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TRANSPORTE COLETIVO DE CRIANÇAS

FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DE MOTORISTAS

Elaborado por:

Fernave, SA
Revisto em:

Maio de 2012

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Índice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................5

1. LEGISLAÇÃO SOBRE TRANSPORTE DE CRIANÇAS ...............................................................13

2. A CERTIFICAÇÃO DOS MOTORISTAS...................................................................................22

3. VIGILANTES ........................................................................................................................24

4. CINTOS DE SEGURANÇA E SISTEMAS DE RETENÇÃO ..........................................................26

5. SISTEMAS DE RETENÇÃO PARA CRIANÇAS .........................................................................28

6. ESPECIFICIDADES DOS VEÍCULOS .......................................................................................32

7. TACÓGRAFO .......................................................................................................................34

8. EXTINTORES DE INCÊNDIO .................................................................................................38

9. CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS.......................................................................................40

10. TOMADA E LARGADA DE PASSAGEIROS.............................................................................42

11. TRANSPORTE DE VOLUMES................................................................................................44

12. FISCALIZAÇÃO ....................................................................................................................46

13. PRIMEIROS SOCORROS ......................................................................................................50

14. CONCLUSÃO .......................................................................................................................55

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INTRODUÇÃO

Os cuidados com as crianças nunca são demais. Educar as crianças numa cultura de segurança é
fundamental para que elas cresçam conscientes de que no automóvel do pai ou no da Escola é
sempre necessário viajar segura.

Muitos pais e educadores continuam a transportar os menores sem a mínima preocupação com
a segurança.

O transporte colectivo de crianças é uma actividade de grande responsabilidade e envolve riscos


acrescidos, atendendo sobretudo às características dos passageiros e à atenção especial que
requerem por parte da pessoa que as conduz.

É, pois, fundamental que os condutores que fazem este tipo de transporte tenham uma
preparação e formação específicas.

Ao renovarem esta formação vão poder cumprir esta função com responsabilidade e garantir
todas as condições de segurança não só às crianças que transportam, mas também às crianças
que encontrem nas vias públicas enquanto peões.

As crianças têm dificuldade em adaptarem-se às condições do trânsito e em enfrentá-lo pois


este é feito para os adultos e não para as crianças. Cabe aos adultos ensinar-lhes a forma mais
correcta e segura de se comportarem nas mais diversas situações em contexto de trânsito.

Se julga que no trânsito a criança reage como nós, adultos, engana-se!

Se julga que a criança vê e ouve tão bem, como nós, os veículos que se aproximam, engana-se!

Estas falsas ideias fazem com que... amanhã possa ser responsável por um acidente com uma
criança.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL – CARACTERISTICAS E
COMPORTAMENTOS DAS CRIANÇAS

VISÃO: A criança não vê como um adulto

 O campo de visão da criança é mais estreito do que o do adulto;

 Devido à pequena estatura, não consegue ver por cima dos veículos estacionados, por isso fica
escondida e pouco visível aos olhos dos condutores;

 Confunde “ver” e “ser visto”;

 Demora cerca de quatro segundos a distinguir se um veículo está a circular ou parado;

 Confunde as noções “volume” e “distância”: um automóvel parece-lhe normalmente mais


afastado de si do que um camião;

AUDIÇÃO: a criança não entende como os adultos

 Não detecta facilmente de onde provêm os sons e só atribui significado àqueles cuja proveniência
consegue identificar;

 Os ruídos próprios do quotidiano distraem-na;

 Distingue com dificuldade os ruídos do trânsito mais significativos e uma viatura "silenciosa" é
como se não existisse;

 Só escuta os ruídos que lhe interessam e só reage a um de cada vez.

RELAÇÃO CAUSA-EFEITO: não é entendida pela criança

 Não domina a sequência lógica dos acontecimentos numa base de relação causa-efeito: sinal
luminoso indica mudança de direcção do veículo;

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 A compreensão da relação causa / efeito desenvolve-se na criança a partir da repetição sucessiva
de experiências reais;

 Por esta razão, não pensa na distância de paragem de um veículo. Julga que um veículo pode
parar imediatamente no local em que se encontra, desde o momento em que o condutor apoia o
pé no travão.

DISTÂNCIA / TEMPO / VELOCIDADE: a criança não é capaz de os avaliar correctamente

 Espontaneamente avalia mal os tempos, as distâncias e as velocidades dos veículos

 Não tem a noção da distância que um carro percorre até se imobilizar

ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO: a criança não consegue pensar e reagir a vários estímulos ao mesmo
tempo

 É-lhe difícil observar, ao mesmo tempo, a passadeira para peões, o sinal luminoso para peões, os
veículos em movimento

 Não prevê a situação de perigo de um veículo poder surgir a qualquer momento e de qualquer
lugar

 Surpreendida pelo ruído de um carro, corre assustada para qualquer lado,


sem o sentido do perigo

 Muitas vezes perde-se em pensamentos e deixa de estar atenta ao trânsito

 Brinca em qualquer lado, concentrada no que faz e sem percepção dos perigos que a rodeiam

SATISFAÇÃO DAS SUAS NECESSIDADES: a criança procura sempre satisfazer, antes de mais, as
necessidades

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 Atrás de uma bola vem sempre uma criança...que não dá atenção a mais nada. É como se tivesse
"palas" nos olhos

 É dominada por impulsos irresistíveis que a fazem esquecer os comportamentos que deve ter na
estrada

 Jogar, movimentar-se e chegar a horas à escola ou a casa, ir ter com os pais que estão do outro
lado da rua ou apanhar a bola é normalmente mais importante que dar a atenção ao trânsito.
Para fazer o que lhe interessa, é capaz de se precipitar contra um automóvel que se aproxima, se
este a impedir de continuar o seu próprio percurso

MORTE: a criança não acredita na morte

 É como um jogo, com frequência brinca como se estivesse morta, depois levanta-se e continua a
brincar, porque diz que está viva. Portanto, não tem medo de morrer. Mas, sabe que os adultos a
repreendem, se ela obrigar os veículos a travar

AMBIENTE SEGURO: a criança tem, com frequência, a impressão de que está em segurança

 Sente-se segura numa passadeira e ignora que uma passagem protegida não elimina o perigo de
um condutor a desrespeitar

 Certas situações, como uma brincadeira com os amigos, inspiram na criança uma sensação de
segurança errada

 Os ambientes familiares, como a zona perto de casa, dão à criança a confiança de que já não
existem perigos no trânsito

 Pensa que nada lhe poderá acontecer se, os pais ou outros adultos, estiverem junto dela

 FALSAS IMAGENS: para a criança os objectos não têm o mesmo significado que para os adultos

 A rua: é um espaço onde pode brincar sem o controle dos pais

 A passagem de peões dita “protegida”: é aquela em que nada de mau lhe pode acontecer

 O veículo: não teme a sua presença, porque este se assemelha a um ser humano. Por exemplo, os
faróis parecem-se com os olhos, a grelha com a boca e com os dentes, etc.

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IMITAÇÃO: a criança imita sempre os adultos

 Os maus exemplos dos pais, que não param antes de atravessar nem olham os dois lados da
estrada antes e durante o atravessamento, são seguidos pelas crianças

 Pensa que se os adultos podem atravessar a faixa de rodagem, também pode fazê-lo, sem se
aperceber que, em escassos segundos, a situação de trânsito muda. Por outro lado, a criança que
está de mão dada com um adulto, julga que a ausência de perigo é total

Antes dos 10-12 anos, qualquer criança tem dificuldades


em integrar-se no trânsito rodoviário, porque...

A CRIANÇA NÃO É UM ADULTO EM MINIATURA!


A criança não é um adulto em miniatura: não tem os mesmos reflexos, não compreende os perigos
nem se comporta como um adulto responsável.

ESTATISTICAS DOS ACIDENTES RODOVIÁRIOS


ENVOLVENDO CRIANÇAS

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Segundo este gráfico verificasse que continua a ser dentro das localidades onde se verificam
mais acidentes. É onde se concentram um maior número de utentes e é onde se facilita mais.

O condutor sempre que se depare com peões, que sejam crianças deve ter em atenção que:

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 Elas não se concentram no trânsito, mas sim nas suas próprias brincadeiras, quer estejam
sozinhas ou em grupo;

 As suas acções são irreflectidas, agem impulsivamente;

 Como são de baixa estatura têm muita dificuldade em ver o trânsito.

 Fazem uma má apreciação dos veículos que se aproximam, isto porque confundem
distância com velocidade.

Perante estas características das crianças o condutor deve:

 Redobrar a atenção em locais frequentados por crianças;

 Fazer uso da sua capacidade de previsão e antecipação;

 Minimizar comportamentos de risco por forma a zelar pela segurança das crianças;

 Ceder – lhe a passagem aquando da mudança de direcção, mesmo não existindo


passadeira.

Ao volante ou a pé, dê sempre o exemplo.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE TRANSPORTE DE CRIANÇAS
A Lei 13/2006 de 17 de Abril, alterada pela Lei nº 17 – A/2006 de 26 de Maio, define o regime
jurídico do transporte colectivo de crianças e jovens até aos 16 anos. Transporte este realizado
de e para os estabelecimentos de educação e ensino, creches, jardins-de-infância e outras
instalações ou espaços em que decorram actividades educativas ou formativas. Estão também
abrangidos por esta lei a realização de transporte para locais destinados à prática de actividades
desportivas ou culturais, visitas de estudo e outras deslocações organizadas para ocupação de
tempos livres.

Esta Lei aplica-se ao transporte de crianças realizado em automóvel ligeiro ou pesado de


passageiros, público ou particular, efectuado como actividade principal ou acessória, salvo
disposição em contrário.

Actividade acessória: é aquela que se efectua como complemento da actividade principal da


desenvolvida pela entidade transportadora.

Os táxis e os transportes públicos das carreiras regulares não são abrangidos por esta Lei, a não
ser que sejam contratados especificamente para o transporte de crianças.

1.1. Quem pode realizar este tipo de transporte?

Para empresas que tenham como actividade principal o transporte de passageiros:

Em automóveis pesados, é aplicável o disposto no Decreto-lei nº 3/2001 de 10 de Janeiro, sem


prejuízo do disposto na Lei 13/2006 de 17 de Abril.

1.2. O que diz o Decreto-lei nº 3/2001 de 10 de Janeiro?

A actividade de transportes rodoviários de passageiros, nacional ou internacional só pode ser


exercida por sociedades comerciais ou cooperativas, licenciadas pelo Instituto da Mobilidade e
Transportes Terrestres. O licenciamento para o exercício da actividade é titulado por alvará ou
por uma licença comunitária emitidos e renováveis mediante a comprovação de que possuem
ou mantêm os requisitos de acesso á actividade.

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Quais são os requisitos necessários para ter acesso a esta actividade?

 Idoneidade.

 Capacidade Técnica e Profissional.

 Capacidade Financeira.

As empresas têm o dever de comunicar ao IMTT as alterações ao pacto social, designadamente


modificações na administração, direcção ou gerência, bem como as mudanças de sede, no prazo
de 30 dias a contar da data da sua ocorrência.

A cessação de funções do responsável pelo serviço de exploração de transporte da empresa,


quando este assegure o requisito de capacidade profissional, deve ser comunicada ao IMTT,
também no prazo de 30 dias úteis.

Os requisitos de acesso à actividade são de verificação permanente, devendo as empresas


comprovar o seu preenchimento, sempre que lhes for solicitado.

A falta superveniente de qualquer dos requisitos de acesso à actividade deve ser suprida no
prazo de um ano a contar da data da sua ocorrência. Decorrido este prazo sem que a falta seja
suprida, caduca a licença comunitária ou o alvará para o exercício da actividade.

Alvará para veículos com mais de 9 lugares:

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1.3. Licenciamento da actividade a titulo principal para veículos automóveis
ligeiros.

O transporte colectivo de crianças e jovens até aos 16 anos, em automóveis ligeiros (até 9
lugares já com o condutor) tendo esta empresa esta actividade principal, este só pode ser
efectuado por entidades licenciadas nos termos da lei nº13 /2006, de 17 de Abril, e da Portaria
1350/2006 de 27 de Novembro.

O alvará é emitido a sociedades comerciais, cooperativas ou empresários em nome individual,


regularmente constituídos, que demonstrem ter como objecto da sua actividade o transporte de
crianças e preencham os requisitos de acesso à actividade.

1.4. Quem não necessita de Alvará?

O transporte particular ou a título acessório, realizado por uma entidade singular ou colectiva,
cuja actividade principal implique a deslocação de crianças, de e para os estabelecimentos de
educação e ensino, creches, jardins de infância e outras instalações ou espaços em que
decorram actividades educativas ou formativas, designadamente os transportes para locais
destinados à pratica de actividades desportivas ou culturais, visitas de estudo e outras
deslocações organizadas para ocupação de tempos livres.

Os taxistas mesmo que especificamente contratados para o transporte de crianças.

O alvará para o exercício da actividade de transporte colectivo de crianças, em veículo até 9


lugares é o seguinte:

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Os requisitos para o acesso à actividade de transporte de crianças a título principal em
automóveis ligeiros:

 Idoneidade

 Capacidade técnica

 Capacidade profissional.

O que é necessário um automóvel possuir para poder transportar crianças, quer seja ligeiro
quer seja pesado, quer seja como actividade principal ou acessória público ou particular?

Uma licença, esta é emitida pelo IMTT, é válida para 2 anos e é renovável por idêntico período.

Mas esta licença só é passada depois do automóvel obter aprovação na inspecção


extraordinária, depois de identificada a idade do automóvel (não pode ter mais de 16 anos) e
depois de provado o contrato do seguro nos termos legais.

A emissão ou renovação desta licença depende sempre da inspecção específica do automóvel.

Esta inspecção pode ser feita nos Centros de Inspecção Técnica de Veículos (CITV), autorizados
pelo IMTT, normalmente são os mesmos centros onde se faz a inspecção para veículos
automóveis da categoria B.

Aqui vão ser verificadas as seguintes condições de segurança:

 Todos os lugares têm de estar equipados com cintos de segurança devidamente


homologados e dotados de um sistema de retenção adequado a cada criança;

 As portas só podem ser abertas pelo exterior ou com um sistema só acessível ao motorista;

 Os vidros das janelas ou são inamovíveis ou travados a um terço da abertura total, com
excepção da janela do motorista;

 Tem de estar equipado com tacógrafo;

 Tem de estar equipado com extintor de incêndios;

 Tem de estar equipado com caixa de primeiros socorros.

Os centros de inspecção emitem um certificado onde deve atestar que o veículo para além de
ter sido objecto das verificações técnicas genéricas relativas ás suas condições de segurança em
circulação, também apresenta as características técnicas determinadas na Lei nº 13/2006, de 17
de Abril.

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Os centros de inspecção categoria B são os centros que têm autorização para efectuar todo o
tipo de inspecções previstas no Decreto – Lei nº 550/99 de 15 de Dezembro, ou seja, são centros
onde podem ser realizadas inspecções técnicas de veículos para os seguintes efeitos:

 Verificação periódica das características e condições de segurança dos veículos;

 Identificação dos veículos ou verificação das suas condições de segurança, em


consequência de acidente, alteração de características ou outras;

 Atribuição de matrícula.

Independentemente do preenchimento dos requisitos obrigatórios do Despacho nº 12 668/2006


o veículo deve obedecer às restantes condições de segurança subjacentes aos parâmetros
exigidos pelas inspecções obrigatórias, podendo não obter a aprovação.

INSPECÇÃO PERIÓDICA OBRIGATÓRIA

VEÍCULOS 1ª INSPECÇÃO SEGUINTES

Automóveis pesados de
passageiros e de
mercadorias
No 8º ano e
Automóveis utilizados no
Até perfazerem 7 seguintes:
transporte escolar
1 Ano após a data anos:
Automóveis licenciados da 1ª matrícula
para o ensino da
condução Anualmente Semestralmente

Táxis

Ambulâncias

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Os veículos utilizados no transporte colectivo de crianças e jovens até aos 16 anos não podem
ter idade superior a 16 anos, contados desde a primeira matrícula após o seu fabrico.

INSPECÇÃO EXTRAORDINÁRIA PARA OBTENÇÃO DA LICENÇA PARA


TRANSPORTE COLECTIVO DE CRIANÇAS

VEÍCULOS PERIODICIDADE

LIGEIROS 2 em 2 anos Até aos 16 anos

PESADOS 2 em 2 anos Até aos 16 anos

A licença a emitir após a verificação técnica pode ser com validade inferior a 2 anos, isto se o
respectivo veículo atingir durante esse período o limite da idade que são os 16 anos, previsto na
alínea b) do nº3 da Lei nº 13 /2006, de 17 de Abril.

Quando é que a licença de um veículo para o transporte colectivo de crianças pode ser
suspensa?

É automaticamente suspensa logo que se verifique uma das seguintes situações:

 Não aprovação do veículo na inspecção técnica periódica;

 Quando o veículo tiver mais de 16 anos, contados a partir desde a data da primeira
matrícula;

 Falta do respectivo seguro.

O licenciamento de automóveis ligeiros para o transporte de crianças e jovens até aos 16 anos,
particular ou a título acessório, fica condicionado à comprovação de que a actividade principal
exercida pela entidade requerente implica a deslocação de crianças.

Tratando-se de veículos automóveis pesados esta comprovação pode ser feita mediante
apresentação do certificado emitido pelo IMTT, com validade máxima de 5 anos.

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O seguro de responsabilidade civil:

Sem prejuízo dos demais seguros exigidos por lei, no exercício da actividade a título principal, no
transporte de crianças é obrigatório o seguro de responsabilidade civil pelo valor máximo
legalmente permitido, que inclua os passageiros transportados e respectivos prejuízos.

O valor deste seguro situa-se actualmente em 6 Milhões e 500 mil euros. (Decreto-Lei nº
291/2007 de 21 de Agosto).

Os automóveis têm de estar identificados.

Esta identificação é feita através dos dísticos Modelo 3, aprovados pelo Despacho nº
24433/2006 de 27 de Novembro.

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Para empresas que efectuam o transporte colectivo de crianças a título principal, devem ostentar uma
placa com o número do respectivo alvará.

Este modelo é o modelo nº 4 é para ser colocado em veículos automóveis ligeiros utilizados por empresas
titulares de alvará. A caixa relativa ao alvará terá letras e números com formato tipo arial, negrito,
tamanho 40, sobre fundo branco e bordadura de 3 mm.

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2. A CERTIFICAÇÃO DOS MOTORISTAS
A condução de automóveis afectos ao transporte de crianças e jovens até aos 16 anos só pode
ser efectuada por motoristas certificados. Esta certificação é dada pelo IMTT e é válida por um
período de 5 anos.

Esta certificação é comprovada através de um cartão normalizado (tipo ID, 8,5cm x 5,4cm), com
pelo menos um elemento de segurança, de onde conste a identificação do organismo emissor,
os dados relativos ao motorista a certificar e data de emissão, conforme o exemplo a seguir:

Para que o IMTT emita o certificado o motorista deve preencher os seguintes requisitos:

 Habilitação legal para conduzir a categoria do automóvel em causa,

 Experiência de condução de, pelo menos, 2 anos;

 Documento comprovativo de inspecção médica, aferidor das aptidões físicas e psicológicas,


nos termos do que é exigido para os motoristas de automóveis pesados de passageiros
(categoria D);

 Comprovação da sua idoneidade;

 Frequência de, pelo menos, uma acção de formação profissional.

A idoneidade dos motoristas:

Esta comprovação é feita através da apresentação de:

 Registo criminal;

 Decisão judicial de reabilitação, quando a tal houver lugar.

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O Artigo 7º da Lei 13/2006 de 17 de Abril “Idoneidade dos motoristas” refere:

1- Considera – se indiciador de falta de idoneidade para a condução de automóveis para


transporte de crianças a declaração judicial de delinquente por tendência ou a condenação por
decisão transitada em julgado:

a) Em pena de prisão efectiva, pela prática de qualquer crime que atente contra a vida, a
integridade física ou a liberdade sexual;

b) Pela prática de crime contra a liberdade e a autodeterminação sexual;

c) Pela pratica dos crimes de condução perigosa de automóvel rodoviário e de condução de


veículo em estado de embriaguez ou sob influência de estupefacientes ou substâncias
psicotrópicas, previstos, respectivamente, nos artigos 291º e 292º do Código Penal;

d) Pela prática, nos últimos 5 anos, de qualquer contra – ordenação muito grave ao Código
da Estrada ou da contra – ordenação sob influência de álcool.

2- A condenação pela prática de um dos crimes ou contra – ordenações previstos no número


anterior não afecta a idoneidade de todos aqueles que tenham sido reabilitados, nem impede o
IMTT de considerar, de forma justificada, que estão reunidas as condições de idoneidade, tendo
em conta, nomeadamente, o tempo decorrido desde a prática dos factos.

O certificado de motorista de transporte colectivo de crianças pode ser cassado?

Sim. Sempre que se verificar qualquer uma das situações previstas nas alíneas anteriores.

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3. VIGILANTES
No transporte de crianças e jovens até aos 16 anos é assegurada, para além do motorista, a
presença de um adulto, designado por vigilante, a quem compete zelar pela segurança. A
presença do vigilante é dispensada apenas se o transporte for efectuado em automóvel ligeiro
de passageiros (até 9 lugares incluindo o condutor).

Se o transporte das crianças se realizar num automóvel pesado de passageiros, o número de


vigilantes exigido poderá ser de 1 ou 2 dependendo da situação.

TIPO DE TRANSPORTE NUMERO DE VIGILANTES


Ligeiro até 9 lugares Não é obrigatório
Pesado até 30 crianças ou jovens 1
Pesado com mais de 30 crianças ou jovens 2
Pesado com 2 pisos 2

Para que haja um correcto desempenho de funções e para que a segurança das crianças e
jovens fique assegurada nos veículos de 2 pisos os vigilantes devem ser distribuídos pelos dois
pisos.

Em qualquer dos casos o vigilante deve ocupar um lugar que lhe permita aceder facilmente às
crianças transportadas cabendo lhe, designadamente:

 Garantir, relativamente a cada criança, o cumprimento das condições de segurança quanto


à lotação do veículo (Art. 10º Lei nº 13/2006);

 Garantir, relativamente a cada criança, o cumprimento das condições de segurança quanto


à utilização dos cintos de segurança e sistemas de retenção (Art.11º Lei 13/2006);

 Acompanhar as crianças no atravessamento da via, usando colete retrorreflector e raqueta


de sinalização, devidamente homologados.

A raqueta de sinalização deve respeitar as características das raquetas de sinalização


estabelecidas no Regulamento de Sinalização de Trânsito, aprovado pelo Decreto Regulamentar
nº 22 – A/98, de 1 de Outubro, com a redacção que lhe foi dada pelos Decretos Regulamentares
nº 41/2002, de 20 de Agosto, e 13/2003, de 26 de Junho, sendo ambas as faces da raqueta de
cor vermelha.

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Quem pode exercer a actividade de vigilante?

Quem comprovar perante a entidade empregadora, que é uma pessoa idónea.

É pessoa não idónea para o exercício da actividade de vigilante de transporte colectivo de


crianças quem possua uma declaração judicial de delinquente por tendência ou a sua
condenação tenha transitado em julgado:

Em pena de prisão efectiva, pela prática de qualquer crime que atente contra a vida, a
integridade física ou a liberdade pessoal;

Pela prática de crime contra a liberdade e a autodeterminação sexual.

Mas quem sofreu esta condenação e já é considerado reabilitado, volta a ser considerada uma
pessoa idónea.

Quem deve assegurar a presença do vigilante, bem como a comprovação da sua idoneidade é a
entidade que organiza o transporte.

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4. CINTOS DE SEGURANÇA E SISTEMAS DE RETENÇÃO
Refere o artigo 11º da Lei nº 13 / 2006 de 17 de Abril:

1- Todos os lugares dos automóveis utilizados no transporte de crianças devem estar


equipados com cintos de segurança, devidamente homologados, cuja utilização é
obrigatória, nos termos da legislação específica em vigor.

2- A utilização do sistema de retenção para crianças (SRC), devidamente homologado, é


obrigatório, aplicando- se o disposto em legislação especifica em vigor.

3- Os automóveis matriculados antes da data de entrada em vigor da presente lei devem


dispor de cintos de segurança com três pontos de fixação ou subabdominais.

Todos os lugares dos automóveis utilizados no transporte de crianças devem estar equipados
com cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças, estes têm de estar devidamente
homologados.

Obrigatoriedade de instalação de cintos de segurança:

Os automóveis ligeiros devem estar providos de cintos de segurança ou de sistemas de retenção


aprovados nos lugares do condutor e de cada passageiro.

Os automóveis ligeiros de passageiros e os mistos matriculados depois de 1 de Janeiro de 1966 e


os restantes automóveis ligeiros matriculados depois de 27 de Maio de 1990, foram obrigados a
estar equipados com cintos de segurança nos bancos da frente.

Nos bancos da retaguarda, os automóveis ligeiros matriculados depois de 27 de Maio de 1990.

Quem está isento do uso de cinto de segurança? (art. 82º, nº 1 do C.E.)

Quem possuir atestado médico de isenção do uso do cinto,


por graves razões de saúde. Este atestado terá de ser passado
pelo Delegado de Saúde da área de residência do próprio.

Este símbolo deve constar no referido atestado que é de


modelo aprovado pelo Ministério da Saúde, nele deve constar
o seu prazo de validade.

O titular do referido atestado deve exibi-lo sempre que lhe


seja solicitado pelas entidades fiscalizadoras.

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Quem está dispensado do uso de cinto de segurança?

 Os condutores de veículos da policia e de bombeiros, bem como os agentes de autoridade


e bombeiros quando transportados nesses veículos, quando transitem dentro das
localidades;

 Os condutores de automóveis ligeiros de aluguer, letra A, letra T ou taxímetro, quando


transitem dentro das localidades.

Quando o uso do cinto se revele inconveniente para o exercício eficaz de determinadas


actividades profissionais, o Presidente do IMTT pode dispensar o uso do cinto, mas é preciso
que o interessado faça um requerimento onde comprove devidamente a inconveniência do uso
do mesmo.

Informação da obrigação do uso do cinto de segurança:

Os passageiros de automóveis pesados de passageiros devem ser informados de que, quando se


encontrem sentados e os veículos em marcha, são obrigados a usar o cinto de segurança.

Esta informação deve ser dada por um dos seguintes modos:

 Pelo condutor;

 Pelo revisor, vigilante, guia ou pessoa nomeada chefe de


grupo;

 Por meios audiovisuais;

 Através da colocação nos assentos de um pictograma.

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5. SISTEMAS DE RETENÇÃO PARA CRIANÇAS
Classificação dos sistemas de retenção:

Estes são classificados em 5 grupos

 Grupo 0, para crianças de peso inferior a 10 kg,

 Grupo 0+, para crianças de peso inferior a 13 kg;

 Grupo I, para crianças de peso entre os 9 kg e os 18 kg;

 Grupo II, para crianças de peso entre os 15 kg e os 25 kg;

 Grupo III, para crianças com peso entre os 22 kg e os 36 kg.

A Portaria nº 311-A /2005 de 24 de Março refere no Artigo 7º, além desta classificação, que os
sistemas de retenção podem ser da classe integral ou não integral.

DUAS CLASSES

Compreende uma combinação de precintas ou componentes flexíveis


com uma fivela de fecho, dispositivos de regulação, peças de fixação

INTEGRAL e, em alguns casos, uma cadeira adicional e ou um escudo contra


impactes, capaz de ser fixado por meio das suas próprias precintas
integrais.

Pode compreender um dispositivo de retenção parcial, o qual,


quando utilizado juntamente com um cinto de segurança para

NÃO INTEGRAL adultos passado em volta do corpo da criança ou disposto de forma a


reter o dispositivo, constitui um dispositivo de retenção para crianças
completo

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5.1. Características dos sistemas de retenção para crianças:

Os sistemas de retenção para crianças devem ser de modelo homologado de acordo com os
requisitos estabelecidos no Regulamento nº 44 da Comissão Económica para a Europa, das
Nações Unidas ou no Regulamento de Homologação dos Cintos de Segurança e dos Sistemas de
Retenção dos automóveis, aprovado pelo Decreto – lei nº 225/2001, de 11 de Agosto.

1. Homologação Universal.

2. Peso indicativo da criança.

3. Indica que a cadeira possui


fecho e cintos entre pernas.

4. A letra E indica que está de


acordo com a norma europeia.

5. O nº seguido da letra E, indica o


país que efectuou a
homologação.

6. Indica o nº de homologação e deve iniciar por 3, o qual refere a norma de segurança mais
recente.

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Artigo 55º do Código da Estrada “Transporte de crianças em automóvel”.

1- As crianças com menos de 12 anos de idade e menos de 150 cm de altura, transportadas


em automóveis equipados com cintos de segurança, devem ser seguras por sistema de
retenção homologado e adaptado ao seu tamanho e peso.
2- O transporte das crianças referidas no número anterior deve ser efectuado no banco da
retaguarda, salvo nas seguintes situações:
a) Se a criança tiver idade inferior a 3 anos e o transporte se fizer utilizando sistema de
retenção virado para a retaguarda, não podendo, neste caso, estar activada a
almofada de ar frontal no lugar do passageiro;
b) Se a criança tiver idade igual ou superior a 3 anos e o automóvel não dispuser de
cintos de segurança no banco da retaguarda, ou não dispuser deste banco.
3- Nos automóveis que não estejam equipados com cintos de segurança é proibido o
transporte de crianças de idade inferior a 3 anos.
4- Nos automóveis destinados ao transporte público de passageiros podem ser
transportadas crianças sem observância do disposto nos números anteriores, desde que
não o sejam nos bancos da frente.
5- Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de € 120 a €
600 por cada criança transportada indevidamente.

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Acção:
6. ESPECIFICIDADES DOS VEÍCULOS

6.1. Portas

As portas dos automóveis afectos ao transporte de crianças só podem ser abertas pelo exterior
ou através de um sistema comandado pelo motorista e situado fora do alcance das crianças.

6.2. Janelas

Com excepção da janela correspondente ao lugar do motorista, as janelas dos automóveis


devem possuir vidros inamovíveis ou travados a um terço da abertura total.

6.3. Lotação

No transporte de crianças em automóvel, a cada criança corresponde um lugar sentado, não


podendo a lotação do veículo ser excedida.

Nos automóveis com mais de 9 lugares, as crianças com idade inferior a 12 anos não podem
sentar-se nos lugares contíguos ao do motorista e nos lugares da primeira fila, a não ser que os
automóveis possuam separadores de protecção entre o motorista e os lugares dos passageiros,
estes separadores têm de ser homologados.

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Acção:
6.4. Luzes

As luzes que um veículo automóvel deve utilizar aquando da realização do transporte de


crianças:

 Artigo15º “Sinalização em circulação” Lei 13/2006:

Na realização do transporte de crianças os automóveis devem transitar com as luzes de


cruzamento acesas.

Luzes de cruzamento ou médios

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Acção:
7. TACÓGRAFO
Os automóveis utilizados no transporte colectivo de crianças devem estar providos de tacógrafo
devidamente homologado.

Os automóveis que não são obrigados a possuir este dispositivo:

 Táxis, mesmo quando contratualizados para o efeito;

 Veículos utilizados no transporte de crianças a título acessório, às pessoas colectivas sem


fins lucrativos, cujo objecto social é a promoção de actividades culturais, recreativas, sociais
e desportivas, desde que o automóvel utilizado não tenha uma lotação superior a nove
lugares, incluindo o motorista.

Existem dois tipos de tacógrafo:

 Analógico

 Digital

O tacógrafo, analógico, é um dispositivo que regista diariamente, em disco de papel:

 Variações da velocidade;

 Os quilómetros percorridos;

 Os tempos de condução;

 O trabalho efectivo e o passivo;

 Tempos de descanso do condutor.

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Acção:
Tempo de condução Tempos de disponibilidade

Tempos de trabalho, quando Períodos de repouso diário


não conduza

Antes da colocação do disco no respectivo local, o condutor deve inscrever na frente do disco:

 Nome e apelido;

 Data e a matricula do veículo;

 Os quilómetros registados no conta – quilómetros;

 Identificação do local onde iniciou o serviço.

No fim do seu dia de serviço ou no fim da viagem o condutor deve inscrever na folha do disco:

 O local onde terminou a viagem/ serviço;

 Os quilómetros que estão indicados no conta – quilómetros;

 Identificação dos quilómetros que percorreu.

Quando, para efectuar o serviço / viagem são precisos 2 condutores, o disco deve ser
substituído nas respectivas mudanças de condutor, a não ser que o veículo disponha de
tacógrafo de registo duplo. Neste caso basta seleccionar o “condutor 1” ou o “condutor 2”.

O condutor deve dispor de discos novos em número suficiente para uma semana de trabalho,
substituindo os discos de 24 em 24 horas.

A entidade patronal deve guardar os discos pelo período de 1 ano, para efeitos de fiscalização.
Também o condutor, deve manter na sua posse o disco do dia em curso bem como o dos
últimos 28 dias.

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7.1. O tacógrafo digital

O tacógrafo digital é um aparelho de controlo, (tal como o


analógico), destinado a ser instalado em veículos dedicados ao
transporte rodoviário a fim de indicar, registar e armazenar dados relativos à condução desses
veículos e aos tempos de trabalho e de repouso dos seus motoristas.

A diferença, mais significativa, entre o analógico e o digital é que este último está associado a 4
cartões em vez dos discos tacográficos.

Os motoristas, as empresas, as entidades instaladoras e reparadoras e as entidades de


fiscalização utilizam esses cartões tacográficos (smart cards) para identificação e utilização de
acordo com as suas necessidades e missões específicas.

É o IMTT a entidade responsável pela emissão dos cartões do tacógrafo digital.

Os “Smart Cards”, são então 4:

 Cartão de centro de ensaio

 Cartão de motorista

 Cartão de empresa

 Cartão de controlo

Estes 4 cartões, têm o seu conteúdo, as características e o prazo de validade estabelecidos no


Regulamento CEE nº 3821/85, do Conselho, de 20 de Dezembro, e seu anexo 1-B na redacção do
Regulamento CE nº 1360/2002, da Comissão, de 13 de Junho. Estes cartões devem ser
requeridos junto do IMTT.

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Acção:
As entidades fiscalizadoras de outros países conseguem, com os respectivos cartões, aceder à
informação de viagem dos motoristas detectando quaisquer infracções cometidas mesmo fora
do território do Estado Membro.

Utilização do tacógrafo digital:

Os motoristas de veículos equipados com tacógrafo digital (obrigatório para todos os que foram
matriculados a partir de Maio de 2006) devem utilizar um cartão e uma unidade UV (tacógrafo),
inserindo o cartão na ranhura correspondente, consoante se trate do motorista principal ou do
2º membro da equipe.

Um motorista só pode usar o cartão que lhe tenha sido emitido e que deve andar sempre
consigo, mesmo quando conduz um veículo equipado com tacógrafo analógico. O cartão passará
a conter os seus registos de actividade diária durante, pelo menos, 28 dias, incluindo as
actividades que se desenrolam fora do veículo (introduzidas manualmente pelo motorista).

Que tacógrafo deve instalar?

A Lei nº 13/2006 não especifica que tacógrafo utilizar pelos veículos de transporte colectivo de
crianças.

O Artigo 13º da referida lei, só enuncia que:

Os automóveis utilizados no transporte de crianças devem estar equipados com tacógrafo


devidamente homologado.

Por isso, tratando-se de ligeiros de passageiros que estejam afectos ao transporte colectivo de
crianças, pode ser instalado qualquer um dos tacógrafos, desde que seja homologado.

Tratando-se de pesados de passageiros, o tacógrafo a instalar deve ser o digital para veículos
matriculados, pela primeira vez, a partir de Maio de 2006, para veículos matriculados antes
dessa data o tacógrafo a utilizar será o analógico.

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Acção:
8. EXTINTORES DE INCÊNDIO

Todos os veículos utilizados no transporte de crianças devem possuir um ou vários extintores de


incêndio, em função da categoria do veículo, este tem de estar nas devidas condições de
funcionamento.

Os extintores têm de estar em condições de imediato funcionamento, dentro dos prazos de


validade e colocados em local visível e de fácil acesso.

8.1. Número de extintores e respectiva colocação

Automóveis ligeiros 1 Extintor de 2 kg Colocado no habitáculo

Todos os autocarros 1 Extintor de 4 kg Colocado junto ao banco do condutor

Colocado na metade posterior do


Autocarros cat/ II e III Mais de 1 extintor de 4 kg
veículo
Colocado na zona central do piso
Autocarros de 2 pisos Mais de 1 extintor de 4 kg
superior

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Acção:
A localização de qualquer extintor deve ser
assinalada através de pictograma adequado,
colocado junto do mesmo, sempre que possível
em posição elevada em relação ao extintor. O
pictograma deve ser de cor contrastante e
facilmente visível a uma distância de 3 metros,
identificando, de modo inequívoco, o aparelho a
que se refere.

As características dos extintores:

 Os extintores não podem apresentar qualquer dano físico, devendo encontrar-se


completamente carregados e em condições de imediata utilização;

 Todas as instruções de utilização dos extintores, bem como as marcas e inscrições relativas
às suas características, devem apresentar-se perfeitamente legíveis e em bom estado de
conservação.

 As instruções ou indicações da sua utilização devem estar redigidas em língua portuguesa;

 Os extintores devem apresentar a indicação da data da respectiva validade, estabelecida


pelo fabricante ou pela entidade responsável pela sua manutenção.

Precauções:

 A remoção de um extintor de incêndio obriga à reposição imediata de outro em perfeito


estado de funcionamento.

 Os veículos alimentados a gás, mesmo quando estacionados ou em operações de


manutenção, devem estar sempre providos de extintor de incêndios;

 Nos automóveis ligeiros de passageiros afectos ao transporte público, os extintores devem


estar colocados no habitáculo, em posição facilmente acessível ou na bagageira, nos casos
em que devido às dimensões do habitáculo a colocação deste aparelho no interior do
veículo possa constituir risco para o exercício da condução ou para a segurança dos
passageiros.

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Acção:
9. CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

A Lei 13/2006 no Artigo 14º refere uma caixa de primeiros socorros com as características
constantes no Despacho DGV nº 25 879/2006 de 21 de Dezembro. Este Despacho refere o
seguinte:

 A caixa deve ser resistente ao choque e o seu material não deve afectar o respectivo
conteúdo.

 Não deve possuir arestas cortantes que possam provocar ferimentos.

 Deve ser de cor viva e contrastante.

 Deve estar devidamente identificada através da inscrição “CAIXA DE PRIMEIROS


SOCORROS” e possuir indicações sobre o seu conteúdo em língua portuguesa e validade do
seu conteúdo quando aplicável.

 Deve possuir sistema de fecho;

 Deve ser hermética.

 O seu conteúdo não deve cair quando a caixa é inclinada a um ângulo de 30º relativamente
a um plano horizontal.

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Acção:
O Despacho refere também o conteúdo mínimo da caixa de primeiros socorros:

Conteúdo mínimo: Fim a que se destina:


Um rolo adesivo. Manter as compressas sobre o ferimento
Vários pensos rápidos Para pequenos ferimentos
Para compressão ou para manter os
Vários pensos de compressão
ferimentos protegidos
Várias compressas para queimaduras de
Para ferimentos de maior dimensão
diversos tamanhos
Várias ligaduras elásticas de diversos Para manter as compressas fixas sobre o
tamanhos ferimento.
Uma manta de 1ºs socorros c/ 2100mm X
1600mm, em poliéster metalizado ou outro
Para protecção contra o frio e o calor.
material de características equivalentes, em
embalagem fechada
Várias compressas para feridas Para proteger ferimentos abertos
Várias ligaduras triangulares Para imobilizar zonas corporais fracturadas
Uma tesoura Para cortar roupa
Vários pares de luvas descartáveis, em
Para protecção contra infecções
embalagem fechada
Um manual de primeiros socorros Para consulta em caso de dúvida
Uma lista do conteúdo da caixa cm indicação Para conferência e eventual reposição e
da matricula do veículo. confirmação do veículo a que pertence.

A caixa de primeiros socorros deve estar colocada no interior do habitáculo do veículo, em local
bem acessível.

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10. TOMADA E LARGADA DE PASSAGEIROS
A tomada e a largada de passageiros, especialmente quando são crianças e jovens, são dois
momentos críticos em termos de segurança rodoviária, a que o condutor do veículo deve estar
particularmente atento.

Nesta perspectiva a Lei 13/2006 dedicou um só artigo a esta matéria, é o Artigo 16º “ Tomada e
largada de passageiros”, que refere o seguinte:

1- Os motoristas devem assegurar-se de que os locais de paragem para a tomada ou


largada de crianças não põem em causa a sua segurança, devendo, quando os
automóveis estiverem parados, accionar as luzes de perigo.

2- A tomada e a largada das crianças devem ter lugar, sempre que possível, dentro de
recintos ou em locais devidamente assinalados junto das instalações a que se dirigem.

3- Os automóveis devem parar o mais perto possível do local de tomada ou largada das
crianças, não devendo fazê-lo nem no lado oposto da faixa de rodagem nem nas vias
desprovidas de bermas ou passeios, a não ser que não seja possível noutro local,
devendo, neste caso, as crianças, no atravessamento da via, ser acompanhadas pelo
vigilante, devidamente identificado por colete retrorreflector e com raqueta de
sinalização, devidamente homologados.

4- A entidade gestora da via deve proceder à sinalização de


locais de paragem específicos, para a tomada e largada das
crianças, junto das instalações que estas frequentam.

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Acção:
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Acção:
11. TRANSPORTE DE VOLUMES
O transporte de volumes requer um cuidado especial pelo potencial embaraço que possam
provocar na deslocação dos passageiros, quer no interior do veículo, aquando da entrada e saída
dos mesmos. Este cuidado é acrescido quando se trata de crianças e jovens.

Caberá ao motorista o bom senso e discernimento para fazer uma boa gestão e
acondicionamento dos volumes no interior do veículo. Quando for acompanhado por um
vigilante, este poderá gerir a existência de determinados objectos soltos dentro do veículo e
que, em caso de colisão, sejam passíveis de provocar danos aos restantes passageiros.

A lei 13/2006 no Artigo 17º ”Transporte de volumes”, refere:

No interior do automóvel que efectua transporte de crianças não é permitido o transporte


de volumes cujos dimensão, peso e características não permitam o seu acondicionamento
nos locais apropriados e seguros, para que não constituam qualquer risco ou incomodo
para os passageiros.

Tenha muito cuidado com todo o tipo de objectos que a criança leve para dentro do automóvel,
seja um objecto grande ou pequeno pode sempre constituir perigo. Exemplos: balões cheios de
ar ou vazios, bonecas barbies, garrafas de água, etc…

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Acção:
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12. FISCALIZAÇÃO
As entidades com responsabilidade para fiscalizar o cumprimento do disposto na Lei 13/2006
são:

 Guarda Nacional Republicana

 Policia de Segurança Pública

 Inspecção-geral do Trabalho

 Inspecção-geral de Obras Públicas e Transportes

 IMTT

As contra ordenações a aplicar de acordo com esta lei:

LEVES
A não utilização do dístico e da placa.
Não possuir caixa de primeiros socorros e extintores de incêndios Coima:
Transitar sem as luzes de cruzamento acesas €150 €1000
GRAVES
Ausência ou insuficiência de vigilantes
O não uso do colete retrorreflector pelo vigilante
O excesso de lotação
A falta do tacógrafo ou o seu uso ilegal
Coima:
O transporte desadequado dos volumes. €500 a €1500
Falta do documento comprovativo da idoneidade do vigilante
Incumprimento das regras relativas a portas e janelas + anção acessória
Não colocação dos cintos de segurança e dos SRC.
Falta de segurança na tomada e largada das crianças e jovens

MUITO GRAVES
O exercício a título profissional da actividade de TCC sem Alvará.
A falta de requisitos de acesso à actividade. Coima:
Utilização para o TCC de veículos não licenciados ou com a licença
caducada ou suspensa.
€ 1000 a €3000
A condução de TCC por motoristas não certificados. + sanção acessória
A falta de seguro de responsabilidade civil.

Todas estas coimas a aplicar estão sujeitas ao regime geral das contra – ordenações.

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Acção:
Determinação da medida da coima.
Na Lei nº 13 /2006 é o Artigo 21º que esclarece:

1- A medida da coima é determinada, dentro dos seus limites, em função da gravidade da


contra – ordenação, da culpa, da situação económica do agente e do beneficio económico
que este retirou da prática da contra – ordenação.

Sanções acessórias.

Artigo 22º da Lei nº 13/2006

1- Cumulativamente com as coimas, podem ser aplicadas aos responsáveis por qualquer contra –
ordenação muito grave e grave, além das previstas no regime geral dos ilícitos de mera
ordenação social as seguintes sanções acessórias:

a) Apreensão e perda do objecto da infracção, incluindo o produto do beneficio obtido pelo


infractor através da prática da contra – ordenação;

b)Interdição temporária do exercício pelo infractor da profissão ou da actividade a que a


contra – ordenação respeita;

c)Revogação do alvará ou da licença.

2- As sanções referidas nas alíneas b) e c) do número anterior não podem ter duração superior a
três anos, contados da decisão condenatória definitiva.

Artigo 23º da lei nº 13/2006

Cumprimento do dever violado

Sempre que o ilícito de mera ordenação social resulte da omissão de um dever, o pagamento da
coima ou o cumprimento da sanção acessória não dispensa o infractor do cumprimento do
dever, se este ainda for possível.

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Acção:
Nota: actividade acessória:

Às pessoas colectivas sem fins lucrativos, cujo objecto social seja a promoção de actividades
culturais, recreativas, sociais e desportivas e que efectuem o transporte de crianças a título
acessório em veículos ligeiros de passageiros (até 9 lugares incluindo o condutor), não se
aplicam os seguintes artigos da Lei nº 13/2006:

O artigo 6º, referente à certificação de motoristas, com excepção da alínea b) que determina a
existência de pelo menos 2 anos de experiência de condução.

O artigo 8º, que define e assegura a presença de um vigilante;

O artigo 13º, que determina a obrigatoriedade do tacógrafo devidamente homologado.

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Acção:
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Acção:
13. PRIMEIROS SOCORROS
Durante a infância, as crianças estão expostas a inúmeras situações de risco que podem originar
sérios acidentes.

As suas oportunidades de brincar, de explorar novos ambientes, de criar, de ousar não podem
ser restringidas, isso iria prejudicar o seu desenvolvimento. É dever de todos os adultos que com
elas lidam protegê-las da ocorrência de acidentes.

Quem tem como actividade laboral lidar com crianças, quer seja motorista, vigilante, professor
etc., ter algumas noções de primeiros socorros é essencial para exercer a sua função com mais
tranquilidade e segurança.

O que são os primeiros socorros?

São a primeira assistência a vítimas de acidentes ou de doença súbita, prestada no local da


ocorrência. São também o primeiro garante da sobrevivência e bem-estar dos acidentados.

A actuação das entidades intervenientes desenvolve-se de acordo com um esquema de


organização regional e, para uma correcta eficácia da acção, é necessário o cumprimento de
diversas fases:

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Acção:
Fase inicial do SIEM:

CENTRAL DE
DETECÇÃO ALERTA 112
EMERGÊNCIA

Detecção momento em que alguém se apercebe da existência de vítimas de


acidente ou doença súbita.

Alerta momento em que são contactados os serviços centrais de emergência

Central de emergência centrais telefónicas distritais destinadas


a efectuar a triagem e encaminhamento
das chamadas para as entidades
competentes, mediante o tipo de
emergência em causa:

Policia: para onde são encaminhadas as chamadas


relacionadas com a segurança.

Bombeiros: as chamadas relacionadas com fogo,


inundações e tipos de apoio ocasional e
especifico.

CODU: (Centros de Orientação de Doentes Urgentes), é para onde são


encaminhadas as chamadas relacionadas com emergências médicas.

CODU : são centrais de rádio e telefone, coordenadas por um médico, que é quem faz a gestão
dos pedidos de ajuda e respectivos meios de socorro disponíveis em cada momento, na
respectiva zona de gestão.

Após a detecção e o alerta e o respectivo contacto com a central telefónica, processam-se as


denominadas fases avançadas do SIEM.

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Acção:
Fases avançadas do SIEM:

PRÉ – SOCORRO Conjunto de gestos, por norma simples, que podem ser
efectuados até à chegada do auxílio.

SOCORRO Cuidados de emergência iniciais com o objectivo de estabilizar


as vítimas e diminuir o risco de morte.

TRANSPORTE Consiste no transporte assistido da vítima, desde o local da


ocorrência até á unidade de saúde adequada, mantendo os
cuidados de emergência necessários.

TRATAMENTO Cuidados prestados na unidade de saúde de acordo com o


estado clínico da vítima.

A eficácia de todo este processo depende da actuação de quem dá o alerta e respectivos


procedimentos, possibilitando uma correcta triagem da situação.

É o Instituto de Emergência Médica (INEM) que coordena todas as actividades de socorro a


executar.

As chamadas efectuadas para o INEM são sempre atendidas por pessoal qualificado.

É reconhecido pelo símbolo em forma de estrela e está em permanente contacto através do


112.

Este é o símbolo do INEM, chama-se Estrela da Vida. Esta estrela tem seis pontas, cada uma
delas corresponde a uma das seis fases do socorro.

O simples facto de ligar par o 112 torna-se fundamental em todo o processo, este procedimento
não pode ser negligenciado, pois está directamente ligado à rapidez ou demora da chegada da
ajuda qualificada.

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13.1. OS PRINCÍPIOS GERAIS DO SOCORRISMO

Como procedimento adequado, o socorrista deve adoptar os princípios gerais do socorrismo,


cujas iniciais formam o acrónimo: PAS

PREVENIR ALERTAR SOCORRER

O objectivo primordial da prevenção é a diminuição do número de acidentes ou, na sua


impossibilidade, minimizar as suas consequências.

SITUAÇÕES VITAIS
Que fazer em caso de acidente?

 Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.

 Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo).

Quando não for estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!

 Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e
usar o colete de sinalização.

 Caso haja necessidade de chamar uma ambulância deverá mandar-se um terceiro. Nunca se
deve deixar um ferido sozinho.

Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido.

 Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.

A – Paragem respiratória – desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.

B – Hemorragias – colocar o ferido numa posição correcta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.

C – Estado de choque – tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; protecção do frio.

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Acção:
Na maioria das situações, excepto nos casos de suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço,
deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS).

OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA:

1.Mantenha a calma.

2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando estiver a prestar os primeiros socorros: Você
é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipa (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos
importante, a vítima. Isto parece ser contraditório à primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar
novas vítimas.

3. Ao prestar os primeiros socorros, é fundamental ligar para o 112 logo que chegue ao local do acidente.

5. Mantenha sempre o bom senso.

6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.

7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis.

8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).

9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por
exemplo, vítimas em paragem cárdio-respiratória ou que estejam a sangrar muito.

10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do segundo mandamento).

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Acção:
14. CONCLUSÃO
SENHOR CONDUTOR, DEVIDO AO TRANSPORTE QUE REALIZA, NÃO ESQUEÇA NUNCA:
Cumpra com o Código da Estrada e demais Antes de dar inicio ao seu dia de
legislação, tenha sempre presente as normas trabalho/viagem verifique se o veículo reúne
da Lei nº 13. todas as condições de segurança.
Se se tratar de uma viagem longa faça um Em viagens mais longas não se esqueça de
plano, estudando quais os melhores locais fazer paragens de 2 em 2 horas, desta forma
para efectuar paragens, conheça quais os evitará situações de fadiga ou de sonolência.
pontos que podem oferecer alguns perigos e
evite-os.
Comunique todas as regras com clareza e Forme uma equipa com os vigilantes que o
simpatia. acompanhem.
A manobra que deve evitar realizar é a Procure ver e ser visto o melhor possível.
marcha-atrás, contudo, caso tenha de a Circular com os médios acesos reduz em 20%
efectuar deve fazê-la com todas as crianças a probabilidade de acidente.
dentro do veículo.
Em caso de ter de efectuar uma paragem Não inicie qualquer manobra sem se certificar
brusca não se esqueça de ligar as luzes de que a pode realizar com toda a segurança
perigo.
Conduza sempre com velocidade adequada Se tiver de abandonar o seu posto de
ao tipo de transporte que efectua, às condução desligue o motor, retire a chave da
condições da via e do veículo, às condições ignição e deixe o veículo completamente em
atmosféricas e à intensidade do trânsito. segurança.

Manual_complementar_tcc.doc
Revisto em: 2012-05-12 Página 55/57
Acção:
No final da viagem e, existindo anomalias, o condutor deve providenciar a respectiva resolução
ou, na sua impossibilidade, efectuar um relatório (escrito) e entregá-lo ao superior. Antes de
voltar a conduzir o veículo, deve certificar-se se as anomalias foram regularizadas.

Manual_complementar_tcc.doc
Revisto em: 2012-05-12 Página 56/57
Acção:
“O transporte adequado das crianças pode salvar vidas e
empregos”.

Manual_complementar_tcc.doc
Revisto em: 2012-05-12 Página 57/57
Acção:

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