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Stephen Neill (1900-1984), missionário anglicano, disse certa vez: “se tudo é missão, nada é

missão”. (NEILL apud BARRO, 2013, p. 13). Essa frase ilustra a necessidade de se repensar o
termo “missão”, identificando seu conteúdo e o que ele significa para a vivência da fé cristã no
mundo contemporâneo. Para fazer isso, é preciso, antes de tudo, diferenciar o termo
“missões” do termo “missão”. Embora sutil, a diferença entre esses dois termos é muito
importante. UNIDADE 1

Algumas implicações que o Pentecostes apresenta à igreja cristã: a) Se a missio Dei é


pneumatológica, então não pode haver hierarquias de ordem social, sexual, racial ou étnica
entre as pessoas que a vivenciam. Nesse sentido, cabe à igreja a denúncia de qualquer postura
que reproduza discursos racistas, misóginos ou preconceituosos, tanto no interior das
comunidades cristãs, como na própria sociedade. b) Se a missio Dei é pneumatológica, então
percebe-se no Pentecostes a chegada do tempo escatológico. A expressão “nos últimos dias”,
acrescentada pelo Novo Testamento à profecia de Joel, revela-nos que, na lógica
neotestamentária, os últimos dias já chegaram com a ressurreição de Cristo. c) Se a missio Dei
é pneumatológica, então ela se sustenta no direcionamento do próprio Espírito de Deus. Como
vento impetuoso, que não pode ser controlado ou previsto (cf. Jo 3.8), o Espírito de Deus guia
a igreja em sua relação com o mundo. Como afirma Karl Müller: “É o Espírito Santo que instiga,
que desperta para a vida, que dá contínua assistência, que suscita testemunhas e profetas, que
incute coragem, que dá especialmente impulsos para a missão, que remove obstáculos, que
forma comunidades. [...] ‘O Espírito impele a prosseguir sempre, não só no sentido geográfico,
mas também superando barreiras étnicas e religiosas, propiciando uma missão
verdadeiramente universal.’” (MÜLLER, 1995, p. 206) UNIDADE 5

A missio Dei relaciona-se profundamente com a salvação, lida de forma integral. É desejo de
Deus salvar todos os seres humanos do pecado que desumaniza a vida e a existência. Mas tal
salvação não é dualista, dividindo o ser humano em espiritual e carnal; antes, ela abrange todo
o humano e o humano inteiro. Tudo é alvo do amor de Deus, sem exceções. UNIDADE 1

Missio Dei no Evangelho de Marcos: A perspectiva teológica de Marcos possui uma clara
abertura ao universo gentílico. Nesse sentido, a missão cristã neste evangelho encontra, no
ministério de Jesus, uma acolhida mais intensa aos gentios. Missio Dei no Evangelho de
Mateus: Neste evangelho, a chave de leitura que nos auxilia a compreender sua percepção da
missio Dei encontra-se no final da chamada “Grande Comissão”, citada em Mateus 28.20, que
diz: “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Esse ensino não é “um
empreendimento meramente intelectual” (BOSCH, 2002, p. 93), mas sim uma convocação
ética a assumir na vida cotidiana os ensinamentos de Jesus. Nesse sentido, a missio Dei em
Mateus enfatiza a necessária relação entre o dinamismo do Espírito Santo e o Jesus terreno.
Missio Dei no Evangelho de Lucas/Atos: Como são dois escritos que, originalmente, compõem
uma única obra em dois volumes, a missio Dei em Lucas e em Atos será analisada em conjunto.
No evangelho de Lucas, a chave hermenêutica para compreendermos a missão cristã
encontra-se em Lucas 4.16-21. Esse texto do profeta Isaías (capítulo 61), citado por Jesus, se
concretiza no decorrer de todo seu ministério, conforme relatado por Lucas. Os pobres, os
cativos, os cegos e oprimidos – classes habitualmente excluídas da vida social e religiosa de
Israel – foram convidados por Jesus para integrar o reino de Deus que Ele anunciava. Vale
perceber que Jesus omite a parte da vingança que se encontra em Isaías, frustrando seus
ouvintes que aguardavam uma vingança contra seus inimigos, especialmente os romanos.
“Jesus não só omite qualquer referência ao juízo sobre os inimigos de Israel mas também
lembra seus ouvintes da compaixão de Deus para com aqueles inimigos, um fato que enche de
ira todos os que estão na sinagoga. [...] a era da salvação difere daquilo que esperava, que a
compaixão de Deus para com os pobres, os excluídos e os estrangeiros – inclusive para com os
inimigos de Israel – suplantou a vingança divina!” (BOSCH, 2002, p. 144,145). UNIDADE 2

Antes de mais nada, vemos no ensino de Jesus que o Reino de Deus é uma realidade presente
e marcante. Jesus não ensinou apenas que o Reino era uma realidade iminente, mas uma
realidade presente também (Lc. 11.20; Mt. 12.28; 6.9-10; Mc. 1.14-15). Em Cristo, o tão
esperado e ansiado futuro tornou-se uma realidade presente. (DEL PINO & PADILLA, 1998, p.
22). UNIDADE 2

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