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CURITIBA
2010
II
CURITIBA
2010
III
TERMO DE APROVAÇÃO
RESUMO
ABSTRACT
The increasing of population in cities has brought together the generation of more
solid waste and the problem of their disposal. In the specific case of the Pinhais, a
city located in the metropolitan region of Curitiba, the rivers Atuba and Palmital suffer
from major pollution problems. Therefore, in an attempt to hold back this situation,
there is the extension project "Vida à Água", which focuses on two areas basically:
awareness and promotion of rational use of water and maintenance and restoration
of landscapes. For the project’s objectives to be achieved, it has been developed a
program of Environmental Education with teachers and students of two public
schools in the project: Felipe Zeni school and Aroldo de Freitas school, located in
Pinhais. This study aimed to develop the theme of composting and propose
measures to reduce waste generation in schools, through workshops with the
teachers and students in adult education. Additionally, we inserted two different
models of composters in each school. Thus it was possible to introduce concepts,
have an exchange of experiences with teachers and students participating, suggest
actions, and implementing the system of composting in both schools as an
alternative to the reduction of organic waste generated, which represent a large
volume.
Keywords: Environmental Education.Composting. Solid Waste.
VI
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
EA Educação Ambiental
SUMÁRIO
RESUMO ....................................................................................................................III
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................13
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................13
3. EMBASAMENTO TEÓRICO ................................................................................. 14
3.1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: HISTÓRICO ..................................................................... 14
3.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL ...................................................................... 16
3.3. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO ESCOLAR...................................................18
3.4 PROFESSORES E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...........................................................21
3.5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O ENSINO DE JOVENS E ADULTOS ................................... 22
3.6. PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................... 23
3.7 COMPOSTAGEM .................................................................................................. 24
3.7.1 Definição .................................................................................................... 24
3.7.2 Fases da Compostagem ............................................................................ 25
3.7.3 Fatores que influenciam a compostagem .................................................. 26
3.7.4. Tipos de Composteiras ............................................................................. 27
3.7.5 Características do composto orgânico .......................................................27
3.8. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A QUESTÃO DOS RESÍDUOS ............................................ 27
4. METODOLOGIA ................................................................................................... 29
4.1. IDENTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS JÁ OBTIDOS PELO PROJETO ANTERIOR REFERENTE À
PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ....................................................................... 29
4.2. REUNIÃO COM A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PINHAIS .....................29
4.3. PREPARAÇÃO DAS OFICINAS ............................................................................... 30
4.4 OFICINAS ........................................................................................................... 30
4.4. 1 Oficina com a EJA da Escola Municipal Felipe Zeni ................................. 30
4.4.2 Oficina com os professores da Escola Municipal Aroldo de Freitas........... 31
4.4.3 Oficina com os professores da Escola Municipal Felipe Zeni ....................31
4.5 ESCOLHA DAS COMPOSTEIRAS ............................................................................. 31
4.6. IMPLANTAÇÃO DAS COMPOSTEIRAS NA ESCOLA MUNICIPAL FELIPE ZENI................. 32
4.7. IMPLANTAÇÃO DAS COMPOSTEIRAS NA ESCOLA MUNICIPAL AROLDO DE FREITAS ..... 32
4.8. VISITA ÀS ESCOLAS PARA ACOMPANHAR O PROCESSO ........................................... 32
4.9. PLANEJAMENTO DO PROJETO PARA O ANO DE 2011 .............................................. 33
X
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. EMBASAMENTO TEÓRICO
Em 1981, foi criada a Lei 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional de
Meio Ambiente (PNMA), que estabelece, no âmbito legislativo, a necessidade de
inclusão da EA em todos os níveis de ensino, incluindo a educação da comunidade,
objetivando capacitá-la para a participação ativa na defesa do meio ambiente
(HENRIQUES et al., 2007, p. 13). Nesse mesmo ano, também foram criados o
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) (MININNI-MEDINA, 2001, p. 98).
Outro fato importante foi a promulgação da Constituição Federal de 1988
com um capítulo inteiro dedicado ao Meio Ambiente. A EA está prevista na
Constituição Federal no art. 225 § 1º inciso VI: "promover a Educação Ambiental em
todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio
ambiente".
Considerada uma das legislações mais avançadas do mundo em relação à
abordagem de questões ambientais, essa Constituição se destaca por criar os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que definem a obrigatoriedade da EA em
todos os níveis de ensino sem que ela seja tratada como disciplina isolada
(HENRIQUES et al., 2007, p. 14).
No ano de 1991, a EA passou a ser considerada pela Comissão
Interministerial para a preparação da Rio 92 como um dos instrumentos da política
ambiental brasileira, sendo então, criadas duas instâncias no Poder Executivo para
lidar com esse aspecto: o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental do MEC, que
em 1993 se transformou na Coordenação-Geral de Educação Ambiental
(COEA/MEC), e a Divisão de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). (HENRIQUES et al., 2007,
p. 13).
Durante a Rio 92, foi produzida a Carta Brasileira para Educação
Ambiental, que reconhece a EA como um dos instrumentos mais importantes para
viabilizar a sustentabilidade como estratégia de sobrevivência do planeta e,
consequentemente, de melhoria da qualidade de vida humana. A Carta também
admitia que o modelo educacional não era coerente com as reais necessidades do
país (HENRIQUES et al., 2007, p.14).
Mais tarde, em 1994, foi instituído o Programa Nacional de Educação
Ambiental (PRONEA), que acabou culminando com a formulação e promulgação de
18
3.7 Compostagem
3.7.1 Definição
4. METODOLOGIA
4.4 Oficinas
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Quantidade de resíduos sólidos gerados por tipo (Escola Felipe Zeni)
Tabela 2. Quantidade de resíduos sólidos gerados por tipo (Escola Aroldo de Freitas).
A coordenadora da EJA propôs, então, que fosse aplicada uma oficina para
os alunos da EJA, pois eles estavam interessados no assunto e a partir da oficina
poderia, inclusive, surgir a oportunidade de conseguir ajuda na montagem das
composteiras com os próprios alunos.
5.3 Oficinas
local para dispor o óleo de cozinha, visto que não tinham conhecimento de nenhum
na região. Outra aluna comentou que fazia sabão com o óleo e se disponibilizou a
explicar o processo em oficinas que serão realizadas no final do ano.
Em um trabalho desenvolvido por SANTOS (2007), em Araguari, Minas
Gerais, a compostagem foi implantada na comunidade escolar de forma a
multiplicar os conhecimentos aos cidadãos que estão direta ou indiretamente
relacionados com ela. O objetivo do trabalho, então, seria expandir a prática para
todas as residências da cidade, diminuindo os impactos com os resíduos orgânicos.
Para isso, foram selecionados alunos potencialmente multiplicadores para assistir
uma palestra sobre o assunto. O objetivo do presente trabalho também é ampliar a
prática da compostagem, sendo então passadas as informações necessárias para
que, em oficinas organizadas pela escola, esse trabalho seja divulgado. Assim como
no trabalho de Araguari, foi sugerido que os alunos que tinham mais experiência ou
que se mostraram mais interessados atuassem como multiplicadores podendo
aplicar as oficinas, possibilitando que a própria comunidade possa desenvolver o
projeto em suas casas.
Foi possível observar que havia uma enorme quantidade de cascas, sendo
cerca de três sacos de lixo cheios. Com isso, foi possível perceber que, futuramente,
caso o projeto das composteiras funcione da forma esperada na escola, haverá a
necessidade de expandí-lo. Essa quantidade também foi útil para ter a noção de
que, se todo esse resíduo um dia for compostado, já será uma grande contribuição
da escola para com o meio ambiente.
Em um projeto semelhante, desenvolvido por ADOLFO et al (2009), no
Centro Infantil Esperança do Amanhã, em Limeira, em que o processo de
compostagem foi implantado na escola juntamente com a EA, a compostagem, em
conjunto com a reciclagem e o reuso de materiais, foi responsável pela redução de
45
cerca de 70% do resíduo destinado à coleta pública. Esse trabalho mostra que, se
bem controlado, o projeto realmente funciona e traz resultados promissores para o
meio ambiente, além de possibilitar o envolvimento de alunos e professores com as
questões ambientais.
Devido ao tempo de execução curto (4 meses), não foi possível
acompanhar todo o processo de compostagem até a formação do composto. Porém,
resultados apresentados em projetos semelhantes, como o de Araguari, mostram
que essa prática tem bastante efeito e as atividades despertam o interesse dos
alunos. Um dos maiores problemas enfrentados na escola de Araguari, por exemplo,
foi conseguir elevar a temperatura até os níveis desejados, o que foi resolvido por
meio do controle do processo, a fim de manter o equilíbrio para a compostagem ter
um bom andamento.
5.6 Composteiras
perder menos calor para o ambiente, evitando problemas de, por exemplo, a
temperatura não atingir os níveis necessários para a prática, problema já citado
anteriormente no projeto desenvolvido em escolas em Araguari. A Figura 5 e a
Figura 6 apresentam as composteiras de tambor implantadas em ambas as escolas,
o cano de cima é colocado para a saída do gás carbônico gerado pela degradação
do material, enquanto que o cano de baixo, com um diâmetro maior, é colocado para
a coleta do composto, devendo ser tampado no caso da anaeróbica ou colocada
uma rede para evitar a entrada de insetos, no caso da aeróbica. A torneira presente
embaixo serve para que o biofertilizante, líquido formado pelos resíduos orgânicos e
excesso de umidade, caso se forme, seja retirado. Na Figura 7, pode-se verificar o
mesmo modelo de tambor, porém, com uma manivela, utilizada para revolvimento no
processo aeróbico. A parte interna da composteira anaeróbica pode ser observada
na Figura 8. Podem-se observar os pequenos orifícios ao fundo do tambor para a
passagem do biofertilizante, que ficará na parte de baixo, composta por metade de
outro tambor, que funciona como um recipiente. A rede é colocada para evitar que
resíduos passem pelos orifícios.
Esse modelo de composteira não exige muito espaço nem muito tempo de
dedicação, pois apresenta a vantagem do fácil revolvimento. O tambor deve ser
girado sempre que são adicionados novos materiais. Além disso, é um modelo fácil
e rápido de ser construído. Na Figura 9, é possível verificar o modelo implantado na
escola Felipe Zeni.
50
Após a oficina com a EJA, foi marcada uma data para que fossem
implantadas as composteiras na escola, sendo que uma delas seria montada com a
ajuda dos alunos.
A composteira de tambor rotativo foi levada pronta. Esta é composta de um
tambor que deitado, apresenta no seu centro uma abertura para a entrada do
material. O tambor apresenta orifícios em toda a sua superfície para facilitar a
aeração do material. Um cano atravessa o tambor e é utilizado para manter o tambor
no suporte. O suporte foi feito com madeira, mas também pode ser de metal.
Já a outra composteira, também é de tambor e funciona como a implantada
na escola Aroldo de Freitas, porém, por ser anaeróbica, não apresenta orifícios na
sua superfície e o cano utilizado para a saída do composto deve ser bem vedado
para evitar a entrada de ar.
Esta ultima composteira foi montada antes de ser levada à escola e os
alunos da EJA ajudaram com os retoques finais, colocando a torneira, a tela interna,
o cano externo para a saída de gás e fazendo os ajustes necessários. O processo
de montagem pode ser observado na Figura 11. Enquanto era montada a
composteira, foram sendo feitas explicações da utilidade de cada material e de como
iria funcionar.
54
O Projeto Vida à Água tem a duração de dois anos. No ano de 2010 foram
feitas diversas oficinas abordando temas como mata ciliar, recursos hídricos e
saneamento, resíduos sólidos urbanos e compostagem. Além disso, foram
desenvolvidos estudos no local, implantações e testes para que no ano de 2011
possa haver o monitoramento de todas as aplicações, apresentação nas outras
escolas do município das atividades desenvolvidas nas escolas modelo, bem como
avaliação e divulgação dos resultados obtidos. No quadro 1 pode ser observado o
cronograma para o segundo ano do projeto.
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ANO 2011
Principais atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Apresentação da cartilha X X
para toda a rede de escolas
municipais de Pinhais
Monitoramento das X X X X X
atividades realizadas nas
escolas Felipe Zeni e Aroldo
de Freitas.
Plantio de mudas para X X X X X
restauração da mata ciliar
Visitas em escolas da rede X X X X X
municipal para apresentar as
propostas e atividades
realizadas nas escolas
modelo
Monitoramento das estações X X X X X
de tratamento de esgoto por
zona de raízes nas duas
escolas
Coletas de amostras de
água e sedimento nos rios
Atuba e Palmital
Avaliação do projeto com os X X X
professores
Realizar atividades lúdicas, X X X X
aplicando os conhecimentos
adquiridos com as oficinas
Divulgação das ações e X
resultados do projeto
realizado nas escolas
através de uma Feira de
Conhecimento.
Realização de oficinas X X X X
temáticas nas duas escolas
Curso para construção de X X
estações por zona de raízes
para a comunidade
Participação em redes X X X X X X X X X X X X
Quadro 1. Ações do projeto de extensão “Vida à Água” para o ano de 2011.
Fonte: AKISHINO; TAKAHASHI, 2010.
62
6. CONCLUSÃO
foram montadas em pequena escala, para teste, não sendo suficientes para a
quantidade de resíduos gerados, que é consideravelmente grande. Outra sugestão
seria a de ampliar o projeto para outras escolas da região, por meio de oficinas
abordando o projeto desenvolvido nas escolas modelo e o aperfeiçoando conforme
as necessidades.
Além disso, outro grupo pode desenvolver atividades interdisciplinares para
que as professoras coloquem em prática com os alunos, tais como a planilha de
controle da compostagem, aplicação do composto, entre outras.
No decorrer do projeto, foi possível contar com o apoio de várias
professoras, das diretoras das escolas, dos funcionários e também da Secretaria
Municipal de Educação de Pinhais, ajudando muito para que os objetivos fossem
alcançados, sendo que, de um modo geral, o aproveitamento foi muito bom.
O projeto ainda apresenta mais um ano, em que serão monitoradas as
atividades e serão abordados outros assuntos, sendo que, ao final, espera-se que as
duas escolas trabalhadas atuem como modelos a serem seguidos para as outras
escolas da região, para a comunidade, bem como para o município de Pinhais como
um todo.
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REFERÊNCIAS
ADOLFO, Rafael; ALBINO, Angela A.; PIRES, Marta S.; SANTOS, Carmenlucia. .
Inclusão de atividades de Educação Ambiental em escola infantil através da
reciclagem e compostagem de lixo. In: FÓRUM INTERNACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS, 2., 2009, Porto Alegre.
<http://cempre.tecnologia.ws/cempre_informa.php?lnk=ci_2007-1112_capa.php>.
Acesso em: 8 Set. 2010.
PIRES, Victor P., MORAIS, Thamires da S., SANTOS, Luis F., BRITO, Jacqueline. A
análise dos órgãos municipais de educação em meio ambiente em Teresina –
Piauí. Piauí, IFPI, 2006.
ANEXOS