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MEMORIAL DO MAPEAMENTO AMBIENTAL DA PROPRIEDADE CLAUDIO

ANTÔNIO MARQUES LUIZ E ISIS DE PALMA

PRAIA DO CAMBURY - MUNICIPIO DE SÃO SEBASTIÃO

Estrada da Tijuca

Realização

ROMERO SIMI

Novembro de 2011

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1 – DADOS PARA ANÁLISE

Os proprietários forneceram a planta com o levantamento planimétrico, realizado pelo Eng. Milton
Paulo Becheri na escala 1:1.000 e também as coordenadas de sua localização no Município de São
Sebastião, na praia do Cambury e situada na Estrada do Tijuca – Sertão do Cacau

Figura 1 – Imagem da planta fornecida para a realização do trabalho, do levantamento planimétrico,


realizado pelo Eng. Milton Paulo Becheri na escala 1:1.000

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2 – LOCALIZAÇÃO

A área de estudo esta localizada na região central da costa sul do município de São Sebastião,
Estado de São Paulo, na praia de Cambury, no sopé da Serra do Mar e junto a Parque Estadual da
Serra do Mar. Abaixo Imagem do satélite LANDSAT-05 com a localização da área.

Figura 2 – Imagem LANDSAT -5 do município de São Sebastião delimitado em linha amarela e


circulado em vermelho a localização da área em estudo na praia de Cambury.

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1.1 – Localização em relação à Praia de Cambury

Figura 3 - Ortofoto de 2001 mostrando a área contornada em linha amarela e circulada em vermelho,
situada na parte central da Costa Sul do município, no sertão da praia do Cambury e localizada na
Estrada da Tijuca.

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1.2 – Localização em relação às Unidades de Conservação: Parque Estadual da Serra do Mar
(em Verde) criado pelo Decreto Estadual Nº 10.251, de 30 de agosto de 1977.

Figura 4 – Parte do MAPA 6 do Atlas das Unidades de Conservação Ambientais do Estado de São
Paulo, elaborado pela SMA, mostrando a área em estudo circulado em vermelho, próxima a divisa
do Parque Estadual da Serra do Mar.

2 - O MAPEAMENTO DAS ÁREAS PROTEGIDAS


Os mapas desenvolvidos neste trabalho têm a finalidade de delimitar as áreas com restrições
ambientais incidentes sobre a propriedade em estudo, através da aplicação da Legislação Federal,
Estadual e Municipal.
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A Legislação Federal vigente é composta pelos seguintes diplomas: Resolução CONAMA 303/02 e
o Código Florestal (Lei Federal n° 4.771/65) e alterações subseqüentes, que definem as tipologias,
delimitações e regras para análise da ocorrência de APPs no território estudado, tais como APP de
drenagem (rios e nascentes), declividades (maior que 45°ou 100%) e APP de Topo de Morro, além
da observação quanto às exigências para averbação da Reserva Legal (20% da área da propriedade),
e impedimento ao corte de arvores em áreas de inclinação entre 25° a 45°; o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação – SNUC (Lei Federal 9985/00) que define as condições e situações
quando se trata de áreas incluídas ou no entorno de unidades de conservação, e a lei que protege o
bioma Mata Atlântica (Lei Federal Nº 11.428/06).
As Leis Estaduais utilizadas são: a verificação da proximidade do Parque Estadual da Serra do Mar
(Decreto Nº 10.251, de 30 de agosto de 1977) em relação à área em estudo e á delimitação da Área
Tombada do CONDEPHAAT, através da marcação altimetria da cota 40m (Lei nº 10.247, de 22 de
outubro de 1968). A verificação do Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte
desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo - Decreto Estadual 49.215,
em 7 de Dezembro de 2004, define a forma de uso, ocupação e desenvolvimento econômico da
região.

Já a lei Municipal vigente é a que dispõe sobre o Plano Diretor Físico: o Sistema Viário, o
Zoneamento, o Parcelamento e o Uso e Ocupação do Território do Município. (Lei 225-78).

A seguir, apresentaremos os mapeamentos na seguinte ordem: declividades, APPs, Uso do solo,


Zoneamento Municipal e Zoneamento Ecológico Econômico.

2.1 - Mapeamento das declividades


As espacializações das declividades definem as características da geografia da área e sua forma de
uso, segundo as normas federais, Resolução CONAMA 303/02. A Resolução CONAMA define
elevações fisiográficas com mais de 50m de altura e com declividades acima de 17gr (30%), sendo
morro ou montanha para a identificação da APP – Topo de Morro/Montanha, as áreas com
declividade superior a 45° (100%) consideradas APPs e o Código Florestal define as áreas com
declividade entre 25° a 45 nas quais não é permitida o corte raso de florestas. (Figura 5 e mapa
correspondente anexo).

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Figura 5: Mapa das declividades obtido com o processamento dos dados vetoriais, extraídos do
levantamento cedido pelo contratante em escala 1:1.000.

2.2- Mapeamento das APPs e Uso do Solo.


Os mapeamentos das APPs e de uso do solo (a seguir), foram feitos para definir as áreas protegidas
ambientalmente em função da legislação citada. A área em estudo esta localizada abaixo da cota 100
m de altitude, portanto, não esta contida no Parque Nacional da Serra do Mar - Decreto Nº 10.251,
de 30 de agosto de 1977, no entanto, considerando a densa fisionomia florestal que constitui o
mesmo maciço que integra aquela unidade de conservação, aplica-se o artigo 9º do Código Florestal,
que estabelece a mesma restrição como se parque fosse.
Artigo 9º - As florestas de propriedade particular, enquanto indivisas com outras, sujeitas a
regime especial, ficam subordinadas às disposições que vigorarem para estas.

Entre as cotas 40 m e 100 m, existe a área tombada pelo e CONDEPHAAT – Conselho de Defesa
do Patrimônio Artistico Arqueológico do Estado de São Paulo, que por Lei Municipal é necessário a

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consulta à prefeitura e ao órgão do conselho para se obter o licenciamento para o uso e ocupação. A
legislação municipal Lei 561 / 87 (Costa Sul) define as restrições e normatiza a área como Zona de
Alta Restrição. Existem, também, as demais restrições das APPs, RL e declividades mapeadas que
serão representadas nas Figuras 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e mapa anexo.

2.2.1 – Mapeamento das APPs: RESOLUÇÂO CONAMA 303 / 02

- APPs de drenagem – mapeada a Área de Preservação Permanente do curso d`água perene ou


intermitente representando pela faixa de 30 metros ao longo das margens, além das APPs de
nascentes com faixa definida em raio de 50 metros no entorno dos afloramentos ou nascentes,
apresentadas no mapa abaixo em hachuras azuis. Mostrado ainda em verde a vegetação de Mata
Nativa em seus estágios primário e secundário avançado de regeneração.

Figura 6 – em hachura a APP Drenagem de 30m e nascente de 50m, em cor verde a vegetação
nativa. Os dados vetoriais foram extraídos do levantamento cedido pelo contratante na escala
1:1.000.

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- APP de Topo de Morro / Montanha – No local de estudo não existe APP de topo de morro. A
análise como é demonstrado na figura abaixo mostra que entre a base da unidade fisiográfica
representada pela drenagem até o cume, não contem os 50 metros necessários para caracteriza-lo,
mesmo contendo a declividade acima de 17 graus como é conceituado morro pela Resolução
CONAMA 303/02.

Figura 7 – APP Topo de Morro. Dados vetoriais extraídos do mapa cedido pelo contratante, escala
1:1.000. A letra B representa as bases de cada cume, e a letra C representa os cumes. Entre as bases
e os cumes, definido pelas curvas de níveis não existe o diferencial de altitude de 50 metros. A cor
laranja representa a declividade acima de 17° graus.

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- TOTAL das APPs.

A sobreposição de todas as APPs, áreas de preservação permanente, contidas na propriedade em


estudo apresentam área total aproximada de 39.405,53 m2 e estão descritas na figura 8 abaixo.

2.2.2 - Reserva Legal – correspondente a 20% da área do terreno destinada a preservação da mata
nativa e permitido o manejo florestal (regras e definições na Lei Federal 4771/65 e alterações,
Decreto Estadual 59.939/09).
A área total da propriedade estudada é de 50.868,39 m2. A área total de APPs que é de 39.405,53m2
existente na propriedade, corresponde á um pouco mais de 77,46% da área total.

Figura 8 – Área verde representa a vegetação primaria e secundário no estagio avançado de


regeneração (a ser verificado a campo se pertence ao bioma Mata Atlântica). Linhas e hachura azul
representa a área de preservação permanente APP-30m e a de 50 metros referente a nascente.

Pelo exposto na figura 8 e no texto acima, o proprietário poderá incorporar as APPs no cômputo da
Reserva Legal a ser averbada, conforme norma oferecida no Decreto Estadual 59.939/09 para
situações em que o total de vegetação nativa em APPs ultrapasse 50% da área do imóvel.

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Artigo 4º - As Áreas de Preservação Permanente definidas no artigo 1º, § 2º, inciso II,
da Lei federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, poderão ser computadas para efeito
de cálculo do percentual da Reserva Legal quando a soma da vegetação nativa em
Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal exceder a 25% (vinte e cinco) por
cento da propriedade no caso de pequenas propriedades e 50% (cinqüenta por cento)
no caso das demais propriedades.

§ 1º - A inclusão de Áreas de Preservação Permanente no cômputo da Reserva Legal


não poderá ser admitida se implicar conversão de novas áreas para usos alternativos do
solo.

§ 2º - A inclusão de Áreas de Preservação Permanente em Reservas Legais não altera


as restrições legais que incidem sobre as mesmas.

Como pode ser observada na figura 8 toda a área delimitada como preservação permanente – APPs
também está ocupada pela vegetação de mata nativa.
Do total da área da propriedade, que é de 50.868,39 m2, a área de reserva legal deve representar
20% ou 10.173,678 m2 da área total e será averbada dentro da APP conforme Decreto Estadual
59.939/09. A área de reserva legal confinada na APP da propriedade foi delimitada através da
altimetria na cota 26 metros, totalizando 10.826 m2, como é mostrado na figura seguir.

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Figura 9 – Demonstra em verde a área de Reserva Legal e hachura azul APP – Drenagem.

2.2.3 - Lei que protege o bioma Mata Atlântica


Protege a vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração do Bioma Mata
Atlântica.
LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006.

Art. 14. A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de


regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a
vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de
utilidade pública e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e
motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional ao empreendimento proposto, ressalvado o disposto no inciso I do art. 30 e nos
§§ 1o e 2o do art. 31 desta Lei.

Para a aplicação da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, foi feita a interpretação visual da
imagem GEO-EYE do dia 01 de outubro de 2009, classificando áreas de vegetação primaria,
vegetação secundaria nos estágios avançado e médio de regeneração.

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Figura 10 – Imagem GEO-EYE do dia 01 de outubro de 2009 mostra dentro dos limites da
propriedade (linha amarela) toda a área coberta por vegetação nativa.

Estas áreas classificadas de vegetação de mata nativa, demonstrar compor um único maciço florestal
com a mata nativa do PESM, aplicando-se, portanto, o artigo 9ª do Codigo Florestal, o que a torna
imune ao corte, como também as áreas entre declividade 25° e 45° graus delimitadas dentro das
áreas demarcadas como A 1; A 2; A 3; A 4 (Figura 11 e mapa anexo). Em especifico como
demonstrado na figura 12 a área lindeira a área A 3 a única com declividade de 25° a 45° graus.

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Figura 11: Mapa de APPs e Uso do Solo. CONAMA 303 / 02, Lei nº 11.428 / 06.

Figura 12 – verde claro = declividade 25° a 45° graus, verde escuro Área de Preservação
Permanente, hachura preta área A 3 a ser verificada.

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3 – Texto do Zoneamento e Uso do Solo Municipal (Lei 561 / 87)

O Uso e Ocupação do Solo, também são definidos pelas normas municipais previstas na Lei 561 /
87 (Costa Sul) - Zoneamento e Uso do Solo Municipal de São Sebastião, permitindo as áreas
edificantes e as formas de uso e ocupação. Dados abaixo cedidos pela Prefeitura Municipal de São
Sebastião.

Z.A.R (Zona de Alta Restrição)


Lote mínimo: 3.000,00m
Frente mínima: 30m
Recuos: Frente 5m para via principal
Laterais 3,00m
Fundos 3,00m
Taxa de Ocupação: 15%
Índice de Aproveitamento: 30%
Número de Pavimentos: 2
Altura máxima da cumeeira: 9m

3.1– Mapa do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Litoral Norte.

O Mapa do Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte desenvolvido pela Secretaria de


Meio Ambiente do Estado de São Paulo - Decreto Estadual 49.215, em 7 de Dezembro de 2004,
define a forma de uso, ocupação e desenvolvimento econômico da região.
A área em estudo apresenta-se com partes inseridas sob a vigência das Zonas Z1 e Z2 a seguir
descritas. (Figura 13).

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Figura 13 – Mapa do ZEE. Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo - Decreto Estadual
49.215, em 7 de Dezembro de 2004

Zona 1 (cor rosa)


Zonas - Zona que mantém os ecossistemas primitivos em pleno equilíbrio ambiental,
ocorrendo uma diversificada composição funcional capaz de manter de forma sustentada,
uma comunidade de organismos balanceada e integrada e adaptada, podendo ocorrer
atividades humanas de baixo efeito impactante.

CRITÉRIOS DE ENQUADRAMENTO
- Ecossistema primitivo com funcionamento íntegro;
- Cobertura vegetal íntegra com menos de 5% de alteração;
- Ausência de redes de comunicação local, acesso precário com predominância de trilhas,
habitações isoladas e captação de água individual;
- Ausência de cultura com mais de 1 há (total menor que 2%);
- Elevadas declividades, (média acima 47%, com riscos de escorregamento);
- Baixadas com drenagem complexa com alagamentos permanentes/freqüentes.

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METAS
- Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas;
- Manejo ambiental da fauna e flora;
- Atividades educativas.

Z1T

CARACTÉRÍSTICAS SÓCIO AMBIENTAIS


I - áreas de vegetação em estágio avançado de regeneração e fauna associada, com
alteração de cerca de 10% da cobertura vegetal, e restrições do Dec. Fed. 750/93;
II - áreas com declividade média acima de 47%, com restrições da Lei Fed. 4.771/65 e Res.
Conama 303/02;
III - existência de comunidades tradicionais;
IV - Unidade de Proteção Integral;
V - manguezais, com restrições da Lei Fed. 4.771/65 e Res. Conama 303

DIRETRIZES PARA GESTÃO


I - garantir a manutenção de diversidade biológica, do patrimônio histórico paisagístico,
cultural e arqueológico;
II- promover programas de controle da poluição das nascentes e vegetação ciliar para
garantir quantidade e qualidade das águas;
III - promover a regularização fundiária;
IV - fomentar o manejo auto-sustentado
dos recursos ambientais.

META MÍNIMA DE CONSERVAÇÃO OU RECUPERAÇÃO


Conservação ou recuperação de, no mínimo, 90% da zona com cobertura vegetal nativa
garantindo a diversidade biológica das espécies

USO E ATIVIDADES PERMITIDOS


I - pesquisa científica relacionada à preservação, conservação e recuperação ambiental e ao
manejo auto-sustentado das espécies da fauna e flora regional;
II - Educação Ambiental;
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III - manejo auto-sustentado, condicionado à existência de Plano Manejo;
IV - empreendimentos de ecoturismo com finalidade e padrões que não alterem as
características ambientais da zona;
V - pesca artesanal;
VI - ocupação humana de baixos efeitos impactantes.

ZONA 2 (cor vermelha).


Zonas – Zona que apresenta alterações na organização funcional dos ecossistemas
primitivos, mas capacitada para manter em equilíbrio uma comunidade de organismos em
graus variados de diversidade, mesmo com a ocorrência de atividades humanas
intermitentes ou de baixo impacto em áreas terrestres, a zona pode apresentar
assentamentos humanos dispersos e pouco populosos, com pouca integração entre si.

CRITÉRIOS DE ENQUADRAMENTO
- Ecossistema funcionalmente pouco modificado;
- Cobertura vegetal alterada entre 5 e 20% da área total;
- Assentamentos nucleados com acessos precários e baixos níveis de eletrificação e de
caráter local;
- Captação de água para abastecimento semi-coletivas ou para áreas urbanas;
- Áreas ocupadas com culturas, entre 2 e 10% da área (roças e pastos);
- Declividades entre 30 e 47%;
- Baixadas com inundação.

METAS
- Manutenção funcional dos ecossistemas e proteção aos recursos hídricos para o
abastecimento e para a produtividade primária, por meio de planejamento do uso, de
conservação do solo e saneamento simplificado;
- Recuperação natural;
- Preservação do patrimônio paisagístico;
- Reciclagem de resíduos;
- Educação ambiental.

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ZONA 2 TERRESTRE - Z2T
CARACTÉRÍSTICAS SÓCIO AMBIENTAIS
I – elevada recorrência de áreas de preservação permanente, com restrições da Lei
4.771/65, e de riscos geotécnicos;
II – áreas continuas de vegetação em estágio avançado de regeneração e fauna associada,
com ocorrência de supressão ou de alteração de até 30% de cobertura vegetal, com
restrições do Dec. Fed. 750/93;
III – ocorrência de áreas com declividade média entre 30% e 47%;
IV – áreas sujeitas à inundação.

DIRETRIZES PARA GESTÃO


I – manter a funcionalidade dos ecossistemas, garantindo a conservação dos recursos
genéticos, do patrimônio histórico, paisagístico, cultural e arqueológico;
II – promover programas de manutenção, controle da poluição e proteção das nascentes e
vegetação ciliar para garantir quantidade e qualidade das águas

META MÍNIMA DE CONSERVAÇÃO OU RECUPERAÇÃO


Conservação ou recuperação de, no mínimo, 80% da zona com cobertura vegetal nativa
garantindo a diversidade das espécies.

USO E ATIVIDADES PERMITIDOS


Aqueles também estabelecidos para a Z1T:
I - aquicultura;
II - mineração com base no Plano Diretor Regional de Mineração, respeitando o Plano
Diretor Municipal;
III - beneficamento dos produtos de manejo sustentado

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4 – CONCLUSÃO

A área delimitada para uma eventual e passível ocupação foi definida por estar em acordo com a
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL (Lei Federal), o ZEE (lei Estadual), a ZONA DE ALTA
RESTRIÇÃO – Z.A.R. (Lei municipal) do município de São Sebastião. De acordo com todas as
normas o proprietário fica impedido de realizar qualquer tipo de intervenção na propriedade nas
áreas mapeadas com APPs e declividades entre 25 a 45%. Dependendo somente da verificação a
campo da área remanescente florestada pertencer ou não, ao bioma da Mata Atlântica, para um
possível desmatamento dentro das áreas delimitadas como: A 1, A 2, A 3 e A 4.

Figura 14 – Áreas de eventual ocupação mediante avaliação e licenciamento dos órgãos estaduais e
municipais – A1, A2, A3, A4 em hachura preta.

As áreas que poderiam ser liberadas para uma eventual ocupação estão representadas em hachura
preta na figura 14, medidas e apresentadas na tabela abaixo.
Tabela 1 – Metragem das áreas permitidas à ocupação.

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ÁREAS METRAGEM EM m2 TOTAL m2
A1 6.692,85
A2 954,45
9.456,97
A3 768,12
A4 1.041,55

Destacando a área A1 que esta sobre vigência e regras do CONDEPHAAT com uma extensão de
6.692,85 m2, na qual pode estar sendo agregada a área A4 com mais 1.041,55 m2, perfazendo as
duas a soma de 7.734,40 m2. Estas áreas A 1 e A 4 devem ser analisadas a campo com a verificação
da cobertura florestal para um possível desmatamento para seu uso e ocupação.
A área A2 por ser muito estreita, não possui características que permitam a ocupação.
A área A3 possui localização desfavorável por estar confinada por uma grande Área de APP,
impossibilitando a chegada ao local para o uso e ocupação.

Figura 15 - As duas áreas passíveis de verificação da cobertura florestada para um eventual


desmatamento e ocupação.

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Figura 16 – Zoom das áreas A 1 e A 4.

A área de estudo localizada na Estrada da Tijuca, está sobre a vigência da Lei municipal 561 / 87
(Costa Sul) de Uso e Ocupação do Solo em Zona de Alta Restrição onde deverá atender normas de
taxa de ocupação e também, está sobre a vigência do ZEE através das regras da - Z.1.T. e Z.2.T.
A seguir as regras e normas citadas.

- (ZEE)empreendimentos de ecoturismo com finalidade e padrões que não alterem as


características ambientais da zona;

-(ZEE) ocupação humana de baixos efeitos impactantes.

-(Z.A.R.) Lote mínimo: 3.000,00m


Frente mínima: 30m
Recuos: Frente 5m para via principal
Laterais 3,00m
Fundos 3,00m
Taxa de Ocupação: 15%
Índice de Aproveitamento: 30%
Número de Pavimentos: 2
Altura máxima da cumeeira: 9m

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Destacamos que quaisquer que sejam as intenções de empreender no local deverão ser atendidas as
premissas legais que definem as características de uso e ocupação do solo, sendo que as normas aqui
apresentadas possibilitam, a nosso ver, uma baixa expectativa para o uso e ocupação ou atividade
econômica a ser exercida no local. A necessidade de se verificar a cobertura florestal existente é
eminente para que se complete o estudo, visto que a área não apresenta nenhum local sem a
cobertura citada. Somente com este estudo da cobertura florestal nas áreas delimitadas como
passiveis a verificação A 1; A 4; é possível determinar se há condições de que uma área possa ser
desmatada para as finalidades impostas pelas legislações. Estas duas áreas A 1, A 4, deverão através
de um projeto de engenharia florestal consultar a CETESB, Prefeitura Municipal de São Sebastião e
CONDEPHAAT sob há possibilidade de obter uma licença ambiental para o corte e supressão da
mata nativa para o uso e ocupação.

_________________________________
ROMERO SIMI
CREA - 5062580870
Arquiteto Urbanista
ART:

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ANEXOS

RESOLUÇÃO Nº 303, DE 20 DE MARÇO DE 2002


Art. 1º Constitui objeto da presente Resolução o estabelecimento de parâmetros, definições e limites
referentes às Áreas de Preservação Permanente.
Art. 2º Para os efeitos desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - nível mais alto: nível alcançado por ocasião da cheia sazonal do curso d`água perene ou
intermitente;
IV - morro: elevação do terreno com cota do topo em relação a base entre cinqüenta e trezentos
metros e encostas com declividade superior a trinta por cento (aproximadamente dezessete graus) na
linha de maior declividade;
V - montanha: elevação do terreno com cota em relação a base superior a trezentos metros;
VIII - restinga: depósito arenoso paralelo a linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido
por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência
marinha, também consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do substrato
do que do clima. A cobertura vegetal nas restingas ocorrem mosaico, e encontra-se em praias,
cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato
herbáceo, arbustivos e arbóreo, este último mais interiorizado;

XI - tabuleiro ou chapada: paisagem de topografia plana, com declividade média inferior a dez por
cento, aproximadamente seis graus e superfície superior a dez hectares, terminada de forma abrupta
em escarpa, caracterizando-se a chapada por grandes superfícies a mais de seiscentos metros de
altitude;”
Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:
I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura
mínima, de:
a) trinta metros, para o curso d`água com menos de dez metros de largura;
b) cinqüenta metros, para o curso d`água com dez a cinqüenta metros de largura;

c) cem metros, para o curso d`água com cinqüenta a duzentos metros de largura;

V - no topo de morros e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a


dois terços da altura mínima da elevação em relação a base;”

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VII - em encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento ou quarenta e cinco graus
na linha de maior declive;
IX - nas restingas: a) em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de preamar
máxima;

LEI No 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979

“Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de
expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por
lei municipal.

Parágrafo único. Não será permitido o parcelamento do solo:

III - em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas
exigências específicas das autoridades competentes;”

CODIGO FLORESTAL LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965.

Art. 1° As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas


de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País,
exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e
especialmente esta Lei estabelecem.
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de
preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e
reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de
fauna e flora nativas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)
Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001

"Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as situadas em


área de preservação permanente, assim como aquelas não sujeitas ao regime de
utilização limitada ou objeto de legislação específica, são suscetíveis de supressão,
desde que sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo:

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III - vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas
de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País; e

Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais
formas de vegetação natural situadas:
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de
maior declive;
Art. 10. Não é permitida a derrubada de florestas, situadas em áreas de inclinação entre 25 a 45
graus, só sendo nelas tolerada a extração de toros, quando em regime de utilização racional, que vise
a rendimentos permanentes.

LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006.

Art. 11. O corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de
regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam vedados quando:

I - a vegetação:

a) abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção, em território nacional


ou em âmbito estadual, assim declaradas pela União ou pelos Estados, e a intervenção ou o
parcelamento puserem em risco a sobrevivência dessas espécies;

b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e controle de erosão;

c) formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou secundária em estágio


avançado de regeneração;

d) proteger o entorno das unidades de conservação; ou

e) possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelos órgãos executivos competentes do


Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA;

II - o proprietário ou posseiro não cumprir os dispositivos da legislação ambiental, em especial


as exigências da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, no que respeita às Áreas de Preservação
Permanente e à Reserva Legal.
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Art. 14. A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração
somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em
estágio médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade pública e interesse social,
em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio,
quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, ressalvado o disposto
no inciso I do art. 30 e nos §§ 1o e 2o do art. 31 desta Lei.

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