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CONHECE-TE A TI MESMO, MAS COMO?

Conhece-te a ti mesmo, em grego "gnothi seauton". Aforismo inscrito no templo


de Apolo em Delfos e perpetuado por Platão em seus diálogos (Protágoras
343b; Fedro 229E).
O Aforismo pretende ser profundo, apresentando o caminho de equilíbrio, paz
interior e capacidade de progresso pessoal. Que maior sabedoria poderia
existir. Conhecer os próprios limites, os potenciais, os desejos. No
autoconhecimento, ou no conhecer-se estaria a porta para uma vida plena e
satisfeita. Pena que as coisas não são assim. Calvino, nas institutas, destrói o
aforismo grego, por que não socrático, de conhecer-se a si mesmo. Seria isto
possível? Em sua autorreflexão, qual seria as conclusões do pensador? Ele
veria glória em si mesmo, dignidade nas suas ações e palavras; propósito em
sua vida. Assim nos diz Calvino "Sendo-nos o orgulho a todos ingênito, sempre
a nós mesmos nos parecemos justos, e íntegros, e sábios, e santos." (Institutas
livro 1. Cap. 1.1). Para que nos conheçamos realmente se faz necessário ver-
nos à luz de outros olhos; olhos santos e perfeitos. Um padrão justo e elevando
para que realmente saibamos que realmente somos. Continua Calvino " Se
pelo menos uma vez começamos a elevar o pensamento para Deus e a
ponderar quem é Ele, e quão completa a perfeição de sua justiça, sabedoria e
poder, a cujo parâmetro nos importa conformar-nos, aquilo que antes em nós
sorria sob a aparência ilusória de Justiça, logo como plena iniquidade se
enxovalhará, aquilo que mirificamente se impunha sob o título de sabedoria
exaltará como extremada estultícia; aquilo que se mascarava de poder se
seguirá ser a mais deplorável fraqueza." (Institutas Livro 1 cap. 1.2)
Em seu mundo solitário, se tendo como padrão, o homem sempre encontrará
razões para se louvar. Afinal, em comparação a outros homens, sempre
existiram aqueles que se guiam pela ganância, pelo ódio, pela raiva, pelo
interesse. O pensador, o ser com a mão no queixo, que lança seu pensamento
sobre si mesmo se iludirá na imaginação de se auto conhecer. Sem, contudo,
perceber que o coração é desesperadamente corrupto (Jr 17.9). Se tendo por
sábio se porta como louco. Cria de si mesmo uma imagem deturpada, não de
um homem, mas de um espantalho, morto em delitos e pecados. Assim, a
inscrição do templo de Apolo em Delfos, colocada na voz de Sócrates por
Platão e idolatrada pela história como sabedoria, não passa de uma utopia.
Ainda assim, o autoconhecimento é importante. Então, como é possível se auto
conhecer? Para Platão e Sócrates é algo possível por si mesmo, conhece-te a
ti mesmo. Calvino, contudo, responde, deixe de ser tolo Sócrates, quer se
conhecer? Somente através de Deus. Davi, escrevendo muito antes de
Sócrates já indica o caminho, "Pois em Ti está o manancial da vida; NA TUA
LUZ VEMOS A LUZ". Sl 36.9

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