ­ dias), vôo calm o, olhos e sistem a nervoso bem desen­
42. E ueides pavana (M én., 1857) (SM). R ara no Japi,
patorium betonicaeform e, E. purpurascens e Erigeron volvidos, podendo m em orizar e seguir diariam ente um
im igrando da Serra Paranapiacaba. M achos defendem ter­
m axim um . SC percurso com recursos efêm eros e espalhados. Se um dos
ritórios acim a de riachos em floresta pluvial, ou em
recursos for retirado experim entalm ente, as borboletas
2,3f. Actinote canutia (Hopffer, 1874) (LA). Em clareiras pequenas clareiras. Im ita várias espécies de Actinote. L a­
chegam ao local e ficam “perplexas” , passando longo
gartas sem igregárias, preferindo P. (A strophea); poderia
de floresta, bastante dispersa, rara no Japi. Lagartas tem po tentando descobrir onde o recurso m em orizado foi
gregárias em M ikania m icrantha. MSC reproduzir-se no Japi em P. sidaefolia, com o Philaethria.
parar. Tam bém descobrem um recurso novo rapidam ente;
M RD
4,5 Actinote sp. próxim a a alalia (Feld. & Feld., 1860) podem ser recenseados em qualquer local com ajuda de
43. Eueides isabçlla dianasa (Hbn., 1806) (Sumaré-SP)
um a grande flor verm elha, ou até um a cam iseta verm elha
(Sendo descrita por F rancini & Penz-Reis, com. pess.) (AT). Em hábitats perturbados, sempre próxima à planta-
no sol, as quais enxergam graças a um pigm ento visual
(S M ). F lo re s ta fria e su p e rú m id a , m u ito esp arsa; hospedeira da larva. Imita outras espécies de Heliconius e
univoltina, voando som ente em dezem bro e janeiro. La­ adicional, ausente na m aioria dos insetos. Lagartas espi­
Ithomiinae (Figura 8.7). Lagarta em muitas Passiflora inclu­
g a rta s faze m n in h o s c o s tu r a n d o fo lh a s a p ic a is de nhosas de vida curta (vinte dias), sem pre em Passiflora
sive edulis, chegando a ser praga em certas ocasiões. TMSH
(Passifloraceae, maracujás); pupas rugosas ou espinhosas
E u p a to riu m p u n c tu la tu m . AC
com manchas prateadas. Polivoltinos em gerações sobre­ 44. 45 (aberração de cor). Eueides aliphera (Godt., 1819)
6. Actinote surima (Schaus, 1902) (Tijucas do Sul-PR) postas, os jovens acom panhando seus pais e avôs para (AS). Floresta perturbada, próxim a à planta da lagarta.
(AT). Brejos e cam pos, m uito rara no Japi; a fêm ea é bem aprender a localização dos recursos. A lgum as espécies Form a um anel mim ético com D rya s iulia e D ione, que
cla ra com p o u co alaran ja d o . L a g artas em S en ecio dorm em em grupos (dorm itórios) à noite. Poderia ocorrer inclui outros N ym phalinae e até Riodininae também. La­
braSiliensis e Eupatorium intermedium . MS mais um a espécie do litoral (P hilaethria dido ou Eueides garta em Passiflora violacea. MD
46. H eliconius ethilla narcaea (G odt., 1819) (LA) e 47.
H.e. polychrous Feld. & Feld., 1865 (D l). Florestas per­
turbadas, jardins e parques. A forma am arela é poligênica
no interior de São Paulo, mas unigênica em outras popu­
lações na Amazônia e mais ao norte. Com um , com padrão
muito variável, no Japi; veja Brown & Benson, 1974.
Lagarta em P. sidaefolia e P. m iersi, usando P. alata e P.
edulis quando forem introduzidas na floresta. M AD

48, 49V . H eliconius besckei M én., 1857 (AT). Florestas


perturbadas ou pão, de serras mais altas. Im ita H. erato
phyllis, mas pertence a outra seção do gênero que geral­
mente im ita sara ou ethilla. No Japi, a lagarta provavel­
mente alim enta-se de P. sidaefolia, mas prefere P. villosa
quando presente. AMR

50, 51V. H eliconius erato phyllis (F., 1775) (AT). Flores­


tas abertas ou perturbadas, clareiras em floresta densa.
Dorme em grupos de 3 a 30 indivíduos, em ram os secos
acima de lugares abertos. Lagarta em Passiflora, subgênero
Plectostemm a (inclusive P. suherosa) e tam bém P. sidae­
fo lia . MAS

52. H eliconius sara apseudes (H bn.. 1806) (LA). A lcança


Japi com o m igrante, quase todos os anos. Os adultos
dormem juntos em grande grupo. A lagarta com e Passi­
flo ra subgênero Astrophea na costa; não ocorrendo este
grupo no Japi, em m igração pode ovipositar em várias
espécies, mas as lagartas não crescem bem. TM D

Fig. 8
Figura 8.9 - N ymphalidae: N ymphalinae (parte 1) (0.55 x 16f, 17v, 18f (form a am arela = sulphurata Zikán, 1937) para discussão da am bas, e D eV ries (1987), para maiores
ta m a n h o n a tu ra l). Eresia lansdorfi (Godt., 1819) (AT). Em floresta pertur­ informações.
Nesta Figura aparecem as espécies que se alim entam , na bada; im ita H eliconius erato p hyllis e H. besckei. Lagarta
^ 29. A delpftia isis (Drury, 1782) (AT). Rara, em certos
fase adulta, de néctar de flores ou em barro úm ido, rara­ em diversas Acanthaceae. TM ASR
locais da floresta, podendo ser vista em topos de morro,
mente sendo atraídas a frutos ou seiva em ferm entação, ou
19. Junonia evarete (Cr., 1779) (NT). H ábitats abertos e flores, e na beira dos riachos. Lagarta em Cecropia
excremento (que é o alim ento preferido das espécies na
ensolarados; pousa no chão limpo, é agressiva e de vôo pachystachya, C oussapoa schottii, e Poroum a acutiflora
próxim a Figura 8.10, e dos Charaxinae na Figura 8.6). Os
rápido. Lagartas em Stachytarpheta (“gervão”, Verbena- em Santa Catarina (M oraceae; M úller 1886). TM RD
gêneros Adelpha, H ypanartia e D ynam ine têm alim en­
ceae) e m uitas outras plantas ruderais. SC
tação mista, eventualm ente sendo atraídos a frutos e ex­ ^ 30, 3 IV . A delpha sym a (Godt.. 1823) (SM). C om um em
crementos. O s N ymphalinae são m uito evidentes no Japi 20, 2 IV . Vanessa braziliensis (M oore, 1883) (AT). Lu­ floresta perturbada. Lagarta em m orango silvestre, Rubus
no verão e outono (Figura 8.3), mas pouco vistos no gares abertos, pousa em pedras, topos de m orro e flores. fru ctico su s (Rosaceae). ACS
inverno frio, quando são mais abundantes em elevações Lagarta em diversas C om positae herbáceas; ovo escon­
menores. A maioria tem vôo rápido e pousa de asas ^ 32, 33V. A delpha serpa (Bdvl., 1836) (NT). Florestas
dido na axila. SCH
fechadas, abrindo-as em intervalos. C om m aiores obser­ úmidas. Lagarta em M iconia (M alastom ataceae); pupa
vações, devem ser registradas mais cinco a dez espécies de 22. Vanessa m yrinna (D bldy, 1849) (AT). A mbientes dourada, brilhante. MAS
N ym phalinae na Serra, em gêneros já conhecidos do Japi. abertos, mais encontrada em flores. Lagarta em C om posi­
34V. A delpha hyas (Bdvl., 1836) (Petrópolis-RJ) (SM).
Veja D eV ries (1987), para m aiores inform ações. tae herbáceas. SCH
Rara no Japi, em topos de morro. Lagarta registrada em
23. Anartia jatro p h a e (L., 1763) (NT). A mbientes abertos, Ilex paraguaiensis (chá-m ate, A quifoliaceae). ASH
M elitaeini (1-18): Parentes próxim os dos Heliconiini e
Acraeinae, algum as espécies cianogênicas com o esses. O pousa no chão ou na vegetação rasteira, dorm e em grupos
35. Adelpha iphiclus ephesa (M én., 1857) (AT). Floresta
sem idispersos. Lagarta em Acanthaceae e Verbenaceae.
grupo Phyciodes (3-18) é m uito com plexo; veja H iggins perturbada, com um em beira de floresta e riacho. Lagarta
(1981). Os adultos visitam flores e barro avidam ente, TSC
em Bathysa b a r b in e n is (R ubiaceae). TM SRH
juntando-se em grandes núm eros no Japi.
24. Anartia am athea roeselia (Eschsch., 1821) (AT). B re­ 36. A delpha ph lia ssa p lesa u re Hbn., 1823 (Cam pinas-SP)
lf. Euptoieta h. hegesia (Cr., 1779) (AS). Próxim a aos jos, valas, margens de rios e lagos, e outros lugares úmidos (A T). F lo resta perturbada. Lagarta em B athysa (R u­
Heliconiini, cianogênica. A mbientes ruderais, vista no e perturbados, m uito irregular, pode ser abundante. La­ biaceae). TM
Japi somente em poucos lugares no lado leste. Lagarta em garta em Ruellia, Justicia, Blechum e outras A canthaceae.
Turnera ulm ifolia (Tum eraceae), eventualm ente P assi­ 37. Adelpha cocala riola Fruhst., 1915 (AT). Floresta
TM SR
flo ra violacea. TSC úm ida densa, em espigões. Lagarta em Rubiaceae. MAH
25. Siproeta stelenes m eridionalis (Früst., 1909) (AT).
2. Chlosyne lacinia saundersi D bidy., 1847 (Cam pinas- Floresta perturbada, m uito v ista em flores. Im ita as 3 8 ,39V. Adelpha m ythra (G odt., 1824) (SM). Comum em
SP) (AS). A m bientes ruderais e abertos, podendo ser espécies de Philaethria, H eliconiini (Figura 8.8) Lagarta florestas e cam inhos, voando alto. Lagarta em Bathysa
com um . A dultos cianogênicos; lagartas gregárias em em Acanthaceae. TM S (R ubiaceae). M AC D ^
Com positae: A canthosperm um , Am brosia, H elianthus,
podendo ser praga desta (girassol). SC 26V. Siproeta (epaphus?) trayja (Hbn., 1823) (SM ). A m ­ 40, 4 IV . Adelpha m incia Hall, 1938 (Dl). Separada da
bientes de floresta aberta, em serras. Lagarta em A canth­ seguinte pela não-coesão da linha branca com a mancha
3V, 4. Phyciodes (Tegosa) claudina (Eschsch., 1821) aceae. M AS D alaranjada na asa anterior. TM SC
(AT). M uito com um em floresta perturbada, pousando em
grandes agregações em barro úmido. Lagartas gregárias 27. H ypanartia lethe (F., 1793) (NT). C om um em clareiras 4 2 ,43V . Adelpha abia (H ew ., 1850) (D l). Floresta aberta.
em M ikania m icrantha (Com positae); veja Freitas (1991). na floresta, visita barro úm ido em beira de riacho. M achos Lagarta em Vitex (V erbenaceae), árvore com um no Japi
M ASR defendem seus sítios vigorosam ente. Lagarta em U rera (duas espécies). M AC
(urtigão, U rticaceae), Ceitis spinosa e Trem a m icrantha
5. P hyciodes (Anthanassa) herm as (Hew., 1864) (AT). 44, 4 5 V. A delpha p o ltius Hall, 1938 (=? A . falcipennis
(U lm aceae), plantas com partilhadas com m uitas espécies
Muito rara no Japi. Lagarta em Acanthaceae ruderais. TSC F ruhst., 1915) (D l). Floresta aberta e úm ida; lagarta
na parte 2 de Nym phalinae. M ASR
provavelm ente em Vitex. M AC
6, 7V, 8V, 9f. Phyciodes (T elenassa) t. teletusa (Godt., 28V. H ypanartia bella (F., 1793) (SM ). Florestas de ser­
1824) (SM ). Floresta úm ida perturbada, com um no Japi; N 4 6 ,47V . Adelpha epizygis Fruhst., 1915 (Dl). Separada da
ras, agressivas com o H. lethe. Lagarta em Trem a m icran­
machos agrupam -se na beira do riacho. Lagarta em A can­ anterior pela coesão da linha branca com a m ancha alaran­
tha e C eitis spinosa (U lm aceae). AMR
thaceae. MAR jad a na asa anterior, e pela linha submarginal na face
Lim initidini, A delpha (29-50): gênero grande neotropical inferior da asa posterior. Lagarta em Vitex. MAC
10, 1 lf, 12fV. Phyciodes (O rtilia) v. velica (H ew ., 1864) com espécies m uito parecidas (m enos o grupo de isis),. não
(Dl). Rara no Japi. MR ^ 4 8 ,49V . A delpha calliphane Fruhst., 1915 (Dl). Florestas
raram ente com 10 a 15 espécies voando ju n to num a locali­
úmidas. Lagarta em Vitex. TM AS
dade (há pelo m enos 14 no Japi, com duas a quatro espécies
13. Phyciodes (O rtilia) orticas Schaus, 1902 (Extrem a-
com uns ainda não-observadas). São úteis na identificação 50V . A delpha gavina Fruhst., 1915 (Dl). Floresta abertas;
MG) (SM). Rara no Japi, com os mesm os hábitos que
das espécies, os detalhes das linhas na face inferior, e a rara no Japi. TM S
teletusa e ithra. AR
junção da faixa branca com a mancha alaranjada na asa
14, 15fV. P hyciodes (O rtilia) ithra (K irby, 1871) (AT). anterior. Os adultos alim entam -se de néctar, excrem ento, D ynam ine (51-63): borboletas pequenas, de vôo errático.
Comum em muitos hábitats. Lagarta e m Jacobinia e outras e às vezes frutos. V eja M iiller (1886) para notas biológicas, Um grupo apresenta espécies com dim orfism o sexual,
A canthaceae. MR H all (1938) para sistem ática, M oss (1933) e A iello (1984) m achos verdes ou azuis e fêmeas com preto e branco; outro
grupo tem espécies brancas em am bos os sexos. Lagartas
especializadas em brotos e botões florais, bem com o frutos
imaturos de D alecham pia, Euphorbiaceae trepadeiras, al­
gumas urticantes; parecem lesm as ou larvas de Cycaeni-
dae. Consom em até a secreção defensiva que recobre as
estruturas reprodutivas da flor em desenvolvim ento.

51, 52f, 53V. D ynam ine m. m ylitta (Cr., 1782) (NT).


Com um em floresta perturbada, com crescim ento vi­
goroso de D alecham pia. TM SH

54, 55f, 56V. D ynam ine tithia (Hbn., 1823) (AT). Flores­
tas, beira de riacho, flores. TM R

57 f, 5 8 V, 59. D ynam ine artem ísia (F., 1793) (AT).


Comum em beira de riacho e flores. TM R

60. D ynam ine agacles D alm an. 1823 (N T). Floresta


úmida, com um em m uitos lugares perturbados, e sentada
em barro úmido. TM SR

61. D ynam ine m yrrhina (D bldy., 1849) (SM ). F loresta da


serra, tem perada; voa alto, rara no Japi. AMD

62. D ynam ine coenus albidula (W eeks, 1901) (A T). Es­


cassa, voa alto. TM D

63V. D ynam ine athem on m aeon (D bldy., 1849) (AT).


Floresta úm ida, com um. TM

64. M arpesia chiron (F. 1775) (NT). Fortem ente m i­


gratória; m achos em areia úmida, fêm eas em flores. D orm e
em grupos por baixo de folhas. Lagartas em diversas
Moraceae. TM SR

65. M arpesia petreus (Cr., 1778) (NT). M uitos hábitats


diferentes, rara no Japi. Hábitos com o para M. chiron;
im ita D ryas iulia (Figura 8.8). D orm e solitariam ente. La­
garta em F icus (M oraceae). TM SR

66V, 67. M estra hyperm estra apicalis Staudinger, 1888


(CE). Hábitats abertos e ruderais na face norte da Serra,
não-com um. Sistem aticam ente próxim a a Biblis na parte
2 dos N ym phalinae (Figura 8.10). Lagarta em Tragia
(Euphorbiaceae). TSC

F ig .9
Figura 8.10 - N ym phalidae: N ym phaiinae (parte 2) (0.5 x 18. Epiphile huebneri H ew ., 1867 (Dl). Escassa no Japi, 35, 36f. H am adryas a reie (D bldy., 1847) (Xerém-RJ)
tamanho natural). em floresta aberta. M D (LA). Rara no Japi, apenas entra com o migrante em alguns
Veja a legenda geral para os N ymphalinae na (Figura 8.9). anos. Habita floresta úmida, onde haja troncos esouros
19. Tem enis laothoe m eridionaiis Ebert, 1961 (AT). Es­
As espécies nesta Figura são atraídas a frutos ferm entados, com o a sua cor. TM
cassa no Japi; lagarta em Serjania (Sapindaceae). TM S
bem com o seiva de árvores e excrem entos (mas Eunica,
37V , 38. H am adryas epinom e (Feld. & Feld., 1867) (AT).
Cybdelis, Callicorini e A paturini são também com uns em 20. N ica fla villa (H bn., 1826) (Paraopèba-M G ) (NT).
M uito com um no Japi, em diversos hábitats. TM S
barro úmido, e este úlíimo grupo visita flores avidam ente). C om um em florestas sazonais, mas rara no Japi. TM S
São divididas, de acordo com a planta-hospedeira, em
21. Pyrrhogyra neaeria arge G osse, 1880 (Cam pinas -SP) 39. H am adryas f f e b r u a (H bn., 1823) (AS). Comum em
quatro grupos presum ivelm ente naturais (mas veja Adel-
(D l). Floresta úm ida perturbada, escassa no Japi. Lagarta muitos am bientes perturbados, mas apenas na parte mais
pha na figura anterior, com grande variedade de hospedei­
em Sapindaceae. TM D baixa do Japi. TMS
ras), que poderiam ser designados com o tribos; não há
fronteiras nítidas entre algum as destas, que poderiam in­ 40V . H am adryas f fe ro n ia (L., 1758) (AS). Não comum
cluir espécies na Figura 8.8. As larvas, pupas, e a m orfolo­ Epicaliini-B (22-46): oito ou nove gêneros no Japi, m uito no Japi, exceto nas m atas no sopé da Sçrra, no outono.
gia interna de todos os Nymphalinae sugerem um a unidade aparentados, ap esar de ad ultos m u ito variados; inclui TM S
m aior da que seria suposta pela grande variação de M estra e talvez D yn a m in e da F ig u ra 8.9. A s lagartas
tamanho, padrão de cor, forma, alim ento e com portam ento 4 1 V. H am adryas f fo r n a x (Hbn., 1823) (SM). Residente
sem pre com em E u p horbiaceae e os ad ultos têm um vôo
dos adultos. V eja D illon (1948) e Jenkins (1983, 1984, com um no Japi. MA
m uito errático com as asas bem abertas. Catonephele usa
1985a, 1985b, 1986, 1990), para m aiores inform ações; A lc h o r n e a com o hospedeira; B i hl is e M estra preferem a 4 2, 4 3 V. H am adiyas a. am phinom e (L., 1767) (AS).
DeVries (1987) e Ackery (1988) tam bém discutem diver­
trepadeira urticante T ragia; M yscelia , Ectim a e H a ­ R egular mas rara no Japi. A lguns indivíduos são im-
sos aspectos biológicos. m adryas usam esta eventualm ente, mas preferem D a le­ palatáveis a predadores (Chai 1988). Lagartas gregárias,
Epicaliini-A ou Callicorini (1-21): D iaethria com e Ul- cham pia (folhas, não flores com o D ynam ine); Eunica usa com os ovos em torres ou colunas. M
esta e tam bém outros gêneros, com diversos registros em
maceae quando lagarta, no sul do Brasil; em outros lugares, 44. B iblis hyperia (Cr., 1780) (NT). Com um em álguns
outras fam ílias também ; não foi registrada a planta de
com o todos os outros sete gêneros, utiliza Sapindaceae locais; concentra-se em bagaço de cana e outras fontes de
C ybdelis, mas deve ser Euphorbiaceae. H am adryas e E c­
com o planta-hospedeira. V ôo rápido; m achos pousam em álcool de ferm entação. TM S
tima sentam em troncos com asa bem aberta, de cabeça
areia úmida, buscando sais e substâncias nitrogenadas;
para baixo, ficando assim m uito cam uflados. A maioria 4 5 ,46f. Ectima t. thecla (F., 1796) (AT). Uma H amadiyas anã
prftcuram estes nutrientes também em suor e excremento.
dos m achos de H am adryas (m enos are te) estala com as em todo o comportamento, mas não estala com as asas. TM
F ê m e a s são r a r a m e n te v is ta s d e n tro d a flo re s ta ,
asas quando em vôo territorial, daí o nom e popular “esta-
procurando plantas-hospedeiras é pousando de cabeça
ladeira”. Coloburini (47-50): dois gêneros bem aparentados, com
para baixo em troncos de árvores.
C ecropia com o planta-hospedeira (M oraceae), e um ter­
2 2 ,2 3 V. E unica m argarita (G odt., 1824) (D l ). V egetação ceiro com relação m enos definida.
IV, 2. D iaethria clym ena m eridionaiis Bates, 1864 (SM) prim ária e secundária, com um . Os m achos fazem estalos
e 3. D .c. clym ena (Cr., 1776) (D l) (Cabeceira do Córrego com as asas no vôo, com o as H am adryas. Lagarta em 47V . C olobura dirce (L., 1758) (NT). Todos os hábitats,
Leitão, estrada para Curvelo-M G ). M uito com um em G ym nanthes (Euphorbiaceae). TM SR inclusive antrópicos. P ousa em troncos, com asas fechadas
vários hábitats, inclusive antrópicos; com o núm ero “88” e cabeça para baixo, deixando a “ falsa cabeça” para cima
24. E unica ebúrnea Fruhst., 1907 (Dl). M enos com um que (projeção das asas posteriores, com manchas com o olhos).
em baixo, é considerada com o portadora de sorte. Lagarta
a anterior, com os mesm os hábitos. TM SR V ôo m uito errático, “viciada” em álcool, vem até a mão
em Trema m icrantha (Ulmaceae). TM A SR
quando oferecido um fruto podre ou um pouco de cachaça.
25V , 26. E unica m. m aja (F., 1775) (25, Araras-SP) (AT).
4, 5V. D iaethria candrena (G odt., 1821) (CE). Com um Lagartas gregárias dim órficas, em C ecropia. TMS
M igratório. Fêm ea m arrom com manchas brancas na asa
em beira de riachos no cerrado. Lagarta em C eitis (U l­
anterior. Florestas perturbadas, ribeirinhas, sentando em 48. H istoris odius (F., 1775) (NT). Todos os hábitats, vôo
maceae). TM SR
barro. Lagarta em Euphorbiaceae. MR m uito rápido e poderoso, porém , desajeitado quando no
6V, 7 ,8f. Callidulapyrame (F., 1781) (NT). Comum em barro dossel. M uito agressivo, expulsando outras borboletas,
27, 28f. Cybdelis phaesyla H bn., 1827 (SM). Floresta
úmido. Lagarta em Urvillea, Cupania (Sa-pindaceae). TMRS pássaros e besouros dos frutos podres que visita (K essel­
úm ida e topos de morro. Voa m uito velozm ente, próxim o
ring 1989). Investe até contra mam íferos, inclusive o
9, 10V. Paulogram m a pyracm on (G odt., 1823) (SM). ao chão ou da copa d as árvores. M ARH
hom em ; freqüenta casas de m oradores na floresta. Lagarta
Floresta úm ida, beira de riacho. TM R
29, 30f. C atonephele sabrina (H ew ., 1852) (29, Extrem a- em C ecropia, onde o adulto costum a pousar. TM SDH
11V, 12. Callicore hydaspes (Drury, 1782) (11, Itatiaia- M G ) (SM). Floresta de altitude, escassa. A fêm ea é mímica
49f, 50V. Sm yrna blom füdia (F., 1781) (NT). Florestas
RJ; 12, C am pinas-SP) (AT). A bundante em floresta tropi­ batesiana de H elicom us besckei. A D
perturbadas. V ôo poderoso e elegante. O m acho não apre­
cal, mas m uito rara no Japi. TR
31. C atonephele nu m ilia p en th ia (Hew., 1852) (LA ) e C.n. senta as áreas am arelas d a face superior, com o a fêmea.
13f, 14fV. Callicore s. sorana (Godt., 1823) (CE). Comum neogerm anica Stichel, 1899 (32f, M irassol-SP) (D l). A L a g a rta em U r era (U rticaceae); possivelm ente mais
em certas partes da face norte do Japi. Lagarta em Serjania fêm ea de p enthia não tem verm elho na asa posterior, sendo próxim a a H ypanartia (Figura 8.9) de que às Coloburini.
(Sapindaceae); veja Kesselring (1989). TSC boa m ím ica d e H eliconius sara (Figura 8.8). Floresta TM SR
úm ida ou sazonal. TM
15V, 16, 17f. Epiphile orea orea Hbn., 1823 (SM ). Es­ A paturini: gênero D oxocopa (51-59): possivelm ente asso­
cassa, arisca e de vôo muito rápido, pousando alto. Lagarta 33f, 34. M yscelia orsis (D rury, 1782) (LA). Floresta ciada a Charaxinae (Figura 8.6). Todas as lagartas (sem
em Paullinia (Sapindaceae). AMD úm ida, em clareiras. MA espinhos mas com longos chifres na cabeça, parecendo as
de C haraxinae) com em Ceitis spinosa (U lm aceae). Os
adultos, do dossel da floresta úmida, descem para visitar
frutos caídos, flores, barro úm ido na beira do riacho, ou
excremento. D im orfism o sexual acentuado.

51, 52f. D oxocopa kallina (Staud., 1888) (AT). Bastante


comum nas partes mais baixas do Japi, no outono. TM R

53. D oxocopa agathina vacuna (G odt., 1824) (Rio de


Janeiro) (LA). Rara no Japi; a fêm ea é marrom com uma
faixa am arela na asa anterior. TRD

54, 55f. D oxocopa laurentia (Godt., 1824) (AT). M uito


comum no Japi. A fêm ea é muito parecida com as espécies
de Adelpha (Figura 8.9). TM RD

56, 5 7 V, 58fV, 59f. D oxocopa zunilda (G odt., 1824) (58,


Rio de Janeiro) (SM ). Com um no Japi. AM RD

Fig. 10
Figura 8.11 - Libytheidae e Lycaenidae: Plebejinae e
R io d in in a e (0 .7 x ta m a n h o n a tu r a l) .
Libytheidae (1-2): fam ília cosm opolita com apenas dez
espécies, som ente um a na região neotropical continental.
A lguns a colocam com o subfam ília de N ym phalidae, ou­
tros acham próxim a a Pieridae. Borboletas pequenas, re­
conhecidas pelos longos palpos labiais, causando uma
im pressão estranha e única.

lfV , 2f. Libytheana carinenta (Cr., 1777) (NT). Forte­


mente migratória, às vezes em nuvens de indivíduos.
P ousa com as asas fechadas e a anterior recoberta, ficando
m uito críptica. Lagarta em C eitis spinosa (Ulmaceae).
TM S

Lycaenidae: U m a fam ília num erosa, de espécies pequenas


(com poucas exceções), com as propem as reduzidas nos
m achos mas não nas fêmeas. M uitos apresentam cores
brilhantes ou aspectos metálicos. As lagartas de muitas
espécies possuem glândulas que produzem um a secreção
açucarada, sendo visitadas e protegidas por formigas (mir-
m ecofilia).

Polyom m atinae (3-12): as “azulzinhas” são dom inantes na


fauna d e borboletas em algum as regiões temperadas, mas
m uito escassas nos trópicos am ericanos, talvez por sua
dependência de certas etapas de sucessão secundária com
gram íneas e pequenas legum inosas e bastante iluminação.
Todas as cinco espécies brasileiras (um a delas, Zizula, é
uma das menores de todas as borboletas) devem ocorrer
no Japi, em cam pos e baldios. E provável que todas tenham
associação m utualística com form igas, na fase larval.

3fV, 4. H em iargus hanno (Stoll, 1780) (NT). C om um em


cam pos. Lagarta em Indigofera (anil, Leguminosae) entre
outras plantas desta família. SC

5 V, 6 , 7f. Leptotes cassius (Cr., 1775) (NT). M uito comum


em m atas e cam pos, até em cidades. Lagarta em Plumbago,
C a ssia , In d ig o fera , e d iv e rsa s o u tra s le g u m in o sas,
chegando a constituir praga em plantas ornam entais em
alguns casos. TM A SC

8f, 9, 10fV. “E v eres” cogina (Schaus, 1902) (AT).


C om um no Japi; um nom e genérico para esta espécie foi
proposto por H. Ebert (com unicação pessoal), que não
chegou a descrevê-la antes de falecer. ACMTS

11, 12V. Z izula cyna tulliola (G odman & Salvin, 1887)


(11, Paraopeba-M G ) (NT). Prefere brejos, com um em
certos locais com o valas ao lado de cam inhos; passa
despercebida devido ao vôo fraco e tam anho diminuto.
TM RS

R iodininae (13-93): alguns a tratam com o fam ília à parte.


A s espécies são m uito coloridas, com linhas ou manchas
m etálicas. G eralm ente pousam no lado inferior de folhas,
Fig. 11 e voam durante apenas curto período durante o dia. São
m uito localizadas, em m icrohábitats ideais, m esm o se 30V. C horinea licursis (F., 1775) (SM). V oa à tarde, ao m e io - d ia . A la g a r ta p ro v a v e lm e n te v iv e so b re
am plam ente distribuídas. A nom enclatura segue a do pousando alto ao longo de cam inhos n a floresta de altitude, S a p in d a c e a e . TH
catálogo no prelo, de C.J. Callaghan, de Petrópolis, RJ. onde bate o sol; parece um a vespa em vôo. A lagarta vive
• 55. X enandra heliodes Feld. & Feld., 1865 (AT). Sul do
em C asearia (Flacourtiaceae) e tam bém é registrada (no
Devem ocorrer até 20 espécies adicionais no Japi, ainda Brasil, sem pre raríssim o, um só registro no Japi, acim a da
RS) em Celastraceae e A quifoliaceae. AD
representando um a fauna m uito pobre (usual em regiões represa do D AE, 2/IX /87. TM R
transicionais de altitude m aior), pois em um dia na maioria 31 fV, 32V. Panara soana trabalis Stichel, 1916(16, Barba-
• 56f. Sym m achia arion (Feld. & Feld., 1865) (LA). Muito
da planície am azônica pode-se registrar de 50 a 100 cena-M G ) (SM ). M esm os hábitos que C h o rin ea, p o u ­
rara; fêm ea em flores. T
espécies, de um a fauna local com mais de 250. A infor­ sando mais baixo, inclusive em troncos de árvores. A M D
m ação geográfica e biológica é m ínim a para estas espécies, 57. Pterographium sagaris satnius (D alm an, 1823) (AT).
muitas das quais foram avistadas apenas um a vez no Japi 33. N othem e erota agathon (Feld. & Feld., 1865) (AT). Raro em topos de m orro e clareiras, voando à tarde. MH _
em sete anos de trabalho — fato bastante típico para este V oa de m anhã cedo, perto de riachos. TM R
grupo de espécies m uito restritas. 58, 59fV. Stichelia bocchoris (Hew., 1876) (AT). Em
34V , 35, 36fV. M etacharis ptolem aeus (F., 1793) (LA). brejos e cam pos úmidos. M achos voam à tarde, agressivos.
13f, 14. Euselasia thucydides (F., 1793) (AT). Bastante Freqüente no Japi. Voa à tarde, tam bém aparecendo em MSC
comum. Pousa de asas fechadas, ou quando em postura flores. Lagarta em Lacistem a (Lacistem ataceae). TM A C 60V . C alydna sp. nov. ca. hem is Schaus, 1927 (SM).
territorial (machos, por volta das 9 h da m anhã, até o início M uito rara, em clareiras e topos. AH.
da tarde) com asas posteriores sem i-abertas. V oa em 37Vf. Barbicornis basilis m elanops Butler, 1973 e 38.
pequenos grupos, com m uitas perseguições. AM C B.b.f. m ona W estw ood, 1951 (AT). M uito variável; m a­ 6 IV , 62, 63f, 64fV. Em esis fa stid io sa M én., 1855 (AT).
chos pousam sobre barro úm ido dentro da floresta ao Pouco com um no Japi, em florestas. M achos voam à tarde,
15V, 16fV. Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919 m eio-dia, após lutas territoriais em grupos cedo pela em clareiras e topos de morro. AMSH
(AT). B astante com um em floresta tropical úm ida, voando m anhã, num a clareira que recebe o Sol. A lagarta é regis­
muito cedo de m anhã (m achos) ou dentro da floresta, à trada de Lucum a (Sim aroubaceae) e C eitis (Ulmaceae). 65. Em esis m andana (Cr., 1780) (X erém-RJ) (NT). Rara
tarde (fêmeas). Lado superior escuro. MR TM R no Japi, em flores. A lagarta é polífaga, incluindo em
Anacardium (A nacardiaceae), Theobroma (Sterculiaceae)
17. Leucochim ona m atatha (Hew., 1873) (A S). V oa quase 39. 40fV . Calephelis brasiliensis M cA lpine, 1971 (AT). e Ilex (A quifoliaceae), todas plantas econôm icas. AC
ao nível do chão, em m ata úmida, à tarde; oviposita em Em vegetação aberta, ativa todo o dia, exposta ao sol. SC
minúsculas plantas m onocotiledôneas (talvez Com m elina- 66, 6 7 V. Em esis russula Stichel, 1916 (LA). Rara, em
ceae). TM 41fV . P arcella am arynthina (Feld. & Feld., 1865) (AS). flores. TS
M uito râra no Japi; m acho pousa sobre areia úm ida (faltam
68, 6 9 V, 70fV . E m esis diogenia Prittw ., 1865 (AT).
18, 19V, 20fV. M esosem ia rhodia (G odt., 1824) (AT). os quatro pontos brancos subm arginais nas asas), fêm ea
Com um no Japi em flores e pousada à beira do riacho, ao
Voa à tarde, pousando em cim a de folhas baixas com asas visita flores e encontra-se em topos de morro. TM RH
meio-dia. A lagarta é polífaga, com o E. m andana. MACR
semi-abertas; agressivas; a fêm ea voa de manhã. M AT
4 2 V, 43f. C haris cadytis H ew ., 1866 (SM ). M uito com um
71, 7 2 V, 73fV. E m esis m elancholica Stichel, 1916 (AT).
21, 22fV. M esosem ia odice (Godt., 1824) (SM ). M esmos no Japi; voa boa parte do dia, em flores rasteiras e ao longo
Hábitats ribeirinhos, pousando na areia. Lagarta polífaga,
hábitos de M. rhodia, m as prefere elevações m aiores e dos cam inhos. M AS
nas m esm as fam ílias que E. m andana e E. diogenia.
pousa de dois a quatro m acim a do chão, em folhas. AM
44f, 45fV . Chalodeta je ssa (Bdvl., 1836) (AT). Voa ao MAR
23f. "M esosem ia” acuta H ew ., 1873 (SM ). Rara; afini­ m eio-dia; rara no Japi. MH
74fV , 7 5 V, 76. E m esis satena (Schaus, 1902) (AT).
dade sistem ática incerta. AH
46, 47f. Caria plutargus (F., 1793) (AT). Com um em C om um em barro úm ido e ao longo dos cam inhos do Japi.
24fV , 25, 26. E urybia perg a ea (G eyer, 1832) (LA). brejos e ao longo de riachos, pousando em barro úm ido ao MR
Comum no Japi. P ousa por baixo de folhas grandes (Ma- meio-dia. MR
77, 78V , 79f. Em esis ocypore zelotes Hew., 1872 (AT).
rantaceae); no fim da tarde, os m achos pousam sobre as
4 8 V. A nteros lectabilis Stichel, 1909 (AT). Raro, em topo M esmos hábitos que E. m elacholica, com machos difíceis
folhas com asas semi-abertas, com o M esosem ia. H abita
de morro. AH de distinguir. MR
brejos e outros hábitats ribeirinhos, na sombra. A lagarta
provavelm ente com e M arantaceae e deve ser m irm ecófila. 80fV. Em esis sp. nov. (SM ). Rara; m esm os hábitos que E.
49. Baeotus jo h a n n a e Sharpe, 1890 (CE). Raro no Japi;
TM R voa ao fim da tarde. TM RSC m elancholica. MR

27. N apaea nepos orpheus W estw ood, 1851 (A T). Não 50fV. Baeotus m elanis Hbn., 1831 (NT). Raro, ao longo 81fV, 82. Em esis fa tim e lla W estwood, 1851, (AS). Vista
comum; voa no início da tarde, em floresta, clareiras, de riachos e em topos. TR mais em flores. M achos voam no meio da manhã, em
beiras de mata. TM A clareiras. A lagarta vive em Eugenia (M yrtaceae). ACS
51, 52fV. L asaia agesilas (Latr., 1809) (NT). Em muitos
28 V. N apaeaphryxe (Feld. & Feld., 1865) (Rio de Janeiro) hábitats; m achos pousam à beira dos riachos, am bos os 83, 84fV. Lem onias zygia epona (Godt., 1824) (AT).
(LA). A cidental no Japi (um registro, 8/V H I/ 8 7 ). V oa à sexos visitam flores ao m eio-dia. TM SR Habita beiras de floresta; m achos defendem suas áreas
tarde, pousando em troncos, de cabeça para baixo; agres­ após às 15:00 h da tarde, com vôos velozes de um lado
siva. TM R 53. Riodina lycisca (Hew., 1853) (AT). C om um no Japi, para outro. Lagarta em Croton (Euphorbiaceae). AMSC
pousando em areia úmida, flores, ou folhas, agressiva, voa
29V. C rem na alector (G eyer, 1837) (LA). Em floresta o dia todo. MSR 85f, 8 6 V. L em o n ia s gla p h yra W estw ood, 1851 (85,
úmida, em diversos níveis; pousa por baixo de folhas, C atetinho-D F) (CE). M achos defendem áreas no cerrado,
próxim o ao chão; voa às 17:00h. TM A 54f. M esene pyrippe Hew., 1874 (LA). Voa em clareiras à tarde. TSC
87fV, 88. Synargis calyce brennus (Stichel. 1910) (AT).
Muito com um; machos voam à tarde, agressivos. Lagarta
em Leguminosae. TM S

89. Synargisphillone (Godt., 1825) (SM ). Escassa no Japi.


Machos voam à tarde. ao sol, defendendo áreas em clarei­
ras. Lagarta em Ricinus (Euphorbiceae). ACS

90. A delotypa bolena (Butler, 1867) (AS). Pouco com um;


apareceu pela prim eira vez no Japi só em 1/90, em bom
número. M achos voam no meio da tarde. Possivelm ente
migratório. ACS

91 f, 92fV. Adelotypa m alca (Schaus, 1902) (LA). Rara no


Japi, perto de rios na parte tropical mais úmida. T

93. Theope thestias ca. discus Bates, 1868 (AS). Rara, em


muitos hábitats, e flores. TMS


Fig. 1 2
Figura 8.12 - Lycaenidae: Theclinae, Eum aeini (0.7 x 5fV. Evenus regalis (Cr., 1775) (NT). Raro, em flores. 31, 3 2 V. Rekoa m eton (Cr., 1779) (NT). Incom um, vista
tam anho natural). Lagarta em Sapotaceae. TS mais em flores. TM A SC
Borboletas pequenas, geralm ente m uito vistosas com cor
verde ou azul iridescente; m igram em bandos m ulti- 6V. A tlides polybe (L., 1763) (N T). Rara em topos, sem pre 33, 34V . Rekoa palegon (Cr., 1780) (NT). M uito comum
específicos no fim da época seca (prim avera), podendo ser no ponto mais alto d a árvore mais alta. Lagarta em Loran- em vários hábitats abertos. Lagarta polífaga em flores,
m om entaneam ente abundantes e m uito diversificadas thaceae (erva-de-passarinho, parasitica). TM A H especialm ente de C om positae. TM A SC
num a localidade, onde o grupo esteja passando. Isto nunca 7fV, 8. Atlides cosa (Hew., 1867) (LA). Escassa; larva 35V. “T hecla” ergina H ew ., 1867 (AS). Rara em flores,
foi observado no Japi, mas grandes núm eros foram vistos provavelm ente em erva-de-passarinho (Loranthaceae). m aio-julho. TM SC
no outono em flores de M ikania e em beiras de mata, TM DR
especialm ente no topo de m orro com as torres da TV G lobo 36V. Thereus cithonius (Godart, 1824) (NT). Rara, em
(Figura 8.2). Pousadas, as Theciinae vibram e esfregam as 9. Pseudolycaena m arsyas (L., 1758) (A S). C om um até topo de morro. AMH
asas posteriores, que apresentam prolongam entos filam en­ em cidades e cam pos, migratória, um “pedaço anim ado do
céu”. Lado inferior prateado; lagarta polífaga. TM SC 37, 38fV. C hlorostrym on m aesites telea (Hew., 1868)
tosos sem elhantes às antenas, falsos olhos na base dos
(NT). Rara, em flores. TM SC
mesm os, e até linhas convergentes nas asas, que dirigem
10fV. “T hecla” deniva Hew., 1874 (SM ). Escassa, em
a atenção do predador para esta “falsa cabeça”, que, não 39fV. C hlorostrym on sim aethis (Drury, 1773) (NT). Rara,
flores e topos de morro. AMH
surpreendentem ente, m uitas vezes se vê substituída por em am bientes abertos. TSC
um rasgão em form a de bico de pássaro, em indivíduos 11, 12V, 13fV. “Thecla” hem on (Cr., 1775) (NT). Muito
ainda voando na natureza. Têm um vôo m uito veloz, e com um em florestas. A fêm ea im ita Satyrinae (Figura 8.5) 40V . O caria cinerea (Lathy, 1936) (SM ). Rara, em topo
machos defendem pontos de sol na floresta, nas beiras de em coloração e com portam ento, por razões desconhecidas. d e morro. AH
m ata e nos topos de morro, expulsando insetos muito Larva em Inga (Legum inosae). M ADH
4 1 V. O caria thales (F., 1793) (Rio de Janeiro) (NT). Rara
maiores com suas investidas. A sistem ática do grupo é
14fV, 15. T heritas triquetra (Hew., 1865) (AT). Freqüente no Japi. Voa cedo pela manhã, em manchas de sol na
m uito difícil, com definição inadequada dos grupos
em topos de m orro, dentro da floresta. MADH floresta úmida. TM R
naturais e falta de nomes genéricos para muitos destes, que
são deixados por enquanto no gênero coletivo “ Thecla” 16. Araw acus dolylas (Cr., 1777) (AS). Rara, em hábitats 42fV , 43. O caria ocrisea (Hew., 1868) (NT). N ão m uito
{sensu latü). A identificação das espécies encontradas no secundários, beiras. TM A S com um , em floresta e topos. TM AH
Japi foi realizada por R. S. Robbins (U SN M -W ashington),
17V, 18. Araw acus ellida (H ew ., 1867) (AS). C om um em 44fV . M agnastigm a hirsuta (Prittw., 1865) (AT). Muito
bem com o por publicações de S. S. N icolay e a grande e
flores e cam pos. A lagarta deve ser procurada em flores de rara, em flores no outono. TS
bem organizada coleção do falecido H. Ebert de Rio Claro
(SP). M uitos dos machos têm um a m ancha androconial na Solanum . TM A CS
% 45 V, 46. C yanophrys bertha (Jones, 1912) (SM). Pouco
costa da asa anterior, com arom a de chocolate ou outro, com um , em lugares altos inclusive topos, voando após
19, 20V. Araw acus m eliboêus (F.,' 1793) (LA). Com um
bastante útil na sua identificação. Se há m uitas espécies m eio-dia. AMH
em todo o Japi; um bom exem plo da “falsa cabeça1”. Larva
parecidas que podem ser confundidas entre si (è por isso
criada em Solanum ca. schw ackeanum . TM A SR
muitas não são ilustradas aqui), existem tam bém outras 47V. C yanophrys herodotus (F., 1793) (NT). Rara no Japi;
espetaculares, inclusive phydela (2-3), regalis (5), Chlo- 21V , 22. Araw acus tadita (H ew ., 1877) (S M). A dulto lagarta polífaga em flores. TM
rostrymon sim aethis (39), as diversas C yanophrys (45- raram ente visto em flores; o exem plar (21) foi encontrado
4 8 ,49V . C yanophrys acaste (Prittw., 1865) (AT). Comum
5 2 ) e C halybs (1 07-109), e A rca s ducalis (4), esta com o larva em Solanum ca. schw ackeanum . A M TSC
no Japi, nas m atas e flores, durante todo o ano. TM SH
possivelm ente a mais bela borboleta pequena das A m éri­
cas. Veja Robbins & Small (1981), Robbins (1991) e 23V. A raw acus tarania (H ew itson, 1868) (CE). Rara no
5 0 ,5 lfV . C yanophrys rem us (Hew., 1868) (SM). Comum
Nicolay (1971, 1976, 1979) para algum as inform ações Japi; voa o dia todo, em flores baixas e hábitats ruderais
em topos e flores. M ACH
ad icio n ais. sem elhantes a cam po cerrado. CS
Não foi possível ilustrar todas as espécies nesta prancha; 52V. C yanophrys ca. longula (Clench, 1944) (SM). Flores
24V. C ontrafacia im m a (Prittw., 1865) (NT). Freqüente
as não ilustradas se encontram no fim da legenda, com e topos, infreqüente. AM TH
na floresta e em topos. M uito variável em tam anho; lado
breves descrições. Devem ocorrer pelo m enos 30 espécies
superior com o a espécie seguinte. TM SH 53V. O lynthus fa n c ia (Jones, 1912) (AT). Rara em beira
adicionais de Eum aeini no Japi.
de floresta tropical. T
25. Contrafacia m uattina (Schaus, 1902) (SM ). Rara; lado
1. “Thecla” catrea H ew ., 1864 (SM ). M uito raro; lado
inferior com o im m a, com as linhas das asas mais quebra­ 54fV. M ichaelus t. thordesa (Hew., 1867) (AS). Rara em
inferior verm elho com linhas prateadas sem ilunares.
das, m uito variáveis. Floresta e topos. TM A H topo de morro. AH
Relembra umas espécies dos Andes e do V elho M undo.
AC 26fV. Paiw arria aphaca (Hew., 1867) (CE). Infreqüente, 5 5 , 5 6 fV . P a n th ia d es h eb ra eu s (H ew ., 1867) (AS).
em espigões e capoeira. Lado superior do m acho azul- Freqüente em floresta perturbada. Lagarta em Inga (Legu­
2 ,3fV. “Thecla"phydela Hew., 1867 (SM). Freqüente no Japi
brilhante, com ponto androconial circular. CSH m inosae). TM SD
no verão, ao longo de cam inhos e em espigões. V oa à tarde.
Larva criada em Senecio brasiliensis (Com positae). AM 27V, 28. Rekoa stagira (H ew itson, 1867) (NT). C om um 57fV. P anthiades phaleros (L., 1767) (NT). Incom um no
em flores; lagarta em flores de M alpighiaceae e L egum i­ Japi, em diversos hábitats perturbados. Lado superior do
4V. Arcas ducalis (W estwood, 1851) (SM). Rara, em
nosae. TM A S m acho com o P. hebraeus. TM S
topos e espigões, voando à tarde; pode visitar flores pela
manhã. Lagarta em Rollinia em arginata (A nnonaceae). 29V , 30. Rekoa m alina (H ew ., 1867) (SM ). Infreqüente, 5 8. P a rrh a siu s orgia orgia (H ew ., 1867) (AT). M i­
AMH em flores. TM A S gratória, talvez não residente no Japi; habita dossel de
floresta e flores. Lado inferior com o R. stagira (27). 82fV. Electrostrym on sp. (AT). Rara, em flores no outono. 110V. Brangas silum ena (H ew ., 1867) (SM). Topos de
TM SDH TS morro; pousa nas folhas m ais altas das árvores antes do
m eio-dia, expu lsan d o outras espécies com investidas
59. P arrhasius polibetes (Cr., 1781) (NT). M igratório, 83, 84V. M inistrym on azia (H ew ., 1873) (NT). Em vários
agressivas. Lado superior, todo azul-escuro. AH
passa ocasionalm ente por Japi, em flores. Lado inferior hábitats, inclusive floresta pluvial, freqüente. TM AS
mais claro, com linhas mais interruptas que orgia. •F m sd 111, 112V. Brangas ca. dydim aon (Cr., 1777) (SM).
85. M inistrym on sp. 1 (grupo vena) (AT). Rara; lado
C om um no outono em flores. TS
60V. Parrhasius selika (Hew., 1874) (SM ). M uito rara em inferior com o a seguinte, com m enos verm elho difuso na
floresta, topos e flores. M ADH asa posterior. TS 1 13fV. Erora tella (Schaus, 1902)(SM). Rara, em flores
no outono; o m acho tem um a coloração mais verde. MTS
61V , 62. “Thecla” conchylium D ruce, 1907 (SM). Rara, 86V. M inistrym on sp. 2 (grupo vena) (NT). Lado superior
em flores; faltam “caudinhas”. TM S como. o anterior. Rara e difícil de ver, devido ao tam anho 1 14V. Erora opisena (Druce, 1912) (LA). Rara em flores
dim inuto. TS no outono. TS
63 V, 64. “T hecla” ca. ate na (Hew., 1867) (AT). Rara em
topos de morro e flores. AMH 87V. “T hecla” em pusa H ew ., 1867 (AS). C om um em 115 V. E rora oleris (D ruce, 1907) (SM ). Rara em flores no
diversos hábitats. TM AH outono. TM S
65V. Strym on eurytulus (Hbn., 1819) (AT). Não com um
em cam po aberto. TSC 88. “T hecla” caninius Druce, 1907 (AS). Rara, em topo de 116V. Erora ca. cam pa (Jones, 1912) (SM). Rara, em
6 6 ,6 7 V. Strym on cydia (Hew., 1874) (AS). A bundante no m orro. Lado ventral com o em pusa, sem a borda verm elha flores. TS
Japi, em todos os hábitats. M STAHC nas linhas pós-discais. TM A H
117 V. “T hecla” celm us (Cr., 1775) (NT). Rara no Japi, em
68V. Strym on bubastus (Stoll, 1780) (AS). Á reas abertas, 89V. “T hecla” uzza H ew ., 1873 (SM ). Rara, em flores no flores e na floresta. TM S
em flores. M achos defendem territórios vigorosam ente, de outono. TS
118V. “T hecla”flo sc u lu s Druce, 1907 (LA). Com um em
“poleiros” em pontas de gram íneas. TSM C 90V . 91. “T hecla” giapor Schaus, 1902 (CE). Com um em florestas, à tarde. TM A
69V. Strym on m ulucha (Hew., 1867). Incom um no Japi, hábitats secundários. Fêm ea totalm ente m arrom no lado
1 19V. “T hecla” ca. p a r on (SM). M uito rara, em topo de
superior. TSC
em topo de m orro.ASH m orro no verão. AH
9 2V, 93. “T hecla” ca. hesychia (AT). Topos de morro, em
7 0 ,7 1 V. Strym on ca. bazochii (AS). Á reas abertas, com um 120V. Ipidecla schausi (Godm. & Salv., 1887) (NT).
no outono, defendendo áreas à tarde, de “poleiros” em grupos. AH
M uito rara, em flores. TSC
pontas de gram íneas. TSM 94V. “ T hecla” dem ilineata Lathy, 1936 (SM). Topos de
m orro, rara. AH 12IV . “T hecla” theia Hew., 1870 (NT). Rara, em flores,
72fV. Strym on bazochii (Godt., 1824) (NT). Á reas aber­
tas, hábitos com o o anterior; padrão mais nítido no lado maio. MS
95. “T hecla" elika H ew ., 1867 (SM). Rara; lado inferior
inferior, macho falta o ponto branco na asa anterior. TS prateado com linhas brancas. M ADH E s p é c ie s n ã o ilu s tra d a s n e s ta p ran ch a :
73V. Strym on yojoa (Reakirt, 1867) (NT). Com um em 96V. “T hecla" cupa Druce, 1907 (CE). Rara, em beiras e Allosm aitia strophius (Godt., 1824) (= pion G odm. &
lugares perturbados. TSM topos. TM AH Salv.) (NT). Prim itivo, logo após catrea (1); com um em
topos de morro. Parecido a R. stagira (27-28), mas menor;
74V. Strym on astiocha (Prittw., 1865) (NT). Residente
9 7 ,98V . “ T hecla" tephraeus (G eyer, 1837) (NT). Comum o m acho tem um pincel de pêlos na costa da asa posterior.
com um no Japi, em am bientes abertos; variável. M acho
em vários hábitats. TM AH TM A H
defende áreas de “poleiro”. M ATSH

99V, 100, 101 f. “T hecla” sophocles (F., 1793) (AT). Atlides ca. cosa (AT). Escassa; separada pela falta de
75V. “T hecla” nubilum (Druce, 1907) (NT). Incomum;
Freqüente em vários hábitats. M ASCH escam as negras na raiz da célula R s-M l da asa posterior,
lado superior bege. AM
lado ventral. TM AH
76f, 77fV. Calycopis chacona (Jõrgensen, 1932) (AT). 102fV. “T hecla” to rrisD ruce, 1907 (AT). Rara; azul-claro
em cima. TM “Thecla” chalum a Schaus, 1902 (A T). Sem elhante a
R egular no Japi, em sub-bosque. MA
deniva (10) com manchas m aiores de negro do lado infe­
78. C alycopis saopauloensis (Johnson, 1991) (AT). In­ 103. “T hecla'’ ja c ta to r (D ruce, 1907) (D l). Rara, em flores rior. TM AH
com um; lado inferior com o 75, com mais verm elho nas no outono. TS
Theritas drucei (Lathy, 1926)(SM). M uito parecida a tri-
linhas pós d iscais. C o lo c ad o pelo au to r no g ênero
quetra (14-15) em am bos os sexos, com as linhas na asa
S e r r a to te r g a . TM 104V, 105fV. “T hecla ” vanessoides Prittw., 1865 (AS).
posterior (ventral) convergentes formando um “ V”. AH
Rara em floresta e flores. TM A H
79V. Calycopis sp. (AS). Infreqüente, lado superior azul-
Thereus ortalus ortaloides (Lathy, 1930) (AT). Sem e­
escuro. MAH 106V. Tm olus echion (L., 1767) (NT). Pouco com um no
lhante a R. stagira (27V ), mas menor, com asas bem mais
Japi, em topos e flores. TM AH
80fV. Sym biopsis leni tas (Druce, 1907) (CE). C om um no arredondadas; raro, em topo de morro. ATH
Japi; lado superior marrom, com reflexo violeta na asa 107V, 108. C halybs hassan (Stoll, 1790) (NT). Topos de
Rekoa m arius (Lucas, 1857) (NT). Com um no Japi, muito
posterior da fêm ea (= violascens Spitz). TM SCR morro, rara em flores. AMH
parecido com R. stagira (27-28) inclusive nas plantas-
SI V. “Lam prospilus” badaca (Hew., 1868) (CE). Rara no 109V. C halybs chloris (Hew., 1877) (SM). Topos de h ospedeiras da larva; androconia diferente no macho.
Japi, em topos de morro. AMH morro, com um no outono. AMH TM ASH
"Thecla" ligurina Hew., 1867 (NT). Parecido com "T."
ergina (35), maior, mais clara. TS

C yanopkrys am yntor (Cr.. 1775) (NT). M uito parecido a


herodotus (47), inclusive com as "caudinhas"; infreqüente,
em flores e topos, junto com outros Cyanophrys. TS AMH

M ichaelus vihidia (Hew., 1879) (NT). Próximo a Olynthus


fa n c ia (53) ou R. stagira (27-28). com cores mais apa­
gadas, e cinza-claro no lado superior da fêmea; incomum.
TM AH

Strym on rufofusca (Hew., 1877) (NT). Rara no Japi, em


am bientes abertos. Tem mancha alaranjada na asa poste­
rior, lado superior, e linha ondulada no inferior claro. SC

C alycopis sp. (AT). Parecida com as outras espécies (76-


78), com distribuição diferente da cor azul no lado supe­
rior. TM S

“T h e d a ” hesperitis (Butler & Druce, 1872) (NT). Comum


em lugares perturbados, voando à tarde. Lado superior
como C alycopis saopauloensis, lado inferior mais escuro.
TM ASC

"Thecla" ca. cupa (AT). D ifere nas linhas no lado inferior.


TS

"Thecla" ca. tor ris (SM). Infreqüente, junto com hesychia


(92-93), em topo. AH

“Thecla" eliatha Hew., 1867 (LA). Parecido a stagira


(27-28) e tephraeus (97). TM

"Thecla” panchaea Hew., 1867 (AS). Topos; sem elhante


ao anterior, mais clara. AH

“T hecla" ca. jactator (AT). Parecido com ja c ta to r (103)


com linhas no lado inferior mais afastadas da margem das
asas. Infreqüente em flores e topos de morro. TSM AH

Brangas ca. neora (Hew., 1867) (NT). M enor que dydi-


m aon (111-112)), com as manchas brancas costais da asa
anterior (lado inferior) espaçadas diferentem ente. Rara. TS

Erora gahina (G odman & Salvin. 1887) (D l). M uito pare­


cido com o ler is ( 1 15V): rara. TS
Figura 8.13 - Pieridae (0.5 x tam anho natural) Pierinae, Pierini (17-21): larvas em plantas que contêm e tam anho) (LA). Sub-bosque de floresta úmida, com vôo
Pieridae são borboletas que usam as seis pernas para glicosinolatos, os precursores dos “óleos de m ostarda” muito fraco próxim o ao chão. Posição sistem ática e planta-
cam inhar, em am bos os sexos, e têm abundância de pig­ tóxicos (principalm ente Cruciferae e C apparidaceae, tam ­ hospedeira desconhecidas; seria im portante descobri-las.
mentos pteridinas (brancas, am arelas, verm elhas) nas asas; bém Tropaeolaceae). A lgum as espécies incorporam estas TM
são m uito diversificados quanto ao tam anho, hábitat e s u b stân cias no ad u lto e serv em com o m o d elo s im- C oliadinae (33-64): as lagartas alim entam -se principal­
com portam ento. Os ovos são m uito alongados; lagartas palatáveis em anéis de m im etism o, usando a co r branca mente de C assia (Legum inosae, M imosoideae), e os adul­
sem espinhos (mas podem ser peludas) e pupas em posição (m uito evidente em hábitats de floresta densa) para advertir tos, em flores e areia úm ida (machos). Phoebis e Anteos
horizontal ou eretas com um cinto de seda passando pela os predadores. O utras espécies são m ímicas, palatáveis, são fortem ente m igratórias, em bandos de mi-lhões, por
região entre o tórax e o abdôm en. O s adultos alim entam -se sem tóxicos arm azenados. toda a região neotropical; indivíduos não-m igratórios tam ­
em flores, com os- machos pousando também em areia bém fazem am plos vôos, em círculos, cada dia. Todas as
17f. Theochila m aenacte itatiayae (Foetterle, 1903) (SM).
úm ida, em grandes bandos. M uitas espécies são m i­ espécies encontram -se em áreas abertas ou, se em floresta,
Brejos de altitude, ocasional; norm alm ente só é encontrada
gratórias e há algum as pragas. Veja D eV ries (1987). no dossel.
acim a de 1.500 m na Serra da M antiqueira. AC

D ism orphiinae (1-18): Asas anteriores alongadas, posteri­ 33. A nteos clorinde (Godt., 1824) (Cam pinas-SP) (NT).
18. Leplophobia aripa balidia (Bdvl., 1836). O casional no
ores expandidas nos machos. A lgum as espécies imitam O corre no Japi apenas em anos de muita atividade m i­
cum e da serra, onde a lagarta ataca couve e outras
Ithom iinae ou A craeinae (Figuras 8.7, 8.8): foram consid­ gratória, principalm ente no outono. TM SC
crucíferas. ASC
eradas mím icas na proposta original de Bates (1862), mas
34. A nteos m enippe (Hbn., 1818) (Rio de Janeiro) (AS).
sendo por vezes rejeitadas por predadores, poderiam servir 19, 20f. Â ppias drusilla (Cr., 1777) (20, Paraopeba-M G )
M uito com um inclusive em cidades, mas rara no Japi.
com o co-m odelos m üllerianos também . A s larvas verdes (NT). Com um , m igratória, habitando desde o dossel das
Larva em Cassia, inclusive espécies usadas em arbori­
e m icropilosas alim entam -se de Legum inosae — M imo- florestas até cam pos abertos. Lagarta em C leom e (Cap­
zação urbana. M igra junto com Phoebis, pousa em areia
soideae, principalm ente Inga, com endo a folha secundária paridaceae). TSD
úmida. TM SCR
dos dois lados da nervura dentral, na qual descansam ,
21. A scia m onuste orseis (Godt., 1819) (AT). M igra em
difíceis de serem percebidas. 35. 36f. Phoebis (Aphrissa) statira (Cr., 1777) (36, anã,
nuvens, dorm e em grupos grandes. H abita áreas abertas,
Petrópolis-RJ) (NT). M uito abundante, m igratória, ma­
IV. P seudopieris nehem ia (Bdvl., 1836) (NT). M uito sendo rara no Japi (vista no fim do outono). Lagarta praga
chos cobrem grandes áreas em praias quando se alimentam
com um no Japi, em beira de riacho. Lagarta em trepadeira de couve e outras Cruciferae, também em C apparidaceae.
em areia. Larva em C assia e tam bém em Bignoniaceae
“unha-de-gato”, Acacia plum osa, na árvore A cacia po- TSC
(outra espécie?). TM R
lyphylla, e provavelm ente em outras Acacias e também
Pierinae (outros) (22-30, talvez 31-32): alim entam -se de
Calliandra. MR 37, 38f. Phoebis neocypris (Hbn., 1823) (AS). Pouco
plantas parasíticas, principalm ente Loranthaceae (erva-de-
m igratória; residente abundante no Japi. Há fêm eas de cor
2 , 3V. Enantia licinia psam athe (F., 1793) (4, Barbacena- passarinho). As larvas gregárias descansam de dia no
branca, além da am arela ilustrada. MAR
MG) (AT). P ousa no alto das árvores da floresta. Lagarta tronco da árvore-hospedeira da lorantácea, que pode ser
em M im osoideae (Legum inosae). M DR assim registrada com o planta-hospedeira. Tam bém em pu- 3 9 ,40f. Phoebis p. philea (L. 1763) (NT). D esde o sul dos
pam em grandes grupos nestes troncos. EUA, m igratória e com um , mas apenas em certos anos no
4,5f. Enantia m elite m elite (L., 1763) (SM). Rara no Japi,
Japi. Há tam bém fêm eas brancas, mais com uns que a
em flores em março. AC 22fV , 23. M elete lycim n ia p a u lista (Fruhst., 1908) (SM).
am arela ilustrada. Larva em Cassia. TM R
C om um em flores. M ASC
6. Enantia lim norina (Feld. & Feld., 1865) (LA). Rara, 41, 42f. Phoebis a. argante (F., 1775) (42, Petrópolis-RJ)
floresta úmida e flores. TM A CD 24V. H esperocharis anguitea (Godt., 1819) (SM). Vôo
(NT). M uito com um e migratória. Há fêm eas am arelas e
errático, mas geralm ente unidirecional, parando em flores;
7,8f. Dism orphia therm esia (G odt., 1819) (SM ). Comum alaranjadas. Larva prefere Inga à Cassia, inclusive no Japi,
ocorre durante todo o ano. AMCS
na floresta úmida. AD onde é residente. TM D R
2 5 V. A rch o n ia s t. tereas (G odt., 1819) (SM ). Im ita
43, 44f. Phoebis s. sennae (L. 1758) (NT). Ambientes
9. D ism orphia c. crisia (Drury, 1782) (Petrópolis-RJ) Parides do grupo a nchises (Figura 8.14). M achos defen­
m arginais, migratória. H á fêm eas brancas e muito maiores
(SM). Florestas de altitude, muito rara no Japi. AD dem territórios ao longo de cam inhos, cedo pela manhã.
que a ilustrada. Lagarta em Cassia. TM R
Com um em flores, em todos os tipos de floresta e clareiras.
10V, 1 lf, 12f. Dismorphia melia (Godt., 1825) (Rio de Ja­
M ASCD 4 5 V. Phoebis trite banksi Brow n, 1929 (AT). Geralm ente
neiro) (MS). Muito rara no Japi. Fêmeas muito variáveis,
imitando as diversas espécies de Actinote (Figura 8.8). MACD escassa. M acho com o sennae no lado superior, fêmea
2 6 ,27V. Catasticta bithys (H bn., 1825) (SM ). C om um em
com o a de neocypris, mas asa posterior arredondada. Larva
flores, no outono. ASC
13, 14f. D ism orphia am phiona astynom e (Dalm an, 1823) em C assia e Inga. TM D R
(AT) (14, Paraopeba-M G). Sem pre acom panha os padrões 28V. Pereute sw ainsoni (Gray, 1832) (Poços dc Caldas-
das M echanitis (Figura 8.7) que im ita em cores e com por­ Eurem a (46-61): fazem m igrações em pequena escala;
M G) (SM ). Rara no Japi, em flores. ASC
tamento. O lado inferior das asas é críptica. Lagarta em com poucas exceções, habitam áreas secundárias, baldios,
2 9 f , 3 0 V . P e r e u te a n to d y c a (B d v l., 1836) (S M ). gram ados; as lagartas com em pequenas leguminosas. A l­
Inga affinis. MAS
C om um no Japi. M achos em barro úm ido no interio r da gum as mostram form as de verão e inverno, m uito diferen­
15, 16f. D ism orphia astyocha Hbn., 1825 (SM ). C om o a floresta, am bos os sexos em flores; lagartas g regárias tes em cores, padrões, e form a das asas, não raramente
anterior, uma excelente m ímica de M echanitis, voando no em L oranthaceae. ASC descritas com o espécies diferentes.
mesmo hábitat (sub-bosque de floresta úm ida) e da mesm a
m aneira, desaparecendo quando pousa (lado ventral críp­ 31, 32V. Leucidia elvina (G odt., 1819) (= pygm aea, exi- 46, 4 7 V. Eurem a (Sphaenogona) arbela (G eyer, 1832)
tico). Lagarta em Inga affinis. AMSC gua, “brephos”; m uito variável em extensão de cor negra (SM ). Floresta perturbada, com um no Japi. MAS
48, 49fV. Eurem a (Pyrisitia) dina leuce (Bdvl., 1836)
(Belo H orizonte - M G) (AT). Rara no Japi, em am bientes
ruderais. TM S

50, 51fV. Eurem a (Pyrisitia) nise tenella (Bdvl., 1836)


(51, B arbacena-M G) (AT). Não freqüente no Japi, encon­
trada em am bientes ruderais. TM A S

52. Eurem a agave pallida Chav., 1849 (AS). Em brejos


somente. M ASR

53, 54fV. Eurem a deva (D bldy, 1847) (AT). Em áreas


abertas, com um no Japi. TM S

55fV, 56. Eurem a albula (Cr., 1775) (NT). Florestas úm i­


das perturbadas até cam pos abertos, com um. Na form a de
inverno (55) falta o ápice preto, e é m uito am arela na face
inferior; há formas intermediárias. TM S

57, 58f, 59fV. Eurem a phiale m ajorina D ’Alm eida, 1932


(Dl). A forma de inverno, m uito mais clara, recebeu o
nom e musa. TM AS

60 V, 61, 62fV, 63f, 64. Eurem a elathea (Cr., 1777) (NT)


(62, forma de inverno, Itirapina - SP). M uito com um em
lugares secundários. No m acho de inverno (64) falta o
negro da margem interna da asa anterior, ficando a listra
vermelha; é m uito mais colorido na face inferior (60).
Lagarta polifaga, até em plantas venenosas com o Thevetia
(Apocynaceae), mas prefere Cassia. TM ACS

O bservações adicionais poderiam acrescentar duas a


quatro espécies à lista dos Pieridae do Japi, inclusive a
am eaçada Charonias theano, com m acho escuro com o
Catasticta (26-27), fêm ea im itando Actinote (Figura 8.8).

Fig. 14
Figura 8 .1 4 - Papilionidae (0.45 x tam anho natural). Pa- lf. Battus p. polydam as (L., 1758) (NT). C om um em 13. P rotesilaus protesilaus nigricornis (Staud., 1884)
pilionidae são borboletas grandes com vôo ágil e poderoso, am bientes abertos e perturbados. A ceita todas as espécies (AT). M uito abundante no Japi; a forma “em brikstrandi”
mas nem sem pre rápido. M uitos têm um prolongam ento de A ristolochia, com endo a planta inteira em pequenos D ’A lm eida é parte rara da população (apresenta antenas
da veia M3 na asa posterior, recebendo o nom e de “rabo- grupos de lagartas cinzas, verm elhas ou m arrons, devas­ claras, não-negras). Lagarta em C iyptocaria aschersoniana
de-andorinha" ou “espadinha” (sw allow tails, swordtails, tando grandes plantas até a raiz; as lagartas são tubercula- (canela-de-fogo, Lauraceae), som ente nas folhas muito
em inglês). São mais abundantes em am bientes úmidos das, com longos filam entos no tórax. CSR D novas (verm elhas); variável. M TADR
(p o d en d o ser cilia re s, até em d eserto ) com grande
2f, 3. Battus polystichtus ja n ira (R othschild & Jordan, 14, 15. M im oidesprotodam as (Godt., 1819) (14, f. “chori-
abundância de árvores nativas e diversidade de m icrohábi-
tats; a lista do Japi está entre as m aiores para um lugar 1906) e B. p. polystichtus (Butler, 1874) (SM ). A subes­ d am as”, Joinville - SC) (AT). Floresta úmida, imitando
brasileiro, sem elhante à de um a localidade rica no sopé dos pécie nom inativa, que ocorre mais ao sul, tem muito menos B attus ou, na form a “choridam as” (m ais com um na costa),
am arelo nas asas. Lagartas reluzentes negras, em grupos H eliconius sara (Figura 8.8). Lagarta em A nnona cacans,
Andes. Os m achos possuem androcônias (pêlos ou es­
grandes, devastando plantas de A ristolochia triangularis, provavelm ente usa tam bém R ollinia (A nnonaceae). TM R
camas modificadas) com cheiro bem forte e característico,
no Japi. ACM D R
usados para apaziguar as fêm eas durante os cortejam entos 16. M im o id es l. lysith o u s (H bn., 182.1) e 17f. forma
aéreos vigorosos e prolongados; essas estruturas geral­ 4. Parides proneus (H bn., 1825) (SM). H abita floresta “extendatus”(W eym er, 1895) (SM). Florestas naturais e
m ente se localizam na margem interna da asa posterior. As aberta com grande abundância de A ristolochia m elastom a, perturbadas. Im ita diversas P arides quando adulto (mas
fêmeas de muitas das espécies são raram ente vistas, até espécie rasteira atacada pelas lagartas, que não crescem pousa na beira d ’água, hábito raríssim o em Parides) e
desconhecidas, tendo hábitos que evitam encontros com nas outras espécies de Aristolochia. MAS também em larva (com tubérculos e m uitas manchinhas
coletores, com o voar no interior de m atas densas, ou claras). Lagarta em Annona cacans, Rollinia sylvatica e R.
pendurar-se com o um a pipa 50 m acim a do chão, à procura 5f. P arides bunichus bunichus (H bn., 1821) (Dl). Escassa
em arginata (A nnonaceae). AMR
de brotos novos em cima de plantas-hospedeiras, árvores no Japi. Separado de P. p roneus pelas m anchinhas duplas,
grandes da floresta. Esta é a fam ília mais prim itiva das em form a de vidro de relógio, na asa posterior (são sim ples 18. E urytides bellerophon (Dalm an, 1823) (SM ). Serras
borboletas “verdadeiras” (não incluindo os H esperioidea, em proneus). Lagarta verm elho-negra com tubérculos altas, em floresta de altitude. A lagarta com e G atteria
uma superfam ília à parte), e inclui muitas espécies antigas, a m a r e lo s , a lim e n ta n d o - s e d e v á r ia s e s p é c ie s de nigrescens (A nnonaceae). AMR
relituais, de distribuição m uito restrita, à beira de extinção A r is to lo c h ia . especialm ente A. arcuata, no Japi. CAM S
19. Eurytides dolicaon deicoon (Feld. & Feld., 1864)
devido à destruição, pelo hom em , dos seus poucos hábitats
6, 7f. Parides agavus (Drury, 1782) (AT). Floresta densa (AT). Florestas ribeirinhas. Lagarta em G uatteria.Xylopia
rem anescentes. Os ovos são esféricos e lisos, ou (nos
úm ida, com um no Japi. N otar a dobra na linha branca na (A nnonaceae), possivelm ente também em Cryptocaria
Troidini) cobertos com um a secreção protetora e nutritiva
asa anterior e o excesso de verm elho, no macho. Lagarta (Lauraceae). M ARD
que a lagartinha consom e antes de iniciar sua alim entação
em A. triangularis, eventualm ente outras espécies do
em folhas novas. A s lagartas são lisas ou (Troidini, alguns Papilionini (20-28): divididos em dois gêneros bem distin­
gênero no Japi. M T AR
Papilio e Graphiini) com tubérculos claros; todas possuem tos. M achos pousam na areia, am bos os sexos visitam e
um órgão protrusível em form a de “ V” no protórax, cha­ 8, 9f. P arides anchises nephalion (G odt., 1819) (Cam pi- m achos defendem flores vigorosam ente. A tivos nas horas
m ado osmatério, que em ite um cheiro forte de ácido is- nas-SP, 8 com aberração na asa anterior esquerda, 9 criada m ais quentes do dia, com o Graphiini; essencialmente
obutírico (m anteiga podre) no quinto estádio, ou de terpe- de larva) (AT). M uitos am bientes, inclusive antrópicos. ausentes no inverno. V ida curta no adulto (m édia 7-10
nos nos estádios anteriores. As pupas ficam eretas, susten­ Lagarta aceita quase todas as espécies de Aristolochia, dias), longa na lagarta e pupa (deis meses ou mais),
tadas por um fio de seda; podem ser lisas ou rugosas, com sendo a única P arides que cresce bem em A. galeata. MT form ando gerações bem destacadas, m uitas vezes sin­
chifres, tubérculos e placas protuberantes. U m a parte das cronizadas entre todas as espécies, pelos intervalos de
pupas de cada geração, e no outono todas, entra em dia- G raphiini (10-18); m achos pousam em areia úm ida na
chuvas; o m esm o aplica-se a quase todos os Papilionidae
pausa até a prim avera seguinte, podendo ficar em estado m argem de riachos, sugando água, absorvendo sais e
do Japi.
de anim ação suspensa por dois ou mais anos em caso de substâncias nitrogenadas e expelindo o resto em jatos
regulares (cada 3-10 s) pelo ânus. Fazem vôos m uito 20. Pterourus m enatius cleotas (Gray, 1852) (SM). A
clim a seco ou desfavorável. Provavel­
elegantes no dossel, parecendo pequenas pipas brancas. fêm ea pode parecer-se com o m acho, ou ser m anchada de
m ente ocorrem no Japi mais três a sete espécies de Papil­
Fêm eas raram ente vistas em flores altas, especialm ente verde difusa, im itando B attus polystichtus. O m acho, que
ionidae; uma de B attus (crassus) e Pcu ides neophilus), até
C om positae (Piptocarpha na prim avera, Eupatorium o im ita B. polydam as, é visto em areia úm ida e em flores
quatro de G raphiini, inclusive o quase extinto E urytides
ano todo) e Lantana (V erbenaceae). O vipositam rapida­ altas, com o de Paineira (C horisia). Lagarta em Persea
ip h ita s, tipo do gênero (parece um dolicaon com cor de
m ente em brotos novíssim os-das plantas-hospedeiras. A l­ rigida n o alto do Japi, C ryptocaria aschersoniana em
am arelo-forte), e duas de H eraclides (androgeus e torqua-
gum as espécies m igram do Japi para o interior a cada ano. outras partes da Serra (am bas Lauraceae). AMRDH
tus).
Troidini (1-9); alim entam -se, quando lagartas, de Aris- Para m aiores inform ações, veja Brown ( 1991b) e De Vries
2 1 . P tero u ru s sca m a n d er g ra yi (B dvl., 1836) (SM).
tolochia (“jarrinhas”), e arm azenam substâncias tóxicas (1987).
H abita cam pos de flores, m atas sazonais e frias, zonas
das folhas (ou do galho, que roem antes de form ar pupa), rurais (abacatais) e cidades; im ita Battus polydam as. La­
10, 1 lf. Protographium asius (F. ,1781) (A T). Ripário ou
passando-as para os adultos que assim se tom am prote­ em topos de morro, m im etiza P arides bunichus. M uito garta em Lauraceae (Ocotea, Persea, Nectandra, C rypto­
gidos contra alguns predadores. São m im etizados por com um no Japi. Lagarta enrola folhas de A nnona cacans caria), chegando a ser praga de abacateiro, M agnoliaceae
outras espécies palatáveis de Papilionidade e de outras (A nnonaceae). M RDH (M ichelia, Talaum a), e muitas outras fam ílias de plantas
famílias. Battus voa em dossel de floresta ou cam po aberto; exóticas e ornam entais, em cidades. A M CSD
Parides prefere o interior da floresta úmida, em clareiras, 12. P rotesilaus helios (Rothsch. & Jord., 1906) (AT). Rara
mas todas saem para o cam po com flores, e uma prefere no Japi, m igra para o interior. Lagarta em M ich elia 22. 23f. H eraclides hectorides (Esper, 1794) (SM). A
am bientes abertos. V eja Brown et al. (1981) e M orais & ch a m p a ca (magnoliácea exótica usada em arborização de fêm ea im ita Parides. Habita floresta densa, machos na
Brown (no prelo), para m aiores inform ações. ruas urbanas), talvez usaria Tala um a ovata no Japi. MRH areia úmida, am bos os sexos em flores. Lagarta em Piper
am a lago (Piperaceae), raram ente em Rutaceae (Z antho-
xylum , Cilrus). M TARH

24, 25f. H eraclides a. astyalus (Godt., 1819) (24, C am pi­


nas - SP) (AT). A fêm ea imita B attus polydam as\ também
existem fêm eas am arelas com o o m acho (form a “oebalus” ,
geneticam ente recessiva, sem ligação com o crom ossom a
Y). Floresta aberta, flores, areia úm ida (macho). Lagarta
em Esenbeckia febrífuga, eventualm ente em C itrus e
outras R utaceae. M TSH

26, 27fV. Heraclides thoas brasiliensis (Rothsch. & Jord.,


1906) (AT). Lugares perturbados. Lagarta em diversas espécies
de Piper. também em várias Rutaceae inclusive Citrus,
Esenbeckia, e Zanthoxylum, não constituindo praga. TMSRH

28V. H eraclides anchisiades capys (Hbn.. 1806) (AT).


Comum em cidades, cam pos e pom ares, onde causa m uito
estrago em Citrus, pelas larvas gregárias que se alim entam
à noite e descansam na base do tronco (ou juntas em folhas)
de dia. TM SRH


Fig. 15
Figura 8.15 - Hesperiidae: Pyrrhopyginae e Pyrginae — 1 dias, foi visto de novo (m acho) em maio de 1990, pousada 19fV. C hioides c. catillus (Cr., 1779) (AS). C om um em
(0 .5 5 x ta m a n h o n a tu ra l). verticalm ente num a pedra e bebendo água diretam ente da hábitats abertos. Lagarta em Legum inosae, inclusive soja
H esperiidae ou “ skippers” (pelo vôo rápido, errático, torrente. Talvez costum e habitar o dossel d a floresta. MR {G lycine m ax). TS
dançante) caracteriza-se por ter corpo robusto, antenas
geralmente reflexas na ponta (com detalhes im portantes na Pyrginae, parte I (8-63): pequenas a grandes, com cores 20V. Aguna asander asander (H ew ., 1867) (NT). Rara no
identificação das subfam ílias e gêneros), seis pernas fun­ distintas de branco, azul, verde, am arelo. A antena é mais Japi. Pousa por baixo de folhas, com asas fechadas. La­
cionais em am bos os sexos, cores em geral som brias (há grossa antes da ponta dobrada. M uitas espécies desta garta em Bauhinia. TS
exceções espetaculares, na Figura 8.15) e grande diversi­ prim eira m etade da subfam ília (revisada p o r Evans, 1952)
21 V. Aguna a. albistria (Plõtz, 1881) (CE). Um só registro
dade. Há mais de mil espécies no Brasil, quase 900 na têm a asa posterior prolongada, às vezes em “cauda” muito
do Japi U /in /9 0 ). TSC
região A tlântica, e até 320 no Japi, das quais 245 já foram com prida (C hioides, alguns U rbanus) com função descon­
registradas e estão alistadas aqui, com 215 ilustradas hecida -— talvez atrair predadores, pois m uitas vezes está 22 V. Typhedanus cram eri M cH enry, 1960. (A M ). A Serra
(menos algum as Pyrginae e H esperiinae, veja fim das faltando em indivíduos observados rio carnpo. Q uase sem ­ do Japi é o lugar m ais a sudeste que esta espécie foi
legendas das figuras). No fim de oito anos de am ostragem pre pousam com asas abertas cu semifechadas, em flores encontrada. Escassa, em florestas. TM AH
intensiva, ainda se registram duas a cinco novas em cada ou na beira d 'águ a, mas m uitos habitam o interior da
floresta, pousando por baixo das folhas. O vôo é irregular 2 3 V . T yp h ed a n u s u n d u la tu s ( H e w .. 1 8 6 7 ) (N T ).
visita, especialm ente no verão ou em am bientes especiais
m as pode ser m uito veloz. As plantas de alim entação são Freqüente em am bientes perturbados, pousando no chão
(topos de m orro, beiras de riachos, e especialm ente
quase sem pre dicotiledôneas, especialm ente L egum ino­ com asas fechadas. TSC
m anchas de flores). A maioria tem distribuição bastante
am pla e ocorrência im previsível entre lugares e anos, pois sae. O s adultos são especialm ente im portantes (com o to­
24fV. Typhedanus stylites (H err.-Sch., 1869) (SM). Um
são m igratórios em larga escala, sem pre buscando grandes dos os Hesperiidae) com o polinizadores de flores em geral.
só registro no Japi, em flores no cam po de altitude, em
m oitas floridas, que as concentram de m aneira im pres­ m arço de 1990. ACS
8. P hocides polybius p hanias (B urm ., 1879) (AT). Muito
sionante. M ais de 100 espécies podem ser vistas em um só
escasso no Japi. Lagarta vistosa, preta com anéis am arelos
dia durante as florações de Eupatorium e Vernonia em 25. Polythrix o. octom aculata (Sepp, 1848) (NT). Em
e cabeça verm elha, em M yrtaceae {Eugenia, Psidium , até
m arço e abril. M uitas espécies também pousam em areia flores, sem pre pousando com asas totalm ente abertas e
Eucalyptus)', a pré-pupa é farinácea e branca, parecendo
ou barro na m argem de rios ou poças. A sistem ática segue planas. Lagarta em Cassia. TSA C
mofada-. TM SH
os catálogos de Evans (1951-1955) e os trabalhos mais
26V. C odatractus am inias (H ew ., 1867) (AT). Em flores
recentes de Steinhauser (1981, 1987, 1989) e M ielke 9. Phocides pigmalion hewitsonius (Mab., 1883) (AS). Mi­
de dossel de floresta ou cam po sujo. Separada de Urbanus
(1967, 1971, 1972, 1975, 1989; Biezanko & M ielke 1973, gratório, bastante raro no Japi, em flores no fim do verão. MACS
dorantes pela faixa contínua na asa anterior. TM SCD
entre outros). M ielke ajudou diretam ente na identificação
10fV. Phocides pialia m axim a (M abille, 1888) (SM).
de todas as espécies do Japi. 27. R idens fu lim a Evans, 1952 (SM). Em floresta úmida;
Bastante variável. Voa m uito alto em clareiras na mata,
pousa p o r baixo de folhas, com asas fechadas. MA
Pyrrhopyginae (1-6): grandes, às vezes m uito coloridos, mas desce para visitar flores, inclusive as da Paineira
muito ligados à água e flores. A antena é m ais grossa após (Chorisia), onde chega a ser com um em março. M AD 28. U rbanus p. proteus (L., 1758) (NT). Em campos,
a curva, na ponta (com pare Phocides e outros Pyrginae, baldios e outros am bientes ruderais, quase nunca visto no
11. Phanus australis M iller, 1965 (AT). P ousa por baixo
com antena mais grossa antes da dobra). O vôo é poderoso Japi. Pousa em flores com asas semi-abertas. Lagarta em
de folhas na m ata escura, de asas abertas. TM
e m uito veloz, quando o anim al está assustado. Pousam Legum inosae, chega a ser praga de diversas espécies cul­
geralm ente de asas abertas, exceto à noite ou eventual­ 12. Augiades e. epim ethea (Plõtz, 1883) (P araopeba - MG) tivadas. TM SC
mente em areia úm ida (certos gêneros). (AT). Vista um a só vez no Japi, pousando em flores altas 29. 30V . Urbanus pronta Evans, 1952 (NT). Pousa por
de asas totalm ente abertas — 10/11/1990. TS baixo de folhas, com asas fechadas. D ifere de 28 e 31-34
IV , 2. M im oniades versicolor (Latr., 1824) (SM ). Resi­
pelas caudas mais curtas, o tam anho, as manchas transpa­
dente com um no Japi, sem pre encontrada sugando água na 13V. Proteides m ercurius (F., 1787) (NT). Freqüente em
rentes na asa anterior, e as faixas escuras na asa posterior,
beira dos riachos. M ACTR flores e na m argem de riachos dentro da m ata, pousando
lado ventral; para efetuar identificação segura das espécies
de asas fechadas. Lagarta em Legum inosae. TM R
3V. Sarbia dam ippe Mab. & Boul, 1908 (SM ). Em brejos deste grupo, com pare-as na Figura, e veja revisão de
de altitude, vista mais em flores no fim do verão. AC 14. Epargyreus s. socus Hbn., 1825 (AT). C om um em S teinhauser (1981). T
m argem de riachos dentro d a m ata, pousando com asas 31. Urbanus esm eraldus (Butler, 1877) (NT). Comum em
4, 5fV. M yscelus am ystis epigona H err.-Sch., 1869 (AT).
fechadas. Lagarta em Legum inosae. TM R floresta perturbada. V ista ovipositando em Urera (urtigão,
Comum em diversos am bientes, em flores. Lagarta em
Urticaceae) no Japi. TM A SC
Sapindaceae. TM A SC 15V. Epargyreus e. exadeus (Cr., 1779) (AS). Hábitos como
E. socus, lagarta em Bauhinia e feijão (Leguminosae). TM R 32. Urbanus esta Evans, 1952 (NT). Localm ente comum
6V. Passova polem on (Hopff., 1874) (SM ). C olocada por
em floresta, clareiras, topos de morro. A cim a mais azul-
Evans (1951) no gênero Pyrrhopyge (m uito parecido com 16V. Polygonus leo leo (Gm., 1790) (NT). M achos defen­
verde que U. proteus, geralm ente de tam anho menor que
P. charybdis), transferida a Passova por M ielke (com. dem territórios aéreos no crepúsculo, e pousam por baixo
as outras espécies verdes. TM ASH
pess.). Em flores, nos cam pos de altitude, no verão; larva de folhas, com asas abertas, ou em cim a delas, com asas
em Sapindaceae. AC fechadas, de manhã. Lagarta em Lonchocarpus (Legum i­ 33 V, 34. Urbanus viterboana alva Evans, 1952 (NT).
nosae). TMS C om um no Japi; hábitos com o os anteriores, m enos res­
(j ^ (Jxynetra roscius iphim edia Plõtz, 1886 (SM ). A
trito à m ata. TM S
prim eira borboleta vista pelo autor no Japi, logo acim a da 17V, 18. Polygonus m anueli Bell & Com stock, 1948
represa do DAE em 18/1/84, foi um a das apenas duas (NT). M esm os hábitos que P. leo, com a m esm a planta- 3 5 ,36V. Urbanus d. dorantes (Stoll, 1790) (NT). Comum
fêmeas conhecidas para a espécie; som ente após 2.300 hospedeira {Lonchocarpus) e tam bém Bauhinia. TM S em floresta perturbada, áreas abertas, flores, até na cidade,
pousa com asas fechadas, e defende territórios em clareiras
à tarde. Lagarta em Legum inosae. TM SC

37fV. (Jrbanus teleus (H bn.. 1821) (NT). M uito com um.


No macho, falta a dobra costal na asa anterior, presente nas
duas espécies seguintes. Lagarta em Cyperaceae e Gram in-
eae (Rottboelia). TMS

38V. Urbanus sim plicius (Stoll, 1790) (N T). M acho com


dobra costal na asa anterior; linhas na posterior, lado
ventral, diferentes de teleus. Lagartas em C anna (Canna-
ceae) e Tipuana (Legum inosae). TM S

39V. Urbanus procne (Plötz, 1880) (NT). Faixa branca na


asa anterior menos evidente do que nas duas espécies
anteriores. Lagarta em Cynodon (G ram ineae). TM S

40. Urbanus albim argo rica Evans, 1952 (AT). V oa em


clareiras da floresta e flores. TM

41. U rbanus virescens (M ab., 1877) (AS). M uito com um


no Japi, em clareiras e cam inhos, defendendo locais para
esperar fêm eas, na parte da tarde; os m achos são m uito
agressivos, perseguindo qualquer coisa em m ovimento.
Lagarta em Vigna (Legum inosae). TM A

42. U rbanus c h a lc o iH bn., 1823)(N T). Escassa, em flores;


provavelmente m igratório. V ôo muito elegante; pousa por
baixo das folhas. TMS

4 3 V. N arcosius colossus granadensis (M öschl., 1878)


(AS). C om um , em flores e dentro da m ata, no sol. Veja
Steinhäuser (1989). TM A SC

44V , 45. Astraptes f. fu lg era to r (W alch, 1775) (AS).


C om um em floresta perturbada. Lagarta em Cassia e
outras Legum inosae. TM SH

46. A straptes naxos (H ew ., 1864) (SM ). Com um no Japi.


Pousa com asas sem i-abertas, com o os outros Astraptes,
três a cinco m acim a do solo. MA

4 7 V. Astraptes aulus (Plötz, 1881) (AS). N ão com um.


Acima, com m uito azul na base das asas. TM H

48 V. Astraptes aulestis (Cr., 1780) (N T). A cim a, mais azul


que naxos; reconhecida pela m ancha branca tom ai na face
ventral da asa anterior. T

49, 50V. A straptes elorus (H ew ., 1867) (SM ). F aixa


subm arginal da face ventral da asa anterior contínua.
Comum em topos de morros. TM A H

5 IV . Astraptes creteus siges (M ab., 1903) (AT). Lado


dorsal com o elorus. Faixa subm arginal da asa anterior,
face ventral, descontínua; m ancha branca variável no ân­
g u lo t o r n a i d e s t a a s a . L a g a r ta em Jacaranda
(Bigr.oniaceae). TM ASH

52. Astraptes a. alardus (Stoll, 1790) (AS). Rara, em topos


de morro. Lado superior com o elorus. AMH
53 V. Astraptes a. anaphus (Cr., 1777) (AS). Com um em
flores no verão e outono. Lagarta em folhas de feijoeiro.
TM A CS

54. Autochton zarex (H bn., 1818) (NT). Em floresta ciliar


ou úmida. V oa de m anhã ou mais tarde em flores; pousa
com asas abertas. MR

55 V. Autochton neis (G eyer, 1832) (AT). Com um em


am bientes ribeirinhos ou superúm idos. Pousa por baixo de
folhas, exceto de m anhã quando voa e pousa em cima
delas, com asas sem i-abertas. TR

56. Salatis salatis (Stoll, 1782) (NT). V oa e visita flores


intensivam ente no crepúsculo e ao am anhecer; às vezes é
perturbado e sai voando dentro da m ata, onde pousa por
baixo d e folhas, com asas com pletam ente abertas. TM

57. D yscophellus porcius doriscus (H ew ., 1867) (AT).


M esm os hábitos crepusculares que Salatis. Lagarta em
C roton (Euphorbiaceae). TM

58. D yscophellus ram usis dam ias (Plõtz, 1882) (AT).


M esm os hábitos que os anteriores. Lagarta em Annona-
ceae. TM

5 9 ,60f. N ascus p hocus (Cr., 1777) (NT). Pode ser com um


no Japi, inclusive em flores de Paineira, ao anoitecer e
am anhecer. Lagarta em Serjania (Sapindaceae) e Melia-
ceae. TM S

61 .S a rm isn to ia a lm eidai M ielke, 1967 (CE). Crepuscular


e fossório. TM S

6 2 . C ela en o rrh in u s s. sim ilis H ayw ard, 1933 (D l).


Freqüente em florestas escuras, voando na sombra. Pousa
por baixo de folhas, com asas abertas. Visita flores de
Passiflora violacea e outras que aparecem dentro de flor­
esta. TM

63. C elaenorrhinus eligius punctiger (Burm eister, 1878)


(LA). Florestas úmidas. TM AB.

Espécies não ilustradas nesta prancha:


Aguna w illiam si H ayw ard, 1935 (AT). C om o albistria,
com bastante verde no lado superior. Rara, em floresta
tropical e cam po. TCS

P olythrix caunus (H err.-Sch., 1869) (NT). Sem elhante a


P. octom aculata (25) com cabeça verde, não marrom.
Raro, em topos de morro. TM AH

U rbanus doryssus albicuspis (H err.-Sch., 1869) (AT).


Com o albim argo (40), com a borda branca da asa posterior
em foram de W (incisa pela negra). TM

A utochton reflexus Mab. & Boullet, 1912 (AT). Parecido


com A. neis (55), com faixa branca na asa anterior mais
estreita, pontuda na extrem idade. Clareiras na floresta. T
F igura 8.16 - H esperiidae: Pyrginae, parte 11 (0.7 x
tam anho natural).
V eja discussão geral dos Pyrginae na legenda da Figura
8.15. Esta parte inclui espécies com hábitos próxim os aos
da parte I, mas a maioria freqüenta areia ou barro úmido
antes de aparecer em flores, ou ocorre em cam pos abertos.
Inclui m uitas espécies que têm a asa anterior semi-ar-
queada devido a um a costa mais curta do lado inferior que
o superior (asa-de-m orcego). A lgum as são m uito vistosas
(Pythonides, Sostrata), “bizarras” (G indanes, Antigonus),
ou abundantes (H eliopetes, Pyrgus). As lagartas comem
dicotiledôneas de diversas famílias; os adultos pousam
com asas abertas ou sem i-abertas, com poucas exceções.
Veja o catálogo de Evans (1953).

IV . Spathilepia clonius (Cr., 1775) (NT). Rara, em flo­


resta de altitude. AMH

2V. O echydris chersis evelinda (Butler, 1870) - inclui a


form a rufus Evans (1953), ilustrada (SM ). Ocorre próxim o
à água. P ousa com asas fechadas, em clareiras na mata.
MAR

3V. M areia íam yris tam yroides (Feld. & Feld., 1867) (Dl).
Rara mas regular no Japi, talvez a localidade mais m eridi­
onal da espécie. O corre em flores ou am bientes som bre­
ados dentro da floresta. Pousa de asas fechadas. MA

4V . C ogia calchas (H err.-Sch., 1869) (NT). Em am bientes


abertos, inclusive cerrado e cam po natural. Pousa no chão,
com asas fechadas. TM SC

5V. Telem iades am phion m arpesus (Hew., 1876) (AT).


Em floresta; pousa em folhas, com asas abertas. Lagarta
em Legum inosae. TM

6V. Telem iades vespasius (F., 1793) (LA). Raro; pousa


por baixo de folhas, com asas abertas. Voa dentro de
floresta densa. T

7. Telem iades l. laogonus H ew ., 1876 (Dl). O casional no


inverno, em áreas perturbadas. TS

8. P o lycto r p. p o ly clo r (P rittw ., 1868) (N T). M uito


variável. Com um na beira d ’água, pousando com asas
abertas, também pousa em folhas na mata. Lagarta em
Ipom oea (Convolvulaceae). TM R

9. Sophista aristoteles plinius Plõtz, 1882 (SM). Pousa


com asas com pletam ente abertas, em margem de riacho;
não com um . M AR

10f, 11V . N iso n ia d e s bip u n cta S ch au s, 1902 (AT).


C om um no Japi, pousada em margens de riachos, com asas
abertas. Lagarta em P iper (Piperaceae). TM R

12V. N isoniades brazia Evans, 1953 (AT). M esmos hábi­


tos que N. bipuncta. TM R

13 V. N isoniades m acarius (H err.-Sch., 1870)(N T). Muito

Fig. 16 variável, com os m esm os hábitos que o anterior. TM R


14. Pachyneuria inops (M ab.. 1877) (AT). H ábitos com o 36V. Z era tetrastigm a erisichton (Plõtz, 1884) (AT). M es­ 55V. A nisochoria sublim bata M ab., 1883 (SM). M esmos
Nisoniades, mais escassa. TM R mos hábitos que acima. AM TH hábitos que a anterior. TM R
37V. Q uadrus u-lucida (Plõtz, 1884) (Dl). Rara no Japi,
15V. PeUicia c. costinicicula Herr.-Sch.. 1870 (NT). H ábi­ 56V. A nisochoria superior M ab., 1894 (LA). M esmos
em floresta ou ao longo dos riachos, pousando em folhas
tos com o os anteriores, fêm ea encontrada em flores ou hábitos que as anteriores. TR
e flores. Larva em P iper (Piperaceae), form ando um
pousada em folhas próxim as à água. TM RSC
“ninho” num a dobra de folha (com o a maioria dos Pyrgi­ 5 7 V. A chlyodes busirus rioja Evans, 1953 (AT). Habita a
16V. Pcilicia t. theon (Plötz, 1882) (CE). Rara, em cam pos nae). TM R floresta, pousa em manchas ensolaradas, na areia, ou em
próxim o à água. TSCR flores, com asas abertas. U ma das m aiores Pyrginae. La­
38V. Q uadrus cerialis (Stoll, 1782) (NT). Em florestas,
pousando em cim a de folhas no sol, com asas abertas. garta em C itrus (R utaceae). MR
17. G orgopas petale (M ab., 1888) (SM ). Com um no Japi.
na beira d'água. O m acho tem o tórax m uito verde. A Lagarta em Piper, dobra pedaços da folha. TM
58. A ch lyo d es m ithradates thraso (Jung, 1792) (NT).
abertura das asas depende do sol e calor. TM R Comum ; pousa na beira d ’água ou em folhas e flores, com
39. G indanes b. brebisson (Latr., 1824) (AT). A asa
asas abertas e arqueadas. Lagarta em Rutaceae. TM R
18, 19V. N octuana diurna (Butler, 1870) (SM ). M uito posterior é azul no lado ventral, com o em Quadrus. Pousa
com um no Japi. em areia úmida no verão; cores sutis, mas com asas abertas em manchas de sol ou flores. M AD 59, 60V . A nastrus ulpianus (Poey, 1832) (SM ). Comum
brilhantes no sol. M AR no Japi, pousando em flores, com asas abertas. TM AH
40. Pythonides lancea (Hew., 1868) (SM ). C om um em
20V. Viola xiolella (M ab.. 1897) (AS). Rara no Japi, florestas. Pousa em folhas com asas abertas; m uito bonito
6 IV. A nastrus sem piternus sim plicior M õschler, 1876
pousada na beira d ’água. TS quando em vôo lento de m arcação de território. AM
(AS). R aro no Japi, em topo de morro. AMH

2 IV. Bolla atahuallpai Lindsey, 1925 (AS). Freqüente, 41. Pythonides jovianus fabricii Kirby, 1871 (AS). M uito 62. A nastrus o. obscurus (Hbn., 1824) (SM). Raro, em
pousada na beira d'água. TM R raro no Japi. TM topo de morro. AMH

22V. Bolla catharina Bell, 1937 (AT). A bundante, pou­ 42V , 43. Sostrata cronion (Feld. & Feld., 1867) (AT). 63. Ebrietas infanda (Butler, 1876) (AS). Em floresta;
sando em grandes grupos nas margens de riachos, com asas C om um em florestas. Pousa em folhas, de asas abertas, vista no Japi som ente no dia 24/1/90, pousada no chão com
semi-abertas até abertas. V ariável em padrão. TM AR m ostrando a faixa azul na asa posterior. TM A S asas abertas, próxim a à represa do DAE. M

23V, 24V. Staphylus incisus (M ab., 1878) (AT). M uito 44, 4 5 V. Sostrata b. bifasciata (M én., 1829) (AS). M es­
64. Ebrietas a. anacreon (Staud., 1876) (NT). Comum no
abundante no Japi, em beira d ’água, com asas abertas. m os hábitos que S. cronion, mas menos com um ; as cores,
Japi, pousando em beira d ’água e nas flores. TM SR
M uito variável em cor, mas asa posterior sem pre com a mais apagadas, são fragm entadas nas asas. TM
borda bem incisa. TM AR 65. C ycloglypha tisias (Godm. & Salv., 1869) (NT). Comum
46. M ilanion leucaspis (M ab., 1878) (AT). Em floresta,
em floresta perturbada; pousa de asas abertas e a anterior
25V. Staphylus ascalon (Staud., 1876) (AT). Com um , nas flores. Lagarta dobra pedaços de folhas de A nnona e
arqueada, em folhas e flores. Lagarta em Citrus. MAS
menos variável que incisus. TM AR Rollinia (A nnonaceae). TM AH
66. H elias pha la en o id es p a lpalis (Latr., 1824) (AT).
26V. Staphylus epicaste m elangon (M ab., 1883) (CE). 47, 48. C arrhenes canescens p allida Rõber, 1925 (AT).
M uito com um em floresta perturbada e em flores. TM S
Rara, am bientes abertos. TSC Com um no Japi, em floresta, flores e areia úmida. C olo­
ração muito variável. TM ASR 67. C am ptopleura auxo (M õschler, 1878) (NT). Freqüente
27V. Trina g. geom etrina (Feld. & Feld., 1867) (AS). Voa em floresta e na beira do riacho, com asas abertas e as
em sub-bosque de floresta perturbada, próxim o à água. Os 49. M ylon m enippus (F., 1776) (NT). C om um em flores anteriores arqueadas. MR
machos fazem curtas disputas em círculos fechados, pela em áreas p e rtu rb ad as, p o u san d o com asas ab ertas.
posse de manchas ensolaradas dentro da floresta. Pousa TM A SC 68V . C am ptopleura ja n th in a (Capr., 1874) (AT). Rara no
em asas abertas a semifechadas, dificilm ente encontrada Japi, em floresta. TS
50. X enophanes tryxus (Stoll, 1780) (NT). C om um em
em areia úmida. TM
florestas perturbadas e áreas abertas; pousa com asas ab­ 69, 70V . T heagenes dichrous (M ab., 1878) (SM). Resi­
28. D iaeus I. lacaena (Hew., 1871) (AS). Pousa em m ar­ ertas, em cim a ou em baixo de folhas. Lagarta em Pavonia dente com um no Japi. Pousa com asas sem i-abertas em
gens de riachos em bandos, com asas abertas. Padrão de (M alvaceae). STM lugares perturbados, de altitude. Lagarta em Vitex (Ver-
coloração bastante variável. TM R benaceae), árvores com uns no Japi. AMS
5 1 ,52V. A ntigonus erosus (H bn., 1812) (NT). C om um em
29V, 30. G orgythion beggina escalophoides Evans, 1955 areia úm ida em margens de riachos; pousa com asas 71. C hiom ara asychis autander (M ab., 1891) (CE). O ca­
(AS). Vista na floresta, em pequenas flores do sub-bosque. sem i-abertas. Lagarta em M alvaceae. TM R sional na parte baixa do Japi; senta no chão, com asas
raramente em areia ou barro úmido. TM R 53. A ntigonus nearchus (Latr., 1824) (NT). C om um em abertas. Pode voar longam ente, cobrindo uma área muito
m argens de riachos, com asas abertas, fechando-as no sol limitada de maneira m inuciosa, à procura de alimento, sem
31, 3 2 V. G orgythion h. begga (K irby, 1871) (NT). pousar. Lagarta em Vitex (Verbenaceae). TS
da tarde; tam bém visto em flores. TM R
C omum em florestas, pousando com asas sem i-abertas ou
abertas, em cim a de folhas, no sol. MR 54V. Anisochoria pedaliodina extincta H ayw ard, 1933 72. C hiom ara m ithrax (M õschl., 1878) (NT). Ambientes
(CE). Pousa na beira d 'ág u a, com asas abertas até sem i­ de floresta. Hábitos e planta-hospedeira com o C. asychis,
33V. O uleusfridericus riona Evans, 1953 (AT). Raro, cm igualm ente rara no Japi. TM
abertas. As três espécies deste gênero no Japi são todas
áreas abertas. TS
com uns e representam três diferentes regiões biogeográfi-
34V. 35. Zera hyacinthina servius (Plõtz, 1884) (AT). Em cas, com vegetação distinta; dificilm ente podem ser vistas 73. 74. 75V. G esta gesta gesta (Herr.-Sch., 1863) (AS).
topos de morro e flores. AMTH juntas em outro lugar. TR Em am bientes abertos e baldios, m uito com um. Pousa com
asas semi-abertas, arqueadas. Lagarta em Legum inosae
(Cassia e Indigofera, anil). SC

76f, 77V, 78, 79f (escura). Pyrgus oi/eus orcus (Stoll,


1780) (NT). M uito com um em hábitats abertos ou pertur­
bados. Lagarta em M alvaceae, inclusive Sida. SC

80, 81V. Pyrgus com m unis òrcynoides G iacom elli, 1928


(AS). Em am bientes abertos e úm idos, inclusive brejos.
Lagarta em diversas M alvaceae. Raro no Japi. SCR

82V, 83f. H eliopetes a. arsalte (L. 1758) (NT). Muito


comum em am bientes abertos. D orm e em grupos semidis-
persos, em gram íneas baixas. Lagarta em M alvaceae, es­
pecialm ente Sida, com o as outras espécies do gênero. SC

84V, 85fV. H eliopetes m acaira orbigera (M abille, 1888)


(AS). Rara no Japi, em am bientes abertos. Lagarta em
Sida. TS

86V, 87, 88f. H eliopetes om rina (Butler, 1870) (AS).


Comum em am bientes abertos. Lagarta em Sida. TSM C

89V. H eliopetes alana Reakirt, 1868 (NT). M enos com um


que arsalte mas mais que m acaira e om rina, nos mesmos
am bientes, com os mesm os hábitos e planta-hospedeira.
Todos os membros de Pyrgus e H eliopetes pousam com
as asas somente um pouco abertas, ou m esm o fechadas.
SC

90fV. H eliopetes laviana libra Evans, 1944 (AT). Vista


uma só vez, em X I/91. M

Espécies não ilustradas na Figura:


N isoniades bessus m aura (M abille & Boullet, 1917) (AT).
Quase idêntica a brazia (12V), com os m esm os hábitos,
mas mais rara. TM R

Pellicia v. vecina Schaus, 1902 (SM). M uito rara; sem e­


lhante a P. costimacula (15) com um a m ancha triangular
de azul-clara no terço anal da asa posterior, face ventral.
AMS

Cycloglypha t. thrasibulus (F., 1793) (AS). M uito sem e­


lhante a C. tisias (65), variável com a estação do ano, e
com manchas androconiais diferentes; freqüente. TM S


Fig. 17
Figura 8.17 - H esperiidae: H esperiinae (0,7 x tam anho 16V. Corticea corticea (Plõtz, 1883) (NT). M uito com um 35 V. M oeris remus (F., 1798) (NT). Freqüente em florestas
natural). em áreas perturbadas. TM AS e topos de morro. TM ASH
Os H esperiinae (catalogados por Evans 1955) são m uito
17V. C orticea m. m endica (M ab., 1897) (SM ). Em clarei­ 36V. M oeris s. striga (G eyer, 1832) (AS). Escassa, em
num erosos e ocupam todos os hábitats na região neotropi­
ras na floresta, com um . TM A S topos de morro. AMH
cal e também no m undo inteiro. Pousam de asas fechadas,
ou em dias frios, com som ente as posteriores abertas, para 18V. Callimormus interpunctatus (Plõtz, 1884) (AS). Em 37 V. P arphorus pseudecora (H ayw ard, 1934) (SM). Rara,
colher o calor do sol. M uitas espécies têm áreas elevadas, sub-bosque de floresta úmida; comum no Japi, com vôo pouco em floresta úmida. MA
brilhantes, ou escuras na asa anterior do m acho, com vigoroso. Larva em Pseudoechinolaena (Gramineae). MA
escam as androconiais usadas na corte da fêm ea. A identi­ 38V. C obalopsis m iaba (Schaus, 1902) (= potaro W il­
ficação segura de m uitas espécies som ente é possível pela 19V. C allim orm us saturnus (H err.-Sch., 1869) (NT). liams & Bell) (NT). Com um em áreas perturbadas. TM SC
com binação dessas androcônias e o exam e da genitália do Com um em floresta perturbada e cam po sujo; no Japi.
macho, pois não há marcas salientes nas asas, uniform e­ som ente abaixo da represa do DAE. TS 39V. C obalopsis vorgia (Schaus, 1902) (SM). Rara, nos
mente escuras. A lgum as espécies desviam dessa coloração topos de morro. AMSH
20V. Callim orm us beda (Plõtz, 1886) (SM ). O corre em
escura uniform e, apresentando cores de am arelo ou 40V . C obalopsis catocala (H err.-Sch., 1869) (SM). Raro,
ecótonos entre floresta de altitude e cam po. ACH
alaranjado, e ocasionalm ente manchas prateadas na face
em am bientes ruderais. SC
inferior; outras apresentam cores de verde ou azul. Os 21V. Sodalia dim assa (Hew., 1876) (LA). Rara, em cam ­
últimos gêneros (no final da lista) são im itadores de outros pos sujos. TSC 4 1 V. Arita m ubevensis (Bell, 1931) (D l). A m aior espécie
H esperiidae, principalm ente da subfam ília Pyrrhopyginae, do gênero, colocada em D ecinia p o r Evans. Rara, em
por razões ainda desconhecidas. Q uase todas as lagartas se 22V . Sodalia coler (Schaus, 1902) (AS). R ara em floresta floresta. TM S
a lim e n ta m d e m o n o c o tile d ô n e a á , e s p e c ia lm e n te perturbada. TM SR
42V . M orys c. com pta (Butler, 1877) (AS). Rara, em
gram íneas. Veja. M ielke (1971,1972) e Biezanko e M ielke
23 V. Artines aquilina (Plõtz, 1883). Freqüente em floresta florestas e topos. TM A H
(1973).
úmida. TM
Várias espécies identificadas não ilustradas são de cor 4 3 V. M orys g. geisa (M õschl., 1878) (AS). Comum em
bastante uniform e de negro ou bege, nos dois lados das 24V. Thargella evansi Biezanko & M ielke, 1973 (LA). flores e am bientes perturbados. ACS
asas, na maioria dos casos. Estão alistadas no fim desta Rara, na floresta. TM S
legenda. 44 V. C um bre cum bre (Schaus, 1902) (SM). M uito comum
25V. Lucida lucia (Capr., 1874) (SM). Ocasional em no alto do Japi, em clareiras, cam inhos e flores baixas na
clareiras da floresta. M floresta; algo variável. ACS
1V. Synapte silius (Latr., 1824) (NT). Em floresta. Lagarta
em coquinho e coqueiro (Palmae). M 26V. Lucida ranesus (Schaus, 1902) (SM). C om um , em 45 V. Psoralis stacara (Schaus, 1902) (SM ). Freqüente em
cam inhos na floresta. MA clareiras na floresta; bastante variável em coloração. MA
2V. Synapte m alitiosa antistia (Plõtz, 1882) (SM ). Rara,
em floresta. MA 27V. Phanes rezia (Plõtz, 1883) (LA). Escassa, em poucos 46V . Vettius artona (Hew., 1868) (AS). Florestas úmidas,
lugares ao longo do riacho, acim a e abaixo d a represa do escassa no Japi. M AH
3V . L ento k. krexoides (H ayw ard, 1940) (SM ). Não
DAE. TM R
com um , em clareiras na mata. MA 47V , 48. Vettius I. lafresnayei (Latr., 1824) (LA). Escassa
28V. Cym aenes gisca Evans, 1955 (AS). C om um em em topos de morro. AMTH
4,5V. Levina levina (Plõtz, 1884) (SM ). Locais isolados
clareiras e floresta perturbada, onde haja gram íneas, espe­
dentro da floresta. AH 49V . Vettius d. diversus (Herr.-Sch., 1869). Em floresta
cialm ente perto de água. TM S
úmida, pousada em flores pequenas ou em folhas no sol.
6,7V. Zariaspes m ys (Hbn., 1808) (NT). Em clareiras na
29V. C ym aenes t. tripunctata (Latr., 1824) (SM ). Com um Lagarta em palmeiras. TM
mata, comum; o m acho realiza vôos velozes em defesa de
em floresta perturbada, cam pos, flores, topos de morro.
lugares para espera de fêm eas. TM AS 50V. Vettius p hyllus p rona Evans, 1955 (LA). Em flo-res-
TM A SC
tas úmidas, rara no Japi; im ita Ithom iinae do litoral. TM
8. Anthoptus epictetus (F.. 1793) (NT). Com um em áreas
abertas e perturbadas dentro da floresta. A fêm ea é m ar­ 30V. Cym aenes distigm a (Plõtz, 1883) (SM). Rara em 5 IV . Paracarystus evansi (H ayw ard, 1938) (LA). Escassa
rom, parecendo um a Corticea (15-17). TM AS diversos hábitats. V oa à tarde. AM TH no Japi, em floresta. TM

9, 10V. Cantha ivea honor Evans, 1955 (SM ). C om um no 3 IV. Vehilius s. stictom enes (Butler, 1877) (AS). Em
alto do Japi, em flores. AMS m uitos am bientes perturbados, mas algo raro no Japi. MAS 52V. Justinia kora (Hew., 1877) (SM ). Rara, em floresta
úmida. A
11, 12V. Vinius letis (Plõtz, 1883) (LA). Raro em floresta
perturbada. TM R 32V. Vehilius clavícula (Plõtz, 1884) (SM ). Freqüente na 53V. E utychide physcella (H ew ., 1866) (SM). Voa em
floresta de altitude. AM C clareiras, pousa em flores. TM A C
13V, 14. Pheraeus argynnis (Plõtz, 1883) (SM ). N o Japi,
somente visto em floresta, em barrancos úm idos com 3 3V. Vehilius inca (Scudder,1872) (AS). Cam pos e luga­ 54 V. L am ponia elega m ula (H err.-Sch., 1869) (SM). Em
manchas ensolaradas entre 16he 17h, no cam inho da D AE res ruderais, infreqüente. AM CSH floresta e flores. ASC
às torres, 1.040 m , no verão. A
34V. M nasitheus ritans (Schaus, 1902) (SM ). Em floresta 55. Lam ponia lam ponia (Hew., 1876) (SM ). Não comum,
15V. C orticea noctis (Plõtz, 1883) (SM ). E scassa em e flores, muito com um no fim de verão a cabeça e protórax em floresta e flores. Lado inferior uniform e, sem as faixas
floresta e flores. TM AS são verdes, reluzentes ao sol. M ASC diferenciadas de eleganlula. MA
56V. M iltom iges cinnam om ea (H err.-Sch., 1869) (SM). 76V. Caligulana caligula (Schaus, 1902) (SM ). Comum 96V. Thespeius vividus (M ab., 1891) (SM). Muito abun
M uito com um no Japi em clareiras e cam inhos, sentando em flores no verão. V aria na extensão do branco d a asa dante. em cam inhos e flores. MAC
de asas fechadas, exibindo sua coloração de verm elho- posterior, lado ventral, desde o extrem o ilustrada até nen­
hum. AC 97,98V . Thespeius x. xarippe (Butler. 1870) (SM). In­
escuro rico. TM A
com um , visitando flores. O lado superior é sim ilar em
57V, 58fV. Enosis m isera (Schaus, 1902) (SM). Comum 77V. O rthos orthos hyalinus (Bell, 1930) (LA). Rara, em todas as espécies do gênero, com mais ou menos verde.
no verão, ao longo de cam inhos na floresta de altitude, à flores no verão. TM A TM A C
tarde. A
78. H ylephila p. phylaeus (Drury, 1770) (Cam pinas - SP) 99V . Vacerra c. caniola (H err.-Sch.. 1879) (Dl). In­
59fV, 60V. Vertica verticaiis (Plötz, 1883) (LA). Voa em (NT). Com um em am bientes antrópicos, inclusive gram a­ com um , voando de tarde e ao crepúsculo, visitando flores
flores altas, ao crepúsculo (notar os olhos verm elhos, com dos urbanos, contendo m uitas das espécies que servem de de árvores. M AC
pigm ento sensível a baixos níveis de luz). Visita árvores alim ento para a lagarta, m as rara no Japi. SC
100V . Vacerra bonfilius (Latr., 1824) (AT). Raro, em topo
floridas com o Paineira (Chorisia). TM
7 9 ,80V. Polites vibexcatilina (Plötz, 1886) (AS). Comum de morro, de manhã. AMH
61. Lychnuchus celsus (F., 1793) (SM ). Não com um no em lugares abertos e perturbados, mas rara no Japi. Lagarta
10IV. N iconiades nikko H ayw ard, 1848 (NT). Em flo­
Japi, em floresta úmida. MA em muitas espécies de gram íneas. SC
resta úmida, raro. TM
62f, 63. Carystus phorcus clauclianus (Latr., 1824) (LA). 81V. Pom peius pom peius (Latr., 1824) (NT). O corre em
102. N iconiades caeso M ab., 1891 (AT). M enos verde que
Em floresta úmida: crepuscular (notar os olhos verm e­ am bientes abertos. SC
nikko na face inferior, com um a linha branca mais estreita.
lhos). Lagarta em palmeiras. TM
82. Chalcone santarus (Bell, 1940) (AT). Raro, em brejos Lagarta em bam bus. M
6 4 V. L y c h n u c h o id e s o. o z ia s (H ew ., 1878) (SM ). e cam pos dentro de sistem as naturais. A fêm ea é bem
103 V. Saliana longirostris (Sepp, 1848) (NT). Com um em
Freqüente em floresta densa e úmida, visitando flores ou m aior, com mais am arelo. TM A CS
floresta densa e úmida, voando ao crepúsculo e am a-nhe-
pousada na sombra. TM A
83V. Euphyes kayei (Bell. 1931) (AS). Rara no Japi, em cer, em flores. TM
65V. Perichares philetas aurina Evans, 1955 (AT). Em floresta e flores. TMS
104V. Thracides c. cleanthes (Latr., 1824) (AT). Escassa
todos os hábitats, voa ao crepúsculo (notar olhos verm e­
84V. Euphyes sirene (M ab., 1904) (SM). Rara no Japi, em em flores, ao crepúsculo e amanhecer. Lagarta em co­
lhos), com um em flores. Lagarta em palmeiras. TM SCH
flores. MA queiro. TMS
66V. Perichares s. seneca (Latr., 1824) (SM ). Rara no
85V. E uphyes d. derasa (H err.-Sch., 1870) (SM ). Em 105V. Pyrrhopygopsis s. socrates (M én., 1885) (AT).
Japi; crepuscular. MA
floresta de altitude, no chão ou m uito baixo, especialm ente Incom um , em hábitats abertos. Pousa com asas fechadas e
67V. O rses itea (Swainson, 1821) (SM ). Em floresta, ao sol da tarde. A apresenta antenas típicas de H esperiinae, apesar de asse­
crepuscular em flores. Lagarta em bam bus na floresta de m elhar-se m uito a Pyrrhopyge. Lagarta em palmeiras.
86.V. M etron oropa (Hew., 1877) ( SM).
altitude. AB TM A CS
Incom um no verão, em lugares mais altos. A
68. Alera m etallica Riley, 1921 (SM ). Escassa; voa ao
87V. L erodea c. eufala (Edw ards, 1869) (NT). Com um
crepúsculo e cedo, de manhã, em flores. AM
em am bientes abertos. Lagarta em C yperaceae. TM A SC
69fV. Lycas argentea (H ew ., 1866) (NT). M atutina (desde Espécies não ilustradas nesta Figura:
88V. Lerodea erythrosticta (Pri,fw., 1868) (AT). Comum C o rtic ea ly sia s p o te x E v an s, 1955 (A S). S em elhante
a prim eira luz) em flores, pouco com um. O m acho tem
em am bientes secundários e abertos. TSCAH a C. c o r tic e a , escu ra com um a lin h a cla ra in terro m ­
faixas prateadas bem mais largas. AMH
p id a na asa an terio r. Em cla re ira s d a flo resta. TM A S
89V. P anoquina sylvicola (H err.-Sch., 1865) (NT). M uito
70V. Saturnus tiberius conspicuus (Bell, 1941) (LA). Em
com um em flores. Lagarta registrada em capim -gordura e C orticea sp. nov. (O. M ielke, m anuscrito) (SM ). Parece
floresta; machos defendem territórios em clareiras, de um
cana-de-açúcar (G ram ineae). TM A SC um a C. m endica, m enor e mais escura, com pontinhos
“poleiro” elevado. TM A
claros. Rara, na parte baixa do Japi. TS
90V. Panoquina hecebolus (Scudder, 1872) (NT). Rara,
71V. Phlebodes schm ithi (Bell, 1940). (LA). Em flores,
em flores. TM S Eutocus m atildae (H ayw ard, 1941) (AT). Pequeno, mar­
muito rara. TM
rom, com pontinhos espaçados. Raro. M A
91fV , 92. Z en is j. je b u s (Plötz, 1882) (SM ). Comum ,
72V. Q uinta cannae (Herr.-Sch., 1869) (NT). Em am bi­
visitando flores. O viposita em bam bus, na floresta de S o d a lia so d a lis (B utler, 1877) (N T). Uniform em ente
entes ruderais e perturbados, com gram íneas. O viposição
altitude. ABC preta; com um em áreas perturbadas e flores, especialm ente
observada em H eliconia e Canna. TS
em floresta ribeirinha. TM A SR
93 V. Nyctelius nyctelius (Latr., 1824) (NT). Muito comum em
7 3 V . C yn e a trim a c u la ta (H err.-S ch ., 1869) (A T ).
áreas abertas, visitando flores. Lagarta em muitas gramíneas, Phanes hoffm anni (Bell, 1940) (SM). M arrom -claro com
Freqüente em topos de morros, dentro da floresta em
inclusive arroz e cana, chegando a ser praga. TSCM vários pontinhos. Rara. A
manchas de sol. TM AH

74V. Cynea bistrigula (Herr.-Sch., 1869) (AS). Rara, nos 94V. Thespeius ethem ides (Burm., 1878) (SM). Comum Vidius sim ilis M ielke, 1980 (AT). Parecido com uma
em flores, no verão. AMCS C orticea m endica (17); raro. TS
mesmos am bientes que a anterior. TM AH
95V. Thespeius dalm.an (Latr., 1824) (NT). Raro no Japi;
75V. D ecinia decinea antus (M ab., 1895) (SM). Rara, em Vidius sp. nov. (M ielke, manuscrito) (AT). Tam bém pare­
separado de ethem ides pela falta de linha clara atraves­
floresta e flores. MA cido com Corticea, raro. TS
sando a asa posterior na face ventral. TS
C ym aenes lepta (H ayw ard, 1938) (SM ). Sem elhante a C.
gisca (28) mas bem maior, com asa anterior pontuda. Rara,
na floresta. AMH

C ym aenes perloides (Plõtz, 1882) (SM ). Pequeno e m ar­


rom, com um sem icírculo de pequenos pontos brancos na
asa posterior, lado ventral. Freqüente. AM C

Sucova sucova (Schaus, 1902) (SM). T oda preta, com o


M nasitheus ritans, sem verde. Rara. AMS

Papias phainis G odm an, 1900 (NT). Pequena e preta.


Rara. MA

Colabopsis nero (H err.-Sch., 1869) (AS). C om o um a mi-


aba (38), algo maior. Rara. TM AH

Lerem a lineosa (H err.-Sch., 1865) (AS). M arrom com um


“estigm a" preto grande atravessando a asa anterior do
macho. Rara, em floresta. TM

Arita arita (Schaus, 1902) (AS). Com o A. m ubevensis


(41), menor. Com um em partes. TM AS

Saturnus ca. m etonidia (Schaus, 1902) (LA). M uita rara;


parece S.t. conspicuus (70) com asa posterior mais escura
nas duas faces. AM

P h le b o d ev c. ca m p o B ell, 1947 (L A ). P arecid o com


P. s c h m ith i (71); raro, em flo re sta. TM S

D ecinia m am m oea (H ew itson, 1876) (SM). Sem elhante a


D. antus (75). Rara, em floresta. M AT

C onga chydaea (Butler, 1870) (NT). M arrom , com pon­


tinhos variáveis. Incom um. TM SC

C onga im m aculata (Bell, 1930) (SM). Preta, com asa


anterior bem pontuada. Em brejo. A

W allengrenia prem nas (W allengren, 1860) (AS). Sem e­


lhante a ChaIcone santarus (82); rara. A

M el lana eulogius (Plõtz, 1883) (NT). Sem elhante a Chal-


cone santarus (82); rara. TM S

M ellana ca. angra (Evans, 1955) (A S). Sem elhante ao


anterior, com m enos am arelo. TMS

Thracides phidon (Cr., 1779) (NT). M uito parecida com


Astraptes naxos (Figura 9.15. n" 46). mas pousa de asas
fechadas. Vista no alto do Japi em 11/90. AC
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Summary

Butterflies of the Serra do Japi


The ( j2 s^ J e s of butterflies recorded in eight years observations in the Serra
do Japi, Jundiaí, São Paulo State (about 23°Íi2’-20' S, 4 cV - 4 7 ° w , with no-Hv
10.000 ha of partly disturbed íorcsts between /50 and 128o . ' aon) Qie
described di*: .sed. and in large part illustrated in color. Nearly two thirds are
endemic to the Atlantic Forest region, and nearly half of these restricted do habitats
at moderate elevations in the southeastern Brazilian mountains, one of the world’s
richest rain forest areas. Especially well-represented groups (with relation to the
general Atlantic Forest fauna) include Acraeinae (12 species), Ithomiinae (28
species), Nymphalinae (88 species), Pieridae (36 species) and Papilionidae (19
species), while Satyrinae and Riodininae are unusually poor in species in Japi. Few
species are resident, most invading in the summer, building up to large populations,
and then emigrating or crashing in the late fall due to a combination of environmental
factors, both physical (low temperature and humidity) and biological (foodplart
senescence, parasitism and predation of juveniles and adults). Many may use the
Japi summer resources as a yearly boost for their populations, which are generally
reduced and fragmented in the almost completely deforested interior of São Paulo
State; this emphasizes the importance of conserving thesp resources in their primi­
tive condition in Japi.

Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia,


Universidade Estadual de Campinas,
Caixa Postal 6109,13081 Campinas, São Paulo, Brasil

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