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Cristologia
A Impecabilidade de Cristo
Há uma antiga discussão sobre a possibilidade ou não de Jesus cometer pecados em seu ministério
terreno. O conceito de que Jesus não podia pecar se chama “impecabilidade” (non posse peccare) e o
conceito de que ele podia pecar, mas não o fez se chama “pecabilidade” (posse non peccare).
Quem defende a pecabilidade de Cristo o faz com base na afirmação de que, se ele foi tentado, é porque
poderia pecar; e, se isso não fosse possível, não poderia ser dito que a tentação foi real (um defensor
desse ponto de vista é Charles Hodge). Quem rejeita essa ideia e defende a impecabilidade refuta
argumentando que a impecabilidade não anula o ato da tentação assim como a impossibilidade de um
couraçado ser vencido por uma jangada não invalida os ataques da minúscula embarcação. Segundo
esse ponto de vista, a impecabilidade não depende da “ausência de tentação”, mas da “ausência de
vontade de pecar” (um defensor desse ponto de vista é William Shedd).
A Bíblia afirma que Cristo foi tentado como um ser humano (Hb 4.15). A dificuldade de algumas linhas
aceitarem isso é o fato de Tiago afirmar que Deus não pode ser tentado (Tg 1.13). Aparentemente,
diante disso, ou Cristo não é Deus ou não foi tentado. Como nenhum teólogo conservador está disposto
a atacar a divindade de Cristo, a discussão é sobre se Cristo foi ou não tentado e se ele podia ou não
ceder à tentação. São dois debates distintos que se entrelaçam e repousam sobre os mesmos
fundamentos.
As tentações de fato ocorreram e foram apropriadas ao Deus-homem, visto que um homem qualquer
não é tentado a transformar uma pedra em pão. Mesmo assim, Jesus foi tentado à semelhança dos
homens. Para melhor compreensão da natureza das tentações de Cristo, é bom comparar o texto de
1Jo 2.16 com Mt 4.1-11, onde é possível perceber que, apesar de Jesus não ter sido tentado com cada
tentação do mundo (como ser tentado a assistir um mau programa de televisão), ele foi tentado em
todas as áreas comuns ao ser humano.