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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CAIO BORGES BRAZ

COMPARATIVO ENTRE VIGAS MISTAS E VIGAS METÁLICAS SIMPLES


UTILIZANDO O SISTEMA DE PISO COM LAJES MISTAS E LAJES MACIÇAS

CAXIAS DO SUL

2019
CAIO BORGES BRAZ

COMPARATIVO ENTRE VIGAS MISTAS E VIGAS METÁLICAS SIMPLES


UTILIZANDO O SISTEMA DE PISO COM LAJES MISTAS E LAJES MACIÇAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado


à Área de Conhecimentos de Exatas e
Engenharia da Universidade de Caxias do Sul
como requisito parcial para obtenção do título
de bacharel.

Orientador: Prof. Esp. Sergio Paulo da Silva Pacheco

CAXIAS DO SUL

2019
RESUMO

Palavras-chaves:
ABSTRACT

Keywords:
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Diagrama Tensão-Deformação de um aço ..................................... 15

Figura 2 - Diagrama tensão-deformação. ....................................................... 20

Figura 3 - Composição química ...................................................................... 20

Figura 4 - Propriedades mecânicas do aço ASTM A36 .................................. 21

Figura 5 - Dimensões das seções transversais dos tipos de perfis laminados 22

Figura 6 - Exemplo de perfis soldados ........................................................... 22

Figura 7 - Processo de solda com eletrodo revestido ..................................... 25

Figura 8- Processo de eletrodo submerso ...................................................... 26

Figura 9 - Soldas de filete ............................................................................... 27

Figura 10 - Soldas em chanfro........................................................................ 27

Figura 11 - Soldas em tampão........................................................................ 28

Figura 12 - Tipos de conexões. ...................................................................... 29

Figura 13 - Ligação flexível por cantoneira ..................................................... 30

Figura 14 - Ligação rígida ............................................................................... 31

Figura 15 - Tipos de viga mista ....................................................................... 34

Figura 16 - Detalhe de uma viga mista ........................................................... 35

Figura 17 - Estimativa do módulo de elasticidade. ......................................... 38

Figura 18 - Diagrama tensão-deformação ...................................................... 39

Figura 19 - Diagrama tensão-deformação bilinear de tração. ......................... 40


Figura 20 - Deformação aço-concreto ............................................................ 41

Figura 21 - Deformação aço-concreto ............................................................ 42

Figura 22 - Tipos de diagrama ........................................................................ 43

Figura 23 - Vigas mistas contínuas ................................................................. 45

Figura 24 - Viga escorada e não escorada ..................................................... 47

Figura 25 - Conector de cisalhamento (a) stud; (b) perfil U ............................ 48

Figura 26 - Reação dos conectores ................................................................ 48

Figura 27 - Treliça telescópica apoiadas em perfis de aço. ............................ 50

Figura 28 - Coeficiente adicional para lajes em balanço................................. 51

Figura 29 - Tipos de fôrmas metálicas ............................................................ 52

Figura 30 - Valores dos coeficientes ............................................................... 55

Figura 31 - Valores dos fatores de combinação e de redução........................ 56

Figura 32 - Valores dos coeficientes de ponderação ...................................... 58


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classes de resistência do concreto. .............................................. 36

Tabela 2 - Módulos de elasticidade para classes de concreto........................ 39


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 9
1.1 TEMA DE PESQUISA ......................................................................... 10
1.2 QUESTÃO DE PESQUISA .................................................................. 10
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................ 10
1.3.1 Objetivo principal ................................................................................. 10
1.3.2 Objetivo específico .............................................................................. 10
1.4 HIPÓTESES ........................................................................................ 10
1.5 PRESSUPOSTO ................................................................................. 11
1.6 DELIMITAÇÃO .................................................................................... 11
1.7 LIMITAÇÕES ....................................................................................... 11
1.8 DELINEAMENTO ................................................................................ 11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................ 12
2.1 ESTRUTURAS DE AÇO ...................................................................... 12
2.1.1 Histórico ............................................................................................... 12
2.1.2 Aço ...................................................................................................... 14
2.1.2.1 Vantagens de estruturas de aço .......................................................... 14
2.1.2.2 Propriedades mecânicas dos aços ...................................................... 15
2.1.2.2.1. Diagrama tensão-deformação ....................................................... 15
2.1.2.2.2. Ductilidade..................................................................................... 17
2.1.2.2.3. Fragilidade..................................................................................... 17
2.1.2.2.4. Resiliência ..................................................................................... 17
2.1.2.2.5. Tenacidade.................................................................................... 17
2.1.2.2.6. Temperatura Elevada .................................................................... 17
2.1.2.2.7. Dureza ........................................................................................... 18
2.1.2.2.8. Fadiga ........................................................................................... 18
2.1.2.3 Aços estruturais ................................................................................... 18
2.1.2.3.1. Aços de baixa liga ......................................................................... 18
2.1.2.3.2. Aço-carbono .................................................................................. 19
2.1.2.3.3. Aço ASTM A36 .............................................................................. 19
2.1.2.4 Perfis estruturais de aço ...................................................................... 21
2.1.3 Ligações entre elementos estruturais .................................................. 24
2.1.3.1 Ligações soldadas ............................................................................... 24
2.1.3.1.1. Processos de solda ....................................................................... 24
2.1.3.1.2. Tipos de solda ............................................................................... 26
2.1.3.2 Ligações parafusadas.......................................................................... 28
2.1.3.3 Conexões rígidas e flexíveis ................................................................ 30
2.2 ESTRUTURAS MISTAS ...................................................................... 31
2.2.1 Histórico de estruturas mistas ............................................................. 32
2.2.2 Vigas mistas ........................................................................................ 33
2.2.3 Concreto armado ................................................................................. 35
2.2.3.1 Propriedades físicas ............................................................................ 35
2.2.3.1.1. Resistencia à compressão ............................................................ 37
2.2.3.1.2. Resistência à tração ...................................................................... 37
2.2.3.1.3. Módulo de elasticidade .................................................................. 37
2.2.3.1.4. Diagrama tensão-deformação ....................................................... 39
2.2.4 Interação aço-concreto ........................................................................ 41
2.2.4.1 Vigas mistas biapoiadas, contínuas e semicontinuas .......................... 43
2.2.4.2 Escoramento ....................................................................................... 46
2.2.4.3 Conectores de cisalhamento ............................................................... 47
3 LAJES.................................................................................................. 49
3.1 LAJES MACIÇAS ................................................................................ 49
3.2 LAJES MITAS (“STEEL-DECK”).......................................................... 51
4 DIMENSIONAMENTO SEGUNDO NBR 8800 .................................... 53
4.1 ESTADOS-LIMITES ............................................................................ 53
4.2 COMBINAÇÕES DE AÇÕES .............................................................. 54
4.3 MATERIAIS ......................................................................................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 59
9

1 INTRODUÇÃO
10

1.1 TEMA DE PESQUISA

O tema desse trabalho e o dimensionamento estrutural e estruturas mistas.

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA

Qual é a diferença no quantitativo de materiais quando empregado o sistema


de vigas mistas ou vigas de metálicas simples com o sistema de lajes mistas ou o
sistema de lajes maciças?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo principal

O objetivo principal do trabalho é: o comparativo de materiais entre o sistema


de vigas mistas ou vigas metálicas simples com o sistema de lajes mistas ou o sistema
de lajes maciças.

1.3.2 Objetivo específico

a) dimensionamento de um pavimento tipo utilizando vigas mistas em conjunto


com lajes mistas e com lajes maciças;
b) dimensionamento de um pavimento tipo utilizando vigas metálicas simples
em conjunto com lajes mistas e com lajes maciças;
c) comparação quantitativa dos materiais necessários para a implementação
de cada situação dimensionada.

1.4 HIPÓTESES

A utilização de viga mistas aço-concreto trabalhando em união com lajes de


concreto armado ou lajes mistas, através de conectores de cisalhamento possibilitam
que ambos os sistemas contribuam para a resistência dos esforços aplicados na
estrutura.
11

1.5 PRESSUPOSTO

O trabalho tem como pressuposto que a normativa 8800, projeto e execução


de estruturas de aço em edifícios, da associação brasileira de normas técnicas, é
válida para o dimensionamento de estruturas.

1.6 DELIMITAÇÃO

a) O dimensionamento estrutural seguirá a normativa ABNT NBR 8800/1986;


b) o trabalho será em torno do comparativo de material para todos os sistemas
dimensionados;
c) o dimensionamento estrutural é delimitado para o pavimento tipo
selecionado como objeto de estudo, o mesmo possuirá um núcleo rígido
concreto, não sendo viável sua aplicação em outros estudos.

1.7 LIMITAÇÕES

O trabalho possui as seguintes limitações:

a) não será analisado o dimensionamento estrutural do núcleo rígido de


concreto armado, assim como os pilares do pavimento;
b) o dimensionamento constituirá de perfis I, soldados tipo VS de aço ASTM
A36;
c) será empregado o conceito de núcleo rígido, desse modo as vigas serão
biapoiadas e os pilares simplesmente apoiados;
d) os efeitos do vento serão resistidos pelo núcleo rígido e consequentemente
não dimensionados;
e) as ligações viga-viga e viga-pilar não serão dimensionados.

1.8 DELINEAMENTO

a) diretrizes de pesquisa;
b) revisão bibliográfica;
12

c) modelagem do pavimento;
d) dimensionamento das vigas e lajes, de todos os sistemas contemplados;
e) analise de dados;
f) considerações finais.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ESTRUTURAS DE AÇO

Atualmente a produção mais comum de metais ferrosos é constituído pelo ferro


fundido, ferro forjado e aço, sendo o último deles o mais importante. O aço é uma liga
metálica formada por ferro e carbono, sendo que a o último elemento varia entre 0,008
e 2,14% (PFEIL; PFEIL, 2009).

A construção civil é um dos grandes consumidores de aço no planeta, o


material possui diversas formas e tipos, satisfazendo incontáveis aplicações, devido
as crescentes requisições dos consumidores o mesmo tem passado por processos de
inovação, 75% das novas classes de aço no mercado surgiram nos últimos 20 anos
(Centro Brasileiro de construção em Aço, 2019).

Estruturas de aço constituídas apenas por elementos de aço, podem atuar


como pilares, vigas, barras tracionadas ou comprimidas, entre outros. O componente
é empregado principalmente submetido a tensões normais de tração e compressão.
Tratando-se de construções no Brasil, o aço é normalmente utilizado em estruturas
de galpões industriais, edifícios comercias, ginásio e obras para eventos, porém para
prédios de maiores alturas, o emprego do material é limitado (FAKURY; SILVA;
CALDAS, 2011).

2.1.1 Histórico

O ferro foi utilizado primeiramente por civilizações antigas, no Egito e Índia, por
exemplo, o material era visto apenas como enfeite para obras ou para produção de
armas. Somente durante a revolução industrial, iniciada na Inglaterra no século XIX,
que o material passou a ser empregado em grandes escalas (PRAVIA; FICANHA;
13

FABEANE, 2013).
A primeira grande construção foi a ponte de Coalbrookdale, sobre o rio Severn
na Inglaterra, completada no ano de 1779, empregando ferro fundido na elaboração
da sua estrutura. Outro exemplo de emprego desse material é a ponte suspensa de
Menai, localizada no País de Gales, terminada em 1826, possuindo um vão de 175
metros. Vale ressaltar que diversas obras antigas desse tipo, mantém-se em ótimas
condições, devido à alta resistência a corrosão do metal (PFEIL; PFEIL, 2009).

Em 1856 foi desenvolvido o método industrial para converter ferro em aço,


elaborado por Bessemer, o mesmo possibilitou a obtenção de preços competitivos
pelo aço, sendo na época um material raro, tornou-se um material viável.
Posteriormente foram construídas a ponte do Brooklin e a ponte “Firth of Forth”, de
1870 e 1873 respectivamente, porém em tais pontes, mesmo que o aço fosse uma
parte fundamental dos seus projetos estruturais, não eram somente constituídas por
ele. A primeira ponte exclusivamente de aço, foi construída em 1867, localizada em
St. Louis. O uso do aço era amplamente utilizado em pontes e torres, entretanto o
emprego do aço em edifícios iniciou-se no Estados Unidos da América após o incêndio
de Chicago e na Europa após a segunda guerra mundial, em ambos os casos a
necessidade de reconstrução rápida foi um dos incentivos para a escolha do material
em novas construções (SALES, 1995).

Inicialmente o surgimento de pontes, ferrovias e edifícios em estruturas


metálicas no Brasil remontam a chegada de Dom João VI, a criação de fundições,
abertura dos portos e a realização de tratados econômicos com a Inglaterra
possibilitaram a introdução do material no país (TEOBALDO, 2004). Devido a primeira
guerra mundial, a importação de materiais da Inglaterra tornou-se inviável, tal fato
impulsionou a formação de empresas que hoje fazem do parque siderúrgico nacional
(REIS, 2010).

A criação da Usina Presidente Vargas da Companhia Siderurgia Nacional em


1941, juntamente com a formação de conhecimento em universidades, escritórios de
projetos e centros de pesquisa, possibilitou para o Brasil a capacidade de executar
diversas variedades de construções com estruturas de aço, pode-se citar como
14

exemplos, a construção do edifício, Garagem América, um estacionamento com 15


pavimentos, construído em 1957 na cidade de São Paulo ou a Casa do comércio,
também possuindo 15 pavimentos, terminado no ano de 1987 em Salvador (FAKURY;
SILVA; CALDAS, 2011).

2.1.2 Aço

São inúmeros os tipos e formas de aço produzidas atualmente no Brasil, para


o setor da construção civil, a classe de material intitulada aço estrutural é o de maior
expressão, apresentando alta e média resistência mecânica, tornando-se adequado
sua utilização em funções de suporte de cargas em estruturas (ALLGAYER, 2017).

2.1.2.1 Vantagens de estruturas de aço

Estruturas de aço apresentam diversas vantagens, dependendo do grau de


modulação e racionalização das edificações, o preço final da obra pode ser reduzido
consideravelmente, influenciado pela economia de escala na compra dos
componentes, padronização do estoque, manuseio e montagem das peças, reduzindo
assim o tempo preciso para execução da estrutura (SALES, 1995).

O fato do material utilizado ser industrializado, permitindo um maior controle


tecnológico, garante ao projetista todas as informações necessárias para a realização
de um dimensionamento preciso e seguro, além disso o aço possui grande resistência
mecânica, possibilitando a construção de elementos mais esbeltos, peças menores e
mais leves, quando comparado a sistemas estruturais que empregam o concreto
armado, o peso reduzido resulta também em menores cargas transmitidas para as
fundações, assim também contribuindo para a diminuição do custo final da obra
(BAURMANN, 2002).

A precisão do aço é um fator importante a ser considerado, por utilizar o


milímetro como unidade de produção, garante estruturas niveladas e exatamente
aprumadas, além disso tal precisão diminui consideravelmente o desperdício de
materiais. O aço também possibilita a remoção ou desmontagem de elementos, sem
causar danos, permitindo o reaproveitamento de peças (FILLA, 2017).
15

2.1.2.2 Propriedades mecânicas dos aços

Conhecer as propriedades mecânicas é fundamental para a área de engenharia


civil, pois é através do entendimento do comportamento dos aços que é possível
projetar e executar estruturas de forma segura. São essas propriedades que definem
a capacidade de suporte de cargas do material e a habilidade de transmitir os esforços
aplicados em cada elemento, sem causar o rompimento ou deformações
consideráveis (DIAS, 2002).

2.1.2.2.1. Diagrama tensão-deformação

Para adquirir as propriedades do aço quando submetido a tensão normal, torna-


se necessário a aplicação de ensaios de tração, utilizando corpos de prova cilíndricos,
sem tensões internas e à temperatura atmosférica, a figura 1, apresenta os resultados
generalizados encontrados para esse tipo de ensaio (FAKURY; SILVA; CALDAS,
2011).

Figura 1 - Diagrama Tensão-Deformação de um aço

Fonte: Dias (2002).

Segundo Fakury, Silva e Caldas (2011), durante a fase elástica, o aço


inicialmente segue a lei de Hooke, ou seja, as tensões são lineares, sendo elas a
multiplicação das deformações pelo modulo de elasticidade, sendo o valor do mesmo,
16

o ângulo de inclinação do trecho retilíneo. Pode-se utilizar as expressões 1,2 e 3 para


cálculo dos valores.

∆𝑙
𝜀= (1)
𝑙

𝐹
𝜎= (2)
𝐴

𝐹
𝐸= (3)
𝜀

Onde:

ε = Deformação linear especifica.

𝜎 = Tensão.

E = Módulo de elasticidade.

Após a fase elástica, o material atinge a fase plástica, definida pelo aumento
da deformação com tensão constante, esse valor é denominado de limite de
escoamento do aço, sendo ela um dos fatores mais significantes para o cálculo de
estruturas metálicas, pois ao impedir que essa tensão seja alcançada é possível
diminuir a deformação dos elementos (DIAS, 2002). Posterior ao escoamento o
material manifesta um aumento de tensões, chamado de encruamento, o valor
máximo de tensão é denominado de limite de resistência do aço, geralmente tal
situação não é analisada no cálculo de estruturas de aço, pois resulta em deformações
intensas, portanto para o dimensionamento é empregado o limite de escoamento
como tensão limite e a partir desse valor é possível obter a tensão admissível,
bastando apenas multiplica-la por um fator de segurança apropriado (PFEIL; PFEIL,
2009).
17

2.1.2.2.2. Ductilidade

Ductibilidade é a habilidade do aço em se deformar plasticamente sem romper,


quanto maior for essa característica, maior será a diminuição de área ou alongamento
do elemento antes de sua ruptura. Tal propriedade torna-se importante pois possibilita
a redistribuição de tensões localizadas, além de também servir com sinal de aviso de
sobrecarrega na estrutura (DIAS, 2002).

2.1.2.2.3. Fragilidade

Temperaturas baixas e efeitos térmicos locais podem tornar o aço frágil,


conhecer essa condição é de suma importância, pois o elemento fica suscetível a
rupturas bruscas. O início do comportamento frágil, inicia a partir de uma tensão alta,
desenvolvendo-se em locais com perda de ductilidade, quando o processo é
estabelecido, fratures começam a se propagar pelo elemento (PFEIL; PFEIL, 2009).

2.1.2.2.4. Resiliência

Habilidade que o material tem de absorver energia em casos de deformação e


após libera-la. Denominado modulo de resiliência, representa a energia de
deformação por unidade de volume necessária para deformar determinado elemento
do estado descarregado até seu lime de escoamento (CONI, 2004).

2.1.2.2.5. Tenacidade

Avalia o grau deformação plástica que o aço pode resistir até sua ruptura. Pode
ser classificado como a área total sob a curva de tensão-deformação, indica a
quantidade de trabalho por unidade de volume que pode ser realizado no material sem
sua fratura (CONI, 2004).

2.1.2.2.6. Temperatura Elevada

Altas temperaturas podem causar uma modificação do diagrama de tensão-


deformação, o tornando arredondado, situações acima dos 100ºC podem alterar o
limite de escoamento bem preciso, reduzindo as resistências a escoamento e ruptura,
além de causar fluência no material. O conhecimento das mudanças ocorridas nos
18

elementos devido a temperatura é de suma importância para analisar o


comportamento de edificações em situações de incêndio (PFEIL; PFEIL, 2009)..

2.1.2.2.7. Dureza

Resistencia do material ao risco ou abrasão. Pode ser medido pela resistência


que a superfície do aço possui quando perfurado por algum elemento com maior
dureza (PFEIL; PFEIL, 2009)..

2.1.2.2.8. Fadiga

As características do aço geralmente são medidas através de ensaios sem


movimento, quando o material sofre esforços repetidos e em grande quantidade, pode
surgir rupturas em situações em que o elemento está submetido a tensões inferiores
do que as calculas no dimensionamento, tal ação é denominada fadiga do material e
pode ocorrer devido a ações dinâmica (PFEIL; PFEIL, 2009).

2.1.2.3 Aços estruturais

De acordo com a ABNT NBR 8800 (2008), para os aços possuírem qualidade
estrutural precisam apresentar limite de escoamento de no máximo 450 Mpa e uma
relação menor que 1,18 entre limite de resistência e o limite de escoamento. Para suas
classificações, segundo a ABNT NBR 7007 (2016), é levado em consideração suas
propriedades mecânicas, soldabilidade e análise química (WANDERLIND, 2018). Os
aços estruturais estão decompostos em 2 grupos, aço carbono e aço de baixa liga.

2.1.2.3.1. Aços de baixa liga

Alguns elementos como Nióbio, Cromo Níquel, Molibdênio, entre outros, são
acrescidos ao aço-carbono, tal ação melhora certas propriedades mecânicas do
material, aumentando sua resistência, mas mantendo a quantidade de carbono em
20%, assim aliviando os problemas com a soldagem dos elementos. O aço apresenta
limites de escoamento iguais ou maiores que 290 Mpa, além disso, existem variações
que possibilitam um grande aumente da resistência a corrosão atmosférica do
material, possibilitando o uso do mesmo sem pintura (MIGUEL; CARQUEJA, 2004).
19

2.1.2.3.2. Aço-carbono

Atualmente estão entre os mais usados, sua alta resistência, em relação ao


ferro puro, é causada pelo carbono e manganês em sua composição. Aço carbono
deve conter em sua formação no máximo 2,0% de carbono, 1,65% de manganês,
0,60% de silício e 0,35% de cobre, podem ser classificados pela quantidade de
carbono, valores inferiores a 0,29% são denominado de baixo carbono, médio carbono
apresenta valores entre 0,30% e 0,59% e acima dessas categorias se encontra o alto
carbono. O aumento de carbono aumenta a resistência do material, porém reduz sua
ductilidade, podendo assim causar adversidades na soldagem do elemento (PFEIL;
PFEIL, 2009). Tal aço apresenta resistência ao escoamento mínimo entre 230 Mpa e
380 Mpa e resistência à ruptura entre 310 Mpa e 480 Mpa (FAKURY; SILVA; CALDAS,
2011)

2.1.2.3.3. Aço ASTM A36

Entre os aços estruturais presentes no mercado brasileiro, o ASTM A36, está


entre os mais usados na construção civil, classificado como aço carbono de média
resistência mecânica, apresenta uma boa soldabilidade, devido ao baixo acumulo de
carbono na sua composição, porém é um material suscetível a corrosão, se não
houver algum tipo de proteção ao elemento (ALLGAYER, 2017). A norma ABNT NBR
7007:2016 denomina O ASTM A36 como sendo um aço MR 250, significando que o
material possui media resistência e 250 MPa mínimo de tensão de escoamento, a
figura 2, apresenta o diagrama de tensão deformação do material, a partir dele pode-
se calcular diversas características do elemento.
20

Figura 2 - Diagrama tensão-deformação.

Fonte: Pfeil e Pfeil (2009).

A figura 3 e 4, apresentam, respectivamente a composição do aço ASTM A36


e as propriedades mecânicas do material.

Figura 3 - Composição química

Fonte: Allgayer (2017).


21

Figura 4 - Propriedades mecânicas do aço ASTM A36

Fonte: Allgayer (2017).

2.1.2.4 Perfis estruturais de aço

Os perfis estruturais são os mais utilizados na construção em aço no Brasil,


normatizados pela ABNT NBR 8800:2008, podem ser divididos entre perfis laminados
e perfis soldados (FAKURY; SILVA; CALDAS, 2011)

Laminadores formam perfis de elevada eficiência estrutural, nos formatos H, I,


L (cantoneira), U, os formatos tipo H,I e C são fabricados em grupos, cada grupo
possui elementos de altura constante e largura das abas variável, tal variação é obtida
alterando o espessamento entre os rolos laminadores, dessa forma a espessura da
alma tem uma modificação igual à da largura das abas, os perfis tipo L também
possuem várias espessuras para cada dimensão de aba. Sua nomenclatura é
baseada pela sua geometria (altura, ou altura x largura) e massa do elemento em
quilogramas por metro (PFEIL; PFEIL, 2009). A figura 5, apresenta as dimensões das
seções transversais dos tipos de perfis laminados produzidos no Brasil.
22

Figura 5 - Dimensões das seções transversais dos tipos de perfis laminados

Fonte: Borges (2015).

Os perfis soldados fabricados no Brasil são produzidos através de associação


de chapas ou de perfis laminados simples, sendo sua união geralmente obtida por
soldas. O uso de tais elementos se deve pelo fato da necessidade de perfis com
resistência maior do que os laminados ou para conseguir uma forma geométrica
diferenciada, atendendo requisições estruturais ou arquitetônicas (PFEIL; PFEIL,
2009). A figura 6, apresenta exemplos de perfis soldados.

Figura 6 - Exemplo de perfis soldados

Fonte: Fakury, Silva e Caldas (2011).


23

Segundo Fakury, Silva e Caldas (2011), perfis do tipo I ou H, são atualmente


os mais utilizados, formados por três chapas cortadas em diversas dimensões, tais
elementos são normatizados pela ABNT NNBR 5884:2013, a norma também agrupa
os elementos em seis séries.

a) série CS (coluna soldada) – Constituída por perfis do tipo H duplamente


simétricos, sendo geralmente usados como barras compridas axialmente, a
largura das mesas é sempre igual à altura da seção transversal, variando
entre 150mm e 750mm;
b) série VS (viga soldada) - Constituída por perfis do tipo I duplamente
simétricos, sendo geralmente usados como barras fletidas, as alturas
desses perfis variam entre 150mm e 2000mm, situando-se entre 1,5 e 4
vezes a largura da mesa;
c) série CVC (coluna-viga soldada) - Constituída por perfis intermediários dos
tipos I e H duplamente simétricos, sendo geralmente usados como barras
submetidas a esforços de flexão e compressão axial, como exemplo temos
pilarem que suportam as cargas provenientes do vento, as alturas desses
perfis variam entre 150mm e 1000mm, situando-se entre 1,0 e 1,5 vezes a
largura das mesas;
d) série VSM (viga soldada mista) - Constituída por perfis do tipo I
monossimétrico, ou seja, as mesas possuem mesma largura mas
espessuras diferentes, sendo geralmente usados como barras fletidas, com
tensões de diferentes magnitudes em suas mesas, as alturas desses perfis
variam entre 150mm e 650mm, situando-se entre 1,0 e 4 vezes a largura
das mesas;
e) série PS (perfil soldado) - Constituída por perfis duplamente simétricos, com
dimensões geométricas não definidas pela norma;
f) série PSM (perfil soldado monossimétrico) – Constituída por perfis sem
simetria na sua seção transversal em relação ao eixo X-X, mas com simetria
pelo eixo Y-Y.
24

2.1.3 Ligações entre elementos estruturais

Ligações são peças que possuem o objetivo de unir dois elementos, essa
conexão pode ser realizada através de diversos meios, atualmente os mais utilizados
são os métodos de soldagem ou o emprego de parafusos. Devido a dificuldades
encontradas em obras, o método de união através de parafusos é o mais aplicado. Os
materiais de ligação trabalham transmitindo os esforços, pode-se citar como exemplo
os enrijecedores, chapas de ligação, placas de base, cantoneiras, consolo e talas de
emenda. A NBR 8800 estipula que a resistência das conexões irá depender dos
elementos, meios e tipos de ligação envolvidos (VASCONCELLOS, 2017).

2.1.3.1 Ligações soldadas

Soldagem é a ação de unir duas ou mais estruturas de aço, porém mantendo a


continuidade do material e todas suas característica físicas e químicas, por se tratar
de um procedimento de suma importância para a segurança da totalidade da estrutura
metálica, deve ser executado com extremo cuidado, uniões mais complexas podem
custar 3 vezes mais que as mais simples (BELLEI; PINHO; PINHO, 2008). Pode-se
citar como vantagem da utilização de soldas o aproveitamento total do material, ou
seja, a área liquida é igual a área bruta, a exclusão das chapas de ligação permitem
economizar em torno de 15% o peso do aço da estrutura, possibilita a execução de
mudanças na geometria das peças e a retificação de erros durante a montagem, com
um custo menor se comparado com as peças parafusadas. Além disso por possuir um
número menor de elementos resulta na economia de tempo, pois reduz a duração de
detalhamento, fabricação e montagem de peças. Contudo ao se optar por soldagem
deve-se levar em conta a necessidade de alocação de geradores elétricos para a obra,
caso a energia elétrica seja insatisfatória, análise de fadiga dos elementos também
precisa ser analisa, que em comparação com estruturas parafusadas, podem alterar
as tensões admissíveis para situações muito reduzidas (BELLEI, 1998).

2.1.3.1.1. Processos de solda

Os eletrodos são os elementos que especificam a resistência da solda, podem


ser de aço-carbono ou aço de baixa liga, a resistência de uma ligação soldada precisa
25

ser maior do que a resistência do próprio metal base. São distinguidos pela posição
de soldagem, eletrodos específicos para soldas planas e horizontais, para soldas
planas ou para qualquer tipo de posição e os tipos de revestimentos geralmente
utilizados são o rutílico com potássio e o básico com pó de ferro (MIGUEL;
CARQUEJA, 2004). Entre os processos mais usados para soldar estruturas em aço,
podemos expor:

a) Soldagem a arco com eletrodo revestido (SMAW): Realizado através de


uma máquina de solda, sendo necessário à produção de uma corrente para
obter o arco elétrico entre o eletrodo revestido e as partes a serem soldadas,
pelo fato de ser um processo manual, sua qualidade depende basicamente
do conhecimento e experiência do soldador (BELLEI, 1998). Nesse
processo o arame fundido forma o material que irá preencher o vazios entre
os elementos e o seu revestimento torna-se a escória, que em seguida
recobre e protege a área soldada, dessa forma protegendo da corrosão
atmosférica, a figura 7, exemplifica a execução (DIAS, 2002).

Figura 7 - Processo de solda com eletrodo revestido

Fonte Dias (2002).

b) Processo a arco submerso (SAW): Utiliza equipamento automáticos ou


semiautomáticos que sustentam o eletrodo constantemente, tento o arco
submerso pelo fluxo (BELLEI, 1998). Na sua utilização o arame é fundido,
26

assim realizando a união das partes e o fluxo é depositado acima da solda,


o processo proporciona uma maior qualidade ao processo, porém é
destinado para operações executadas em fabricas, devido a restrições
quanto à mobilidade da ferramenta, a figura 8, exemplifica a execução
(DIAS, 2002).

Figura 8- Processo de eletrodo submerso

Fonte Dias (2002).

2.1.3.1.2. Tipos de solda

Os tipos mais comuns utilizados, são a solda de filete, chanfro, tampão em furo
e tampão em ranhura (DIAS, 2002).

a) solda filete devido a facilidade de aplicação estão entre as mais utilizadas e


as de melhor qualidade, pois o processo necessita de uma menor precisão,
pelo fato de os elementos serem colocadas em sobreposição, outro fator é
falta de preparação especial para as extremidades das peças, contanto que
os cortes gerados por chama ou por cisalhamento sejam adequados
(BORGES, 2015). A figura 9, exemplifica a solda filete;
27

Figura 9 - Soldas de filete

Fonte: Borges (2015).

b) soldas de entalhe ou em chanfro são utilizadas para unir perfis estruturais


alinhados no mesmo plano, pode ser denominada de penetração parcial ou
total, conforme a maneira que o processo uni as partes, tal processo
também necessita de preparos especiais, cada tipo recebe um nome
diferente (MIGUEL; CARQUEJA, 2004). A figura 10, representa as
diferentes maneiras que essa solda pode ser realizada;

Figura 10 - Soldas em chanfro

Fonte: Miguel e Carqueja (2004).


28

c) soldas em tampão são realizadas através da descida do metal de solda em


um ou dois elementos sobrepostos, por furos circulares , ou rasgos, que
precisam ser preenchidos em sua totalidade, tal tipo de solda também pode
trabalhar em conjunto com soldas de filete, a sua principal função é a
transmissão de cisalhamento entre peças ou para evitar o empenamento de
elementos sobrepostos (BORGES, 2015). A figura 11, exemplifica tal
execução.

Figura 11 - Soldas em tampão

Fonte: Borges (2015).

2.1.3.2 Ligações parafusadas

Atua formando a união entre perfis, através de furos realizados nos mesmos,
ligações parafusadas, são utilizadas em larga escala desde 1950 substituindo as
ligações rebitadas nas estruturas. Emprega parafusos de alta resistência, geralmente
produzidos com o ASTM A325, dessa forma, por apresentar resistências elevadas
proporciona quantidades menores de parafusos por ligação e por consequência
chapas de ligação menores, resultando em consumo de aço para a construção.
Durante a fase de execução é exigido o controle de torque do material, posterior ao
aperto inicial com chave comum, tal precisão possibilita maiores rigidez entre as
partes conectadas (DIAS, 2002).

Pode-se citar como vantagens para ligações parafusas a rapidez da fabricação


das peças, agilidade para executar as ligações, consumo energético reduzido para
sua instalação, não necessita de qualificações extensas para seu uso e possui uma
melhor reação às tensões de fadiga, porém causa problemas para executar
29

modificações ou concertos necessário durante sua montagem, demanda


planejamentos completos e em certos casos pré-montagens em fabricas podem ser
demandadas (BELLEI; PINHO; PINHO, 2008).

A ABNT NBR 8800 normatiza dois tipos de juntas com parafusos de alta
resistências, classificadas em tipo fricção e tipo esmagamento (BELLEI, 1998).

a) conexões do tipo fricção, são empregadas através do aperto com precisão


das porcas, tal ação proporciona o conhecimento do atrito disponível entre
os elementos, dessa forma, durante o dimensionamento pode ser
considerado o atrito entre os matérias metálicos. As cargas estão visando o
corte do parafuso sendo resistidas em parte pela fricção das superfícies em
contatos;
b) em conexões do tipo esmagamento, as tensões cisalhantes são suportadas
pela haste do parafuso de alta resistência, que está apoiada nos furos do
material de ligação, devido ao fato de apresentar um fator de segurança
menor, sua utilização é prevista para situações com cargas estáticas e não
reversíveis. A resistência final depende somente dos elementos que fazem
parte dessa conexão.

A figura 12, apresenta os 2 tipos de conexão, conexões a fricção e a


esmagamento, respectivamente.

Figura 12 - Tipos de conexões.

Fonte: Bellei, Pinho e Pinho (1998).


30

2.1.3.3 Conexões rígidas e flexíveis

As ligações entre viga-viga e viga-pilar podem ser divididas entre rígidas e


flexíveis, que também são denominadas de ligações rotuladas. Em ligações rotuladas,
o ângulo de rotação entre os matérias estão submetidos a elevadas mudanças,
ocorrendo a transmissão de esforços normais, cortantes e momentos fletores, por sua
vez, ligações rígidas não existe nenhuma mudança entre o ângulo dos elementos, ou
seja as peças são consideradas engastadas (PULIDO, 2014).

Na pratica, não existem ligações completamente rígidas ou flexíveis, contudo


pode-se considerar diversos tipos de conexões entre “mais rígidas” e “menos rígidas”,
segundo Dias (2002), ligações flexíveis precisam somente certificar que os esforços
normais e cortante sejam transmitidos à peças de apoio e possibilitar a rotação,
enquanto rígidas devem transmitir os esforços longitudinais de um elemento ao outro
e também as reações de apoio provenientes das forças cortantes e normal. A figura
13 e 14, apresenta exemplos de ambos os tipos mencionados.

Figura 13 - Ligação flexível por cantoneira

Fonte: Dias (2002).


31

Figura 14 - Ligação rígida

Fonte: Dias (2002).

2.2 ESTRUTURAS MISTAS

Diferentes materiais possuindo diversas propriedades mecânicas de


elasticidade e resistência, podem ser utilizadas para compor soluções para estruturas
de edificações, contudo deve-se garantir a segurança estrutural das construções,
proporcionar reduções de custos e ao mesmo manter a performance arquitetônica e
ambiental em um nível satisfatório. Em grandes obras, o conjunto de materiais mais
usados em associações é aço e o concreto, aplicado em construções industriais,
esportivas, pontes e comerciais, permitindo diminuições de prazos e custos
(SORIANO, 2001).

Estruturas mistas de aço e concreto são formadas por perfis de aço, sejam eles
laminados ou soldados, atuando em conjunto com o concreto armado, tal interação
pode formar pilares mistos, vigas mistas, lajes mistas ou ligações mistas (QUEIROZ;
PIMENTA; MARTINS, 2012).

Ambos os matérias apresentam propriedades distintas, porém suplementares,


o concreto possuindo uma grande resistência à compressão, uma alta rigidez e
proteção contra corrosão e incêndio e o aço contendo uma eleva resistência à tração
e esbeltez das peças, outro fator a ser considerado é a semelhança do coeficiente de
dilatação térmica dos elementos, dessa forma evitando deformações térmicas
consideráveis. Algumas das vantagens de estruturas mis (FABRIZZI, 2007).
32

As vantagens de estruturas mistas são diversas, além de vantagens


arquitetônicas e economias, pode-se citar: dispensa de fôrmas e escoramentos,
diminuição de prazos, peso próprio da estrutura reduzida, fundações menores,
diminuição do consumo do aço, a estrutura se torna mais rígida e resistente contra
incêndio e corrosão, além de aumentar a precisão dimensional da edificação
(QUEIROZ; PIMENTA; MARTINS, 2012).

2.2.1 Histórico de estruturas mistas

As primeiras estruturas mistas surgiram na civilização Assíria, onde eram


produzidos tijolos de barro com reforço de palha, posteriormente os Gregos e
Romanos utilizavam paredes revestidas com materiais diferentes, dessa forma
melhorando o desempenho de estruturas (SEMEDO, 2018).

O uso de concreto em conjunto com perfis tubulares de aço, originou-se no


século XIX, quando passou-se a empregar o aço como armadura para os elementos
de concreto. No período entre 1890 e 1920, devido ao enorme avanço econômico dos
Estados Unidos da América, evoluções tecnológicas de aplicação da eletricidade e de
motores de combustão em aplicações industriais, tornou-se possível o estudo e
investigação de novos métodos de construção, tal avanço possibilitou o surgimento
de armazéns e arranha-céus em estruturas mistas aço-concreto. Em 1930 foi criado
as primeiras normas de estruturas mistas, presente no New York City Building Code
(FIGUEIREDO, 2014).

Inicialmente em estruturas mistas, o concreto era utilizado somente como


revestimento, servindo como proteção dos perfis de aço para casos de incêndio e
corrosão, a contribuição do elemento para a resistência da estrutura era
desconsiderada (FIGUEIREDO, 2014).

Na década de 30, diversas construções empregando estruturas mistas já


haviam sido construídas pelo mundo, sendo na suíça utilizado conectores em vigas
mistas. Em 1944 e 1952 surgiram nos Estados Unidos da América normativas da
Association of State Highway Officials e American Institute of Steel Construction
33

respectivamente. A partir dos anos 90, estruturas mistas surgiram através de novas
obras, reabilitações ou reforços de estruturas (SEMEDO, 2018).

No Brasil, estruturas mistas compõem uma parcela considerativa no mercado


de construção civil, mesmo em edificações com estrutura de aços, geralmente suas
vigas são projetas e executados como viga mistas. As vigas mistas são normatizadas
pela ABNT NBR 8800 – Projeto e Execução de estruturas de aço de edifícios, desde
1986 (QUEIROZ; PIMENTA; MARTINS, 2012).

2.2.2 Vigas mistas

Começaram a ser utilizadas em grande escala após a Segunda Guerra


Mundial, previamente a esse fato, o conjunto aço-concreto era dimensionado sem
levar em consideração a resistência fornecida pelo concreto, porém a efetividade de
elementos mistos era conhecida e comprovada através de medidas de flechas. A falta
de aço posterior ao conflito obrigou os engenheiros a considerarem o concreto como
parte do vigamento de estruturas, dessa forma iniciou-se diversas pesquisas com o
objetivo de explicar e fundamentar o funcionamento de vigas mistas (PFEIL; PFEIL,
2009).

Viga mista de aço-concreto são constituídas de um perfil metálico e uma laje


de concreto trabalhando em conjunto para suportar as cargas aplicadas pela
edificação, para isso é necessário o emprego de elementos de ligação denominados
conectores de cisalhamento, nessa situação a laje atua como elemento estrutural e
parte do vigamento da construção (PFEIL; PFEIL, 2009). A figura 15, apresenta os
diversos tipos de vigas mistas.
34

Figura 15 - Tipos de viga mista

Fonte: Fabrizzi (2007).

As lajes podendo ser maciças de concreto armado ou mista com forma de aço
incorporada (“steel deck”), atuam por meio de conectores, a laje é apoiada encima da
mesa superior dos perfis metálicos, a figura 16, apresenta o detalhamento de um
sistema misto com seus elementos (ALBRECHT, 2010).
35

Figura 16 - Detalhe de uma viga mista

Fonte: Albrecht (2010).

2.2.3 Concreto armado

Concreto armando é um material estrutural formado pela união do concreto


simples com armaduras passivas, ambos elementos resistem em conjunto as cargas
aplicadas em suas peças. As barras de aço adicionadas ao concreto recebem tal
nome, pois suportam apenas forças ativas, ou seja, não introduzem tensões adicionais
ao elemento (CLÍMACO, 2008).

No concreto armado geralmente é incluso o aço em regiões tracionadas e


concreto simples em áreas comprimidas, porém pode-se amenizar tais regiões
comprimidas adicionando barras de aço. A interação entre o aço e o concreto é uma
característica fundamental para o funcionamento do concreto armado, os matérias
devem possui atritos consideráveis entre si, atuando em conjunto e deformando-se
em sintonia em concomitância (BOTELHO; MARCHETTI, 2015).

2.2.3.1 Propriedades físicas

A ABNT NBR 6118:2014, normatiza os concretos estruturais, são divididos em


classes de determinadas resistências à compressão e posteriormente classificado nos
grupos 1 e 2, a tabela 1 apresenta tais separações, a classe C20 ou superior, é
36

empregada em concretos com armadura passiva e para armaduras ativas deve-se


utilizar a classe C25 ou superiores, enquanto segundo a ABNT NBR 8953 a C15 serve
apenas para construções sem fins estruturais.

Tabela 1 - Classes de resistência do concreto.

Classe de Resistência Classe de Resistência


resistência grupo característica à resistência grupo característica à
1 compressão 2 compressão
(Mpa) (Mpa)

C20 20 C55 55

C25 25 C60 60

C30 30 C70 70

C35 35 C80 80

C40 40 C90 0

C45 45 C100 100

C50 50 - -

Fonte: ABNT NBR 8953 (2015).

De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, o concreto especificado por ela, deve
possuir massa especifica, após secagem em estufa, entre 2000 kg/m 3 e 2800 kg/m3,
caso tal característica não for conhecida é permitido adotar para o concreto simples o
valor de 2400 kg/m3 e para concreto armado, 2500 kg/m3. A mesma norma também
determina que para analise estruturais pode-se admitir como coeficiente de dilatação
térmica do material o valor de 10-5/ºC.
37

2.2.3.1.1. Resistencia à compressão

A resistência do concreto à compressão aos 28 dias, deve ser especificada pelo


projetista, a partir dela todos os dimensionamentos de estruturas que empregam o
material são realizadas (BASTOS, 2019).

Trata-se de uma propriedade extremamente valorizada, pois diversas


qualidades do concreto, como a impermeabilidade, estanqueidade, modulo de
elasticidade, resistência em ambientes agressivos, são diretamente influenciadas por
ela (MEHTA; MONTEIRO, 1994, apud SILVA, 2006).

De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, a compressão deve ser encontrada


através de ensaios de corpos de prova cilindros, se for constatado à ausência de
resultados de compressão experimentais, é permitido considerar como resistência de
cálculo do concreto à compressão após os 28 dias o resultado da divisão entre a
resistência característica à compressão do concreto pelo coeficiente de ponderação
da resistência do concreto, também determinado pela norma.

2.2.3.1.2. Resistência à tração

A resistência à tração do concreto pode variar entre 8 e 15% da resistência à


compressão, tal característica do material é de suma importância para determinação
da fissuração, influencia a aderência entre o concreto e aço e atua como um dos
parâmetros para o dimensionamento de elementos estruturais (BASTOS, 2019).

A norma ABNT NBR 6118:2014, determina que a resistência à tração indireta


e à tração na flexão devem ser obtidas através de ensaios. A resistência à tração
direta é considerada 90% da resistência à tração indireta ou 70% da tração na flexão,
na ausência desses valores pode-se empregar um valor médio determinado pela
norma.

2.2.3.1.3. Módulo de elasticidade

Módulo de elasticidade é um fundamento numérico que informa a relação entre


a deformação sofrida pelo concreto devido a tensões, concretos mais resistentes
38

apresentam deformações reduzidas, logo possuem módulos de elasticidade maiores


(BASTOS, 2019).

O modulo de elasticidade é uma das características do concreto utilizada para


o dimensionamento estrutural, levando em consideração o desenvolvimento de
projetos, o conhecimento desse fator é fundamental, pois proporciona a análise das
deformações que cada elemento em concreto armado irá sofrer (BENETTI, 2012).

A norma ABNT NBR 6118:2014 estipula que o valor para o modulo de


elasticidade deve ser encontrado através de ensaios, porém na ausência deles pode-
se utilizar expressões apresentadas na figura 17.

Figura 17 - Estimativa do módulo de elasticidade.

Fonte: ABNT NBR 6118 (2014).

Onde:

Eci = módulo de elasticidade em megapascal.

fck = resistência característica à compressão do concreto em megapascal.

A norma também informa valores estimados arredondados para o módulo de


elasticidade, porém devem ser usados somente para os casos em que foi empregado
39

o granito como agregado graúdo na produção do concreto, a tabela 2, apresenta tais


valores.

Tabela 2 - Módulos de elasticidade para classes de concreto.

Classe de C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência

Eci (GPa) 25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47

Fonte: ABNT NBR 6118 (2014).

2.2.3.1.4. Diagrama tensão-deformação

A ABNT NBR 6118:2014 determina que para tensões de compressão inferiores


a 50% da resistência à compressão do concreto, pode-se assumir uma relação linear
entre tensões e deformações, emprega-se como modulo de elasticidade os valores
encontrados pela expressão determinada em norma, citada anteriormente, a figura
18, apresenta o diagrama de tensão-deformação.

Figura 18 - Diagrama tensão-deformação

Fonte: ABNT NBR 6118 (2014).


40

Onde os valores adotados para εc2 (deformação especifica de encurtamento

do concreto no início do patamar plásticos) e εcu (deformação especifica de

encurtamento do concreto na ruptura) podem ser determinados da seguinte maneira:

Concretos de classes até C50:

εc2 = 2,0‰

εcu = 3,5‰

Concreto entre classes C55 e C90:

εc2 = 2,0 ‰ + 0,085 ‰ ∗ (fck – 50)0,53 (4)

90 − fck 4 (5)
εc2 = 2,6‰ + 35 ‰ ⋅ [ ]
100

Para tração a norma permite adotar o diagrama de tensão-deformação bilinear


de tração para elementos de concreto não fissurados, apresentado na figura 19, nota-
se que a deformação máxima é delimitada em 0,15‰.

Figura 19 - Diagrama tensão-deformação bilinear de tração.

Fonte: ABNT NBR 6118 (2014).


41

2.2.4 Interação aço-concreto

Vigas mistas são dimensionadas considerando o trabalho em conjunto do perfil


de aço e o elemento de concreto armado, dessa forma é necessário que forças
longitudinais de cisalhamento sejam criadas na viga. De certa forma, a aderência
natural presente no contato entre os dois materiais é elevada, porém geralmente tal
característica não é considerada em cálculo, pois apresenta pouca confiabilidade e
reduzida ductilidade. Portando torna-se necessário o emprego de conectores de
cisalhamento, de acordo com a ABNT NBR 8800:2008, tal utilização possibilita a
deformação da viga mista como sendo um único elemento, a figura 20, apresenta essa
situação (QUEIROZ; PIMENTA; MARTINS, 2012).

Figura 20 - Deformação aço-concreto

Fonte: Queiroz, Pimenta e Martins (2012).

Pode-se considerar uma associação ineficiente de materiais quando o perfil e


a laje se deformam separadamente., como mostra a figura 21, dessa forma cada
elemento suporta uma porcentagem de carga isoladamente, ocasionando o
alongamento da laje de concreto e a compressão da face superior do perfil de aço,
formando assim um deslocamento entre as peças, nesse caso a interação é
considerada nula e são formadas duas linhas neutras no diagrama de deformações
(ROCHA, 2012).
42

Figura 21 - Deformação aço-concreto

Fonte: Queiroz, Pimenta e Martins (2012).

Em interações totais os conectores proporcionam forças horizontas que tendem


a diminuir a face inferior da laje e alongar a mesa superior do perfil de aço, os
conectores da extremidade estão entre os mais solicitados, porém tal esforço não é
considerável, dessa forma apresentam deformações reduzidas, evitando assim o
deslizamento entre aço e concreto. O diagrama dessas deformações possui apenas
uma linha neutra. Para a interação parcial, o acréscimo de carga proporciona
deformações significativas dos conectores da extremidade, chegando inclusive a
influenciar os conectores intermediários e centrais, tal deformação ocasiona o
deslizamento entre os elementos de aço e concreto, diminuindo assim a eficiência da
viga mista. O digrama dessas deformações possui duas linhas neutras, porém
apresentando distancias menores se comparado com a interação nula (PFEIL; PFEIL,
2009). A figura 22, apresenta os diferentes diagramas para cada tipo de interação.
43

Figura 22 - Tipos de diagrama

Fonte: Fabrizzi (2007).

Pode-se resumir a interação total, quando o aumento de conectores de


cisalhamento não proporciona maiores resistências à flexão da viga, da mesma forma,
interações parciais acabam possuindo menos conectores do que o ideal. Atualmente
vigas com interação parcial estão entre as mais utilizadas, pois a redução da
resistência à flexão é menor do que a diminuição do número de conectores, dado que
o custo unitário do conector instalado (R$/kg) é maior do que o do perfil de aço, a
relação entre resistência à flexão e a quantidade de conectores torna-se fundamental
para o dimensionamento de um estrutura economicamente viável (MACHADO, 2012).

2.2.4.1 Vigas mistas biapoiadas, contínuas e semicontinuas

Segundo Fabrizzi (2007), vigas mistas biapoiadas ou denominadas também


como simplesmente apoiadas, permitem na sua configuração uma solicitação mais
eficiente dos materiais, possuindo ligações entre vigas e pilares rotuladas, proporciona
somente momentos positivos, a linha neutra pode estar situada em três posições:

a) na mesa de concreto, nessa configuração o perfil de aço está totalmente


tracionado, enquanto o concreto encontra-se comprimido;
b) na mesa superior do perfil, nessa situação a mesa do aço está parcialmente
comprimida, porém sofre o travamento lateral devido ao concreto, assim
44

diminuindo os efeitos de flambagem no local, o restando do material metálico


encontra-se tracionado;
c) na alma do perfil, em tal circunstância a verificação a flambarem local e lateral
torna-se necessária.

As duas primeiras localizações são as mais usais e eficientes, pois possibilita


usufruir melhor as propriedades dos materiais envolvidos, porém como os momentos
fletores não são transmitidos, a resistência a ações horizontais é debilitada. De acordo
com Johnson (2004, apud MACHADO, 2012), das vantagens das vigas mistas
biapoiadas podem ser citadas:

a) a resistência da viga não é restringida pela flambagem do perfil metálico,


devido ao travamento realizado pela laje;
b) a execução de furos nos perfis de aço é possibilitada pelo nível de tensão
reduzido na alma;
c) os esforços de flexão e cortante configuram-se como estaticamente
determinados;
d) o dimensionamento dos elementos possui uma menor complexidade;
e) a transferência de momentos para os pilares é reduzida ou praticamente
nula.

Em vigas mistas continuas, como a figura 23, demonstra o surgimento de


momentos negativos sobre os apoios ocasiona o tracionamento do concreto e a
compressão do perfil de aço, tal situação é problemática, pois o concreto apresenta
baixa resistência à tração, portanto é apenas considerada a armadura do material. As
vigas semicontinuas possuem ligações de resistência parcial e suportam apenas uma
porção da capacidade da viga (ROCHA, 2012). Segundo Pfeil e Pfeil (2009), em
situações em que a ligação apresenta elevada rigidez inicial à rotação e resistência à
flexão superior ao da viga mista, a configuração é considerada contínua, senão as
propriedades de rigidez e a resistência das ligações devem ser analisadas, nesse
caso a viga é considerada semicontinuas.
45

Figura 23 - Vigas mistas contínuas

Fonte: Fabrizzi (2007).

Segundo Mairal (2010), pode-se citar como vantagens do sistema contínuo ou


semicontínuo em relação ao sistema biapoiado, os seguintes itens:

a) diminuição da relação da altura da seção/vão, juntamente com reduções


significativas de peso;
b) controle elevado da fissuração da face superior da laje de concreto, pois a
necessidade de armadura nesses locais ocasiona em acabamento de pisos
rígidos mais eficientes;
c) possui frequência natural elevada, dessa forma o elemento sofre uma
menor influência de vibrações.

Porém a escolha dessa configuração ocasiona em certas desvantagens:

a) uso de ligações complexas e caras para configurar a continuidade na viga;


b) cálculos estruturais extensos;
c) resistência e rigidez à flexão variam ao longo do elemento.
46

2.2.4.2 Escoramento

Um fator que deve ser levando em consideração tanto no processo executivo


quanto no dimensionamento de estruturas mistas é a verificação da necessidade de
escoras. Tal ação é necessária, pois o concreto precisa de seu tempo de cura,
portanto a resistência inicial do elemento misto é diferente do que o projetado, contudo
também deve ser considerado que as cargas presentes na viga no momento de
construção são reduzidas em relação a situação final da obra (FABRIZZI, 2007).

Em cenários de vigas não escoradas, o perfil de aço necessita suportar sozinho


as cargas provenientes da construção e as do concreto durante sua cura, finalizado
esse período as cargas acidentais serão suportadas pelo elemento misto. Verifica-se
que os perfis dimensionados para essa configuração resultam em seções maiores do
que situações escoradas (FABRIZZI, 2007).

Vigas mistas escoras proporcionam a solicitação em conjunto dos elementos


que a compõem, dessa maneira todas as cargas serão suportadas pela seção mista,
causando deflexões menores. O tempo necessário para a utilização de escoras
depende do tipo de cimento utilizado, condições ambientais e a quantidade de carga
atuando na seção, esse período deve ser estipulado pelo projetista (FABRIZZI, 2007).

A figura 24, apresenta as situações explicadas anteriormente, destaca-se a


formação do diagrama de deformações composto, resultado da aplicação de cargas
após a cura do concreto, pode-se perceber também a variação do deslocamento
vertical entre os dois tipos de sistemas, porém o momento fletor resistente final é igual
para as duas vigas. O emprego de escoras dificulta o surgimento de deflexões
significantes durante a construção, entretanto a sua retirada possibilita a economia de
verbas e de espaço na obra, a escola de qual método utilizar deve ser decidida
analisando a opção mais economicamente eficiente (PFEIL; PFEIL, 2009).
47

Figura 24 - Viga escorada e não escorada

Fonte: Pfeil e Pfeil (2009).

2.2.4.3 Conectores de cisalhamento

Atualmente no Brasil a forma mais comum de conectores de cisalhamento são


as do tipo pino com cabeça, também denominado de “Stud Bolt” e perfis U soldados,
apresentados na figura 25 (ALBRECHT, 2010).
48

Figura 25 - Conector de cisalhamento (a) stud; (b) perfil U

Fonte: Albrecht (2010).

O objetivo dos conectores é resistir as tensões que causam deslocamentos


relativos na interface do aço e concreto, podem ser classificados entre rígidos e
flexíveis, tal divisão é definida pela reação do conector quando forças de cisalhamento
horizontal são formadas no elemento misto, a figura 26, demonstra tal efeito nos dois
tipos (CHAVES, 2009).

Figura 26 - Reação dos conectores

Fonte: Chaves (2009).

Previamente a sua ruptura os conectores flexíveis possibilitam a redistribuição


das tensões de cisalhamento, pois ao atingir a resistência máxima, o elemento
continua se deformando até que os elementos vizinhos também alcancem sua
resistência máxima, igualando as forças da conexão, tal ação possibilita para os
49

conectores o dimensionamento com espaçamentos iguais ao longo da totalidade do


vão, sem causar uma redução na sua resistência máxima (SEMEDO, 2018). Em vigas
mistas escoradas os conectores devem ser instalados somente após a cura do
concreto, dessa maneira formando uma interação parcial que não ocasionará na
redução da resistência do elemento (FABRIZZI, 2007).

A ABNT NBR 8800 especifica que apenas conectores de cisalhamento flexíveis


devem ser utilizados, os mesmos devem possuir no mimo quatro vezes o seu diâmetro
(QUEIROZ; PIMENTA; MARTINS, 2012).

3 LAJES

Lajes são um dos elementos fundamentais de uma estrutura, geralmente


devem ser dimensionadas para resistir cargas verticais, seu objetivo básico é atuar na
transmissão das cargas de utilização aplicadas nos pisos das edificações, para as
vigas que a sustentam. Porém também podem possuir outras finalidades, como, o
contravento de estruturas, contribuindo para resistir as cargas provenientes da ação
do vento ou atuando como mesas de compressão para construções mistas. As lajes
podem ser divididas em várias classificações, formas, tipos de apoio e tipos de
sistema. Lajes podem assumir formas retangulares, quadradas, triangulares, entre
outras, admitindo apoios sobre vigas, alvenarias e pilares, quanto ao tipo de sistema
pode-se citar atualmente as lajes maciças, nervuradas, mistas, em grelhas e as pré-
fabricadas (CUNHA; SOUZA, 1994).

3.1 LAJES MACIÇAS

Lajes maciças, um dos sistemas de piso mais utilizado atualmente no brasil,


consiste de fôrmas e escoras que servem como sustentação para o concreto armado
durante seu período de cura., tal método construtivo não é indicado para grandes
vãos, sendo a distância mais econômica indicada para esse tipo de laje valores entre
3,5 metros e 5 metros (LIMA, 2009). As barras de aço, que formam a armadura da
laje, e as fôrmas, com o objetivo de modelar o concreto, devem ser produzidas no
50

local da obra. Para o escoramento é possível o emprego de treliças telescópicas,


servindo como suporte para os caibros e compensados, a mesma deve ser apoiada
sobre as vigas de aço que sustentaram a laje, evitando assim o uso de pontaletes, a
figura 27, apresenta tal método (DIAS, 2002).

Figura 27 - Treliça telescópica apoiadas em perfis de aço.

Fonte: Dias (2002).

A ABNT NBR 6118:2014 define os seguintes limites mínimos de espessura


para lajes maciças:

a) 7 cm para cobertura não em balanço;


b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balaço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de pesos total menor ou igual a 30 kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
f) 16 cm para lajes lisas.

A norma tem determina coeficientes que devem ser aplicados para lajes em
balanço, apresentado na figura 28.
51

Figura 28 - Coeficiente adicional para lajes em balanço

Fonte: ABNT NBR 6118 (2014).

O sistema de lajes maciças para edificações com números reduzidos de


pavimentos mostra-se como uma opção construtiva de baixa eficiência economia do
que outros tipos de lajes, contudo para obras com vários pavimentos o custo é
reduzido significativamente devido à reutilização das fôrmas (LIMA, 2009).

Como vantagem da utilização das lajes maciças podemos citar a facilidade do


lançamento e adensamento do concreto, a possibilidade de emprego de telas
soldadas, segurança da sua execução, proporciona uma maior rigidez da estrutura e
a criação de descontinuidades em sua superfície, porém apresenta entre suas
desvantagem o alto consumo de madeira para fôrmas e escoras, elevado tempo de
execução para as fôrmas, tempo de espera para desforma muito grande e utilização
de concreto a onde não é solicitado (NAPPI, 1993).

3.2 LAJES MITAS (“STEEL-DECK”)

Lajes “Steel-Deck” consistem em chapas de aço, que atuam como armadura


positiva de laje e fôrma de sustentação para sua cobertura de concreto moldado no
local, ou seja, a fôrma de aço deve atuar antes da cura do concreto como suporte das
cargas permanentes e sobrecargas provenientes da obra e após a cura como
armadura de tração da laje (QUEIROZ; PIMENTA; MARTINS, 2012).
52

O ASTM-A446 é o aço utilizado para a produção das chapas galvanizadas,


possui tensão de escoamento de 230 MPa, contudo para a atuação em conjunto do
aço e o concreto, o emprego de pequenas dobras e entalhos nas chapas torna-se
necessários, com o intuito de evitar deslocamentos entre os materiais (DIAS, 2002).
As chapas de aço podem ser divididas entre fôrma trapezoidal e forma reentrante, no
primeiro caso, são aplicados mossas nas faces, com o objetivo de formar ancoragens
mecânicas no concreto, assim aumentando sua aderência, no segundo caso, a
aderência entre os materiais é desenvolvido através do confinamento do concreto nos
locais reentrantes, a figura 29, apresenta ambas formas (ROCHA, 2012).

Figura 29 - Tipos de fôrmas metálicas

Fonte: Queiroz, Pimenta e Martins (2012).

A laje mista também necessita de armadura na sua parte em concreto, com o


objetivo de controlar a fissuração do material, melhorar sua resistência ao fogo,
aprimorar a transmissão de cargas pontuais e lineares e atuar como armadura para
momentos fletores negativos (SEMEDO, 2018).

Pode-se citar como vantagens desse sistema construtivo a eliminação ou


redução de escoramento, a chapa de aço atua como proteção aos operários
trabalhando nos andares inferiores, a fôrma atua como armadura da laje, aumenta a
qualidade do acabamento da face interna da laje, diminuição do desperdício de
material, possui um processo de execução descomplicado e rápido, facilita a fixação
de forros e proporciona um procedimento simples de passagem de dutos pela laje
(FABRIZZI, 2007).
53

4 DIMENSIONAMENTO SEGUNDO NBR 8800

Para o dimensionamento de estruíras é necessário considerar todas as cargas


que estão trabalhando na edificação, as mesma precisam ser estudadas em situações
em que atuam isoladamente ou em combinações umas com as outras.(BELLEI, 1998).

A ABNT NBR 6120:1980 divide as cargas atuantes em permanentes e


acidentais, informando também o peso especifico de diversas situações e materiais.
Carga permanente é definida pelo peso próprio da estrutura, todos os elementos de
construção fixos e instalações permanentes. Cargas acidentais são provenientes do
uso da estrutura, seja através de pessoas moveis, materiais, veículos etc. As cargas
oriundas da força do vento não serão estudas neste trabalho.

Segundo a ABNT NBR 8800:2008, as ações permanentes podem ser divididas


entre diretas e indiretas, sendo a primeira constituída pelo peso próprio da estrutura e
elementos construtivos fixos e a segunda, formada pelas deformações impostas por
retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio e imperfeições geométricas.
Para este trabalham não serão consideradas as ações excepcionais, definidas como
ações de duração extremamente curtas e com pouca probabilidade de ocorrer, como
por exemplo, explosões, incêndios colisão com veículos, enchentes e terremotos.

4.1 ESTADOS-LIMITES

A ABNT NBR 8800:2008, estipula que para a realização de um


dimensionamento seguro deve-se considerar os estados-limites últimos (ELU) e os
estados-limites de serviço (ELS).Os estados-limites últimos estão relacionados a
situações de cargas abundantes que causam o colapso da estrutura, como por
exemplo, perda de equilíbrio como corpo rígido, ruptura de uma ligação, flambagem,
ruptura por fadiga, entre outros. Enquanto os estados-limites de serviço estão
relacionados com deformações excessivas e vibrações excessivas da estrutura em
condições normais de utilização (PFEIL; PFEIL, 2009). A ABNT NBR 8800:2008,
define como critério de segurança que os esforços resistentes calculados devem ser
iguais ou maiores que o cálculo dos esforços atuantes.
54

4.2 COMBINAÇÕES DE AÇÕES

Conforme a ABNT NBR 8800:2008, as ações devem ser ponderas por um


coeficiente Yf conforme a equação 6:

Yf = Yf1 * Yf2 * Yf3 (6)

Onde:

Yf1 =Considera a variabilidade das ações;

Yf2 = Considera a simultaneidade de atuação das ações;

Yf3 = Considera possíveis erros de avaliação, deve ser igual ou igual a 1,10.

O coeficiente Yf2 é apresentado na figura 30 e os demais coeficientes na figura


31.
55

Figura 30 - Valores dos coeficientes

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008).

Sendo os valores entre parênteses coeficiente para as ações permanentes


favoráveis à segurança.
56

Figura 31 - Valores dos fatores de combinação e de redução

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008).

Para as combinações últimas normais, segundo a NBR 8800, deve-se usar a


equação 7.

𝑭𝒅 = ∑𝒎 𝒏
𝒊=𝟏(𝒀𝒈𝒊 ∗ 𝑭𝑮𝒊,𝒌 ) + 𝒀𝒒𝒊 ∗ 𝑭𝑸𝟏,𝒌 + ∑𝒋=𝟐(𝒀𝒒𝒋 ∗ 𝝍𝟎𝒋 ∗ 𝑭𝑸𝒋,𝒌 ) (7)

Onde:

FGi,k = Valores característicos das ações permanentes;

FQ1,k = Valor característico da ação variável considera principal para a combinação;

FQj,k = Valor característico das ações variáveis que podem atuar em conjunto com a
ação variável principal.
57

Para as combinações de serviço, segundo a NBR 8800, deve-se usar a


equação 8.

𝑭𝒅 = ∑𝒎 𝒏
𝒊=𝟏 𝑭𝑮𝒊,𝒌 + ∑𝒋=𝟏(𝝍𝟐𝒋 ∗ 𝑭𝑸𝒋,𝒌 ) (8)

4.3 MATERIAIS

Segundo a ABNT NBR 8800:2009, os aços utilizados para construção devem


possuir as seguintes propriedades mecânicas:

a) módulo de elasticidade, E= Ea = 200 000 MPa;


b) coeficiente de Poisson, va = 0,3;
c) módulo de elasticidade transversal, G = 77 000 MPa;
d) coeficiente de dilatação térmica, Ba – 1,2 x 10-5 ºC-1;
e) Massa específica, pa = 7 850 kg/m3.

A resistência de cálculo dos materiais (fd), segundo a BNR 8800, é definida pela
equação 9.

𝒇𝒌 (9)
𝒇𝒅 =
𝒚𝒎

Sendo:

fd = resistência de cálculo do material;

fk = resistência característica do material;

ym = coeficiente de ponderação.

A figura 32, apresenta os valores dos coeficientes de ponderação.


58

Figura 32 - Valores dos coeficientes de ponderação

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008).


59

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