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“A nova onda do imperador”, lançado no ano de 2000, é um filme doce e
curto. Sua característica especial é relacionada ao seu personagem principal:
um anti-herói, arrogante, egocêntrico e cruel. A mensagem transmitida ao longo
do filme é a de que ajudar os outros e fazer amigos é bom, enquanto o egoís-
mo, a prepotência e a petulância são ruins. No entanto, essa lição não é trazida
à tona com sentimentalismo ou drama. Ao contrário, o filme usa uma linguagem
leve e bem humorada.!
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nho de seu reino, de modo que, com ele, tudo é: “eu sou”, “eu tenho”, “eu que-
ro”, “eu posso”. No início da trama, o imperador Kuzco decide se ver livre de
Yzma, sua conselheira pessoal, bastante sábia e traiçoeira. Após sua demissão
sem justa causa, a bruxa Yzma planeja tomar o trono do imperador, envene-
nando sua bebida com uma poção enfeitiçada. No entanto, ao invés de causar
sua morte, como havia planejado, a poção de Yzma o transforma em uma lha-
ma. A feiticeira pede que seu atrapalhado ajudante, Kronk, livre-se de Kuzco,
mas ele escapa das garras de Kronk, e acaba se vendo na companhia de um
gentil camponês, Pacha, que acredita que existe bondade em todas as pesso-
as, mesmo no egocêntrico Kuzco. Pacha havia sido chamado por Kuzco, antes
de ele ser transformado em um animal, para informá-lo que sua vila seria des-
truída para a construção de um parque aquático particular: a Kuzcotopia. Pa-
cha, muito decepcionado com o imperador e desolado com a perda que teria,
reconhece o imperador transformado em lhama e faz com ele um acordo. Jun-
tos, Pacha e Kuzco buscariam restaurar sua forma humana e recolocá-lo em
seu trono de imperador e, em contrapartida, Kuzco construiria Kuzcotopia em
outro lugar. Ao longo da jornada rumo ao castelo imperial, Kuzco e Pacha apoi-
am e defendem um ao outro, embora Kuzco frequentemente traia a confiança
do amigável e paciente Pacha. Kuzco aprende a observar as consequências do
seu comportamento e tem em Pacha um modelo a seguir de maneira a estabe-
lecer uma relação de parceria, confiança, cumplicidade e amizade. !
!
Análise Teórica!
!
A Análise do Comportamento é uma ciência relativamente nova que teve
origem na filosofia behaviorista proposta por Skinner (1904-1990). A Análise do
Comportamento busca a compreensão de como e porque o comportamento
acontece, é mantido e modificado. Uma definição convencional a considera
como uma prática científica na qual se investigam as relações organismo-am-
biente (Castanheira, 1999).!
O analista comportamental infantil utiliza a análise funcional como impor-
tante instrumento para compreensão da demanda do seu cliente criança e de
seus clientes família e escola. Por meio da análise funcional, os “comportamen-
tos-problema”35 são considerados nas suas interações com outros comporta-
mentos e com o ambiente em que o cliente está inserido. O psicoterapeuta faz
um arranjo detalhado dos estímulos antecedentes e consequentes contingen-
tes ao “comportamento-problema” e também dos esquemas de reforço que po-
35 Os comportamentos-problema de uma criança devem ser analisados a partir de sua interação com
os diferentes contextos. Desse modo, o mesmo comportamento poderá ser visto ou não como pro-
blema dependendo da situação em que ocorre. Essa visão ajuda a evitar que o problema seja colo-
cado na criança, como sendo um traço de personalidade imutável.
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dem manter o “comportamento-problema”. A análise funcional é um processo
importante para uma intervenção bem sucedida (Conte & Regra, 2000).!
Recursos Lúdicos!
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As estratégias lúdicas dão à criança a oportunidade de utilizar suas ex-
periências reais e imaginárias para aprender e fortalecer comportamentos ver-
bais e não verbais. O comportamento verbal está presente na maior parte do
tempo nas interações psicólogo-criança e também quando as crianças conver-
sam consigo mesmas, interpretando personagens, ou quando conversam com
seus brinquedos. O contexto da fantasia proporciona a modelagem de compor-
tamentos verbais e não verbais, além do reforçamento de habilidades sociais
(Moyles, 2002). !
! De acordo com Vasconcelos (2005), um dos meios de transmissão da
cultura de um povo é a literatura. Pode-se admitir que os filmes são também
meios de transmissão de valores, crenças e regras e que neles são apresenta-
dos diversos padrões de comportamento. A leitura de histórias, bem como a
apresentação e a discussão de filmes com as crianças, são ferramentas impor-
tantes no contexto clínico quando permitem que a criança adquira e fortaleça
comportamentos de observação, reflexão, crítica, sensibilidade às necessida-
des do outro e de expressão de sentimentos e pensamentos. !
! Além de permitir que as crianças informem sobre seus sentimentos e
descrevam comportamentos e eventos importantes, os filmes, quando usados
no contexto terapêutico, permitem que as crianças aprendam respostas alter-
nativas aos seus “comportamentos-problema”. Por meio da exibição de um fil-
me, o psicoterapeuta conduz a criança na análise do comportamento dos per-
sonagens, na avaliação das contingências que o determinam e, a partir daí,
ajuda a criança a pensar em alternativas comportamentais para os persona-
gens. Esse treino, com o uso da fantasia e da brincadeira, leva a criança a en-
contrar alternativas de ação, inicialmente para os personagens de suas brinca-
deiras, que depois podem ser generalizadas para as situações de sua vida
(Guerrelhas, Bueno & Silvares, 2000). !
! Falar do comportamento dos personagens de um filme é uma aproxima-
ção gradual para depois falar de si mesmo (Regra, 2000) e, por isso, é um ins-
trumento útil na psicoterapia infantil. Para essa autora, quando a criança é le-
vada a identificar os padrões de comportamento dos personagens da história
que têm relação com os seus padrões de comportamento e de seus familiares,
estabelece-se uma ponte entre a fantasia e a realidade, e a criança é conduzi-
da a falar de si mesmo e de suas relações, diante da audiência não punitiva do
terapeuta.!
! Em outras palavras, a utilização de histórias, sejam elas lidas ou assisti-
das, permite um intercâmbio entre fantasia e realidade que contribui para a
formação de conceitos sobre as relações sociais e posterior mudança de com-
portamento (Vasconcelos, 2005). Com o uso da história, é possível refletir so-
bre contingências, tornando-a um instrumento de aprendizagem da análise
funcional do comportamento. Por meio da análise das contingências apresen-
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tadas na história, é possível identificar os comportamentos dos personagens,
seus antecedentes e consequentes, mostrando para criança a relação entre
esses eventos. A partir daí, a criança pode adquirir competência para sugerir
mudanças nos antecedentes, no comportamento dos personagens, e nas con-
sequências, brincando de criar novas histórias. Desse modo, o repertório de
comportamentos pode ser aumentado, e comportamentos mais adaptativos
podem ser adquiridos, emitidos e reforçados, o que faz com que sua frequência
aumente.!
Habilidades Sociais!
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ser humano precisa aprender continuamente novas habilidades. Essa necessi-
dade se deve principalmente à constante transformação do ambiente social
(Del Prette & Del Prette, 1999). O estudo das habilidades sociais torna-se rele-
vante principalmente quando se observa que as relações interpessoais podem
ser prejudicadas por respostas de agressão ou timidez, por exemplo. Assim
sendo, a ocorrência de comportamentos que dificultam ou alteram a qualidade
das interações de crianças e adolescentes, além de ser um problema em si
mesmo, pode ocasionar problemas adicionais, já que altera o curso de desen-
volvimento de outros comportamentos. !
De acordo com Caballo (1986, citado por Del Prette & Del Prette, 2001): !
!
(…) habilidade social é o conjunto de comportamentos emitidos por um indiví-
duo no contexto interpessoal, que expressa sentimentos, atitudes, desejos,
opiniões ou direitos desse indivíduo de modo adequado à situação, respeitando
esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolve uma situação ao
mesmo tempo em que minimiza a probabilidade de problemas futuros (p. 238). !
!
Para Caballo (2003), existem duas dimensões de habilidades sociais: (a)
a dimensão descritiva, que se refere à classe de comportamentos molares (fa-
zer e responder perguntas; fornecer feedback, falar em público) e moleculares
(contato visual, postura, velocidade e entonação da voz, sorrisos, gestos), que,
juntamente com as situações em que ocorrem, configuram o conteúdo das ha-
bilidades sociais e que podem ser aprendidas; e (b) a dimensão avaliativa ou
competência social, que é o grau de adequação desses comportamentos em
termos de consequências imediatas ou futuras. Existe também a dimensão
pessoal das habilidades sociais, referentes aos comportamentos e processos
privados que acompanham o desempenho social, incluindo as percepções, ex-
pectativas, conhecimento das normas e valores socioculturais que facilitam ou
dificultam o desempenho socialmente habilidoso (Del Prette & Del Prette,
2001). !
Em uma das obras mais recentes de Del Prette e Del Prette (2005), são
utilizados três termos importantes: (a) o desempenho social, que se refere a
qualquer tipo de comportamento emitido na relação com outras pessoas e in-
clui tanto os desempenhos que favorecem a qualidade dos relacionamentos
como os que prejudicam; (b) as habilidades sociais, que são diferentes classes
de comportamentos sociais que contribuem para a competência social, favore-
cendo um relacionamento saudável e produtivo com as demais pessoas; e (c) a
competência social, que é a capacidade que a pessoa possui de articular pen-
samentos, sentimentos e ações, de acordo com uma situação e com a cultura,
gerando consequências positivas para o indivíduo e suas relações. !
De acordo com Del Prette e Del Prette (2005), existem sete principais
classes que são consideradas essenciais e indispensáveis para o desempenho
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totalmente competente da criança: (a) autocontrole e expressividade emocio-
nal; (b) civilidade; (c) fazer amizades; (d) solução de problemas interpessoais;
(e) habilidades sociais acadêmicas; (f) empatia; e (g) assertividade.!
Autocontrole e expressividade emocional referem-se à diferença entre
sentir e expressar. Dentro dessa
classe, existem componentes como:
reconhecer e nomear emoções pró-
prias e dos outros; falar sobre emo-
ções e sentimentos; acalmar-se; li-
dar com os próprios sentimentos e
controlar o humor; expressar qual-
quer tipo de emoções; lidar com
sentimentos negativos; tolerar frus-
trações; e mostrar espírito esporti-
vo. !
A civilidade é a expressão
comportamental das regras míni-
mas de relacionamento aceitas e/ou
valorizadas na subcultura: é neces-
sário considerar as normas e regras
estabelecidas pela cultura e os sub-
grupos dos quais a criança faz par-
te. A dificuldade de desempenho
dessa habilidade seria pelo desco-
nhecimento de normas e regras ou
problemas de aprendizagem, por
modelos inadequados ou falta de
contato com o grupo. Essa habilida-
de é fundamental para a qualidade de relacionamentos em geral e para um
bom desempenho social em todas as outras habilidades. !
A habilidade de fazer amizades é importante para o desenvolvimento
social e emocional da criança, pois, por meio desta, ela faz e responde a per-
guntas sociais, sugere atividades, faz e aceita elogios, entre outros. Para que
se tenha competência nessa habilidade, é necessária a habilidade de empatia
e de assertividade (Del Prette & Del Prette, 2001, 2005).!
Primeiramente, antes de se falar sobre a definição de solução de pro-
blemas interpessoais, é preciso definir problema interpessoal, que é caracteri-
zado pelo desequilíbrio na relação entre duas ou mais pessoas, ou seja, quan-
do uma das partes se sente prejudicada por causa de uma ação da outra parte
ou devido a discrepâncias de condições. A habilidade de solução de problemas
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interpessoais exige a habilidade de expressividade emocional, empatia e as-
sertividade.!
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compreender e sentir o que alguém pensa e sente em uma demanda afetiva.
Para uma interação empática, três habilidades devem estar envolvidas: (a)
prestar atenção, que significa identificar as mensagens não-verbais da outra
pessoa e manter contato visual, por exemplo; (b) ouvir sensivelmente, que sig-
nifica oportunizar ao outro ser ouvido sem julgamento, aceitando seus senti-
mentos e ideias; e (c) verbalizar sensivelmente, que é ajudar o outro a ser
compreendido, explorando as suas preocupações de modo completo (Falcone,
2004).!
De acordo com Lange e Jakubowski (1976, citado por Falcone, 2001), a
assertividade é a capacidade de defender os próprios direitos, expressando
seus sentimentos, pensamentos e crenças de forma honesta, direta e apropri-
ada, sem violar os direitos da outra pessoa. O indivíduo assertivo tem controle
de si mesmo nas relações interpessoais, sente-se capaz e confiante sem hosti-
lidade, é espontâneo na expressão de sentimentos e emoções e geralmente é
respeitado e admirado pelos outros sem prejudicá-los (Alberti & Emmons,
1983). Os comportamentos assertivos são comportamentos socialmente habili-
dosos. Del Prette e Del Prette (2005) colocam três requisitos que caracterizam
o comportamento assertivo: saber e aplicar o conceito de reciprocidade para
que se entenda o que são deveres e direitos; distinguir o que é e o que não é
relevante nos relacionamentos interpessoais; e a capacidade de avaliar as
consequências de emitir ou não comportamentos assertivos. !
As habilidades sociais são relacionadas à melhor qualidade de vida, às
relações interpessoais, à realização pessoal e ao sucesso profissional. Porém,
é comum que existam dificuldades no agir socialmente, o que pode causar
transtornos emocionais.!
Para Caballo (2003), não existem dados de como e quando se apren-
dem as habilidades sociais, mas a infância sem dúvida é um período crítico.
Hops (1983, citado por Del Prette & Del Prette, 1999) diz que: “o desenvolvi-
mento social inicia-se no nascimento e há evidências de que o repertório de
habilidades sociais se torna progressivamente mais elaborado ao longo da in-
fância” (p. 18). Para ele, os pais têm grande influência na aprendizagem de ha-
bilidades sociais, pois as crianças observam os comportamentos sociais de
seus pais e passam a imitá-los. Estes não apenas se tornam modelos para
muitos comportamentos sociais, mas também se organizam, punindo ou refor-
çando o desvio ou a adequação das crianças aos seus padrões (Del Prette &
Del Prette, 1999). !
Buck (1991, citado por Caballo, 2003) considera que o indivíduo emoci-
onalmente expressivo cria um ambiente emocional e social mais rico, pois ofe-
rece mais informações aos demais sobre si mesmo e, assim, obtém mais retro-
alimentação, o que facilita o desenvolvimento das habilidades sociais. A ex-
pressividade espontânea está relacionada à capacidade de adaptação a novas
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situações para enfrentar o inesperado. Apesar de as predisposições biológicas
serem determinantes básicos do comportamento, precisamente das primeiras
experiências sociais, na maioria das pessoas o desenvolvimento das habilida-
des sociais depende principalmente da maturidade e das experiências de
aprendizagem. Quanto mais experiência tem um indivíduo em determinada si-
tuação, mais seu comportamento social dependerá do que ele tenha aprendido
a fazer em tal situação, assim a contribuição do temperamento será menor
(Caballo, 2003).!
Posteriormente, a criança é inserida em outros microssistemas além do
familiar, diversificando os interlocutores, requerendo o exercício de novos pa-
péis e habilidades. Estas novas oportunidades trazem experiências fundamen-
tais para o desenvolvimento social da criança. Este período é considerado críti-
co para o desenvolvimento de habilidades sociais porque as aprendidas até
aquele momento são testadas continuamente e a criança percebe que necessi-
ta aprender novas habilidades nas interações sociais (Del Prette & Del Prette,
1999).!
As habilidades sociais podem também ser aprendidas pelo ensino direto
ou pela instrução. Frases como “pedir desculpas”, “não falar com a boca cheia”,
“lave as mãos antes de comer” modelam a conduta social. As respostas podem
ser reforçadas ou punidas, aumentando ou aperfeiçoando certos comporta-
mentos e diminuindo ou fazendo com que desapareçam outros (Caballo, 2003). !
A seguir, serão abordadas algumas das técnicas mais utilizadas no pro-
cesso de psicoterapia, a fim de desenvolver um comportamento socialmente
habilidoso.!
!
Procedimentos e Técnicas. O ensaio comportamental modifica e ensina formas
de comportamentos que sejam socialmente adequadas, fazendo com que as
crianças encontrem alternativas comportamentais (Caballo, 1996). Pode ser
realizado por meio de encenação de situações reais, quando a criança mostra
como ela se sente, ou de situações imaginárias, criadas livremente ou com au-
xílio de livros e filmes. O ensaio comportamental permite o desenvolvimento de
novos comportamentos e possibilita que a pessoa em treinamento amplie seu
potencial de observação e auto-observação, de escuta atenta e de controle so-
bre seu próprio desempenho (Del Prette & Del Prette, 2002).!
O reforçamento consiste em apresentar uma consequência em seguida
a um comportamento e, assim, aumentar suas chances de emissão futura, e
está presente em todos os processos comportamentais (Baum, 1994/1999; Ca-
tania, 1998/1999; Skinner, 1976). O reforçamento tem como objetivo selecionar
e manter no repertório comportamental os componentes relevantes para de-
sempenho social adequado. A comunidade verbal tende a selecionar, por meio
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da emissão de reforçadores sociais como sorrisos e elogios, os comportamen-
tos adequados socialmente. !
A modelagem consiste no uso de reforçamento diferencial36 para de-
sempenhos gradualmente cada vez mais semelhantes ao desempenho final
que se pretende alcançar. É muito aplicada em crianças tímidas com dificulda-
des para iniciar e manter contato social (Del Prette & Del Prette, 2002).!
36 É o reforço de apenas algumas das respostas que se incluem em uma determinada classe (Cata-
nia, 1998/1999).
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que muitos indivíduos com déficit de habilidade social apresentam alto nível de
ansiedade (Caballo, 1996; Del Prette & Del Prette, 2002).!
Por fim, existe a técnica de dessensibilização sistemática, que diminui o
medo e a ansiedade nas relações interpessoais. Tem início com a elaboração,
por parte do terapeuta e do cliente, de uma hierarquia de situações ou estímu-
los que geram ansiedade interpessoal. Sua função é contribuir para a diminui-
ção da ansiedade por meio de exposição controlada a situações aversivas.
Pode ser utilizada em conjunto com uma técnica de relaxamento. A exposição
a situações sociais se justifica a partir do momento que o indivíduo pode obter
reforços sociais relevantes nesta interação, aumentando assim sua motivação
e engajamento no processo terapêutico.!
No treinamento de habilidades sociais, primeiramente, são identificadas,
com ajuda do cliente, as principais áreas nas quais se tem dificuldades. Para
tanto, faz-se uso de entrevista, de registro de comportamento e de observação.
O próximo passo é analisar funcionalmente porque o indivíduo não se compor-
ta de forma socialmente adequada, identificando os antecedentes e conse-
quentes contingentes ao “comportamento-problema”. Depois, o cliente é infor-
mado sobre o treino em habilidades sociais e seus objetivos, e questionam-se
quais são as expectativas deste na terapia, de modo a incentivar o paciente a
realizar o treinamento. Pode ser necessário também, antes de abordar as situ-
ações problemáticas, ensinar o indivíduo a relaxar e delinear o problema. Isto
se faz necessário porque o tratamento utilizado pode depender do tipo de
“comportamento-problema” do cliente (Caballo, 2003). !
As técnicas podem ser aplicadas tanto na psicoterapia individual quanto
em grupo. A aplicação na psicoterapia individual tem como vantagens a possi-
bilidade de se fazer uma avaliação contínua do desempenho, a possibilidade
de realizar ensaios extensos com repetições, a maior habilidade do terapeuta
para fazer a modelagem das habilidades sociais, além de ser possível fazer
modificações imediatas dos procedimentos que não estiverem sendo efetivos
(Caballo, 2003). !
!
Análises do Filme e dos Principais Personagens!
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O filme “A nova onda do imperador” traz personagens com desempe-
nhos sociais bastante ricos, sejam socialmente adequados ou não. Persona-
gens como a conselheira Yzma, seu ajudante Kronk e mesmo o imperador
Kuzco retratam desempenhos que trazem prejuízos ao convívio social e várias
situações ao longo do filme demonstram as consequências destes comporta-
mentos – a transformação do Kuzco em lhama e da Yzma em gata, por exem-
plo. Por outro lado, o personagem Pacha emite desempenho favorável ao con-
vívio social e ao estreitamento dos vínculos interpessoais, com exemplos de
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comportamentos de autocontrole e expressividade emocional, empatia, civili-
dade, assertividade e capacidade de solução de problemas interpessoais. Des-
ta forma, suas habilidades sociais denotam ao personagem bastante compe-
tência social. No entanto, a análise mais importante que o filme propicia se tra-
ta da mudança comportamental do seu personagem principal, o imperador
Kuzco que, ao longo de sua convivência com Pacha, conquista repertório soci-
al hábil e se torna bastante competente. !
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pergunta: “onde nós vamos viver?”, Kuzco responde apenas: “não sei, tô nem
aí, que tal?”. !
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! Apesar das análises, Kronk faz o que Yzma manda, porém não conse-
gue êxito. Acaba por mentir para ela sobre o paradeiro de Kuzco. Kronk, ape-
sar de coadjuvante, também é um personagem com desempenho social rele-
vante, pois se mostra intranquilo perante seus comportamentos “inadequados”.
No final do filme, entretanto, Kronk parece se realizar ao poder emitir bons
comportamentos como guiar um grupo de escoteiros mirins à floresta, demons-
trando como deve ser o contato com os animais.!
!
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co, dizendo que não poderá deixar que ele volte ao palácio se não prometer
que construirá sua Kuzcotopia em outro lugar. Kuzco, em sua arrogância,
nega-se a fazer qualquer acordo com Pacha, como pode ser visto no diálogo
seguinte:!
!
– Faça sua casa de veraneio noutro lugar.!
– Quer falar disso outra vez?!
– Não posso deixar você voltar a menos que mude seus planos e construa sua
casa de veraneio noutro lugar.!
– Humm. Eu tenho um segredinho. Venha cá, aproxime-se. Não faço acordos
com camponeses!!
!
Kuzco segue sozinho a caminho do palácio, mas vê sua vida ameaçada
por animais selvagens. Mais uma vez, Pacha decide por salvar Kuzco, de-
monstrando civilidade. Pacha se propõe a levar o imperador de volta ao palá-
cio, na esperança de vê-lo mudar.!
!
– Mas já que você está aqui, vai me levar de volta ao palácio. Vou fazer com
que Yzma me transforme, e então vou começar a construção de Kuzcotopia.!
– Acho que começamos mal. Creio que, se você realmente pensasse nisso,
decidiria construir sua casa numa colina diferente.!
– E por que eu faria isso?!
– Porque acredito que você se dará conta de que está forçando toda uma al-
deia a sair de suas casas só por você.!
– E isso é ruim?!
– Claro que sim! Ninguém tem o coração tão duro.!
!
Pacha, que possui habilidades de expressão emocional e empatia, des-
creve possíveis consequências do comportamento egoísta e de vitimizar-se de
Kuzco: “Um dia, vai acabar ficando completamente só e não terá ninguém a
quem culpar além de si.” Sua observação é bastante pertinente, pois Kuzco só
tem a ele, mas o trata com desprezo. Seu egoísmo cegou seus olhos e ele não
percebe que sua conselheira foi quem provocou sua transformação. !
Por volta do 33º minuto de filme, aparecem os primeiros indícios de sen-
sibilização de Kuzco. Parece que os comportamentos “adequados” de Pacha
eliciam novas emoções no imperador. Na cena destacada, a dupla está acam-
pando na floresta. Kuzco parece sentir muito frio à noite e Pacha o cobre com
seu poncho, costurado por sua esposa, demonstrando cuidado. Kuzco também
passa a emitir repertório social mais adequado, elogiando o material e agrade-
cendo pelo empréstimo, como pode ser observado no diálogo a seguir:!
!
– Obrigado.!
– Não tem problema.!
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– Se parece com lã.!
– Sim.!
– Alpaca?!
– Sim.!
– Sim, eu achei que fosse. É agradável.!
– Minha esposa fez.!
– Oh, ela sabe tecer?!
– Com agulhas.!
– Agulhas? Bem, obrigado.!
!
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Contudo, na primeira oportunidade de se ver seguro e livre de Pacha, Kuzco
mais uma vez retoma seu repertório de egoísmo e arrogância, recusando-se a
salvar Pacha, apesar de este ter salvado sua vida em várias situações de peri-
go. A cena ocorrida no 38º minuto ilustra o sentimento de descaso de Kuzco e
de ira de Pacha, provenientes da traição do acordo. Pacha expõe assertiva-
mente seus sentimentos:!
!
Figura 6. Acordo de cavalheiros selado entre Kuzco e Pacha por um aperto de mão.!
!
– Kuzco!!
– Sim? !
– Rápido, me ajude a subir. !
– Não. Não acho que eu vá.!
– Vai me deixar aqui?!
– Bom, ia te aprisionar, mas acho que isto é melhor.!
– Achei que fosse um homem mudado.!
– Vamos, tive que dizer algo para que você me trouxesse para a cidade!
– Então foi tudo mentira?!
– Bom, sim, não, espere, não, sim, tudo era mentira. Adeus!!
– Nos demos a mão!!
– Sabe, o engraçado de dar a mão é que precisa de mãos.!
– Por que eu arrisquei minha vida? Por um egoísta como você? Sempre me
ensinaram que todos têm algo bom, mas você provou que eu estava errado.
Me sinto muito mal. Poderia ter te deixado morrer na selva e assim todos meus
problemas seriam resolvidos.!
!
Após o diálogo acima, os dois encontram-se emperrados em uma situa-
ção de perigo. Para se salvarem, é preciso que confiem um no outro e que co-
operem. Pacha instrui Kuzco: “Tenho uma idéia, me dá seu braço. Agora o ou-
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tro. Quando eu disser vai, empurre contra minhas costas e vamos subir cami-
nhando. Temos que trabalhar juntos para sair dessa.” !
!
!
Figura 7. Sentimento de ira de Pacha por Kuzco não ter cumprido o acordo.!
!
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contrário da cena retratada no 38º minuto, Kuzco demonstra sentimentos de
pavor ao ver seu amigo em risco de morte e o salva. O imperador então emite
comportamentos de cuidado e atenção para com Pacha, demonstrando assim
aquisição de repertório social oposto ao apresentado no início do filme.!
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!
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– Então você mentiu pra mim.!
– Eu menti?!
– Sim, me disse que, quando o sol golpeasse o cume, certamente essas colinas
cantariam. Bom, percorri todas as colinas e não escutei nenhuma canção. Então
vou construir minha casa de veraneio em uma colina mais mágica. Obrigado.
Parece que você e sua família estão presos nessa colina para sempre, amigo.!
– Sabe, estou certo que ouvirá umas canções na colina junto à nossa, no caso
de te interessar.!
!
Figura 12. Colina onde o Imperador Kuzco montou sua Kuzcotopia (à esquerda) e co-
lina onde reside Pacha e sua família (à direita).!
!
!
Considerações Finais!
!
A utilização de filmes na clínica comportamental infantil ainda é uma práti-
ca pouco utilizada pelos terapeutas infantis. No entanto, esta utilização abre
novos caminhos ao terapeuta, visto que, com o acesso cada vez maior das cri-
anças ao uso de tecnologias, a sua atenção está mais voltada para TV e com-
putador quando comparada a outros estímulos. Boto (2002) argumenta que,
como as crianças passam pelo menos 20 horas por semana em situação esco-
lar, algumas atividades realizadas no consultório, como desenhos e pinturas,
por sua semelhança ao que é desenvolvido na escola, podem dificultar a moti-
vação da criança e o engajamento desta em terapia. Com isso, os filmes ga-
nham um status diferenciado no contexto clínico infantil, tornando-se mais atra-
tivos e reforçadores.!
Os filmes muitas vezes traduzem a literatura infantil. Assim, da mesma
forma que a literatura, a utilização de filmes pode contribuir para o enriqueci-
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mento do repertório comportamental das crianças, pois oferece soluções alter-
nativas para diversos problemas do mundo infantil (Vasconcelos, 2005).!
As demandas terapêuticas que podem ser trabalhadas com filmes são
inúmeras e abrangem desde medos até dificuldades escolares. O filme “A nova
onda do imperador” traz personagens com desempenho social bem definido e
ilustrado, fazendo com que habilidades sociais possam ser observadas e anali-
sadas nas cenas. Desta forma, o filme pode ser utilizado como recurso lúdico
no acompanhamento clínico de crianças com queixas relacionadas ao repertó-
rio social. !
Algumas habilidades sociais inadequadas emitidas por Kuzco, Yzma e
Kronk são funcionalmente semelhantes a queixas frequentes apresentadas por
crianças em terapia, como egoísmo, baixa resistência à frustração, comporta-
mentos de deboche e desprezo, agressividade, entre outras. Assistir ao filme e
propor uma análise funcional do comportamento dos personagens pode consti-
tuir uma forma mais branda de sinalizar a inadequação de comportamentos do
cliente, permitindo de forma gradativa a aproximação para que a criança des-
creva seus próprios comportamentos. Analisar funcionalmente o comportamen-
to dos personagens, identificando principalmente as consequências em longo
prazo do “comportamento-problema” (e.g., ficar sozinho), pode facilitar o de-
senvolvimento de auto-observação e autoconhecimento por parte da criança. !
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Pacha, o personagem com mais competência social, é um excelente
modelo das classes de habilidades sociais. Ele demonstra autocontrole e ex-
pressividade emocional quando sente raiva e tristeza pelos comportamentos de
Kuzco, descreve seus sentimentos, mas não se torna agressivo e não o aban-
dona. Pacha comporta-se com extrema civilidade quando deixa sua família
para guiar ao palácio o imperador, que precisa de sua ajuda, mesmo quando o
sumiço deste imperador significaria a solução de seus problemas. O camponês
é empático com a situação de Kuzco e assertivo nas exigências que faz. Da
mesma forma, propõe meios de solução de problemas interpessoais adequa-
das ao longo do filme. Sua competência social é reforçada pela amizade con-
quistada e pela mudança de atitude do imperador. No atendimento infantil, este
exemplo pode ser utilizado para promover, por meio de modelação, comporta-
mentos funcionalmente semelhantes em crianças com repertório social precá-
rio. Ainda, algumas cenas podem servir de contexto para ensaios comporta-
mentais com a criança, por exemplo, de situações de pedir ajuda, pedir descul-
pas, cooperação mútua, expressão de sentimentos, etc. !
! As histórias são instrumentos poderosos de transmissão de valores de
geração em geração. Por meio delas, perpetuam-se regras, crenças e padrões
comportamentais, que contribuem para a formação da cultura. As histórias utili-
zadas no contexto terapêutico infantil, além de trabalharem com queixas espe-
cíficas, ensinam conceitos mais amplos, de forma sutil. As histórias abordam,
por exemplo, as noções de amizade, medo, companheirismo, rivalidade, com-
petição, solidariedade e amor.!
! Quando um terapeuta escolhe um material para utilizar nas sessões de
terapia com a criança, ou até mesmo com os pais, ele deve ter cautela. Devem-
se buscar histórias que ensinem valores de acordo com o contexto familiar e
também de acordo com os valores culturais. Dessa forma, o terapeuta pre-
cisa estar consciente do seu papel de educador, e mais precisamente do
seu poder de influência sobre a promoção de um repertório particular
do seu cliente.!
! Não existe uma receita pronta para utilização de histórias na
clínica infantil. Cada história pode ser explorada de acordo com a
queixa levantada e com peculiaridades do terapeuta. Ele deve co-
nhecer bem as histórias que for utilizar, deve refletir sobre os valo-
res presentes nelas e sobre a melhor forma de aplicação desse
instrumento.!
!
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