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AULA 23

OS TRÊS PRIMEIROS EVANGELHOS – PARTE I


Nsta manhã, vamos passar ao Novo Testamento. Vamos lidar com a
teologia do Novo Testamento, não com os detalhes exegéticos do Novo
Testamento, mas a Teologia do Novo Testamento certamente pressupõe
muito trabalho exegético.
O período entre Malaquias e Jesus Cristo é de cerca de 420 anos. Isso é muito
tempo, quase tanto quanto a história dos Estados Unidos, 95 anos depois de
Colombo descobrir a América até agora. Esse é o período de tempo entre o
fim do Antigo Testamento e o início do Novo.

Há muito material escrito sobre esse tempo, os escritos


intertestamentários a que muitos escritores críticos apelam para uma
compreensão do Novo Testamento. Paulo ajuda-nos fazer uma ponte
quando, escrevendo para a Igreja Gálata, ele disse (4.4-7):
Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que
recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso
coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! De sorte que já não és
escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.
Tirar isso de todo o contexto bíblico certamente lhe daria a impressão
errada. Você não será capaz de interpretar essa passagem se você não a vir
em seu contexto do Antigo Testamento. Eu não quero entrar em detalhes
sobre isso agora, mas, novamente, Paulo vincula isso com o Antigo
Testamento. Nós vamos gastar algum tempo com isso hoje. Vamos orar.
Senhor, nosso Deus, concede-nos que nos concentremos no material que se acha
diante de nós. Oramos para que o trabalho do Seminário vá muito além dos
corredores imediatos de aprendizado. E, agora, oramos para que nos abençoe
enquanto estudamos, na última parte deste semestre, olhando para o ensino do
Novo Testamento e como ele se relaciona com o Antigo. Deus, abençoa-nos aqui
reunidos; dá-nos alegria em nosso trabalho pelo amor de Jesus. Amém.
Os impérios cresceram fortes. Impérios vieram e impérios foram.
Malaquias estava no Império Medo-persa. O Império Egípcio permaneceu
um império dominante, através de várias circunstâncias e de formas
variadas. Os pais de Jesus nunca teriam fugido com ele se o Egito não fosse
uma área de força e proteção. O Império Grego veio e foi. O Império Romano
veio em cerca de 100 anos antes de Cristo.
Impérios vieram, impérios foram, mas o reino de Deus continuou. Mas
houve progresso no desenvolvimento desse reino e houve um
desdobramento ainda maior da Aliança de Deus. E aquele de quem o Antigo
Testamento havia falado tão eloquentemente entrou em cena, o Mediador.
Eu parto do princípio de que a teologia do Novo Testamento lida com esses
três conceitos principais. Vou referir-me a eles novamente à medida que
avançamos. Você vai encontrar muita discussão sobre o caráter da teologia
do Novo Testamento. Há um tremendo debate sobre isso, maior, parece-
me, do que há sobre o Antigo Testamento.
Devemos considerar a teologia do Novo Testamento basicamente uma
disciplina histórica e descritiva? Estamos simplesmente seguindo através
da história do pensamento e descrevendo as pessoas e o que pensaram?
Essa é a abordagem de Von Rad do Antigo Testamento e você encontrará
os teólogos diferentes do Novo Testamento que querem adotar essa
abordagem meramente descritiva histórica. É quase uma abordagem
secular. Então há outros que insistem em adotar a abordagem histórica da
salvação, e isso parece bom também. É a história da salvação.
Eu acho muito interessante que Howard Marshall, em seu livro Jesus the
Savior (1990), dê uma visão de diferentes teólogos. Ele inclui uma crítica a
Ladd, o que é surpreendente, porque Ladd é altamente respeitado, quase ao
lado da Bíblia para muitos teólogos do Novo Testamento e seminários
evangélicos. Marshall diz que embora Ladd use a abordagem histórica da
salvação, ele não nos dá um ambiente completo e adequado. Ridderbos
quer que os leitores do Novo Testamento compreendam que o Novo
Testamento é mais do que apenas uma história da salvação, é a salvação da
história. Ele nos dá a história do reino, o reino que foi anunciado no Antigo
Testamento. O reino do qual o rei, o Cristo, vem. A redenção é uma parte
muito importante disso, sem dúvida. Portanto, há escritores como Marshall
e Ridderbos que dizem que apenas adotar a abordagem da história da
salvação não é suficiente. Você não está fazendo justiça total ao Novo
Testamento se você tomar apenas a história da salvação, os eventos de
salvação. Você tem que colocá-los no contexto mais pleno. Você tem que
colocá-los no contexto do mundo romano dentro do qual essas pessoas
escreveram, dentro do contexto do governo soberano de Deus sobre as
nações, como ele fez no tempo do Antigo Testamento. Então, obter o
quadro mais amplo, se você quiser entender a mensagem completa do Novo
Testamento.
Então há aqueles que dizem que a melhor abordagem da teologia do Novo
Testamento é olhar para os diferentes escritores e falar sobre a teologia de
Mateus, a teologia de João, a teologia de Lucas, a teologia de Paulo. Eles
também falam sobre uma teologia de Pedro e de Tiago e de Judas - como se
o Novo Tetamento fosse uma coleção de teologias. Não há nenhuma dúvida
de que cada escritor teve suas ênfases originais. Mas o núcleo de sua
teologia era o mesmo. Em suas circunstâncias particulares com seus dons
originais e destinatários diferentes, eles dão a expressão original à
mensagem do Evangelho. Eles estavam falando com as pessoas com quem
estavam particularmente preocupados - Paulo às suas diferentes
congregações, Tiago e Pedro a uma audiência geral, etc.
Sim, eles deram uma expressão única à mensagem evangélica do reino de
Cristo e como viver em obediência ao Cristo dentro de seu reino. Assim,
podemos olhar para o que os diferentes homens disseram e suas
abordagens e ênfases únicas, mas falar do Novo Testamento como uma
série de teologias não é confortável para mim. Espero que isso também
deixe você desconfortável, porque não há uma série de teologias. Há um
Theos logos, uma palavra de Deus que vem a nós na riqueza de todos os 100
anos do período do Novo Testamento.
Há muita discussão sobre como as teologias do Novo Testamento se
relacionam com o Antigo Testamento. Eu já me referi a isso quando disse
que muitos dos escritores liberais vão particularmente para o período
inter-testamentário. Vão aos escritos apocalípticos tão frequentemente
quanto consultam os escritos do Antigo Testamento.
Você tem que ver um homem em seu contexto. Você tem que ver Jesus e
João Batista em seu contexto. Qual era o contexto deles? Era o Império
Romano. Antes do Império Romano, o que estava acontecendo nos 200-300
anos antes de Cristo? Havia toda aquela escrita apocalíptica e
pseudoepígrafa sendo produzida. Havia conceitos diferentes do que o reino
deveria ser, como Israel devia ser libertado, e o que a expressão "Reino do
céu," ou "Reino de Deus," significava realmente nos escritas judaicos.
Muitos estudiosos liberais tentam projetar o que saiu do período inter-
testamentário para a mente do Novo Testamento, e não prestam muita
atenção ao que o Antigo Testamento diz.
Agora, uma coisa que eu aprecio em Ladd é que ele, Ridderbos, Marshall, e
Guthrie apontam algo importante. Você nunca vai entender João Batista,
Paulo, ou outras personagens do Novo Testamento, você não vai entender
qual seja a concepção de Deus deles, a concepção do Cristo deles, a
concepção do pacto deles, ou a concepção do Reino deles, a menos que você
vá a Moisés, aos poetas, a Davi, a Salomão, bem como aos profetas pré e pós-
exílicos. Então a relação da teologia do Novo Testamento é com todo o
Antigo Testamento.
Mas estudiosos evangélicos como Ladd dão pouca atenção ao que
realmente aconteceu no período de 420 anos entre Malaquias e Jesus.
Quanto disso realmente estudamos em um seminário evangélico? Não há
curso sobre os tempos inter-testamentários. Eu falei isso em um seminário
teológico reformado, mas caiu em orelhas surdas porque não é um período
de revelação inspirada. Mas, no entanto, faz parte do contexto do Novo
Testamento, porque Jesus e os escritores do Novo Testamento eram todos
membros da comunidade judaica que saíram do tempo intertestamentário.
Assim, devemos prestar alguma atenção a isso, talvez lendo um livro
apócrifo uma ou duas vezes. Você vai encontrar algumas partes
inspiradoras, algumas partes bastante maçantes. Mas esses livros ajudam-
nos a compreender o contexto histórico, o contexto literário do Novo
Testamento. Porém, eu não diria que tiveram um impacto real sobre a
mensagem do Novo Testamento.
Nossa abordagem quando estudarmos o Novo Testamento será a mesma de
quando estudamos o Antigo Testamento. Afirmo que para ver o panorama
geral do Novo Testamento, temos que seguir o que encontramos no Antigo
Testamento. Se vamos ver o Novo, temos que seguir o que está no Antigo.
O Reino é o cenário. Livros escritos sobre os três primeiros evangelhos
muitas vezes incluem o termo "Reino" em seus títulos, como The Coming of
the Kingdom por Ridderbos. As primeiras 170 páginas do Ladd lidam com o
Reino. Este é um conceito muito importante e abrangente.
Quero salientar, antes de mais nada, quando lidar com o triplo Mitta, esse
complexo de três conceitos, não deixe cair o seu Antigo Testamento. O
Novo Testamento é o cumprimento, a continuação do trabalho, o
desenvolvimento do que o Antigo Testamento apresentou. Sabemos que é
verdade que o Antigo é cumprido no Novo e o Novo não pode ser
compreendido a menos que você olhe para trás, para o Antigo Testamento.
O Novo Testamento apresenta o desenvolvimento dos conceitos do Antigo
Testamento e é um registro de sua realização.
Quero salientar, também, que nem todos os três conceitos básicos são
mencionados pelo nome em certos contextos onde pensamos que essas
palavras devem ser utilizadas. É como nos primeiros cinco capítulos de
Gênesis, que dizemos lidar com o Pacto de criação, mas a palavra “pacto”
não está lá. Eu acho ser a razão pela qual Marshall, o grande professor de
Novo Testamento na Escócia, escreveu sobre as observações do pacto no
Novo Testamento. Ele diz: "nossa discussão confirma o princípio básico da
teologia reformada de que existe apenas um pacto da graça no Antigo
Testamento e no Novo Testamento." Um pacto. Em seu ensaio sobre o
Reino, ele diz que, embora o termo "Reino" não seja usado muitas vezes, é
a base de praticamente tudo o que o Novo Testamento ensina. Da mesma
forma, só porque o termo "Pacto" é usado apenas algumas vezes (33 vezes
especificamente) não significa que você pode dizer, "Oh, podemos deixar a
idéia do Pacto agora porque Jesus é o grande centro." Não, diz Marshall,
"você nunca vai entender Cristo corretamente a menos que você o veja
nesse contexto." Você tem que ter em mente que quando Jesus estava
sentado à mesa com seus discípulos ele disse: "Este é o sangue da nova
aliança", ele estava se apresentando como o grande mediador da Aliança.
Agora, o termo "Mediator" não é usado frequentemente. “Messias” e
“Cristo” são usados muitas vezes; Cristo, o Messias. Mas a idéia do Messias
como mediador vem apenas esporadicamente, mas em pontos muito
cruciais. O mediador está lá, por isso temos os três conceitos (o mediador,
o Reino e o pacto). A palavra grega diatheke coloca a ênfase no caráter
unilateral do que o Novo Testamento apresenta sobre a relação entre Deus
e seu povo. O termo diatheke pode ser traduzido por "Testamento" ou
"testemunho", bem como por "Aliança", "vínculo" ou "contrato". Esse vínculo,
esse vínculo de amor e vida, é unilateral e incondicionalmente
estabelecido.
Vejo três épocas de revelação, além da época do Antigo Testamento. Eu
chamo a primeira de "o Novo Testamento introduzido." Isso inclui João Batista
e o nascimento de Cristo. A segunda época é "a Nova Aliança estabelecida",
que é o ministério de Cristo, incluindo sua morte. Então, depois que Cristo
foi ressuscitado e subiu ao céu. Com o Pentecostes, recebemos a terceira
época da revelação do Novo Testamento. Isso é especialmente o que é
mediado pelos Apóstolos, aqueles que pregaram na era do Novo
Testamento e todos os seus escritos. Assim, existem três épocas: a Nova
Aliança introduzida, a Nova Aliança estabelecida no ministério de Cristo, e
a Nova Aliança desenvolvida com os apóstolos, após o Pentecostes.
Vos diz, falando sobre a estrutura ou o método de fazer teologia do Novo
Testamento: "há três maneiras pelas quais a estrutura da revelação do
Novo Testamento pode ser determinada dentro da própria Escritura."
Adicionar "de dentro da própria Escritura" é essencial. A Escritura
determina o nosso método. A Escritura determina a nossa abordagem e o
objectivo a que almejamos. Não ousamos impor ao processo divino de
revelação e seu produto qualquer fonte externa. Não devemos colocar uma
grade no Novo Testamento feita do que se acha fora das Escrituras. A
Escritura é o que é, diz Vos. Não vá para fontes externas. Vá estritamente e
apenas às Escrituras.
Vos também diz: "se querem conhecer a estrutura do Antigo Testamento,
vejam as indicações do Novo Testamento. Você tem que ouvir os
ensinamentos de Jesus e você tem que ouvir os ensinamentos de Paulo e
dos demais apóstolos.”
O Antigo Testamento, Jesus, e os Apóstolos são fontes a que você se reporte.
Seu método então tem que ser bíblico. Estude toda a Escritura para
descobrir o que você vai entender e qual será o conteúdo da teologia do
Novo Testamento. Quero salientar que o nosso método será o que muitas
vezes foi referido como histórico, progressivo, orgânico ou adaptável. Deus
revelou-se na história. O Novo Testamento nos dá história. Ele fez isso
progressivamente. Ele seguiu em frente. Não era estático. Ele fê-lo
organicamente. João Batista diz: "arrependa-se e busque perdão, pois essa
é a sua entrada para o Reino." Esse é um conceito crucial no início do Novo
Testamento, que vem do Antigo e é cumprido em todo o Novo; é muito
adaptável. A Escritura foi registrada por homens, e essa é uma das razões
pelas quais as pessoas podem falar das diferentes teologias. Como eu disse
antes, cada um dos escritores falou conforme o seu dom e escreveu, como
foi capaz, para o contexto específico em que estava trabalhando.

CRONOLOGIAS: HISTÓRICA OU TEOLÓGICA?


Quando estudamos histórica e progressivamente, deparamo-nos com um
debate sobre que livros vamos estudar. Como vamos trabalhar com eles e
quais? A ordem em que temos os livros no Novo Testamento não é a ordem
em que foram escritos. Ninguém sabe ao certo qual é o primeiro livro.
Há evidências de que havia alguns documentos pré-paulinos a que Paulo se
refere em suas cartas que poderiam ser as primeiras coisas escritas. No
entanto, isso não pode ser provado. Marshall refere-se a eles, e alguns dos
outros escritores também, porque Paulo se refere a eles. Mas ninguém sabe
quando Paulo os escreveu. Alguns presumiram que Paulo começou a
escrever logo após a sua conversão, talvez dois anos depois.
Mas, qual é a ordem dos livros do Novo Testamento? Muitos dizem que
Tiago é o primeiro. Tiago, e depois 1 e 2 Tessalonicenses seguidos de perto
de 1 e 2 Coríntios, depois Gálatas, depois as quatro cartas da prisão (Efésios,
Filipenses, Colossenses e Filemom). Mas foi Marcos o primeiro dos
Evangelhos? Muitos estudiosos do Novo Testamento pensam que a maioria
das epístolas foram escritas primeiro, e depois toda essa teologia sobre
Cristo, esta discussão sobre Cristo e quem ele era, teve de ser preenchida
com o contexto de sua vinda e com o que ele realmente pregou. Muitos
estudiosos afirmam que Marcos foi escrito primeiro e Mateus e Lucas
dependeram de Marcos, mas ninguém pode provar isso. Então, de acordo
com esses estudiosos, Pedro e depois 1 e 2 Timóteo, João, seu Evangelho e
suas cartas, e o livro do Apocalipse.
É essa a ordem em que devemos desenvolver a nossa teologia do Novo
Testamento? Se fizermos isso a partir desse ponto de vista, então faremos
do ponto de vista de como foi compreendido e como foi escrito. Então
estaremos lidando mais com a teologia, em vez de com o processo histórico
de revelação. Se seguirmos o processo verdadeiramente histórico,
progressivo, orgânico, adaptável, revelador então começaremos com João
Batista, iremos ao ministério de Jesus, pentecostes, e ao estabelecimento da
igreja. No contexto da igreja que está sendo estabelecida, as cartas
começam a chegar, mas Atos só nos leva até Paulo na prisão. Nós não
sabemos exatamente quanto tempo Paulo viveu após o registro de atos,
mas sabemos que além disso temos Pedro, João e Judas escrevendo. Então,
que ordem devemos seguir? Seguimos o desenvolvimento teológico ou
devemos seguir a progressão histórica?
Devemos seguir a ordem dos acontecimentos históricos em vez do que
podemos supor que seja o desenvolvimento teológico. Devemos começar
com o Antigo Testamento, como temos feito, e então olhar para o
ministério de Jesus, que estaremos fazendo. Então passar para o
estabelecimento da igreja e as cartas paulinas. Se você quiser colocar todo
esse material que você está estudando no seminário em um cenário do
Novo Testamento adequado, siga essa ordem.

JOÃO BATISTA
Agora vamos realmente entrar na teologia do Novo Testamento, tendo
lidado com alguns problemas formais e discussão. Nos Evangelhos
recapitulativos João Batista é quem nos introduz ao Reino. João Batista, um
profeta do Antigo Testamento e um pregador do Novo Testamento, se eu
puder colocar dessa forma. Fico mais confortável com essa descrição. Seu
trabalho profético o vincula com o Antigo Testamento. Ele é o segundo
Elias. Ele é um ponto de transição. É João Batista quem diz: "o Reino está à
mão", ou "próximo", como diz a Nova Versão Internacional. Ele não diz
"está aqui", ou "chegou", mas "está próximo". Assim como os profetas do
Antigo Testamento tinham apontado para o futuro, João Batista aponta
para o que está por vir. Está lá, mas ainda não chegou totalmente. Está à
mão; você quase pode alcançá-lo, mas ainda não está aqui.
João Batista prega, de certa forma, como um pregador do Novo Testamento,
mas ele está na era do Antigo Testamento. O que eu acho interessante é o
seu nascimento, de acordo com Lucas 1.17:
E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos
pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para
o Senhor um povo preparado.
Quando seu nascimento é anunciado, ele está vinculado com Elias e sua
tarefa é anunciada. Ele deve preparar o público do Novo Testamento para
o Messias, para o Cristo, no espírito de Elias. Quando o pai de João Batista,
Zacarias, recupera a sua voz, ele diz (Lucas 1.70-76),
… como prometera, desde a antiguidade, por boca dos seus santos profetas, para
nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam; para usar
de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança e do
juramento que fez a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, livres das mãos de
inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os
nossos dias. Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás
o Senhor, preparando-lhe os caminhos.”
Zacarias conhecia a relação de Jesus Cristo com João Batista. Ele conhecia a
relação de João Batista com Davi. Ele conhecia a relação de João Batista com
o pacto. Zacarias, o sacerdote, viu seu filho ministrando ao filho de Davi,
trazendo à expressão mais completa do pacto que Deus tinha feito com seu
povo do Antigo Testamento. Então, quando João entra em cena, tendo sido
apresentado dessa forma, primeiro pelo anjo do Senhor e, em seguida, por
seu pai, João vem pregando e ele prega o arrependimento. Ele prega um
batismo de arrependimento pelo perdão dos pecados, e ele é aquele que
diz: "o Reino está à mão."
O arrependimento é certamente um tema do Antigo Testamento, shav,
"lamentar", "voltar", "virar". Mateus 3.2,8. Marcos 1.4, Lucas 2.8,
"arrependa-se". A chamada foi para os escribas, os fariseus e os sacerdotes,
bem como para as pessoas comuns. O período do Novo Testamento começa
assim com uma chamada ao arrependimento. Tinha que haver uma
mudança de coração, uma mudança de mente, e uma mudança de direção.
Mas junto com o arrependimento veio a absoluta garantia de perdão. Deus
perdoaria. Lembre-se de Miqueias, que fala de um Deus que perdoa e
esquece.
Por que João prega o arrependimento e o perdão? É a única maneira de
entrar no Reino. Não há outra maneira de se tornar cidadão do reino que
Davi representou, o grande reino cósmico redentor. É a única maneira de
sair do reino parasita, em que as pessoas estão ligadas a partir do seu
nascimento e pelo seu pecado. Eles têm que sair do reino parasita e entrar
no Reino de vida. Volte-se, confesse, arrependa-se e Deus vai perdoá-lo e
ele vai apagar os pecados passados e você vai se tornar cidadão, servo,
abençoado herdeiro do Reino do Senhor Jesus. Isso é representado por João
Batista, pois ele pregou o Messias também: Mateus 3.11, Marcos 1.7, Lucas
3.16-17: "Eis o cordeiro de Deus, eis o Messias, eis o maior. Ele está perto; Ele está
vindo."
Enquanto ele estava batizando ele dizia, "ele está aqui." E então João recua,
"ele deve crescer e eu devo diminuir." Perdão e arrependimento são
necessários para entrar no Reino, para se tornar servo do Messias, o rei.
João também prega o batismo com Espírito e com fogo. "O Messias será o
juiz. Ele será aquele que nos dará o Espírito de Deus, ou ele nos dará o fogo
de Deus. O Espírito nos permitirá arrepender, receber o perdão e tornar
herdeiros abençoados do Reino, ou então iremos para o fogo do juiz. Será
um ou outro. Nós teremos o fogo do Espírito ou teremos o fogo do
julgamento. João não tem meias palavras. Ele coloca tudo isso no contexto
do Reino. Deus, o soberano, está reinando.
Estes, então, são os conceitos básicos em sua pregação: arrependimento,
perdão, o Messias, o batismo com fogo ou com o Espírito. Essa é a maldição
ou a bênção da Aliança. Ele não usa a palavra "Pacto", mas implicitamente
a idéia está lá. Há quem diga ser esta a única maneira em que sua pregação
faz sentido. Ele se une ao Antigo Testamento. Moisés falou sobre a maldição
e a bênção. Os profetas pregavam isso o tempo todo. Os poetas estavam
cientes da ira de Deus e do amor de Deus. Oh, a bênção de estar no amor de
Deus! E que bênção é fugir da ira de Deus.
Para resumir, o Reino está aqui na pessoa do Messias. O trabalho dele vai
começar. Ele vai reinar e vai julgar. Ele vai abençoar e vai dar expressão
clara à maldição da Aliança. O Reino está aqui. O Messias está aqui e ele está
administrando a Aliança. Vamos continuar a discutir o ministério de Jesus
e lidar com a idéia do Reino, aliança e mediador nos três primeiros
Evangelhos na próxima aula.

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