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Estrutura da Norma Jurídica | de Miguel Reale Professor(a): Neide Malard

As normas jurídicas foram criadas para disciplinar a vida do homem em


sociedade, que necessita delas para reger seu comportamento. A norma é o
principal elemento do direito, elas têm por objetivo enunciar uma
obrigatoriedade ou exigibilidade. Segundo alguns autores como Hans kelsen,
as normas podem ser reduzidas a um juízo hipotético, onde se ''F é, deve ser
C'', segundo eles toda norma contém a previsão da ocorrência de um fato e
sempre que um comportamento corresponde a esse fato advém uma consequência,
que segundo Kelsen é uma sanção ou pena.

Porém, essa teoria não pode ser aplicada a todas as normas, mas somente, as
destinadas a reger o comportamento dos indivíduos, as normas de organização,
por exemplo, não permitem essa redução visto que enunciam apenas o que deve
ser cumprido, de forma objetiva e categórica sem termos condicionais.

As normas caracterizam-se por serem estruturas proposicionais que tem por


objetivo enunciar uma forma de organização ou de conduta que devem ser
cumpridas de maneira objetiva e obrigatória por isso, segundo Reale não podem
ser redutíveis a um juízo hipotético visto que nem sempre há o termo
condicional para o cumprimento de determinada regra.

Ainda segundo Reale, as normas não são modelos estáticos sejam destinadas a
reger ações, comportamentos ou organizações, elas sempre mudam, se implicam
e se correlacionam, dispondo-se num sistema no qual umas são subordinantes
e outras subordinadas, primárias ou secundárias, subsidiárias ou
complementares, de modo que sempre possa haver uma norma para determinado
tipo de ação.

São consideradas normas primárias, aquelas que são destinadas a reger o


comportamento e as formas de ação e secundárias aquelas destinadas a reger
as formas de organização da sociedade, também tidas como instrumentais. As
normas de reconhecimento foram criadas para identificar e classificar as
normas primárias segundo um ordenamento jurídico de modo a facilitar sua
aplicação.

As normas de conduta tem uma estrutura binada e é a elas que se aplica o


esquema ''Se F é, deve ser'', onde (Se F é...) corresponde ao fato-tipo,
onde existe a ocorrência de um fato concreto e o agente responsável por tal
fato sofre as consequências do seu comportamento que já estão predeterminadas
na norma de maneira objetiva e obrigatória (...C). Porém mesmo essa junção
de duas proposições hipotéticas sendo importantíssima não extingue o problema
do modelo normativo, pois, tomando que a consequência de um fato é
obrigatória, prevê-se um objetivo a ser atingido, realizando-se algo valioso
e impedindo a ocorrência de valores negativos, essa proposição lógica entre
fato e valor é chamada de normativismo concreto onde, o Direito se atualiza
como fato, valor e norma.

Para que uma norma jurídica seja considerada válida, ela precisa ter todos
os seguintes requisitos: o da validade formal ou técnico-jurídica (vigência),
o da validade social (eficácia ou efetividade) e o da validade ética
(fundamento).

Vigência- Uma norma é considerada vigente quando preenche todos os requisitos


necessários a sua feitura ou elaboração, estando em conformidade com a lei.
Eficácia ou efetividade- É a aplicação da norma jurídica enquanto momento da
conduta humana.
Fundamento- É a razão pela qual uma norma é criada, o fim objetivado por
ela.

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