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Conto Contigo 7

Grupo I – Leitura e Educação Literária


Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta o vocabulário.

O vapor Inglês Highland Hope, pertencente à companhia Nelson Line, era um


navio de 14 000 toneladas que encalhou nos rochedos do Farilhão Grande, a Norte
das Berlengas, numa zona conhecida como Bailadeira, com 550 pessoas a bordo.
Na noite de 19 de novembro de 1930, apenas 1 ano após a sua construção, o
Highland Hope, devido ao denso nevoeiro que se fazia sentir, encalhou de proa
naqueles ilhéus, não tendo sido possível a sua remoção pelo que viria a perder-se.
Das 550 pessoas a bordo não houve vítimas a registar, devido,
fundamentalmente, à assistência pronta dos barcos de Peniche, na sua maioria
embarcações que se dedicavam à pesca. Todos os ocupantes do navio foram
transportados para Peniche onde lhes foi dada roupa, comida e abrigo.
A assistência dada pelos habitantes daquela, então, vila de pescadores,
mereceu as honras da visita do Embaixador Inglês ao nosso País, que premiou
financeiramente as tripulações das traineiras, bem como entregou um significativo
donativo à Misericórdia local.
A companhia proprietária do Highland Hope, Nelson Line, bem como os seus
representantes portugueses, a ainda existente E. Pinto Basto e C.ª Lda., não
deixaram de agradecer toda a assistência dada através de inúmeros telegramas e
cartas enviadas às tripulações de pescadores envolvidas no salvamento, edilidade e
outras instituições locais.
Este navio seria, posteriormente, vendido como salvado, e desmantelado para
fundição, com o envolvimento da indústria local de salvados e o recurso a
mergulhadores de Peniche, ainda com a técnica do escafandro não autónomo,
conhecido por "Pés de chumbo".
O Highland Hope foi construído em 1929 pela empresa Harland & Wolff nos
estaleiros de Goven Yard em Belfast na Irlanda. Esta empresa armadora que
construiu o Titanic ainda hoje é uma das principais construtoras mundiais de navios.
Era um navio movido a vapor que transportava passageiros e carga,
maioritariamente carne congelada. Com 14 000 toneladas era um importante navio na
época e fazia parte dos 6 navios gémeos que esta empresa construiu entre 1928 e
1931. O Highland Hope foi substituído pelo Highland Patriot em 1931, que também se
perderia uma vez que seria torpedeado pelo submarino Alemão U-39, a 500 milhas a
Oeste de Bishop Rock (52.15N 19.04W), em 1 de outubro de 1940, quando
regressava da América do Sul com destino a Glasgow.
Jorge Russo, 2003, A Arqueologia Nautica de Peniche: Index Page, World Wide Web, URL,
http://nautarch.tamu.edu/shiplab/, Nautical Archaeology Pro gram, Texas A&M University. (texto com supressões)

Vocabulário
Traineira – pequena embarcação usada na pesca destinada à utilização de redes (trainas) para
capturar o peixe.
Edilidade – cargo de vereador; conjunto de pessoas que tem a seu cargo os interesses de um
município.

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Conto Contigo 7

1. Seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto.


Os passageiros do Highland Hope salvaram-se devido
(A) à prontidão de todos os habitantes de Peniche.
(B) à assistência da polícia marítima de Peniche.
(C) à assistência dos tripulantes das traineiras de Peniche.
(D) à utilização de coletes salva-vidas existentes no navio.

2. Seleciona a única afirmação incorreta, de acordo com o sentido do texto.

(A) O navio encalhou num dos ilhéus das Berlengas, em 1930, sendo
posteriormente vendido e demolido.
(B) O navio teve uma longa atividade antes de ser destinado à fundição, em 1930.
(C) O Highland Hope não resistiu ao denso nevoeiro que se fazia sentir na zona da
Bailadeira, em 1930.
(D) O vapor inglês teve uma existência muito breve, navegando, apenas, durante
doze meses.

3. Seleciona todas as afirmações verdadeiras, de acordo com o sentido do texto.

Os dois últimos parágrafos do texto transmitem informações relativas


(A) à construção e à finalidade do Highland Hope.
(B) à construção e às fragilidades do Highland Hope.
(C) à finalidade e aos destinos do Highland Hope.
(D) ao mérito reconhecido da empresa construtora do Highland Hope.

4. Todos aqueles que estiveram envolvidos na operação de resgate e de apoio às


550 pessoas a bordo do Highland Hope foram reconhecidos de modos distintos.
4.1. Transcreve do texto as passagens textuais que ilustram esses modos de
reconhecimento.
Texto B

Lê uma passagem de Ulisses, de Maria Alberta Menéres.

A viagem continuou sempre acidentada.


Um dia tiveram de passar entre dois rochedos enormes:
um era como enorme boca
e outro como tremenda mão!
Um engoliu alguns marinheiros e outro esborrachou-se entre os dedos
poderosos.
De outra vez houve um violento naufrágio: e todos os poucos marinheiros que
ainda acompanhavam Ulisses desapareceram entre as ondas revoltas.
Pela primeira vez ele se viu e se soube realmente SÓ.
Aquele mar que tanto adorava parecia querer destruí-lo. O mar que era
caminho parecia querer transformar-se em porta que se fechava sempre à sua frente.
Único sobrevivente do último naufrágio, Ulisses é lançado às praias de uma
ilha que não conhece. Desmaia e perde a memória.
É descoberto por Nausica, a linda filha do rei Alcino e da rainha Arete, que o
acolhem na sua corte, sem suspeitarem sequer que ele seja o herói de quem se
contam e cantam tantas e tão incríveis façanhas. Agora ele está na Córcira, a terra
dos Feáceos.

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Conto Contigo 7

Um dia recupera a memória e é ele próprio que narra a sua história ainda não
conhecida desde os acontecimentos de Tróia… Todos o escutam encantados e as
maiores honras lhe são prestadas. Mas Ulisses só pensa em partir para Ítaca.
Chegará ainda a tempo?
O rei Alcino oferece-lhe um navio e marinheiros, e enche-o de presentes. Esse
navio e esses marinheiros o conduzirão à sua pátria – promete.
E Ulisses agradece e parte.
Vão no alto mar, e Ulisses adormece. Enquanto o navio se vai aproximando
cada vez mais de Ítaca, Ulisses dorme. Chegam a Ítaca e Ulisses não acordara ainda.
Os marinheiros colocam-no sobre a areia e deixam ao seu lado os presentes
que o seu rei lhe oferecera. Cumprida a missão, regressam à Córcira.
E Ulisses dorme.
Quando acorda, vê-se de novo só no meio de uma praia imensa. Uma tristeza
infinita o invade. Imagina outro naufrágio, mais uma vez o fim e o recomeço de tudo:
cada vez mais longínqua a pátria. As lágrimas sobem-lhe aos olhos e sente-se
perdido.
Nisto aparece-lhe a deusa Minerva:
– Alegra-te, Ulisses, estás na tua terra querida!
Nem quer acreditar no que ouve. Beija o chão, sente-se cheio de força, só
pensa em partir para o seu palácio e em vingar-se dos pretendentes à mão de sua
mulher e ao trono de seu reino!
Mas Minerva tem outra ideia. Ela transforma-o num mendigo roto, velho e triste,
em que ninguém reconheceria o valente, belo e manhoso Ulisses.
Maria Alberta Menéres, Ulisses, Edições ASA

5. Descreve o estado de espírito de Ulisses antes de ser acolhido pelo rei Alcino.

6. Como explicas que, de regresso a Ítaca, Ulisses durma durante a viagem em vez
de revelar entusiasmo e ansiedade?

7. Ulisses só desejava partir para Ítaca. O narrador questiona: “Chegará ainda a


tempo?”

7.1. Explica a razão que leva o narrador a interrogar-se?

8. Identifica um dos recursos expressivos usado na seguinte passagem textual, “Ela


transforma-o num mendigo roto, velho e triste, em que ninguém reconheceria o
valente, belo e manhoso Ulisses.”

8.1. Justifica a sua utilização.

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Conto Contigo 7

Grupo II – Gramática

1. Completa cada uma das frases seguintes com a forma adequada do verbo entre
parênteses.
1.1. Ulisses ___________ (querer, pretérito imperfeito do indicativo) regressar à
pátria que ___________ (deixar, pretérito mais que perfeito composto do
indicativo) para trás ___________ (haver, presente do indicativo) muito tempo.
1.2. Se o plano de Minerva ___________ (ser, pretérito imperfeito do conjuntivo)
bem sucedido, Ulisses ___________ (entrar, condicional) facilmente no
palácio.

2. Reescreve as frases, substituindo o constituinte destacado pelo respetivo


pronome. Procede apenas às alterações necessárias.

2.1. Os marinheiros conduziram Ulisses à sua pátria.


2.2. Em Ítaca, Ulisses não foi reconhecido por ninguém.

3. Faz corresponder cada constituinte destacado na coluna A à única opção correta


da coluna B.

A B
1. – Alegra-te, Ulisses, estás na tua a. Complemento direto
terra querida!

2. Esse navio e esses marinheiros o b. Sujeito simples


conduzirão à sua pátria – promete.
3. Os marinheiros colocam-no sobre a c. Complemento oblíquo
areia
4. Nisto aparece-lhe a deusa Minerva. d. Vocativo
5. Cumprida a missão, regressam à e. Predicativo do sujeito
Córcira.
6. Agora ele está na Córcira, a terra f. Sujeito composto
dos Feáceos.

1. ____ 2. ____ 3. ____ 4. ____ 5. ____ 6. ____

4. Classifica as palavras quanto ao processo de formação.

a) tristeza b) navio-escola

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Conto Contigo 7

Grupo III – Escrita

O mar está associado, ao longo dos tempos, ao desenvolvimento do ser


humano bem como das sociedades em que se insere.

Escreve um texto narrativo, com um mínimo de 120 e um máximo de 200


palavras, em que relates uma aventura vivida no mar.

No teu texto deves:


o apresentar um parágrafo introdutório em que identifiques o espaço, a(s)
personagem (ns) e o tempo;
o desenvolver, nos parágrafos seguintes, a ação.
o concluir a tua história de forma criativa.
o utilizar palavras que articulam as frases e os parágrafos.

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