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Ariel Szwarc, presidente: para

segurar a clientela, companhia


estreitou relacionamento com
as grandes redes varejistas
Julio Vilela

Tecnologia
vitoriosa
Vendendo computadores
A
ntes do estouro da crise financeira, a fabri-
cante de computadores paranaense Positivo
para a classe C, Positivo Informática esbanjava otimismo. Não era
para menos. Após a abertura de seu capital no fim de
agrega valor às suas ações 2006, a companhia experimentou um crescimento
vertiginoso — impulsionado pela queda do dólar e
pelo corte de impostos no setor de informática — e
avançou em novas áreas, como o segmento corpo-
Por Marianna Duarte rativo e de netbooks, os badalados computadores
ultraportáteis. “Prevíamos um 2008 espetacular,
com vendas crescendo num ritmo de dois dígitos”,
conta Ariel Szwarc, vice-presidente financeiro e de
relações com investidores da Positivo.
O cenário revelado em setembro do ano passado,
porém, esfriou os ânimos. A valorização da moeda
norte-americana provocada pela fuga do capital
estrangeiro atingiu em cheio a empresa, uma vez
que seus produtos têm 90% dos componentes impor-
tados. E a deterioração do crédito, no qual se baseia

18 As Melhores Companhias para os Acionistas 2009


POSITIVO INFORMÁTICA – 3º LUGAR
VM de até R$ 5 bilhões

boa parte de suas vendas, também preocupava. nebuloso foi uma meta perseguida por seus exe-
“Vendo tudo isso, a prioridade absoluta passou a cutivos. “Queríamos mostrar o racional do que
ser proteger o caixa”, diz Szwarc. Assim, compras estávamos fazendo”, conta o vice-presidente. Desde
foram reduzidas, investimentos postergados, e o acirramento da turbulência, os controladores não
despesas em projetos sem retorno imediato, corta- pouparam na divulgação de comunicados, e até um
das. Um empréstimo de R$ 25 milhões, feito com road show foi feito para tranquilizar
os próprios controladores, no último trimestre de os stakeholders. A política de transpa-
2008, completou a estratégia de guerra. rência mostrou-se efetiva, com a com-
Além de ajudar a Positivo a enfrentar a tur- panhia conquistando 7,9 no critério Alta do dólar
bulência mundial, o esforço de caixa também a de governança corporativa, avaliado no ano passado
levou à terceira posição no ranking das Melhores pelo ranking. Desde sua oferta pública chegou a reduzir
Companhias para os Acionistas da CAPITAL ABERTO, inicial de ações, a Positivo está lista- as margens
dentre as empresas com valor de mercado de até da no segmento do Novo Mercado da de lucro e
R$ 5 bilhões. Um dos fatores que contribuíram BM&FBovespa, aderindo às práticas
pressionar a
para a conquista da medalha de bronze foi o valor mais sofisticadas de governança.
econômico adicionado (EVA, em inglês) de R$ 50,06 Para Szwarc, a busca constan-
cotação em bolsa
milhões em 2008, uma espécie de lucro que leva te por aperfeiçoamento em áreas
em conta o custo do capital empregado. A Positivo como as de sustentabilidade — úni-
obteve nota 9 nesse quesito, enquanto a mediana co aspecto em que a Positivo não
da categoria foi de 6,0. pontuou no Melhores Companhias — é um dos
Em 2008, a Positivo teve vendas recordes — 1,6 grandes desafios para a empresa; além, é claro,
milhão de unidades —, cravou um faturamento da corrida pelo crescimento no mercado nacional
de R$ 2,3 bilhões (aumento de 9,4% em relação e internacional de computadores. “Isso é o que
ao ano anterior) e consolidou-se como a maior nos move e nos dá adrenalina todos os dias.” n
fabricante de computadores do País e quarta da
América Latina. Para chegar a essas marcas inve-
jáveis, a estratégia da companhia incluiu estreitar
o relacionamento com varejistas, conta Szwarc. A
ideia era manter livre o acesso à população de baixa
renda, um mercado fomentado por financiamentos
longos, oferecidos principalmente pelas grandes
redes de varejo.
“A Positivo cresceu, nos últimos anos, explo-
rando o potencial de consumo da nova classe C”,
observa o analista da Liquidez Corretora, Leo-
nardo Bardanese. Ele avalia que o achatamento
temporário das margens, diante da valorização de
40% no dólar, também foi uma decisão acertada, e
um dos motivos para a companhia ter conseguido
manter o volume de vendas estável no primeiro
trimestre de 2009.
Em outro critério, que mede o retorno financeiro
da ação, ou total shareholder return (TSR), a Positivo
não foi tão bem. Recebeu 6 de 10 pontos possíveis, ou
seja, ficou no limite de corte para as empresas de sua
categoria. Parte desse resultado se deve ao impacto
do câmbio nos custos de produção, fato que forçou
a companhia a reduzir as margens de lucro, pre-
judicando seu resultado final. O lucro líquido
despencou 39,3% em 2008 na comparação com
2007, o que reduziu o montante disponível para
a distribuição de dividendos.
Relatar ao acionista todo o caminho
trilhado pela companhia durante o período

As Melhores Companhias para os Acionistas 2009 19

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