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Laboratório Avançado de Física II – Experimento 8: Lentes e espelhos esféricos

Experimento 8

Roteiro Experimental – Lentes e espelhos esféricos

1. Introdução

1.1. Óptica paraxial.


Um raio ou feixe paraxial é um raio que faz um pequeno ângulo com o eixo óptico do
sistema durante todo o trajeto por meio deste. Isto significa que, em qualquer ponto do
sistema óptico, teremos um pequeno ângulo do raio em relação ao eixo óptico. Tendo
em vista esta propriedade, temos três importantes aproximações:
sen   tan  sen   e cos  1

Nestas condições, os raios emergentes ou incidentes sobre a superfície óptica (que pode
ser refletora ou refringente) fazem pequenos ângulos (inferiores a 10o) com o eixo
óptico.

1.2. Espelhos esféricos.


Espelhos esféricos são superfícies refletoras compostas por calotas esféricas que podem
ser utilizados para a formação de imagens de objetos.

Figura 1: Exemplificação de uma calota esférica que pode ser utilizada para a formação de um espelho esférico.

A distância focal de um espelho esférico (f) é numericamente igual à metade do seu raio
de curvatura (R) e pode ser definida como a distância do vértice (V) do espelho até o
ponto em que um raio paraxial refletido pelo espelho, vindo do infinito ou de uma
distância extremamente grande comparada com o raio de curvatura do espelho, cruza o
eixo principal do espelho. Pelo princípio da reversibilidade dos raios, um raio de luz se
propagando no sentido contrário, deve fazer o mesmo trajeto. O ponto C da Figura 1 é
conhecido como o centro de curvatura do espelho, que dista R do seu vértice.

a) b)
Figura 2: Traçado de raios paraxiais para um espelho esférico côncavo.
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a) b)
Figura 3: Traçado de raios paraxiais para um espelho esférico convexo.

As Figuras 2 e 3 ilustram os traçados de raios passando pelos pontos focais de um espelho


côncavo (Fig. 2) e de um espelho convexo (Fig 3). Para um espelho côncavo, tanto a sua
posição focal quanto seu centro de curvatura se encontram do lado de incidência dos raios
sobre a superfície do espelho. Em um espelho convexo, a posição focal e o centro de
curvatura se encontram no lado oposto. Por convenção, considera-se que a distância focal
em espelhos côncavos é positiva e, para espelhos convexos, negativa.
A distância focal serve para se determinar propriedades da imagem formada a partir de
um objeto conhecido.
A posição de um dado objeto é dada por:
1 1 1
= + Eq. (1)
𝑓 𝑝 𝑝′
onde p é a distância do objeto até o vértice do espelho e p', a distância da imagem formada
até o vértice. p (ou p’) possui sinal positivo se o objeto (ou a imagem) se situa do mesmo
que o lado de incidência dos raios sobre a superfície do espelho e sinal negativo no caso
contrário. Um objeto (ou uma imagem) é dita real quando p (ou p’) é positiva e virtual
no caso contrário. A magnificação da imagem (m) é dada por:
𝑝′ 𝑖
𝑚=− = Eq. (2)
𝑝 𝑜
Quando m é negativa, a imagem é dita invertida. Quando m é > 1, a imagem é dita
ampliada e, quando m < 1, reduzida.

1.3. Lentes esféricas delgadas.


Lentes delgadas são instrumentos ópticos formados por um meio transparente como vidro
ou plástico, com índice de refração diferente ao do fluido em que eles estão imersos e que
podem ser utilizados para refratar a luz com o objetivo de formar uma imagem de um
determinado objeto, ampliando-a, reduzindo-a, invertendo-a, ou projetando-a sem alterar
suas dimensões. Caso as superfícies que separam os dois meios transparentes sejam
esféricas, podemos chamar as lentes de esféricas. Podemos classificar 6 tipos diferentes
de lentes delgadas esféricas, conforme a Figura 4: a) biconvexa; b) plano-convexa; c)
côncavo-convexa; d) bicôncava; e) plano-côncava; f) convexo-côncava.

Figura 4: Diferentes tipos de lentes esféricas.


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Figura 5: Elementos principais de uma lente biconvexa.

A Figura 5 ilustra esquematicamente os elementos principais de uma lente esférica


(biconvexa, no caso). A lente possui dois raios de curvatura (R1 e R2) e sua distância focal
é dada por:
1 1 1
= (𝑛 − 1). ( + ) Eq. (3)
𝑓 𝑅1 𝑅2
onde n é o índice de refração do material de que é feita a lente e que ela está imersa em
um meio de índice de refração igual a 1 (aproximadamente o caso do ar).
Os raios de curvatura R1 e R2 são considerados positivos se as superfícies são convexas e
negativos caso elas sejam côncavas. A Eq. 3 é frequentemente conhecida como sendo a
Equação do fabricante de lentes. É importante observar que, para lentes biconvexas e
plano-convexas, a distância focal será sempre positiva (a lente é dita convergente),
enquanto que, para lentes bicôncavas e plano-côncavas, a distância focal é sempre
negativa (lente divergente). Para lentes côncavo-convexo e convexo-côncavo, a natureza
da lente dependerá, logicamente, da relação entre as curvaturas das duas superfícies.
Como é fácil de se supor, os raios emergentes de uma lente convergente se aproximam
do eixo principal quando comparados com os raios incidentes. Da mesma forma, os raios
emergentes de uma lente divergente se afastam do eixo principal quando comparados
com os raios incidentes. A Figura 6 ilustra essa situação.

a) b)
Figura 6: Raios paralelos incidindo da esquerda para a direita em uma lente: a) convergente (positiva); b) divergente
(negativa).

Em uma lente delgada, temos dois pontos focais, simétricos em relação ao vértice da
lente, que auxiliam no traçado de raios: um foco objeto (fo) e um foco imagem (fi). Raios
incidindo na lente passando pelo foco objeto emergem paralelos ao principal e raios
incidindo na lente paralelos ao eixo principal, emergem passando pelo foco imagem da
lente. Novamente, a posição e a magnificação de uma imagem são dadas pelas Eq 1 e 2.
É importante levar em consideração a posição do objeto para se saber a sua natureza (real
ou virtual), lembrando que p é positivo para um objeto real e negativo para um objeto
virtual. O objeto é real caso ele se encontre do mesmo lado da lente que os raios incidentes
sobre a lente, e virtual caso ele se encontre do lado em que os raios emergem da lente.
Por outro lado, uma imagem é real caso ela se forme do lado em que os raios emergem
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da lente e virtual caso ela se forme do lado em que os raios incidem na lente. De posse de
todas essas informações e utilizando as equações 1, 2 e 3, é possível se determinar a
posição, natureza e magnificação de qualquer imagem formada por uma lente a partir de
qualquer objeto conhecido.

2. Equipamentos e Materiais a serem utilizados

1) Espelho esférico côncavo.


2) Espelho esférico convexo.
3) 4 Lentes esféricas: 1 bicôncava, 1 biconvexa, 1 plano-côncava e 1 plano-convexa.
4) Papel milimetrado, régua, transferidor, esquadro e compasso.

3. Procedimento Experimental

3.1. Determinação gráfica do raio de curvatura de superfícies esféricas.


Nos experimentos, será necessário determinar o raio de curvatura de superfícies esféricas
para se confirmar os valores das distâncias focais obtidas. O procedimento a seguir
ajudará nesse objetivo.
1) Coloque a superfície que se deseja determinar a curvatura sobre um pedaço de papel
milimetrado. Tomando cuidado para não riscar a superfície, faça o contorno da
superfície que se deseja determinar a curvatura. Escolha um ponto central qualquer
A e outros dois quaisquer B e B’ sobre o contorno, conforme mostra a Figura 7. Abra
um compasso e coloque a ponta do centro de curvatura sobre o ponto A e faça o traço
1 da Figura. Usando a mesma abertura, coloque a ponta sobre o ponto B e faça o traço
2 da figura. Os pontos p e q de intersecção definem uma reta que passa pelo centro
de curvatura da superfície que você precisa determinar. Trace essa reta. Faça
procedimento similar usando o ponto B’ para fazer os traços 3 e 4 e determinar os
ponto p’ e q’. Trace a segunda reta resultante. O ponto de intersecção das duas retas
define o centro de curvatura da superfície. Meça a distância de C até a superfície.
Essa distância é igual ao raio de curvatura da superfície.
Perguntas: Esse procedimento é válido para quaisquer pontos sobre a superfície? Dê um
argumento intuitivo por que esse procedimento resulta no raio de curvatura da superfície.
Traço 3 Traço 1

Traço 4 q' Traço 2


A q

p'
B’ p B

R’ R

Figura 7:Procedimento para a determinação do raio curvatura R1 da circunferência que passa pelos pontos A e B.
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3.2. Espelho côncavo.


1) Utilizando um espelho côncavo fornecido, posicione-o sobre uma folha de papel
milimetrado. Tomando cuidado para não riscar sua superfície, faça o contorno de sua
superfície e marque os pontos principais do espelho como o vértice e o seu eixo
principal.
2) Usando a caneta laser, faça com que o feixe incida paralelamente ao eixo principal
em 9 direções: 1 sobre o eixo principal e 4 acima e 4 abaixo do eixo principal. Faça
o traçado dos raios com uma caneta e marque os pontos onde o raio refletido cruza o
eixo óptico. Todos esses pontos são os mesmos? Por quê?
3) Determine a distância focal do espelho.
4) Determine o raio de curvatura do espelho pelo procedimento da seção 3.1. O valor
coincide com duas vezes a distância focal obtida? Por quê?

3.3. Espelho convexo.


1) Utilizando um espelho convexo fornecido, posicione-o sobre uma folha de papel
milimetrado. Tomando cuidado para não riscar sua superfície, faça o contorno de sua
superfície e marque os pontos principais do espelho como o vértice e o seu eixo
principal.
2) Usando a caneta laser, faça com que o feixe incida paralelamente ao eixo principal
em 9 direções: 1 sobre o eixo principal e 4 acima e 4 abaixo do eixo principal. Faça
o traçado dos raios com uma caneta e marque os pontos onde o prolongamento do
raio refletido cruza o eixo óptico (use uma linha pontilhada para diferenciar os
prolongamentos dos raios dos raios refletidos). Todos esses pontos são os mesmos?
Por quê?
3) Determine a distância focal do espelho.
4) Determine o raio de curvatura do espelho pelo procedimento da seção 3.1. O valor
coincide com duas vezes a distância focal obtida? Por quê?

3.4. Lentes delgadas.


1) Utilizando separadamente cada uma das 4 lentes fornecidas (vide Figura 8),
posicione-a sobre uma folha de papel milimetrado. Tomando cuidado para não riscar
sua superfície, faça o contorno de sua superfície e marque os pontos principais da
lente como o seu vértice e o seu eixo principal.
2) Usando a caneta laser, faça com que o feixe incida paralelamente ao eixo principal
em 9 direções: 1 sobre o eixo principal e 4 acima e 4 abaixo do eixo principal. Faça
o traçado dos raios com uma caneta e marque os pontos onde os raios emergentes (ou
seu prolongamento, para o caso de lentes negativas) da lente cruza o eixo óptico (use
uma linha pontilhada para diferenciar os prolongamentos dos raios dos raios
emergentes). Todos esses pontos são os mesmos? Por quê?
3) Determine a distância focal da lente.
4) Determine os raios de curvatura das duas superfícies da lente pelo procedimento da
seção 3.1. Use n = 1.50. O valor coincide com esperado pela equação 3? Por quê?
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1 2 3 4

Figura 8: Lentes delgadas fornecidas para o experimento.

5) Repita os procedimentos para 4 combinações de duas lentes (1 e 3; 2 e 4; 1 e


4 ; 2 e 3), mantendo uma distância de 7 cm entre elas. Faça os traçados de
raios e descreva o que acontece.

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