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Estrada da Tijuca
Realização
ROMERO SIMI
Novembro de 2011
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1 – DADOS PARA ANÁLISE
Os proprietários forneceram a planta com o levantamento planimétrico, realizado pelo Eng. Milton
Paulo Becheri na escala 1:1.000 e também as coordenadas de sua localização no Município de São
Sebastião, na praia do Cambury e situada na Estrada do Tijuca – Sertão do Cacau
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2 – LOCALIZAÇÃO
A área de estudo esta localizada na região central da costa sul do município de São Sebastião,
Estado de São Paulo, na praia de Cambury, no sopé da Serra do Mar e junto a Parque Estadual da
Serra do Mar. Abaixo Imagem do satélite LANDSAT-05 com a localização da área.
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1.1 – Localização em relação à Praia de Cambury
Figura 3 - Ortofoto de 2001 mostrando a área contornada em linha amarela e circulada em vermelho,
situada na parte central da Costa Sul do município, no sertão da praia do Cambury e localizada na
Estrada da Tijuca.
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1.2 – Localização em relação às Unidades de Conservação: Parque Estadual da Serra do Mar
(em Verde) criado pelo Decreto Estadual Nº 10.251, de 30 de agosto de 1977.
Figura 4 – Parte do MAPA 6 do Atlas das Unidades de Conservação Ambientais do Estado de São
Paulo, elaborado pela SMA, mostrando a área em estudo circulado em vermelho, próxima a divisa
do Parque Estadual da Serra do Mar.
Já a lei Municipal vigente é a que dispõe sobre o Plano Diretor Físico: o Sistema Viário, o
Zoneamento, o Parcelamento e o Uso e Ocupação do Território do Município. (Lei 225-78).
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Figura 5: Mapa das declividades obtido com o processamento dos dados vetoriais, extraídos do
levantamento cedido pelo contratante em escala 1:1.000.
Entre as cotas 40 m e 100 m, existe a área tombada pelo e CONDEPHAAT – Conselho de Defesa
do Patrimônio Artistico Arqueológico do Estado de São Paulo, que por Lei Municipal é necessário a
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consulta à prefeitura e ao órgão do conselho para se obter o licenciamento para o uso e ocupação. A
legislação municipal Lei 561 / 87 (Costa Sul) define as restrições e normatiza a área como Zona de
Alta Restrição. Existem, também, as demais restrições das APPs, RL e declividades mapeadas que
serão representadas nas Figuras 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e mapa anexo.
Figura 6 – em hachura a APP Drenagem de 30m e nascente de 50m, em cor verde a vegetação
nativa. Os dados vetoriais foram extraídos do levantamento cedido pelo contratante na escala
1:1.000.
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- APP de Topo de Morro / Montanha – No local de estudo não existe APP de topo de morro. A
análise como é demonstrado na figura abaixo mostra que entre a base da unidade fisiográfica
representada pela drenagem até o cume, não contem os 50 metros necessários para caracteriza-lo,
mesmo contendo a declividade acima de 17 graus como é conceituado morro pela Resolução
CONAMA 303/02.
Figura 7 – APP Topo de Morro. Dados vetoriais extraídos do mapa cedido pelo contratante, escala
1:1.000. A letra B representa as bases de cada cume, e a letra C representa os cumes. Entre as bases
e os cumes, definido pelas curvas de níveis não existe o diferencial de altitude de 50 metros. A cor
laranja representa a declividade acima de 17° graus.
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- TOTAL das APPs.
2.2.2 - Reserva Legal – correspondente a 20% da área do terreno destinada a preservação da mata
nativa e permitido o manejo florestal (regras e definições na Lei Federal 4771/65 e alterações,
Decreto Estadual 59.939/09).
A área total da propriedade estudada é de 50.868,39 m2. A área total de APPs que é de 39.405,53m2
existente na propriedade, corresponde á um pouco mais de 77,46% da área total.
Pelo exposto na figura 8 e no texto acima, o proprietário poderá incorporar as APPs no cômputo da
Reserva Legal a ser averbada, conforme norma oferecida no Decreto Estadual 59.939/09 para
situações em que o total de vegetação nativa em APPs ultrapasse 50% da área do imóvel.
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Artigo 4º - As Áreas de Preservação Permanente definidas no artigo 1º, § 2º, inciso II,
da Lei federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, poderão ser computadas para efeito
de cálculo do percentual da Reserva Legal quando a soma da vegetação nativa em
Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal exceder a 25% (vinte e cinco) por
cento da propriedade no caso de pequenas propriedades e 50% (cinqüenta por cento)
no caso das demais propriedades.
Como pode ser observada na figura 8 toda a área delimitada como preservação permanente – APPs
também está ocupada pela vegetação de mata nativa.
Do total da área da propriedade, que é de 50.868,39 m2, a área de reserva legal deve representar
20% ou 10.173,678 m2 da área total e será averbada dentro da APP conforme Decreto Estadual
59.939/09. A área de reserva legal confinada na APP da propriedade foi delimitada através da
altimetria na cota 26 metros, totalizando 10.826 m2, como é mostrado na figura seguir.
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Figura 9 – Demonstra em verde a área de Reserva Legal e hachura azul APP – Drenagem.
Para a aplicação da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, foi feita a interpretação visual da
imagem GEO-EYE do dia 01 de outubro de 2009, classificando áreas de vegetação primaria,
vegetação secundaria nos estágios avançado e médio de regeneração.
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Figura 10 – Imagem GEO-EYE do dia 01 de outubro de 2009 mostra dentro dos limites da
propriedade (linha amarela) toda a área coberta por vegetação nativa.
Estas áreas classificadas de vegetação de mata nativa, demonstrar compor um único maciço florestal
com a mata nativa do PESM, aplicando-se, portanto, o artigo 9ª do Codigo Florestal, o que a torna
imune ao corte, como também as áreas entre declividade 25° e 45° graus delimitadas dentro das
áreas demarcadas como A 1; A 2; A 3; A 4 (Figura 11 e mapa anexo). Em especifico como
demonstrado na figura 12 a área lindeira a área A 3 a única com declividade de 25° a 45° graus.
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Figura 11: Mapa de APPs e Uso do Solo. CONAMA 303 / 02, Lei nº 11.428 / 06.
Figura 12 – verde claro = declividade 25° a 45° graus, verde escuro Área de Preservação
Permanente, hachura preta área A 3 a ser verificada.
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3 – Texto do Zoneamento e Uso do Solo Municipal (Lei 561 / 87)
O Uso e Ocupação do Solo, também são definidos pelas normas municipais previstas na Lei 561 /
87 (Costa Sul) - Zoneamento e Uso do Solo Municipal de São Sebastião, permitindo as áreas
edificantes e as formas de uso e ocupação. Dados abaixo cedidos pela Prefeitura Municipal de São
Sebastião.
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Figura 13 – Mapa do ZEE. Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo - Decreto Estadual
49.215, em 7 de Dezembro de 2004
CRITÉRIOS DE ENQUADRAMENTO
- Ecossistema primitivo com funcionamento íntegro;
- Cobertura vegetal íntegra com menos de 5% de alteração;
- Ausência de redes de comunicação local, acesso precário com predominância de trilhas,
habitações isoladas e captação de água individual;
- Ausência de cultura com mais de 1 há (total menor que 2%);
- Elevadas declividades, (média acima 47%, com riscos de escorregamento);
- Baixadas com drenagem complexa com alagamentos permanentes/freqüentes.
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METAS
- Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas;
- Manejo ambiental da fauna e flora;
- Atividades educativas.
Z1T
CRITÉRIOS DE ENQUADRAMENTO
- Ecossistema funcionalmente pouco modificado;
- Cobertura vegetal alterada entre 5 e 20% da área total;
- Assentamentos nucleados com acessos precários e baixos níveis de eletrificação e de
caráter local;
- Captação de água para abastecimento semi-coletivas ou para áreas urbanas;
- Áreas ocupadas com culturas, entre 2 e 10% da área (roças e pastos);
- Declividades entre 30 e 47%;
- Baixadas com inundação.
METAS
- Manutenção funcional dos ecossistemas e proteção aos recursos hídricos para o
abastecimento e para a produtividade primária, por meio de planejamento do uso, de
conservação do solo e saneamento simplificado;
- Recuperação natural;
- Preservação do patrimônio paisagístico;
- Reciclagem de resíduos;
- Educação ambiental.
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ZONA 2 TERRESTRE - Z2T
CARACTÉRÍSTICAS SÓCIO AMBIENTAIS
I – elevada recorrência de áreas de preservação permanente, com restrições da Lei
4.771/65, e de riscos geotécnicos;
II – áreas continuas de vegetação em estágio avançado de regeneração e fauna associada,
com ocorrência de supressão ou de alteração de até 30% de cobertura vegetal, com
restrições do Dec. Fed. 750/93;
III – ocorrência de áreas com declividade média entre 30% e 47%;
IV – áreas sujeitas à inundação.
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4 – CONCLUSÃO
A área delimitada para uma eventual e passível ocupação foi definida por estar em acordo com a
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL (Lei Federal), o ZEE (lei Estadual), a ZONA DE ALTA
RESTRIÇÃO – Z.A.R. (Lei municipal) do município de São Sebastião. De acordo com todas as
normas o proprietário fica impedido de realizar qualquer tipo de intervenção na propriedade nas
áreas mapeadas com APPs e declividades entre 25 a 45%. Dependendo somente da verificação a
campo da área remanescente florestada pertencer ou não, ao bioma da Mata Atlântica, para um
possível desmatamento dentro das áreas delimitadas como: A 1, A 2, A 3 e A 4.
Figura 14 – Áreas de eventual ocupação mediante avaliação e licenciamento dos órgãos estaduais e
municipais – A1, A2, A3, A4 em hachura preta.
As áreas que poderiam ser liberadas para uma eventual ocupação estão representadas em hachura
preta na figura 14, medidas e apresentadas na tabela abaixo.
Tabela 1 – Metragem das áreas permitidas à ocupação.
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ÁREAS METRAGEM EM m2 TOTAL m2
A1 6.692,85
A2 954,45
9.456,97
A3 768,12
A4 1.041,55
Destacando a área A1 que esta sobre vigência e regras do CONDEPHAAT com uma extensão de
6.692,85 m2, na qual pode estar sendo agregada a área A4 com mais 1.041,55 m2, perfazendo as
duas a soma de 7.734,40 m2. Estas áreas A 1 e A 4 devem ser analisadas a campo com a verificação
da cobertura florestal para um possível desmatamento para seu uso e ocupação.
A área A2 por ser muito estreita, não possui características que permitam a ocupação.
A área A3 possui localização desfavorável por estar confinada por uma grande Área de APP,
impossibilitando a chegada ao local para o uso e ocupação.
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Figura 16 – Zoom das áreas A 1 e A 4.
A área de estudo localizada na Estrada da Tijuca, está sobre a vigência da Lei municipal 561 / 87
(Costa Sul) de Uso e Ocupação do Solo em Zona de Alta Restrição onde deverá atender normas de
taxa de ocupação e também, está sobre a vigência do ZEE através das regras da - Z.1.T. e Z.2.T.
A seguir as regras e normas citadas.
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Destacamos que quaisquer que sejam as intenções de empreender no local deverão ser atendidas as
premissas legais que definem as características de uso e ocupação do solo, sendo que as normas aqui
apresentadas possibilitam, a nosso ver, uma baixa expectativa para o uso e ocupação ou atividade
econômica a ser exercida no local. A necessidade de se verificar a cobertura florestal existente é
eminente para que se complete o estudo, visto que a área não apresenta nenhum local sem a
cobertura citada. Somente com este estudo da cobertura florestal nas áreas delimitadas como
passiveis a verificação A 1; A 4; é possível determinar se há condições de que uma área possa ser
desmatada para as finalidades impostas pelas legislações. Estas duas áreas A 1, A 4, deverão através
de um projeto de engenharia florestal consultar a CETESB, Prefeitura Municipal de São Sebastião e
CONDEPHAAT sob há possibilidade de obter uma licença ambiental para o corte e supressão da
mata nativa para o uso e ocupação.
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ROMERO SIMI
CREA - 5062580870
Arquiteto Urbanista
ART:
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ANEXOS
XI - tabuleiro ou chapada: paisagem de topografia plana, com declividade média inferior a dez por
cento, aproximadamente seis graus e superfície superior a dez hectares, terminada de forma abrupta
em escarpa, caracterizando-se a chapada por grandes superfícies a mais de seiscentos metros de
altitude;”
Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:
I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura
mínima, de:
a) trinta metros, para o curso d`água com menos de dez metros de largura;
b) cinqüenta metros, para o curso d`água com dez a cinqüenta metros de largura;
c) cem metros, para o curso d`água com cinqüenta a duzentos metros de largura;
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VII - em encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento ou quarenta e cinco graus
na linha de maior declive;
IX - nas restingas: a) em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de preamar
máxima;
“Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de
expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por
lei municipal.
III - em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas
exigências específicas das autoridades competentes;”
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III - vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas
de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País; e
Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais
formas de vegetação natural situadas:
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de
maior declive;
Art. 10. Não é permitida a derrubada de florestas, situadas em áreas de inclinação entre 25 a 45
graus, só sendo nelas tolerada a extração de toros, quando em regime de utilização racional, que vise
a rendimentos permanentes.
Art. 11. O corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de
regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam vedados quando:
I - a vegetação:
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