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UMA INTRODUÇÃO
Terry Eagleton
Tradução
WALTENSIR DUTRA
Martins Fontes
São Paulo 2006
Tftulo origino/: LITERARY THEORY
Copyright © by Terry Engleton, 1983.
Publicado por Brasil Blnckwdl Publisher Limited, Oxford, England.
Copyrighl" © 1985, Livraria Martins Fontes Editora Lida.,
São Paulo, para n presente edição.
1 • edição 1985
6 • edição 2006
Tradução
WALTENSIR DUTRA
Revisão da tradução
João Azenha ]r.
Acompanhamento edítorial
Maria Fernanda Alvares
Revisões gráficas
Renato da Roclln Carlos
Sandra Regina de Souza
Dinartc Zor211nelli da Silva
Produção gráfica
Geraldo Alves
Paginação/Fotolitos
Studio 3 Desenvolvimento Editorial
Eagleton, Terry
Teoria da literatura : uma introdução / Terry Eagleton i
tradução Waltensir Outra ; [revisão da tradução João Azenha
Jr_]_ - 6" ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2006. - (Biblioteca
universal)
06-3492 CDD-801
Índices para catálogo sistemático:
1. Teoria literária 801
A PSICANÁLISE
1. Ver, por exemplo, Kate Millet, Sexual Politics (Londres, 1971); mas ver também,
para uma defesa feminista de Freud, Juliet Mitchell, Psychoanalysis and Feminism
(Harmondsworth, 1975) .
244 I TEORIA DA LITERATURA, UMA INTRQDUÇÃO
A PSICANÁLISE j 245
2. Ver o seu Love, Guilt and Reparation and Other Works, 1921-1945 (Londres, 1975).
A PSICANÁLISE 1 247
3. Ver Screen, revista sobre cinema publicada em Londres pela "Society for Education
in Film and Television", para interessantes análises desse tipo. Ver também Christian
Metz, Psychoanalysis and Cinema (Londres, 1982).
258 I TEORIA DA LITERATURA: UMA INTRODUÇAO
gão, por vezes admitem haver alguma coisa nesse texto que no-
toriamente se assemelha ao famoso drama de Freud. (É inte-
ressante observar de passagem que críticos de mentalidade con-
vencional parecem contentes em empregar expressões tais como
"símbolo", "ironia dramáticà' e "tessitura densà', embora con-
tinuem a resistir teimosamente a expressões como "significa-
dor" e "descentralizante".) Na época em que escreveu Filhos e
amantes, Lawrence, pelo que sabemos, conhecia indiretamente
a obra de Freud, através de sua esposa, a alemã Frieda. Contu-
do, não existem provas de que ele tivesse qualquer conheci-
mento direto ou detalhado dessa obra, fato que pode ser con-
siderado uma extraordinária e particular confirmação da dou-
trina de Freud. Isso porque Filhos e amantes, sem parecer estar
ciente disso, é um romance profundamente edipiano: o jovem
Paul Morel, que divide a mesma cama com sua mãe, trata-a
com a ternura de um amante e sente uma forte hostilidade para
com seu pai; ao se transformar no homem Morei, incapaz de
manter uma relação plena com uma mulher, ele consegue por
fim uma possível libertação dessa condição matando a mãe em
um ambíguo ato de amor, vingança e autolibertação. A Sra.
Morel, por sua vez, tem ciúme da relação de Paul com Miriam
e se comporta como uma amante rival. Paul deixa Miriam para
ficar com a mãe; ao deixá-la, porém, também está inconscien-
temente rejeitando a mãe que existe nela, ou seja, aquilo que
lhe parece ser a sufocante possessividade espiritual da moça.
O desenvolvimento psicológico de Paul, porém, não ocor-
re em um vazio social. Seu pai, Walter Morel, é mineiro, ao
passo que sua mãe pertence a uma classe social ligeiramente
superior. A Sra. Morel preocupa-se em fazer com que Paul não
siga a profissão do pai, preferindo que ele tenha um emprego
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6. Para uma aplicação marxista da teoria freudiana do sonho ao texto literário, ver
Pierre Macherey, A Theory o/Literary Production (Londres, 1978), pp. 150-1, e Ter-
ry Eagleton, Criticism and Ideology (Londres, 1976), pp. 90-2.
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8. Ver Raymond Williams, Drama ftom Jbsen to Brecht (Londres, 1968), Conclusão.
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9. Ver Colin MacCabe, James Joyce and the Revolution ofthe Word (Londres, 1978).
A PSICANÁLISE 1 285
10. Ver o ensaio "Poet1y, Pleasure and Politics: Yeats's Easter 1916", de minha autoria,
na revista Formations (Londres).
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11. Ver Wilhelm Reich, The Mass Psychology ofFascism (Harmondsworth, 1975), trad.
bras. Psicologia de Massas do Fascismo (M. Fontes); Herbert Marcuse, Eros and Civi-
lization (Londres, 1956) e One Dimensional Man (Londres, 1958). Ver também
Theodor Adorno et al., The Authoritarian Personality (Nova York, 1950); e para
uma exposição sobre Adorno e a Escola de Frankfurt, Martin Jay; The Dialectical
Imagination (Boston, 1973), Gillian Rose, The Melancholy Science: An lntroduction
to the Thought o/Theodor Adorno (Londres, 1978), e Susan Buck-Morss, The Ori-
gin ofNegative Dialetic (Hassocks, 1977).
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