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Capı́tulo 4

Análise de segurança de sistemas de potência

4.1 Introdução

• Segurança: ausência de risco ou perigo.

– A energia elétrica tem um papel fundamental na economia dos paı́ses. Logo, a


operação segura e confiável dos sistemas de potência é muito importante.

– Os sistemas de potência nunca operam com segurança no sentido absoluto da


palavra.

– Os sistemas de potência operam com risco calculado: a probabilidade de inter-


rupção do serviço é pequena.

– A ausência de risco é inviável : resulta em uma operação muito cara.

– Segurança e Economia são conflitantes!

• Atualmente os sistemas de potência são interligados (várias empresas formam um


único circuito elétrico).

a operação é mais econômica (melhor despacho de geração)

melhor controlabilidade (fontes disponı́veis em uma grande área)

maiores riscos de problemas se espalharem por toda a rede (bleacutes cobrindo


grandes áreas e várias empresas)

Sem interligação, cada empresa está sob maior risco de interrupção do serviço e a
margem de controle é menor. Porém, problemas na área não se espalham.

–1–
• Definição 1: Um sistema de potência é seguro se continua operando após a
ocorrência de falha(s) em equipamento(s).

Exemplo 1: Gerador sai de operação devido a uma falha de algum equipamento


auxiliar.

As unidades restantes deveriam assumir a carga sem queda de


frequência, rejeição de carga, sobrecargas em ramos, violações de tensão.

Deve ser prevista uma reserva girante (spinning reserve) apropriada


custos

Exemplo 2: Linha de transmissão sai de operação devido à atuação do sistema de


proteção.

As demais linhas deveriam assumir parte de fluxo e operar sem sobre-


carga custos

• Saı́da de operação de equipamento distúrbio contingência

Contingência simples: saı́da de um único equipamento (p.ex. linha, gerador).

Contingência múltipla: saı́da simultânea de vários equipamentos (p.ex. duas linhas


que utilizam as mesmas torres de transmissão.

A ocorrência de uma contingência é imprevisı́vel o sistema deve operar sempre


de modo a não cair em uma região de operação perigosa caso a contingência venha
a ocorrer.

–2–
Exemplo: Linha de transmissão sai de operação devido a falha nos isoladores.

Outras linhas assumem o fluxo da linha que abriu.

Uma delas fica sobrecarregada e a proteção atua, tirando-a também de


operação.

eventos em cascata, que podem levar ao blecaute de uma região ou de


todo o sistema.

A maioria dos sistemas de potência são projetados e operados de forma que uma
falha em um único equipamento não cause outras violações evita-se eventos em
cascata.

• A definição 1 parece ser muito rı́gida é possı́vel que hajam contingências que
levem de fato à interrupção do serviço, porém, as probabilidades de ocorrência das
mesmas podem ser pequenas.

Uma abordagem mais flexı́vel decorre da incompatibilidade (economia × segurança),


que leva a operação da rede a ser feita de forma econômica, sem comprometer muito
a confiabilidade.

Definição 2: Um sistema de potência é seguro se continua operando sem con-


• sequências sérias após a ocorrência de uma lista pré-selecionada de contingências
mais prováveis.

ou ainda

Definição 3: Um sistema de potência é seguro se o risco de interrupção do serviço


em qualquer instante de tempo é pequeno.

–3–
• O conceito de controle da segurança apareceu na metade dos anos 60 (Dy Liacco)

Antes disso dispunha-se de centros de despacho e supervisão a quantidade de


dados recebidos era a estritamente necessária para o despacho de geração.

Garantia-se uma reserva girante para cobrir aumentos de carga e perdas de geradores.

Verificava-se os efeitos potenciais da retirada de equipamentos para manutenção.

O perfil de tensões da rede não era um aspecto crı́tico.

A segurança era um aspecto da confiabilidade

Durante o planejamento era definido um sistema muito robusto, que sobreviveria a


distúrbios sem sérias interrupções do serviço.

Exemplo: Sistema da American Electric Power (AEP), 1974


Após cinco tornados severos foram perdidas 11 linhas de 345kV, 1 linha
de 500kV, 2 linhas de 765kV e três subestações de chaveamento
Não houve interrupção no fornecimento de energia!

–4–
• Os sistemas de potência modernos dispõem de equipamentos que permitem aos ope-
radores monitorar e operar a rede de maneira confiável.

Centros de Controle: são executadas funções de análise de rede que procuram garan-
tir a segurança de operação da rede, através da utilização de técnicas e equipamentos
adequados.

V Unidade terminal remota (UTR)


Pg

P` , Q `
Pc , Q c

Centro de operação do sistema (COS)

PSfrag replacements

http://www.ece.umr.edu/~bchow/gif/power/controlcen.jpg

–5–
• O desenvolvimento dos centros de controle teve como principal motivação o aumento
da segurança da operação.

• A incorporação da idéia de segurança provocou mudanças radicais em:

– dados necessários em tempo real (maior)


– volume de informações a serem processadas (maior)
– configurações computacionais (mais complexas)
– projeto das interfaces homem-máquina (mais complexas)

• Por que os centros de controle são necessários?

– o controle da rede era deixado a cargo do operador que tinha grande experiência
e conhecimento da rede

– nas situações mais crı́ticas e complexas, o operador era sobrecarregado com in-
formações (alarmes), dificultando sua ação

– as redes ficaram maiores, e a operação ficou mais complicada

– as redes passaram a operar com seus equipamentos mais próximos de seus limites,
por falta de investimentos na geração e transmissão. A utilização ótima dos
recursos existentes é fundamental.

• Todos os fatores acima talvez não tenham tido tanto impacto como o blecaute de 09
novembro de 1965 na costa nordeste dos EUA.

Milhões de pessoas foram afetadas e muitas ficaram até alguns dias sem energia (era
quase inverno).

As empresas estavam despreparadas para o serviço de restauração do serviço, como


por exemplo a operação remota de subestações.

Foi o maior blecaute em área afetada, MW perdidos e número de pessoas afetadas.

–6–
Curiosidade: alguns renomados pesquisadores da área afirmam “dever suas próprias
carreiras ao blecaute de 1965.”

Foi o inı́cio dos Energy Management Systems computadorizados, análise de segurança


em tempo real, uso dos sistemas SCADA (Supervisory control and data acquisition),
etc.

• As funções de rede podem ser divididas em três tipos:

– Monitoramento da rede
– Análise de contingências
– Análise preventiva/corretiva

4.2 Operação em tempo real e análise de segurança

• Operação de sistemas de potência em tempo real: execução periódica de funções de


análise e controle de rede.

• Unidades terminais remotas (UTR): formam o sistema de telemetria.

Coletam, processam (eventualmente) e transmitem medidas ao centro de controle.

Medidas: estado de chaves e disjuntores (aberto/fechado), tensões em barramentos,


fluxos de potência em ramos, frequência, nı́veis de geração, etc.

• Processamento das medidas funções de análise de rede em tempo real :

Configurador: determina a topologia atual da rede com base nas medidas de estado
das chaves e disjuntores e disponibilidade dos equipamentos modelo da rede.

Observador: avalia se o número e localização das medidas enviadas ao COS permite


a estimação das condições de operação da rede.

Estimador de estado: obtém o estado de operação da rede. Deve ter a capacidade


de detectar, identificar e processar de forma apropriada a ocorrência de erros nas
medidas.

–7–
Redutor da rede externa: representa as regiões da rede que não pertencem à área
de concessão e/ou que não são observáveis através de uma rede reduzida em torno
da região de interesse.

Análise de segurança: verifica a capacidade da rede de resistir a contingências.


Consiste basicamente na avaliação do impacto das contingências sobre o estado de
operação da rede e na determinação de ações de controle preventivo e/ou corretivo
em caso de situações de emergência.

• As funções de análise de rede são executadas de maneira cı́clica a pequenos intervalos


regulares de tempo restrição de tempo para a execução de programas computa-
cionais de análise de redes.

• A análise de segurança é a função de rede que exige maior tempo computacional para
sua execução.

• Estados de operação de redes elétricas com relação à segurança:

Nı́vel Caracterı́sticas

Seguro Toda a carga é atendida. Não há violações. No caso de con-


tingências, não ocorrem violações.

Seguro – Corretivo Toda a carga é atendida. Não há violações. Violações cau-
sadas por contingências podem ser eliminadas por ações de
controle apropriadas sem corte de carga.

Alerta Toda a carga é atendida. Não há violações. Algumas violações


causadas por contingências só podem ser eliminadas com corte
de carga.
Emergência – Corretivo Toda a carga é atendida, mas limites de operação são violados.
Estes podem ser eliminados por ações de controle apropriadas
sem corte de carga.
Emergência – Crise Toda a carga é atendida, mas limites de operação são violados.
Estes só podem ser eliminados com corte de carga.

Restaurativo Não há violações , mas houve corte de carga.

–8–
4.3 Análise de contingências

• Análise de contingências simulação e detecção das situações que potencialmente


podem levar a rede a operar em estado de emergência

Isto é feito obtendo-se o estado de operação da rede após a simulação da ocorrência


de uma contingência através da resolução de um conjunto de equações algébricas
não-lineares do tipo:

g (x) = 0

x estado da rede (magnitudes e ângulos de fase das tensões nodais)


g funções que representam os mismatches de potência

Método de Newton:

∆P H N ∆θ
= ·
∆Q M L ∆V

Método desacoplado rápido (mais utilizado):

∆P /V = B0 · ∆θ
∆Q/V = B00 · ∆V

• A lista de contingências possı́veis é muito grande.

O esforço computacional é proibitivo em um ambiente de operação em tempo real.

Solução usual: reduzir a lista, incluı́ndo somente as contingências simples e as


múltiplas mais prováveis ainda assim é uma lista muito grande.

–9–
• Constatação: a maioria das contingências da lista não resultam em violações.

Solução: dividir o processo de análise de contingências em diferentes nı́veis, utilizando


diferentes modelos de rede em cada nı́vel seleção de contingências.

2000 contingências

Seleção de contingências
Nı́vel 1 lista ordenada

1000 contingências

Sfrag replacements Nı́vel 2 lista ordenada complexidade


do modelo

50 contingências
Nı́vel n lista ordenada

10 contingências crı́ticas

Análise de contingências

• Em cada nı́vel do procedimento de seleção, as contingências são analisadas de acordo


com um modelo simplificado, e ordenadas de acordo com algum critério, de forma
que os casos que resultem em maiores problemas operacionais sejam colocados no
topo da lista (ranking).

As contingências do topo da lista são escolhidas (screening) para serem analisadas


com mais detalhe no próximo nı́vel, cujo modelo é mais complexo.

– 10 –
• Na prática: 1 ou 2 nı́veis de seleção.

• Exemplo de modelo simplificado para a detecção de violações de fluxo de potência


ativa em ramos: uma meia-iteração ativa do fluxo de carga desacoplado rápido:

∆P /V = B0 · ∆θ

Exemplo de modelo simplificado para a detecção de violações de magnitudes de tensão


em barras: uma iteração do fluxo de carga desacoplado rápido:

∆P /V = B0 · ∆θ e ∆Q/V = B00 · ∆V

• Ordenação de contingências: performance index (PI) para cada contingência.

Performance index : escalar que reflete o montante de violações que ocorreram devido
a uma certa contingência:

PI = f (estado pós-contingência, limites da rede)

O PI pode ser calculado de duas formas:

Indireto: primeiro o estado pós-contingência da rede é obtido. Depois, o PI é


calculado.
Direto: o PI é calculado diretamente, pois as equações para a obtenção do estado
pós-contingência da rede estão embutidas na equação para o PI.

– 11 –
• Exemplo de PI para violações de fluxo de potência (contingência `):

 2n
NR
X ω i  Pi 
PI` = lim
i=1 2n Pi

Exemplo de PI para violações de magnitude de tensão (contingência `):

 2n
NB
X ωi  Vi − Visp 
PI` =
i=1 2n ∆Vilim

No caso do cálculo direto, tem-se n ≤ 2. Embora o método direto seja mais eficiente
do ponto de vista de cálculo, não é efetivo para evitar mascaramento (2 sobrecargas
leves pode resultar no mesmo PI que 1 sobrecarga severa).

O método indireto é o mais utilizado na prática.

• Pré-seleção de contingências: procedimentos muito simplificados para eliminação de


contingências obviamente não crı́ticas. São baseados em cálculos muito simples e/ou
heurı́sticas.

Exemplo:
ag replacements
PSfrag replacements
1 100MW 2 1 60MW 2
∼ ∼
60MW 60MW
80MW 40MW 120MW

120MW 120MW
3 3

Limite de potência dos ramos: 150MW Limite de potência dos ramos: 150MW

– 12 –
A saı́da do ramo 2-3 não resulta em violações de fluxo de potência nos demais ramos.
Essa conclusão pode ser obtida através de uma inspeção no circuito, sem a realização
de cálculos complexos.

Folga de fluxo de potência dos ramos:

1-2 50MW O fluxo do ramo 2-3 é menor que as folgas dos demais
1-3 70MW ramos. Logo, uma contingência envolvendo a saı́da de
2-3 110MW 2-3 obviamente não provocará violações.

• Análise de contingências: consiste na análise detalhada (fluxo de carga desacoplado


rápido convencional) das contingências selecionadas.

• Para aquelas contingências que resultam em violações, estratégias de controle corre-


tivo/preventivo podem ser determinadas:

Minimizar f (x)
s.a. g (x, u) = 0
h (x, u) ≤ 0

– 13 –
4.4 Utilização do teorema da compensação

PSfrag replacements
• Caso base convergido:

Pkm Pmk
P1 P3
P2 P4
k Pk Pm m
Ek0 0
Em

Nó k Nó m

X X
Pk = Pkj = P1 − P2 + Pkm Pm = Pmj = −P3 − P4 + Pmk
j j

∆Pk = Pkesp − Pk = 0 ∆Pm = Pmesp − Pm = 0

Pkesp = P1 − P2 + Pkm Pmesp = −P3 − P4 + Pmk

– 14 –
• Considere a contingência envolvendo a saı́da do ramo k-m.

PSfrag de
O cálculo replacements
fluxo de carga para a obtenção do estado de operação pós-contingência
toma como estimativa inicial o próprio estado de operação do caso base. Assim sendo:

P1 P3
P2 P4
k Pk Pm m
Ek0 0
Em

Nó k Nó m

X X
Pk = Pkj = P1 − P2 Pm = Pmj = −P3 − P4
j j

∆Pk = Pkesp − Pk ∆Pm = Pmesp − Pm

= (P1 − P2 + Pkm ) − (P1 − P2 ) = (−P3 − P4 + Pmk ) − (−P3 − P4 )


= Pkm = Pmk

Os mismatches de potência para as demais barras da rede serão nulos e portanto:

k m
T
∆P = 0 ··· 0 Pkm 0 ··· 0 Pmk 0 ··· 0

– 15 –
• O modelo de fluxo de carga desacoplado rápido é utilizado da seguinte forma:

1. Correção dos ângulos de fase:

−1
∆θ = (B00) ∆P /V −
 −1
−1 −1 −1
(B00) ekm ∆y −1
+ eTkm (B00 ) ekm eTkm (B00 ) ∆P /V

em que ∆y = −1/xkm.

Observações:

– Técnicas de vetores esparsos podem ser utilizadas para resolver simultanea-


−1 −1
mente (B00) ∆P /V e (B00) ekm .).
A variação de fluxo pelo ramo ` será:

∆P` = P` − P`0
1 1  0 0

= (θk − θm ) − θk − θ m
x` x`
1
∆P` = (∆θk − ∆θm)
x`

O fator de sensibilidade é dado por:

 

∆P` 1  1 

a`i = = (∆θk − ∆θm)
∆Pi ∆Pi  x` |

{z }
eTkm ∆θ

1 1 T
= e ∆θ (∆θ = X ∆P )
∆Pi x` km
1 1 T
= e X ∆P
∆Pi x` km

O vetor ∆P é:

i
T
∆P = 0 ··· 0 ∆Pi 0 ··· 0 = ei ∆Pi

– 23 –
Logo:

1 1 T
a`i = e X ei ∆Pi
∆Pi x` km

1 T 1
a`i = ekm X ei = (Xki − Xmi )
x` x`

• Obtenção de GSF:

1. ω = X ei (utilizando técnicas de vetores esparsos)


2. a`i = (ωk − ωm ) /x`

Exercı́cio 2 Prazo de entrega: 1 semana

4.6.2 Fatores de distribuição

• Outage distribution factors (ODF)

• Reflete as variações de fluxo de potência em um ramo devido a variações de fluxos


em outros ramos:

∆P` ∆P` variação de fluxo no ramo `


d`α = − ∆Pα variação de fluxo no ramo α
∆Pα

– 24 –
• Considerando uma contingência envolvendo a saı́da do ramo α:

 

P` = P`0 − d`α  Pα −Pα0 



|{z}

=0

∆P`
P` = P`0 + d`α Pα0 d`α =
Pα0

• Dedução de ODF: deseja-se conhecer a variação de fluxo de potência no ramo ` (k-m)


devido à saı́da do ramo α (i-j):

∆P`
d`α =
Pα0
x−1 (∆θk − ∆θm)
= `
Pα0
x−1
`
= 0
eTkm ∆θ

x−1
= ` 0 eTkm X ∆P

– 25 –
Lembrando do teorema da compensação:

placements
Pα0
Pi Pj
α
i j
θij
θi0 θj0 ∆Pi = −∆Pj = − eq
∆b−1
α + xα
θij
=−
saı́da do ∆xα + xeq
α
ramo α θij
=−
−xα + xeq
α
Pα Pα0
Pi + ∆Pi Pj + ∆Pj =
α 1 − xeq
α /xα
i j
θi θj

Então:

i j
T
∆P = 0 ··· 0 ∆Pi 0 ··· 0 ∆Pj 0 ··· 0 = eij ∆Pi

−∆Pi

– 26 –
e:

x−1
`
d`α = 0
eTkm X eij ∆Pi

x−1
` T Pα0
= 0 ekm X eij
Pα 1 − xeq
α /xα

xα eTkm X eij
d`α = ·
x` xα − eTij X eij

Em termos dos elementos da matriz X:

xα Xki − Xkj − Xmi + Xmj


d`α = ·
x` xα − Xii − Xjj + 2Xij

• Obtenção de ODF:

1. ω = X eij (utilizando técnicas de vetores esparsos)


2. d`α = (xα /x`) · (ωk − ωm ) / (xα − ωi + ωj )

– 27 –

Inı́cio
 Pi0 − geradores
 f`0 − ramos
modelo da rede

i=1 Saı́da de
geradores
`=1

∆Pi = −Pi0
f` = f`0 + a`i ∆Pi

PSfrag replacements N
−f`max ≤ f` ≤ f`max Alarme
S
N
`=`+1 último ramo?

S
N
i= i+1 último gerador?

S
k=1 Saı́da de
ramos
`=1

S
`=k
N
f` = f`0 + d`k fk0

N
−f`max ≤ f` ≤ f`max Alarme
S
N
`=`+1 último ramo?

S
N
k =k+1 último ramo?

S
Fim

– 28 –
• Conhecidos os fluxos pós-contingência para cada contingência da lista, pode-se cal-
cular performance indices e obter a lista ordenada:

Ramo PI
A 100
B 95 N contingências mais severas
C 92
.. ..
. . Análise de contingências
Y 1 (Fluxo de carga completo)
Z 0,5

• No caso da seleção de contingências com relação a violações de tensão:

– Uma iteração do fluxo de carga desacoplado rápido ou utilização de fatores de


sensibilidade (obtenção mais complicada pois o problema V-Q é não linear).

– A idéia da classificação por performance index é a mesma.

4.6.3 Fatores de compensação

• GSF e ODF baseiam-se no modelo linear da rede vale o princı́pio da superposição.

• Qual a sensibilidade de um ramo ` em relação a um gerador i quando o ramo k abre?

∆P` = a`i ∆Pi + d`k ∆Pk


= a`i ∆Pi + d`k (aki ∆Pi )

∆P` = (a`i + d`k aki ) ∆Pi


| {z }
fator de compensação

– 29 –
• Supondo que uma contingência envolvendo a saı́da do ramo k resulte em sobre-
carga no ramo `, e que deseja-se alterar a geração em i para eliminar a sobrecarga
utiliza-se os fatores de compensação.

Os fatores de compensação podem ser úteis na determinação de ações de controle


preventivo/corretivo.

4.7 Ações de controle preventivo/corretivo

• Uma vez constatada a existência de violações após a ocorrência de um contingência,


pode-se:

– Executar ações de controle preventivo, alterando as condições de operação da


rede de forma que a ocorrência daquela contingência não resulte em violações.
– Determinar uma estratégia de controle corretivo, que eliminará as violações caso
a contingência venha a ocorrer.

• Ações de controle para a eliminação de sobrecargas em ramos:

– Alterar o perfil de geração de MW (redespacho da geração)


– Alterar fluxos de potência de intercâmbio
– Alterar a posição do tap de transformadores defasadores
– Realizar alterações topológicas (network switching)
– Cortar carga

• Ações de controle para a eliminação de violações de tensão:

– Alterar tensões nas barras de geração


– Alterar a posição do tap de transformadores em fase
– Conectar/desconectar elementos reativos em derivação (capacitores e reatores)
– Realizar alterações topológicas (network switching)
– Cortar carga

– 30 –
4.8 Análise de sensibilidade

• É uma ferramenta poderosa na análise de redes.

• Nesta seção será feita a dedução completa das equações de sensibilidade, que em
particular podem levar às equações já obtidas na seção 4.6.

• As equações de fluxo de carga:

X
PGk − PLk = Vk Vm (Gkm cos θkm + Bkm sen θkm) k = barras PQ e PV
m∈K
X
QGk − QLk + Qsh
k = Vk Vm (Gkm sen θkm − Bkm cos θkm) k = barras PQ
m∈K

que correspondem à aplicação da LCK, e formam um sistema de equações algébricas


não lineares. Elas podem ser escritas como:

g (x, u) = 0

em que:

g vetor de equações de fluxo de carga


x vetor de estado (magnitudes e ângulos de fase das tensões nodais)
u vetor das variáveis de controle (P e V em barras PV, posição de tap de trans-
formadores, etc.)

Uma ação de controle corresponde a uma alteração nas variáveis de controle ∆u e


resulta em alteração no estado de operação da rede ∆x. Aplicando a LCK para o
novo estado de operação:

g (x + ∆x, u + ∆u) = 0 (1)

– 31 –
A expansão de 1 em série de Taylor desprezando os termos de ordem maior e igual a
2 resulta em:

∂ ∂
g (x + ∆x, u + ∆u) ≈ g (x, u) + g (x, u) · ∆x + g (x, u) · ∆u = 0
| {z } ∂x ∂u
=0

Gx ∆x + Gu ∆u = 0

∆x = −G−1
x Gu ∆u = S ∆u

Portanto, S é uma matriz de sensibilidades que relaciona o estado de operação rede


e as variáveis de controle.

Considerar agora:

ω = h (x, u)

em que ω é o vetor das variáveis dependentes (fluxos de potência ativa e reativa pelos
ramos, injeções de potência reativa em barras de geração, etc.).

Após uma ação de controle ∆u:

∂ ∂
ω 0 = h (x + ∆x, u + ∆u) = h (x, u) + h (x, u) · ∆x + h (x, u) · ∆u
| {z } ∂x ∂u
ω
∆ω = Hx ∆x + Hu ∆u

Como ∆x = −G−1
x Gu ∆u:

 
∆ω = Hu − Hx G−1
x Gu ∆u

– 32 –
Exemplo

Considere a seguinte situação:

u injeção de potência ativa na barra i u = Pi


ω fluxo de potência ativa pelo ramo ` que conecta as barras k e m:

ω = h (x, Pi ) = P` = gkm Vk2 − Vk Vm (gkm cos θkm + bkm sen θkm)


Tem-se:


Hu = P` = 0
∂Pi
   
0 0

 .
..



 .. 






 . 

   

 0 


 0 

   
 ∂P` /∂θk   Vk Vm (gkm sen θkm − bkm cos θkm) 
   
   

 0 


 0 

 ..   .. 



. 





. 





0 





0 


 ∂P` /∂θm  −V V (g sen θ − b cos θ )
   
 

 k m km km km km 


 0 


 0 

T

Hx = 
 .
..
 
 =
  .
..



  
   

 0 


 0 

   
 ∂P` /∂Vk   2gkm Vk − Vm (gkm cos θkm + bkm sen θkm ) 
   
   

 0 


 0 

 ..   .. 



. 





. 



 0 


 0 

   
 ∂P /∂V  −V k (gkm cos θkm + bkm sen θkm )
 
 ` m  
   

 0 


 0 




.
..






.
..



   
0 0

– 33 –
h i  X 
GTu = 0 · · · 0 1 0 · · · 0 = eTi PGi − PLi − Vi ... = 0
i
 
H N
Gx = 
ML

Considerando as simplificações:

. V ≈1
. cos θ ≈ 1
. sen θ ≈ θ
. desacoplamento P -θ e Q-V
. xkm  rkm bkm ≈ x−1
km e gkm ≈ 0

as matrizes ficam:

h i
Hx = 0 · · · 0 −bkm 0 · · · 0 bkm 0 · · · 0 = −bkm eTkm
 
B0 0 
Gx = 
0 B00

Portanto:

 
∆ω = Hu − Hx G−1
x Gu ∆u

−1
∆P` = bkm eTkm (B0 ) ei ∆Pi

1 T
= e X ei ∆Pi
xkm km

∆P` = a`i ∆Pi

– 34 –

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