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JOÃO BATISTA
Agora vamos realmente entrar na teologia do Novo Testamento, tendo
lidado com alguns problemas formais e discussão. Nos Evangelhos
recapitulativos João Batista é quem nos introduz ao Reino. João Batista, um
profeta do Antigo Testamento e um pregador do Novo Testamento, se eu
puder colocar dessa forma. Fico mais confortável com essa descrição. Seu
trabalho profético o vincula com o Antigo Testamento. Ele é o segundo
Elias. Ele é um ponto de transição. É João Batista quem diz: "o Reino está à
mão", ou "próximo", como diz a Nova Versão Internacional. Ele não diz
"está aqui", ou "chegou", mas "está próximo". Assim como os profetas do
Antigo Testamento tinham apontado para o futuro, João Batista aponta
para o que está por vir. Está lá, mas ainda não chegou totalmente. Está à
mão; você quase pode alcançá-lo, mas ainda não está aqui.
João Batista prega, de certa forma, como um pregador do Novo Testamento,
mas ele está na era do Antigo Testamento. O que eu acho interessante é o
seu nascimento, de acordo com Lucas 1.17:
E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos
pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para
o Senhor um povo preparado.
Quando seu nascimento é anunciado, ele está vinculado com Elias e sua
tarefa é anunciada. Ele deve preparar o público do Novo Testamento para
o Messias, para o Cristo, no espírito de Elias. Quando o pai de João Batista,
Zacarias, recupera a sua voz, ele diz (Lucas 1.70-76),
… como prometera, desde a antiguidade, por boca dos seus santos profetas, para
nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam; para usar
de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança e do
juramento que fez a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, livres das mãos de
inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os
nossos dias. Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás
o Senhor, preparando-lhe os caminhos.”
Zacarias conhecia a relação de Jesus Cristo com João Batista. Ele conhecia a
relação de João Batista com Davi. Ele conhecia a relação de João Batista com
o pacto. Zacarias, o sacerdote, viu seu filho ministrando ao filho de Davi,
trazendo à expressão mais completa do pacto que Deus tinha feito com seu
povo do Antigo Testamento. Então, quando João entra em cena, tendo sido
apresentado dessa forma, primeiro pelo anjo do Senhor e, em seguida, por
seu pai, João vem pregando e ele prega o arrependimento. Ele prega um
batismo de arrependimento pelo perdão dos pecados, e ele é aquele que
diz: "o Reino está à mão."
O arrependimento é certamente um tema do Antigo Testamento, shav,
"lamentar", "voltar", "virar". Mateus 3.2,8. Marcos 1.4, Lucas 2.8,
"arrependa-se". A chamada foi para os escribas, os fariseus e os sacerdotes,
bem como para as pessoas comuns. O período do Novo Testamento começa
assim com uma chamada ao arrependimento. Tinha que haver uma
mudança de coração, uma mudança de mente, e uma mudança de direção.
Mas junto com o arrependimento veio a absoluta garantia de perdão. Deus
perdoaria. Lembre-se de Miqueias, que fala de um Deus que perdoa e
esquece.
Por que João prega o arrependimento e o perdão? É a única maneira de
entrar no Reino. Não há outra maneira de se tornar cidadão do reino que
Davi representou, o grande reino cósmico redentor. É a única maneira de
sair do reino parasita, em que as pessoas estão ligadas a partir do seu
nascimento e pelo seu pecado. Eles têm que sair do reino parasita e entrar
no Reino de vida. Volte-se, confesse, arrependa-se e Deus vai perdoá-lo e
ele vai apagar os pecados passados e você vai se tornar cidadão, servo,
abençoado herdeiro do Reino do Senhor Jesus. Isso é representado por João
Batista, pois ele pregou o Messias também: Mateus 3.11, Marcos 1.7, Lucas
3.16-17: "Eis o cordeiro de Deus, eis o Messias, eis o maior. Ele está perto; Ele está
vindo."
Enquanto ele estava batizando ele dizia, "ele está aqui." E então João recua,
"ele deve crescer e eu devo diminuir." Perdão e arrependimento são
necessários para entrar no Reino, para se tornar servo do Messias, o rei.
João também prega o batismo com Espírito e com fogo. "O Messias será o
juiz. Ele será aquele que nos dará o Espírito de Deus, ou ele nos dará o fogo
de Deus. O Espírito nos permitirá arrepender, receber o perdão e tornar
herdeiros abençoados do Reino, ou então iremos para o fogo do juiz. Será
um ou outro. Nós teremos o fogo do Espírito ou teremos o fogo do
julgamento. João não tem meias palavras. Ele coloca tudo isso no contexto
do Reino. Deus, o soberano, está reinando.
Estes, então, são os conceitos básicos em sua pregação: arrependimento,
perdão, o Messias, o batismo com fogo ou com o Espírito. Essa é a maldição
ou a bênção da Aliança. Ele não usa a palavra "Pacto", mas implicitamente
a idéia está lá. Há quem diga ser esta a única maneira em que sua pregação
faz sentido. Ele se une ao Antigo Testamento. Moisés falou sobre a maldição
e a bênção. Os profetas pregavam isso o tempo todo. Os poetas estavam
cientes da ira de Deus e do amor de Deus. Oh, a bênção de estar no amor de
Deus! E que bênção é fugir da ira de Deus.
Para resumir, o Reino está aqui na pessoa do Messias. O trabalho dele vai
começar. Ele vai reinar e vai julgar. Ele vai abençoar e vai dar expressão
clara à maldição da Aliança. O Reino está aqui. O Messias está aqui e ele está
administrando a Aliança. Vamos continuar a discutir o ministério de Jesus
e lidar com a idéia do Reino, aliança e mediador nos três primeiros
Evangelhos na próxima aula.