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RESTAURAÇÃO DA FACHADA DE CASAS

HISTÓRICAS DE JARAGUÁ
Caixeta, Moaçir Victor1
Lemes, Felipe Henrique Pereira2
Pitaluga, Caleb Gomes3
Silva, Brendon Correa e4
Pereira, Rafael Gonçalves Fagundes5

RESUMO

Esse projeto tem por sua concepção, buscar a restauração da fachada das casas que possui por suas características
históricas a arte barroca, mantendo suas características antigas, sem afetar a arte barroca do local, e também analisar a
importância da interpretação patrimonial para a conservação de construções históricas. O projeto surgiu de uma parceria
entre a Faculdade Evangélica de Jaraguá com a Associação AMA JARAGUÁ, com o fim de preservar o Patrimônio Material
Histórico de Jaraguá conforme as especificações do Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN). Na
concepção do projeto compreende as etapas de estudo preliminares e envolve a definição dos critérios a ser adotado. Isto
significa a definição das linhas gerais da obra de restauração. O desenvolvimento do projeto compreende as soluções
técnicas e a discriminação dos materiais e componentes a serem empregados.
A restauração das fachadas das casas foram usados materiais da época, para não perder suas características barrocas.
Na alvenaria, foi utilizado o adobe para vedação das paredes, que tem por sua composição terra crua, água, palha e fibras
naturais, como esterco de gado, que são moldados artesanalmente em fôrmas e cozidos ao sol. Nas esquadrias, estrutura
do telhado, pilares e vigas, foi utilizada madeira. Na cobertura, foi usado telhas de barro antigas. Na pintura, foram
utilizadas tintas em cor azul claro, azul escuro, branco gelo, e alguns retoques de verniz. Todo processo é feito de modo a
alcançar a valorização da base material estabelecida na edificação existente, sem perder sua essência original.

PALAVRAS-CHAVE

Fachada; Arte Barroca; Restauração.

INTRODUÇÃO

O termo Patrimônio Histórico caracteriza o testemunho da história e da cultura, elaborado pelos grupos
sociais, que permitem conhecer o modo de vida de pessoas que viveram em outras épocas e seus
lugares. A espécie humana sempre precisou ter um abrigo ou estrutura para se acomodar. Essas
estruturas são geralmente direcionadas para os mais diferentes tipos de atividades e funções que os
seres humanos devem executar. Uma edificação tem o objetivo de acolher tais atividades e cada um é
caracterizado pelo seu propósito, seja habitação, comercial, industrial, dentre outros.
Desde muito cedo a humanidade busca conhecer e estudar seu passado por meio de monumentos,
percebeu-se com o tempo que o estado de conservação de tais patrimônio histórico estava em um
nível crítico e que, se nada fosse feito, logo viriam abaixo e a história com eles mantida, ruiria em
breves relatos daquilo que não mais poderia se ver, apenas lembrar. Começa então, a preocupação e
a necessidade de restituir esses monumentos (REIS , 2016, p. 10).
As construções antigas, sendo parte do Patrimônio Histórico edificado, e, por conseguinte do
Patrimônio Cultural, são um dos principais símbolos da herança material de antigas gerações e que
enfrentam, dia após dia, adversidades que lhes oferecem a desventura de serem depreciados, seja
pela ação humana ou do tempo. Com vistas a retardar esse processo, uma alternativa apontada por
algumas linhas de pensamento, é a restauração. A restauração, ao contrário de outras formas de
construção civil, visa preservar não apenas a capacidade documental, mas também a integridade da
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obra de arte presente em um edifício. Uma preocupação constante que permeia toda restauração é
que a intervenção deve preservar ao máximo os elementos existentes e evitar a inserção de cópias em
detrimento da consolidação e manutenção dos elementos originais.
Este trabalho tem como objetivo a restauração de fachada das casas que tem por suas características
históricas a arte barroca, mantendo suas características antigas, sem afetar a arte barroca do local.
Fazendo com que sua reforma seja feita com materiais da época, para não perder suas características
barrocas.

Figura 1 – Residência 1

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 2 – Residência 2

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Fonte: Arquivo pessoal

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Para perceber os processos de restauração, faz necessário enfatizar preliminarmente que as


aquisições na área de preservação foram sendo formalizadas e incorporadas em documentos
normativos para a execução da restauração e preservação. A proteção do patrimônio cultural é
abordada através de limitações da sociedade brasileira: as dificuldades do poder público em
desenvolver programas efetivos de restauração e preservação em larga escala, a falta de profissionais
qualificados e o desinteresse do empresariado em participar de operações que envolvam edifícios
tombados são exemplos amplamente debatidos nos meios competentes, segundo DA SILVA (2013).

Contudo, algumas execuções de obras se tornam muitas vezes delicadas, devido à atividade de
preservação exigir detalhe e precisão, em especial nos critérios de manter as características históricas
barrocas na fachada das casas, que é o caso do projeto. Assim, muitas das atividades formuladas
nessas edificações antigas sofrem ampliações e adequações. Conforme SOARES e OLIVEIRA (2013)
é possível verificar, em intervenções ou propostas de atuação em bens de interesse histórico e
artístico, a falta de fundamentos culturais. Enorme contradição, pois, por um lado, esses edifícios são
escolhidos por serem "bens culturais", como forma também de valorizar a imagem de uma instituição
ou de legitimar uma dada iniciativa; por outro lado, são os aspectos histórico-artísticos, memoriais e
simbólicos da edificação que passam ao largo das questões de projetos. A restauração e a
preservação do patrimônio pressupõem que elas sejam adequadas pela sociedade, o que implica
diversas maneiras de uso e satisfação do bem pela comunidade. Provavelmente a mais importante
dessas maneiras seja a possibilidade da sociedade de conceder uma utilização ao bem. Somente
através da utilização pode preservar estruturas arquitetônicas, artefatos e espaços urbanos.

Os bens culturais constituem um elemento essencial da formação dos povos, pois são produtos,
marcas e testemunhos das diferentes culturas, pensamentos e realizações intelectuais do passado.
Desta forma, constata-se a necessidade de preservar essa herança as gerações futuras, inserindo-se
os conceitos de preservação e restauração do patrimônio cultural na manutenção da identidade e na
transferência de conhecimento de uma sociedade, de acordo com TAVARES (2011). Assim sendo, a
reforma da fachada das casas na Rua das Flores poderá fazer com que a sociedade de Jaraguá e as
próximas gerações usufruam desses bens patrimoniais e da cultura barroca desse município. E é a
utilização que restabelece o bem à vida social, impossibilitando sua degradação. No entanto, isso
requer o design de um projeto. E também, o projeto na percepção extensa que inclui todas as
modalidades de bens culturais e disciplinas associadas, como o conjunto de conhecimentos
científicos, arqueologia, entre outros, e o projeto na percepção específica, que inclui restauração,
adaptação e conservação.

Foi feito um levantamento in loco, onde duas residências foram avaliadas pela Associação AMA
Jaraguá, como: se apresentava características históricas, se apresentava na arquitetura algo que
remete a religiosidade e o tempo em média que as residências possuem, que são mais de cem anos.
Em seguida, os alunos de engenharia civil da Faculdade Evangélica de Jaraguá foram nas residências
para conhecerem e dimensionarem, e depois fizeram um projeto para fachada proposta das

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residências. E finalmente, a execução do projeto na reforma da fachada das residências, que foram:
manter a simetria da fachada, pintura em azul claro e amarelo e não haver alteração da fachada.

Figura 3 – Projeto da Residencia 1

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 4 – Projeto da Residencia 2

Fonte: Arquivo pessoal

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DISCUSSÃO

Mediante a restauração da faixada das casas, procura-se preservar as particularidades barrocas do


local e da cidade, atraindo assim a população para um local mais histórico, cultural e aprazível. Em
meio à complexidade que envolve o campo de preservação do patrimônio cultural, o conceito e a
prática de preservação parecem atrelados a um processo em constante transformação, segundo
PEREIRA (2014).
Especificamente, Jaraguá possui pontos históricos de referência. Não somente àquelas edificações
que são relacionadas como marcas importantes do patrimônio histórico, mas, principalmente, as ruas
e áreas que pertencem à memória da cidade e que são pontos essenciais da identidade, do
sentimento de pertencer a uma cidade. E a arte barroca é um elemento muito presente neste resgate
da cultura histórica desse município.
O projeto tem o fim de criar um ambiente cultural e histórico, na intenção de atrair aqueles que ainda
não conhecem o local. Propor a população o conhecimento de edificações com mais de um século de
existencia, com as mesmas caracteristicas da época, sendo localizadas na Rua das Flores, Centro de
Jaraguá/GO, assim sendo com a restauração retarda a degradação dos elementos barrocos em
virtudo do tempo, ou seja, surgimento de fissuras, infiltrações, deteriorização da madeira, do adobe e
dos revestimentos.
CONCLUSÃO

No decorer da definição dos objetos de estudo e embasamento, este estudo traz a importância física
dos edifícios históricos para uma determinada população, nesse caso, a população da cidade de
Jaraguá, mas também a importância da criação de um sentimento de pertencimento entre população e
patrimônio, o que pode ser obtido com a aplicação das ferramentas corretas, como a educação
patrimonial através da conservação física dos edifícios, entre outros, e ações específicas de
interpretação patrimonial.
Aspirando os aspectos observados, conclui-se a importância da preservação de um local com uma
estrutura e arquitetura barroca, e tudo o que relaciona em volta dela, seja para a população local ou
para a cidade em si, e para o patrimônio histórico e cultural. Este trabalho surgiu com a proposta de
conservação da fachada das casas na Rua das Flores. Onde, na primeira etapa fez-se o levantamento
dos problemas a serem solucionados, conseqüentemente a reforma para preservação das edificações
com características barrocas, pode-se notar melhorias consideráveis, com benefícios para a sociedade
da cidade de Jaraguá.

1 Graduando. Curso de Engenharia Civil da da Faculdade Evangélica de Jaraguá – Feja. E-mail: moacirvitorcaixeta@gmail.com
2 Graduando. Curso de Engenharia Civil da da Faculdade Evangélica de Jaraguá – Feja. E-mail: f_lemes@hotmail.com
3 Graduando. Curso de Engenharia Civil da da Faculdade Evangélica de Jaraguá – Feja. E-mail: calebpitaluga@gmail.com
4 Graduando. Curso de Engenharia Civil da da Faculdade Evangélica de Jaraguá – Feja. E-mail: brendon220@gmail.com
5 Orientador. MBA em Gerenciamento, Tecnologia e Qualidade das Construções e Especialista do Curso de Engenharia Civil da da Faculdade
Evangélica de Jaraguá – Feja. E-mail: fael.engcivil@hotmail.com

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REFERÊNCIAS

ABNT NBR 16280:2014 - Reforma em edificações. Sistema de gestão de reformas.

CAMPANA, J. S.; Gestão em obras de restauro uma metodologia de apropriação de custos em obras de
restauração, Rio de Janeiro, 2013.

DA SILVA, R. T. S.; Preservação e Sustentabilidade: Restaurações e Retrofits. Dissertação apresentada a Faculdade


de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

PEREIRA, M. R.; O Real, o Apresentado e o Referenciado: um estudo no centro histórico de Porto Nacional.
Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio
de Janeiro, 2014.

REIS , D. G.; A importância da restauração e da interpretação patrimonial para a valorização de edifícios


históricos: A casa sede da fazenda florestal e a casa da cultura de Irati-PR, Irati, 2016.

SOARES, I. S. R.; OLIVEIRA, C. T. DE A.; Preservação arquitetônica: teoria, legislação e prática. São Paulo, 2013.

TAVARES, F. M.; Metodologia de Diagnóstico para Restauração de Edifícios dos Séculos XVIII e XIX nas Primeiras
Zonas de Mineração em Minas Gerais. Dissertação apresentada a Faculdade de Engenharia da Universidade Federal
de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011.

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