Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
MANUAL DO FORMANDO
Curso Profissional Técnico/a de Ação Educativa
Nº de Horas: 25 horas
Formador: João Carlos Calado
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
“Quando olho para uma criança ela me inspira dois sentimentos: ternura pelo que é, e respeito pelo
que possa ser.”
Jean Piaget
3
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
Índice
5- Bibliografia___________________________________________________________ 19
6- Webgrafia ___________________________________________________________ 19
4
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
A higiene pessoal da criança inclui: tomar banho, limpar os ouvidos, pentear o cabelo
e lavar os dentes. Cada um destes comportamentos tem a sua importância ao nível da saúde
da criança e também ao nível da integração social desta.
5
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
6
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
7
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
2- Dietas Alimentares
2.1- Alimentação Equilibrada
Necessidades Nutritivas
As necessidades nutricionais dependem da idade da constituição e da actividade
física.
Deste modo, devemos ajustar as doses que se encontram na roda dos alimentos às
necessidades da criança: doses mais baixas para uma criança mais pequena e sedentária e
vice-versa.
O mais importante a considerar na alimentação das crianças, é que esta seja,
completa, equilibrada e variada, tentando sempre diversificar nos alimentos e nutrientes de
cada refeição. Tal como para os adultos, a roda dos alimentos deve servir como guia de
orientação para a alimentação das crianças.
Os hábitos alimentares são condicionados desde os primeiros anos de vida, por isso,
é muito importante o estabelecimento de regras e de comportamentos alimentares saudáveis
desde cedo, já que muitos dos erros alimentares do adulto se adquirem na infância. Por isso,
é importante desde tenra idade:
o Criar atitudes positivas face aos alimentos e à alimentação.
o Encorajar a aceitação da necessidade de uma alimentação saudável e
diversificada.
o Promover a compreensão da relação entre a alimentação e a saúde.
o Fomentar o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.
o Incentivar a prática de exercício físico regular.
A dieta da criança deve conter um equilíbrio razoável de todos os nutrientes
principais: proteínas, hidratos de carbono (amidos), gorduras, fruta, vegetais, de modo que
obtenha todas as vitaminas e sais minerais de que necessita.
As quantidades exactas e necessárias variam como referido anteriormente, de criança
para criança.
De uma forma geral, as crianças necessitam de mais proteínas do que os adultos, pois
necessitam de compensar o crescimento. A título de exemplo, as crianças entre 1 e 3 anos de
idade apresentam uma necessidade de cerca de 14,5g de proteínas por dia. Cerca de 6g desta
quantidade devem ser proteínas com uma qualidade elevada, do tipo obtido de fontes
animais e vegetais concentradas. As restantes podem ser obtidas de cereais, pão e alimentos
menos concentrados. Todos os seguintes alimentos fornecem cerca de 6g de proteínas: 1
ovo; 25g de carne magra; 25g de queijo rijo; 100g de feijão cozido; 100g de lentilhas.
O total dos alimentos, ingeridos ao longo do dia, deve respeitar as proporções da
roda dos alimentos, incluindo hortaliças, legumes e frutos, não esquecendo os alimentos do
grupo do leite, os cereais e derivados como o pão, passando pelas leguminosas e pelo
consumo de água.
8
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
9
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
Elementos essenciais
Ferro
“O ferro é um micronutriente muito importante para o sistema imunológico e para o
desempenho cognitivo porque é ele o responsável pela formação da célula vermelha do
sangue – a hemoglobina, que trabalha como carregadora de oxigênio para todas as outras
células e tecidos do corpo. O órgão que mais sofre com essa carência é o cérebro”
É comum que as crianças em idade escolar apresentem défices no consumo de ferro,
uma vez que, em muitos casos existe alguma dificuldade na ingestão de alimentos ricos em
ferro (ex: peixe).
Podemos compensar a ausência deste nutriente, recorrendo à ingestão de alimentos
ricos em vitamina C, que são capazes de estimular a absorção do ferro (ex: incluir um copo
de sumo natural de laranja ao jantar).
Cálcio
“O cálcio, além de ser o principal constituinte dos ossos, é um mineral fundamental
para a manutenção de várias funções do organismo, como a contração muscular, coagulação
do sangue, transmissão dos impulsos nervosos e secreção de hormônios. Ossos e dentes
armazenam 99% do total de cálcio presente no corpo. O resto circula no sangue”.
O leite e os seus derivados, de preferência com baixos teores de gordura, são as
melhores fontes de cálcio No grupo das carnes, as melhores fontes são as sardinhas e salmão.
Vegetais verdes e de folhas largas como as couves, o repolho e brócolos, são também
excelentes fontes de cálcio.
Vitaminas A, C e D
As vitaminas são nutrientes indispensáveis para um bom funcionamento do nosso
organismo, essencialmente porque ajudam a evitar ou a minimizar o aparecimento de
doenças, ao mesmo tempo que promove o bem-estar físico e emocional. A carência de
vitaminas, conhecida como avitaminose, é causada por uma má absorção do organismo ou
pela ausência da ingestão vitamínica. As vitaminas , na sua diversidade, estão presentes nos
mais variados alimentos, especialmente em frutas e legumes.
Vitamina A ( Retinol)
O consumo regular de vitamina A, ajuda a manter o sistema imunológico, a pele e a
visão saudáveis. A cenoura, o fígado, a gema de ovo e queijo são alimentos ricos em vitamina
A.
Vitamina C (Ácido ascórbico)
A vitamina C desempenha uma função muito importante na manutenção e suporte
do sistema imunológico, no que respeita a protecção de processos infecciosos. Funciona
também como um excelente antioxidante e desempenha também um papel muito
importante no que respeita à fortificação dos ossos.
Principais fontes: limão, laranja, abacaxi, manga couve e tomate.
Vitamina D
O consumo de alimentos ricos em vitamina D, assune grande importância no
processo de absorção de cálcio e fósforo no intestino, bem como no controle da tensão
arterial, no controle do peso e na prevenção de diversos tumores.
Principais fontes: manteiga, gema de ovo, peixe.
10
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
11
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
12
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
Se a criança não estiver a ganhar peso suficiente, fale com o pediatra sobre possíveis
problemas de saúde que estejam na origem do fenómeno. Como existem crianças com
apetites muito reduzidos, devemos certificar-nos que todas as refeições são respeitadas.
Recusas em comer
Muitas crianças atravessam fases em que se recusam a comer determinados
alimentos. Tal facto é mais frequente em crianças até aos cinco anos de idade. Para
contornar esta dificuldade, ofereça à criança refeições regulares e torne as horas das refeições
divertidas, utilizando pratos e alimentos coloridos, apresentando a comida de forma original
e atrativa.
Diarreia
A diarreia é um problema relativamente comum em crianças pequenas.
Normalmente a origem deste distúrbio prende-se com o uso excessivo de sumos ou
alimentos com grande concentração de açúcar.
Mantenha a criança longe destes alimentos por uns dias, reintroduzindo-os
gradualmente.
13
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
14
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
15
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
16
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
Não tente retirar qualquer objecto que esteja preso à pele. Ele pode estar
próximo de alguma artéria, veia ou nervo.
Esse tipo de ferimento precisa ser bem tratado, para evitar problemas, como
infecções no local atingido, gangrena ou hemorragia.
Não tendo sido vacinada contra o tétano, a vítima corre o risco de contrair a
doença. O mesmo risco existe, se o objecto estiver sujo ou enferrujado, sendo
imprescindível a vacina antitetânica.
No olho
Como actuar:
Não permita que a criança mexa ou esfregue o olho.
Coloque-a sentada numa cadeira, sob boa iluminação, e incline a sua cabeça para
trás. Dessa maneira, você terá condições de observar onde está o objecto.
Depois, pegue uma haste flexível com algodão nas pontas, humedecido em água
limpa e tente, com muita delicadeza, retirar o corpo estranho, tocando
delicadamente apenas nas laterais do globo ocular e na pálpebra inferior com
movimento suave, sem oferecer pressão. Faça este procedimento apenas se a
criança colaborar.
Se a primeira tentativa falhar, não insista. O objecto pode estar encravado e só um
profissional poderá retirá-lo em segurança.
Também não faça nada se ele estiver na íris, a parte colorida do olho, ou na
parte superior da pálpebra. Estas regiões são muito sensíveis e importantes. Uma
pessoa inexperiente pode causar danos irreversíveis à visão da criança, como
lesões e embranquecimento da córnea, o que leva a infecções e cegueira.
Nesses casos, a única atitude correcta é levá-la rapidamente a um hospital que
tenha oftalmologista.
No ouvido
Como actuar:
É muito comum a criança aparecer com corpos estranhos no ouvido: desde
bolinhas e caroços até pequenos insectos (mosquitos e moscas). Em ambos os
casos, somente o médico pode resolver o problema.
Não pingue líquidos ou introduza objectos no ouvido, pois existe a possibilidade
de o tímpano ter-se rompido, causando infecções e danos à audição.
No nariz
Como actuar:
A tentativa de remover corpos estranhos (milho, feijão, sementes e caroços de
pequeno tamanho, alfinetes, grampos, palitos) do nariz pode empurrá-los para a
parte mais profunda. Isto só irá agravar o problema.
Leve a criança ao médico que, em certos casos, poderá retirar o objecto com uma
rápida manobra.
17
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
18
UFCD 3284 – Higiene, Saúde e Segurança da Criança – 25 horas
5- Bibliografia
AA VV., Orientações curriculares para a educação pré-escolar, Ministério de
Educação: Departamento de Educação Básica, 1997
6- Webgrafia
Portal da criança: http://4pilares.zi-yu.com
http://saudeemolhao.projectos.esffl.pt/index_ficheiros/Page1666.htm
19